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II

Henry e Ray se posicionaram um pouco afastados da maca onde a garota misteriosa repousava, ela estava prestes a acordar e, seguindo o plano de Charlotte, os dois haviam se transformado em super-heróis para não gerar ainda mais angústia à ela. Somente o assistente e seu mentor estavam na enfermaria, os outros se encontravam na sala de controle junto com a bebê, que pelo visto não queria desgrudar de Charlotte por nada, enquanto tentavam distraí-la para que pudessem conversar com calma com a mais velha.

A garota se remexeu, parecia voltar a consciência aos poucos, eles se colocaram em alerta e Henry se prontificou a ajudá-la quando a viu colocar certo esforço para sentar. Ela piscou um tanto perdida, apertando o braço do assistente antes de notar que não estava sozinha, encarou os dois homens antes de analisar cautelosa o espaço ao seu redor, pareceu estremecer um pouco antes de perguntar preocupada.

- Onde está a Alia?

- Quem? - Ray indagou confuso.

- A minha irmã. - respondeu em um sussurro cansado, seus olhos se desviando para o chão.

- Ela está segura, se quiser podemos trazer ela aqui.

Henry propôs, notando o quão tensa ela estava. A garota somente assentiu e Ray logo tratou de enviar uma mensagem para os outros. O Hart esperou que ela gritasse ou exigisse que trouxessem a bebê logo, porém, ela havia aceitado muito bem a sua resposta. A garota também não parecia impressionada por estar na presença deles ou sequer fazia perguntas relacionada ao local onde estava; ela somente olhava para o chão, suas mãos se retorciam nervosas em seu colo, seu rosto sendo parcialmente coberto pelos fios lisos como uma cortina que a protegia do mundo.

- Qual é o seu nome?

Seus ombros se retesaram ainda mais, parecia que ela estava se fechando cada vez mais em si mesma. Henry trocou um olhar preocupado com Ray, o super-herói deu de ombros sem saber o que fazer, ele nunca fora bom com sentimentos alheios. O Hart se aproximou um pouco, esticou a mão para tocá-la, mas desistiu e as cruzou atrás de seu corpo.

- Hum, você está bem?

- E-estou. - um soluço pôde ser ouvido, deixando assim nenhuma dúvida de que ela não estava bem.

Ray não parava de se mexer inquieto, olhando para a menina como se ela tivesse sido transformada em um alien com quatro braços. Schwoz escolheu aquele momento para aparecer, vestido com um short rosa e orelhas e nariz de coelho, ele trazia nos braços uma bebê aos gritos.

- Eu não consigo fazer ela parar de chorar! - em seu rosto podia ser lido o claro desespero. - Ela só quer a Charlotte!

Henry se aproximou para tentar ajudar, porém, ele não era o escolhido dela, Ray fingiu estar preocupado com algo do outro lado da sala e a garota pareceu recobrar um pouco de controle e pulou rapidamente da maca em direção à pequena humana berrante.

- Está tudo bem, Alia, não precisa chorar. - ela usava um tom doce tentando camuflar a insegurança em sua voz. - Vamos te devolver para a sua mãe.

Ela parecia fazer uma promessa e logo saiu do cômodo com a criança em seus braços. Os três não sabiam direito o que fazer, ficaram paralisados a observando sumir através da porta e só quando um som engasgado saiu de Schwoz é que começaram a correr atrás dela.

■ ■ ■ ■ ■

Charlotte estava tentando identificar o homem estranho que perseguiu a garota misteriosa e tudo o que conseguiu foi mais perguntas. O bairro onde ela havia sido encontrada não possuía muitas câmeras, obviamente, mas as poucas imagens que conseguiu mostravam dois grandes clarões vindos de um local distante com um curto intervalo de tempo entre si. Não duvidava de que o primeiro havia resultado na aparição das duas crianças e o segundo na do homem estranho. Tamborilava as unhas sobre a bancada quando escutou um choro infantil se aproximar cada vez mais, em poucos segundos a garota apareceu com uma bebê quase rouca nos braços.

- Por favor, segura ela.

