𝟎 ┇ o pardal e o professor.
────── PRÓLOGO
o pardal e o professor.
MIL ANOS NO FUTURO e todos se lembrarão dos dois.
Surgiram um milênio após os Antigos Reis e Rainhas de Nárnia, é o que as histórias dirão. Se uniram em tempos de guerra, e nunca mais se separaram. Seu amor foi tão grande que ecoou por gerações.
Estranhamente, ninguém saberá quanto tempo ficaram juntos, pois ele era um humano e ela, uma feiticeira em extinção, de um tipo que nem sequer pertencia àquele mundo. Mas foi o tipo de união tão forte que pode ter durado apenas um dia e ainda assim pareceria uma história de cem anos.
Talvez eles sequer tenham existido. Alguns dirão que os dois são apenas uma lenda, criada para explicar como o amor pode surgir em qualquer ocasião e entre qualquer pessoa.
Ninguém saberá ao certo.
Só se saberá que ele era o Rei Navegador e ela, a Rainha Artesã. Um humano e uma feiticeira que se amaram tanto que até as estrelas contaram sua história.
A história começou há muito tempo. Antes até da volta dos Antigos Reis e Rainhas de Nárnia, quando uma ave foi vista sobre o castelo de Telmar.
Não era uma ave comum, é claro. Era um pardal de olhos curiosos e inteligentes. Dia após dia, o animal voava até o castelo, pousava em uma de suas janelas e observava os telmarinos atentamente, até bater suas asas de volta para a floresta de onde saíra, um território envolvido por mistérios e agouros, onde, segundo as lendas, os animais sabiam falar e as árvores dançavam sob a canção do vento.
Um dia, porém, o pardal foi ferido por uma ave maior.
Ele conseguiu escapar, por sorte, mas sua asa fora maculada e ele já não conseguia mais voar. Com muito esforço, o pobre animal pousou sobre o jardim do castelo e em um passe de mágica, se transformou em uma menina humana.
Quem ouvisse aquela história nunca acreditaria: em um momento, sobre a grama verde do castelo telmarino, havia um pássaro ferido, no outro, uma pequena filha de Eva, de talvez dez anos de idade, usando um vestido com os mesmos tons que as penas de um pardal, carregando um enorme corte no braço.
Com os olhos úmidos pela dor, a menina respirou fundo e observou o machucado.
— Acho que não vou poder voar por um tempo. — ela declarou para si mesma, com a voz trêmula e indignada.
— Também acho que não. — disse uma voz.
A garotinha sufocou um grito de surpresa quando um homem mais velho, de cabelos prateados e olhar gentil, se aproximou.
Ele carregava um livro, que ergueu no ar, como se tentasse explicar sua presença:
— Costumo ler nos jardins do palácio, esperando conhecer um pouco mais, — começou. — mas acredito que o mais fantástico está fora dos livros.
Amedrontada, a menina nada disse. Sabia muito bem como os telmarinos eram, através das histórias que seus amigos da floresta costumavam contar. Um telmarino nunca veria os seres de Nárnia como fantásticos. Estavam mais para aberrações. Ou mitos para assustar criancinhas humanas.
— Está machucada, querida? — o homem perguntou, se aproximando com cuidado, e a garotinha acenou com a cabeça, confirmando. — Deixe-me ver.
Hesitante, ela esticou o braço para o homem, que observou o corte com cuidado.
— Não é muito profundo. — comentou ele. — Você só precisa limpá-lo e enfaixá-lo com cuidado.
A garotinha permaneceu em silêncio, então ele continuou:
— Posso fazer isso para você e talvez você possa me contar mais sobre como você consegue voar, o que acha?
— É melhor não. — a menina respondeu, por mais tentada que estivesse a receber ajuda.
— Então eu a ajudo e você decide se me conta alguma coisa ou não.
A menina ponderou por um tempo.
— Tá. Mas você precisa me trazer algo para comer. — decidiu ela, enfim.
O mais velho riu: — Tudo bem. Temos um trato.
Assim, a menina ficou muito satisfeita em comer um pedaço de bolo, depois de seu braço ser limpo e devidamente enfaixado.
