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III

Henry observou a garota dormir encolhida, ela estava deitada de lado abraçada a um travesseiro em uma cama em um dos quartos de hóspedes de Ray. Eta parecia bem mais relaxada após o banho e um lanche noturno, sua boca estava ligeiramente aberta e não duvidava dela estar babando. Ela parecia tão pequena e indefesa, confiando seu sono à versões mais novas de seus pais. A preocupação retornou como uma onda forte, quase o desestabilizando, seu eu do futuro deveria estar enlouquecendo naquele momento.

- Acho que está na hora de conversarmos. - Charlotte sentou no pufe ao seu lado, em suas mãos uma xícara de café para se manter acordada.

- O que sabemos até agora? - esticou suas pernas, se encontrava completamente dolorido após o dia puxado.

Charlotte voltou o olhar para o teto, contando nos dedos da mão livre a sequência de informações:

- Elas são nossas filhas, alguém conhecido quer se vingar, elas fugiram de um louco e não sei quanto tempo temos até ele começar a atacar.

- Você acha que ele vai ter coragem de atacar agora?

Henry acreditava que ele deveria estar planejando algo com mais calma, um vilão daquele não iria se dar ao trabalho de ter mais uma tentativa de sequestro frustrada ou... torcia para estar errado, mas ele poderia muito conhecer caminhos que o levariam à Caverna Man. Torcia para não ter razão.

- Agora não, até porque ele veio pro passado e não sabemos quem ele é ou quem é sua parceira. - Charlotte apontou, mas o receio era claramente lido em seu rosto. - Mas se ele é um vilão com toda a certeza está procurando alguém que possa ajudá-lo.

- Que ele não escolha nenhum que seja inteligente.

Torcia para sua prece ser atendida, Charlotte riu baixinho da expressão angustiada dele. Os dois tentavam não focar no fato de duas crianças terem aparecido afirmando serem suas filhas, era uma informação inesperada e desconcertante, então iriam ignorá-la até o limite do possível.

- Precisamos arrancar mais informações dela.

- Não vai ser fácil, Char, ela parece estar bastante desconfortável.

- Também percebi. - franziu o cenho intrigada. - Ela fica nervosa e agitada, então se fecha e tenta ignorar todo mundo quando se sente ameaçada.

- É como se ela estivesse com medo de que algo fosse acontecer caso falasse de mais.

"Ou como se alguém fosse aparecer", resolveu não expressar seu receio. Sentia sua cabeça latejar e seus olhos pesarem, precisava dormir ou não iria contribuir para nada na manhã seguinte. Henry também não estava em uma situação melhor e como dormia em qualquer lugar minimamente confortável, não foi surpresa alguma vê-lo cair na inconsciência em poucos segundos. A Page sorriu carinhosamente enquanto o cobria com uma manta, então esticou as costas e deu um passo em direção à sua cama, porém, um resmungo baixo a deteu.

- Shiu, ei, estrelinha, está tudo bem.

Andou calmamente até o berço onde Alia se encontrava, a bebê se remexia como se estivesse no meio de um sonho agitado. Charlotte começou a fazer um leve carinho em sua barriga, a balançando delicadamente, lembrou que sua mãe sempre dizia que ela só se acalmava assim quando menor. Alia bocejou preguiçosamente e logo retornou ao mundo dos sonhos, ela parecia não ter problema algum para dormir e se duvidava da paternidade dela, essa dúvida se extinguiu naquela informação.

■ ■ ■ ■ ■

- Acho que ela não é filha da Charlotte. - Ray sussurrou apressado ao lado de Schowz.

O cientista o encarou de maneira entediada antes de falar debochadamente:

- Obviamente você pulou várias aulas de biologia.

- Não é porque ela é branca, seu tonto! - afirmou indignado, então olhou ao redor e, notando que ninguém prestava atenção nos dois, continuou. - É pelo jeito que ela se comporta, não parece ser filha da Charlotte, do Henry sim, mas da Charlotte... sei não, cara.

- Minha mãe sempre diz, quem anda com cavalos acaba relinchando.

Ray o fitou emburrado e confuso, mas não teve tempo de continuar sua defesa porque Henry e Charlotte se afastaram das outras duas e começaram a vim em sua direção.

- Temos um pré-plano, bom, na verdade eu tenho.

A Page começou a contar o que pretendiam fazer, estavam tão concentrados que nem notaram o olhar ansioso que Eta os lançava. Ela balançava um mobile que Schwoz havia feito para Alia, a bebê estava deitada de barriga para cima tentando segurar as peças almofadadas que faziam parte do brinquedo. Sentada no chão, Eta sentia seu coração começar a acelerar em uma velocidade assustadora, queria correr e se esconder de todos; tinha a certeza de que se sua mãe a pressionasse mais um pouco iria contar tudo e não poderia colocar sua existência e, principalmente, a de Alia em risco. Não seria justo destruir todo o futuro por conta da necessidade de se sentir protegida. Ela não estava protegida, enquanto aquele homem as perseguirem elas nunca estariam. Porém, era seu dever cuidar de Alia, era sua obrigação evitar que sua irmãzinha sofresse. Sabia que não poderia fazer muito, mas precisava tentar, precisar continuar, precisava não desistir. Não desistir nunca. Lutar sempre. Não desistir...

- Eta?

Levantou a cabeça quando escutou seu nome soando ao longe, não percebeu Charlotte ajoelhada ao seu lado até sentir a palma da mão dela pressionar seu rosto. A Page esperou os olhos da mais nova voltarem a focar, parecia que a garota estava retornando de um longo transe e não queria fazer nenhum movimento brusco que a fizesse voltar para onde estava. Henry também havia se aproximado, ele retirou Alia do chão e a levou para longe de forma que Charlotte e Eta tivessem um pouco de privacidade.

- Eu, hum, o que houve? - perguntou lentamente, sentindo um nó em sua garganta quando percebeu seu rosto molhado por lágrimas.

O coração de Charlotte apertou em preocupação, estava com muito medo de descobrir o que a futura Hart tanto escondia. Percebeu que em certos momentos nenhuma palavra é suficiente, então a puxou para os seus braços a sentindo tensa sob seu toque. Eta demorou alguns segundos para retribuir, como se estivesse decidindo se deveria atravessar ou não aquela linha. Por fim, com um suspiro trêmulo retribuiu fortemente o abraço, as lágrimas retornando aos seus olhos e logo sendo absorvidas pela blusa de Charlotte ao descerem por sua face. A Page a apertou fortemente, a sentindo tão minúscula em seus braços, fechando fortemente seus olhos enquanto sentia seu corpo estremecer aos soluços da mais nova.

- Ela ainda não é filha dela? - Schwoz perguntou a Ray, um sorriso vitorioso em seu rosto após observar a interação.

- Não quis dizer que ela não pode ser a mãe dela, está na cara o quanto ela é apegada a Charlotte, mas ainda tem alguma coisa errada. - a última parte saiu em um murmúrio pensativo, sentia que tudo o que sabiam era somente a ponta de um iceberg de problemas e que não demoraria até o visualizarem inteiro.

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