Pediu desolada e obviamente exausta, Charlotte quase correu de encontro à ela, parecia que a qualquer momento a menina poderia desmaiar novamente.

- O que houve? - perguntou preocupada, retirando a bebê de seus braços e começando a acalentá-la.

- Ela está com saudades e medo.

Disse, como se fosse a reposta para tudo e sentou-se à mesa. A bebê se tranquilizava aos poucos, o choro diminuindo e deixando em seu lugar soluços sofridos e um rastro visível de lágrimas.

- Ah, merda, merda, merda.

A voz de Ray a fez encará-lo confusa, então ela notou que seus três amigos olhavam para ela e depois para a bebê como se algo muito desastroso tivesse acontecido. Charlotte encarou a garota que os observava sem fala, podia ver em seus olhos escuros uma turbulência de sentimentos não identificáveis.

- Quem são vocês? - perguntou séria, a fazendo se encolher um pouco.

- Vocês são do futuro, não são?

Era perceptível a animação de Schwoz, já Ray gemeu inconformado e Henry tombou a cabeça para trás em exasperação.

- Deixa eu adivinhar, estamos tendo um futuro horrível de novo?

- Obviamente, Kid!

Charlotte ignorou os três que pareciam estar prestes a entrar em uma discussão e se encaminhou em direção à garota, ela torcia as mãos nervosamente e não tirava o olhar de seus tênis surrados.

- Eu sei que deve estar tudo muito sufocante para você nesse momento e se não quiser contar cada detalhe, acredite que não vou te forçar a isso, mas gostaria de saber pelo menos o seu nome.

Seu tom paciente pareceu surtir algum efeito, a garota levantou a cabeça e a encarou com uma vulnerabilidade que a assustou um pouco. Ela parecia tão pequena, os ombros curvados como se todos os problemas do mundo estivessem se alojando ali, Charlotte quis puxá-la para um abraço, era injusto alguém tão nova aparentar tanto medo.

- Eta. - respondeu em um sussurro.

- Um nome diferente. - falou, abrindo um sorriso encorajador quando a viu parar de torcer as mãos.

- Na verdade é Eta Carinae, a estrela...

- Mais brilhante do universo. - completou quando notou a voz da garota embargar ligeiramente. - É um nome lindo.

- Escolha da minha... mãe. - informou, enxugando o canto do olho.

- E por falar em mãe. - Ray se intrometeu, dando um passo para mais perto delas. - Você disse que ela é sua irmã certo? - perguntou, apontando para a bebê que adormecia aos poucos com a cabeça apoiada no ombro da Page.

Eta não encarou nenhum deles, levou o dedão a boca, o modiscando enquanto aparentava pensar no tanto que revelaria. Por fim, fechou as mãos em punho e ergueu o queixo como se tentasse demonstrar uma coragem escondida.

- A Alia é minha irmã e filha da Charlotte. - não parou a fala, ignorando alguns arquejos surpresos e olhares assustados. - O homem de quem estávamos fugindo quer capturar ela e fazê-la de cobaia para um experimento envolvendo bebês com a genética... um tanto diferente.

- Então ela possui poderes? - Charlotte encarou a bebê com uma certa curiosidade.

- Sim, só que é um pouco complicado explicar quais porque eles ainda não se manifestaram.

- Se eles não se manifestaram, por que ele quer tanto ela?

Eta levantou-se de súbito, como se não aguentasse ficar mais um segundo parada, então começou a caminhar a passos hesitantes.

- Ele se juntou com uma velha conhecida de vocês, alguém que quer se vingar de você há muito tempo. - encarou Charlotte, que sentiu um frio assustador descer por seu corpo. - Essa pessoa é bem perturbada e colocou na cabeça que você é a causa de todo o mal que acontece com ela há anos, então quando ela conheceu esse homem e eles perceberam os objetivos em comum, só precisavam agir.

- Então você fugiu com ela e acabou parando aqui, mas como?