— Meu nome é Cornelius, aliás. — disse o homem, quando a menina terminou de limpar os farelos ao redor da boca.
— O meu é Eris. — ela se apresentou.
— Você vem muito até aqui, Eris? — Cornelius perguntou.
— Talvez. — Eris disse, desconfiada.
— Bem, se algum dia você voltar e precisar da minha ajuda, você pode voar até aquela torre ali — o homem apontou para uma das torres mais altas do castelo. — e eu a ajudarei. É lá onde eu trabalho.
— O senhor trabalha com o quê? — Eris perguntou. Sabia muito bem que nenhum narniano deveria confiar em um soldado de Telmar, mas aquele homem não lhe parecia um soldado.
— Sou professor. — Cornelius respondeu. — Ensino ao príncipe tudo o que ele precisa saber. Álgebra, história, geografia, literatura, ciências e por aí vai.
— Isso deve ser muito legal! — a menina comentou, sem conseguir conter a empolgação.
Tudo o que Eris sabia era ler e escrever, graças aos livros antiquíssimos do senhor Magnus, o sábio fauno que cuidava da criança desde que ela era um bebê, quando sua mãe se refugiara com ela na floresta, e que havia se tornado seu guardião após a morte da matrona. No ano anterior, Eris e Magnus haviam passado o verão inteiro envolvidos em uma maratona de leitura sobre os Anos de Ouro de Nárnia.
Os dois ficaram tanto tempo enfurnados em sua toca, lendo, que seus amigos anões, Trumpkin e Nikabrik, precisaram visitá-los para confirmar se estavam bem. Caça-Trufas, o texugo que vivia com os dois anões, fora lá também, levando uma deliciosa sopa, para o caso de encontrá-los resfriados, mas o trio se deparou com as duas criaturas de boca suja de torta de amora e os olhos vidrados pelo longo tempo de leitura.
Eris adorava os amigos, por mais que fossem adultos e ela, uma criança. Trumpkin e Nikabrik a ensinavam a lutar, Caça-Trufas lhe cozinhava pratos primorosos com a pouca comida que tinha, e Magnus, que já tinha centenas de anos, contava histórias sobre sua mãe na hora de dormir.
A garota logo afastou aqueles pensamentos de sua cabeça, se lembrando de sua situação:
— Muito obrigada pelo bolo, senhor Cornelius. Se você precisar de nozes, ou amoras... Eu conheço os melhores lugares da floresta. — ofereceu, tímida, antes de se levantar.
Cornelius sorriu, se perguntando como alguém podia ser tão inocente e desconfiado ao mesmo tempo.
— É muito gentil da sua parte. — elogiou ele, encantado.
— Acho que eu preciso voltar... — falou Eris. Ela logo se lembrou do quanto Trumpkin falava sobre a importância dos telmarinos nunca a descobrirem e acrescentou: — O senhor poderia guardar segredo sobre mim?
— Claro. — assentiu Cornelius. — Será o nosso segredo. Prometo.
Eris sorriu, aliviada:
— Que ótimo! Obrigada. — disse, já se levantando, pronta para voltar até a floresta. — Até mais, senhor Cornelius.
Então ela saiu correndo para longe do mais velho, desaparecendo entre os arbustos do jardim, e Cornelius não tentou segui-la.
QUANDO A MENINA chegou até a floresta, a primeira coisa que fez foi contar ao senhor Magnus o que havia acontecido.
Embora ela houvesse ressaltado o tempo todo o quanto o senhor Cornelius lhe parecera um homem gentil e confiável, Eris fora inteiramente proibida de manter contato com ele. Nas semanas seguintes, o fauno a levou para ficar na toca de Caça-Trufas, sendo constantemente vigiada pelo texugo e os anões, para que ela não voltasse para o castelo e fosse capturada pelos humanos e a menina foi obrigada a passar todo o seu tempo terminando um bordado ridículo que começara há muito tempo.
Na quarta semana, entretanto, Eris largou sua agulha e linhas coloridas e se transformou em uma ave novamente, pronta para espionar o castelo de Telmar.
Entretanto, antes que ela pudesse visitar a torre que Cornelius lhe apontara, Eris avistou alguém passeando pelo labirinto de arbustos nos jardins do castelo: era um menino, talvez da mesma idade que a dela, com um olhar tão solitário que o coração da menina chegou a doer.
Quando ela deu por si, havia pousado na árvore mais próxima do jovem telmarino, observando, curiosa. O menino brincava com as folhas dos arbustos, correndo atrás de borboletas, às vezes até mesmo conversando com amigos imaginários.
Ele era a criança que ela via no castelo. Na aldeia havia outras delas, mas por ali ela via apenas adultos, todos tão imersos em suas obrigações que pareciam alheios à beleza do mundo ao seu redor. O menino, por outro lado, parecia só se concentrar naquilo.
Horas mais tarde, o senhor Cornelius aparecera, chamando pelo garoto.
— Alteza! — ele chamou, cada vez mais perto, até que os dois se encontraram. — Está na hora da sua lição de geografia!
Alteza?, Eris se perguntou, chocada ao perceber que seu novo amigo platônico era na verdade o príncipe de Telmar.
O príncipe resmungou alguma coisa baixinho, mas começou a caminhar na direção do castelo.
Antes de se virar para acompanhar o menino, os olhos de Cornelius revistaram as árvores, como se ele tivesse criado o hábito de buscar Eris pelo jardim durante aquelas três últimas semanas, desde o encontro dos dois.
Naquela vez, entretanto, ele encontrou um pardal diferente dos outros. Por um segundo, a menina-pássaro temeu que ele tentasse capturá-la. Pensou em todas as coisas horríveis que Nikabrik disse que os telmarinos lhe fariam se a pegassem, e ela se afligiu.
Mas tudo o que o professor fez foi erguer o queixo, em um cumprimento, antes de ir atrás do menino.
Depois daquele evento, Eris conseguiu escapar mais duas vezes sem que seus responsáveis percebessem. Foi apenas na última escapada que ela voou até a torre de Cornelius.
Ela havia se transformado em uma águia daquela vez, embora ela não gostasse muito dessa espécie. Pássaros de caça sempre lhe assustavam um pouco: pareciam cruéis demais diante das pequenas aves. Mas eram rápidos e nenhum outro pássaro tentaria lhe atacar naquela forma.
Assim, quando ela pousou na janela de Cornelius, o professor demorou um pouco mais para reconhecê-la. Por sorte, ele estava sozinho, quando notara a inteligência inocente por trás dos olhos da ave de rapina.
— Eris? — ele a chamou, surpreso.
Feliz por ter sido descoberta, a menina-pássaro pousou sobre o chão da torre e se transformou em menina novamente.
— Bom dia, senhor Cornelius. — começou, como se aquela visita fosse algo ordinário, não espetacular. — Como vai?
O homem a encarou, divertido pela casualidade.
— Muito bem, obrigada. — respondeu ele. — E a senhorita?
— Estou bem também. Meu braço se recuperou muito bem, olha. — disse a garota, erguendo o braço que fora ferido quase um mês antes. Nele só havia uma fina cicatriz.
— Fico feliz em saber. — Cornelius disse. — E também fico feliz em receber sua visita. Fiquei com medo de que você não tivesse voltado por estar muito machucada.
— Meus amigos não queriam que eu voltasse. — Eris deixou escapar. — Mas eu queria muito ver sua torre, para ver se o senhor tinha livros ou mapas ou desenhos ou talvez um globo terrestre para as suas aulas, então vim mesmo assim.
— Bem, eu tenho muitas coisas por aqui. — disse o professor. — Fique à vontade para ver. Sua visita é muito importante para mim.
A menina o encarou, surpresa: — Ora, por quê?
— Bem, eu nunca conversei com um pássaro que conseguisse se transformar em menina antes. — Cornelius disse.
— Eu não sou um pássaro. — revelou Eris. — Sou uma Artesã.