- Eu escutei um barulho vindo do quarto da Alia, como nossos pais estavam em uma festa e a babá parecia estar dormindo, eu fui ver e quando cheguei a encontrei nos braços desse homem. - gesticulou para as telas, onde o rosto granulado do homem estava. - Eu, eu não sei muito bem como consegui sair de lá com ela, mas corri para o seu quarto e encontrei seus dispositivos de emergência, peguei o primeiro que vi e por sorte foi um teletransportador. O portal abriu aqui e acho que ele teve a mesma ideia.

Eta sentou novamente, apoiando os cotovelos na mesa e afundando as mãos no cabelo. Charlotte entregou a bebê a Schwoz, que a pegou meio inseguro, mas aliviado por ela estar dormindo. Henry sentou em frente à Eta, com Charlotte ao seu lado e Ray atrás. Os dois já estavam em suas roupas normais, se ela vinha do futuro não fazia sentido continuar escondendo suas identidades.

- Como você sabe sobre tudo isso? A vilã e os planos desse cara assustador?

O Hart perguntou um tanto desconfiado, o que fez Charlotte se sentir meio boba por não ter pensado naquilo antes. Eta mordeu o interior da bochecha, os lançando um olhar envergonhado quando admitiu.

- Eu meio que escutei algumas conversas escondidas.

- Eta. - Charlotte não conseguiu controlar o tom levemente repressor, parecia ser mais forte do que ela, mas convivendo com seus amigos era até natural.

- Desculpa, mãe. - a voz saiu em um murmúrio sem jeito, mas foi o suficiente para confirmar as suspeitas da maioria. Eta percebeu seu deslize e voltou a se fechar em seu próprio mundo.

- O que fazemos agora?

- Não sei, Ray. - Charlotte se sentia perdida. - Mas não podemos deixar que ele as capture.

- E não vamos. - Henry prometeu, apertando levemente sua mão por baixo da mesa.

A Page reconheceu o olhar determinado do amigo e balançou a cabeça em concordância. Eta alternava a atenção entre os dois, seus olhos começavam a ficar marejados e pela forma como se portava, parecia ter muito mais a dizer.

- Você pode ficar na casa do Henry, já que esse homem conhece a Char então deve saber onde os pais dela moram. - Ray propôs, tendo a concordância de quase todos.

- Só tem um pequeno problema. - Eta falou, cruzando os braços como se para se proteger do que estava por vim. - Eu tenho um pai e ele sabe quem ele é. - afirmou, soltando um suspiro trêmulo.

Charlotte encarou Henry de relance, ele ainda parecia tentar juntar as peças daquele quebra-cabeças. Eta se remexia inquieta, parecia querer sumir da sala quando sentiu os olhares em cima de si.

- Tô amando isso, mas tenho tantas, tantas, perguntas. - Schwoz declarou, recebendo um olhar gélido por parte da mais nova.

- Vamos fazer assim, você fica aqui por hoje e de manhã bem cedo vamos traçar um plano. - Eta concordou com sua proposta e Charlotte levantou-se para pegar a bebê dos braços de Schwoz. - Eu vou ficar com vocês caso precisem.

- Por favor. - Eta pediu em um tom quase suplicante. - Você também?

Henry não sabia muito bem o que falar, abriu a boca, porém, parecia que as palavras não se formavam nem em sua mente. Eta o encarava em expectativa, as manchas dos machucados em seu rosto fizeram seu estômago embrulhar e o brilho em seus olhos, pelas lágrimas não derramadas, o provocaram um senso de proteção. Ela parecia tão familiar, o lembrava alguém que não sabia identificar, mas teve a certeza de que não poderia deixá-la sozinha.

- Sim, tudo bem, eu vou ficar.

- Ótimo. - o sussurro aliviado de Charlotte foi ouvido apenas por ele, o que o fez querer rir, ela deveria estar se segurando para não surtar.

- Já que chegamos em um consenso, vou dormir.

Ray saiu rapidamente, puxando um Schwoz irritado pela gola da blusa. Somente os quatro permaneceram na sala de controle, a bebê começando a despertar e Eta querendo cair na inconsciência. Charlotte e Henry se encararam em um misto de emoção, mas a determinação compartilhada era clara em seus olhos, eles tinham um plano cansativo para traçar.

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