Havia lendas sobre os Artesãos e o professor conhecia algumas delas: muitos os chamavam de feiticeiros transfiguradores e diziam que eles eram uma espécie de feiticeiros do tipo mais raro, que conseguia transformar a si e às coisas ao seu redor. Podiam simplesmente transformar pássaros em ursos e ursos em seres humanos. Moldariam o mundo conforme suas vontades, se quisessem.
Muitos diziam que, assim como a cruel Feiticeira Branca, os primeiros transfiguradores pertenciam de outro mundo e sem querer acabaram em Nárnia quando esta estava sendo criada.
Vinham do Mundo Imperfeito, um lugar em eterna criação, que estava constantemente se aperfeiçoando. Os feiticeiros que lá viviam eram responsáveis por fazer todas aquelas mudanças: eram artesãos que viviam a desenhar e redesenhar a realidade, até que chegaram àquele mundo que já estava completamente feito, sem necessidade de melhoras e de repente sua existência era uma afronta à natureza.
— Isso parece deslumbrante. — comentou o professor. — E seus amigos também fazem isso?
— Não. Mas Caça-Trufas faz uma sopa deliciosa. E Trumpkin e Nikabrik são muito bons em luta de espada. — Eris disse, tentando defender as habilidades de cada amigo. — E o senhor Magnus... Ele é a criatura mais inteligente que eu já conheci. Ele sabe tudo sobre qualquer coisa.
— Parece que você tem bons amigos. — Cornelius comentou.
— Sim. Eu sou muito sortuda. — a menina disse, e a forma como seus olhos brilharam ao falar dos amigos fez o coração do mais velho se aquecer. — Eles são tudo o que eu tenho. Fico com muito medo de algo ruim acontecer com eles. Sei que os telmarinos não gostam muito de nós... — ela se interrompeu e o professor uniu as sobrancelhas.
— De vocês narnianos? — ele completou e Eris pareceu surpresa por ele falar sobre Nárnia com tamanha naturalidade. Pelo que Magnus havia lhe contado, os telmarinos pareciam acreditar que Nárnia era apenas uma lenda. Ou um mundo antigo já extinto.
— Você sabe sobre nós? — ela perguntou.
Cornelius acenou com a cabeça, a encarando com certa confidencialidade:
— Se eu te contar, você promete guardar segredo?
A menina assentiu com a cabeça de prontidão.
— Minha mãe era uma anã negra. — revelou o homem, fazendo Eris arregalar os olhos.
— Sério?
— Sério.
— Mas você é tão... — a menina hesitou em falar, mas acabou completando: — Alto.
Cornelius riu: — É raro, mas sim, sou alto em comparação à minha mãe. Sou mestiço.
A menina achou aquela descoberta incrível. Ela queria conversar mais, contar sobre Nikabrik, o anão negro que ela conhecia e com quem morava, mas sabia que tinha que voltar.
— Preciso ir embora antes que percebam que eu saí. — anunciou ela. — Posso voltar depois? Nem pude ver seus livros.
— Pode voltar sempre que quiser, querida. — prometeu o professor. — Separarei meus livros favoritos para você.
— Obrigada, senhor Cornelius... E se o senhor puder, eu adoraria ganhar mais bolo. — a menina avisou, antes de se transformar em uma águia novamente e ir embora, deixando o homem para trás, divertido pela sua sinceridade infantil.
MAS É CLARO QUE Caça-Trufas notou a ausência de Eris e entendeu por onde ela estivera. Mas o fato do homem não tê-la tentando capturá-la até aquele momento o acalmou um pouco.
Com o tempo, Magnus e Caça-Trufas permitiram que Eris voltasse ao castelo, embora Trumpkin e Nikabrik não apoiassem a ideia. Se soubessem que ele era um narniano e, principalmente, filho de uma anã negra, as coisas teriam sido bem mais fáceis, mas a menina havia prometido não contar nada.
Ela pode ao menos descobrir se os outros humanos desconfiam de nós, o texugo sugeriu e os outros acabaram sendo convencidos. Assim, as visitas ao senhor Cornelius passaram a ser permitidas, desde que Eris se transformasse em um pássaro diferente todas as vezes, para o caso dos guardas telmarinos estivessem procurando um pardal ou uma águia para capturar. Uma vez chegou a se transformar em uma borboleta, mas, por Aslam, como os ventos eram cruéis com as borboletas.
E ninguém parecia saber sobre uma feiticiera visitando o castelo.
Então ela se encontrava com Cornelius e os dois trocavam informações. O professor procurava se manter informado sobre os telmarinos, se eles queriam invadir a floresta, se acreditavam em Nárnia. Em troca Eris contava pequenas coisas sobre como era ser uma Artesã, sobre como os seres da florestas estavam lidando com a presença cada vez mais invasiva dos humanos.
O que Eris mais gostava nas visitas, no entanto, não era as conversas com o professor, por mais agradáveis que fossem, ou mesmo os livros que ele emprestava. O que ela mais gostava era ver o príncipe telmarino. Sempre que o encontrava nos jardins do castelo, ela se transformava em pardal de novo e buscava lhe fazer companhia.
A menina percebeu que queria conversar com ele. Que queria ter um amigo da sua idade.
Mas então o inverno chegou e as coisas se complicaram.
Aquele fora o inverno mais severo que a floresta enfrentou desde a Feiticeira Branca, há mais de mil anos. A comida estava escassa e o frio, insuportável. Foi naquele inverno que o fauno Magnus falecera, depois de mais de um século de vida.
Foi a maior perda que Eris encarou desde a morte da mãe. Mais uma vez perdeu alguém comprometido a cuidar dela e a protegê-la. Alguém que a amava.
As coisas estavam tão difíceis que até mesmo humanos, que acreditavam que a floresta era um lugar místico e perigoso, decidiram se arriscar por lá para caçar.
Foi diante daquele perigo que Eris revelou a Trumpkin a verdadeira origem de Cornelius e o anão vermelho decidiu que talvez fosse melhor que ela procurasse a ajuda do professor.
Quando Eris conseguiu chegar até o castelo telmarino, apesar das dificuldades impostas pelos ventos gelados, ela pediu a Cornelius que ele lhe abrigasse por um tempo, pelo menos até o gelo derreter.
— Você pode ficar o quanto tempo precisar. — Cornelius prometeu e logo sua presença fora anunciada para os outros membros do castelo. Ela era uma sobrinha distante que estaria sobre sua tutela, foi o que ele contou. Vinha de muito longe e havia perdido os pais para o inverno, disse ele e ninguém o questionou.
Assim, Eris se tornou um membro efetivo do castelo de Telmar. Uma ajudante de Cornelius, um par de mãos a mais na cozinha, uma companhia para as criadas. Ela se tornou querida por todos e descobriu que nem todos os telmarinos eram maus.
Mas o que realmente mudou sua vida, o que fez as paredes do castelo parecerem feitas de ouro e sua comida ter o gosto do néctar dos deuses, foi a presença do príncipe Caspian.
Ela o conheceu apenas três dias depois de sua chegada. Ajudava Cornelius a organizar seus livros, quando o menino apareceu à porta.
— Bom dia, senhor Cornelius! — ele cumprimentou, pronto para mais uma aula. Então ele viu a menina próxima à mesa do mentor e abriu uma expressão curiosa.
— Bom dia, alteza. — o professor disse, antes de notar o olhar do príncipe sobre Eris. — Você já conheceu minha sobrinha?
— Não. — o menino respondeu. Se aproximou da menina e estendeu a mão. — Eu sou o príncipe Caspian Décimo.
A menina apertou sua mão, tímida.
— Prazer, alteza. — devolveu. — Eu sou a Eris... A primeira, acho.
E com aquelas poucas palavras e um sorriso doce, Caspian fora completamente cativado pela narniana.
Porque algumas coisas são simplesmente inevitáveis.
── NOTAS.
UM. ︴sejam bem-vindos a last hope!
DOIS. ︴estou super animada com essa história, de todas as que eu criei até hoje (lê-se: maluca dos rascunhos), essa é minha favorita. espero que gostem! não deixem de comentar bastante e deixar uma estrelinha para a história. até a parte um 💕
©︎DEVILEVIE, 2021.
────── evie.
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