28 - Almoço e Surpresa
"Nunca pensei que encontraria uma saída
Nunca pensei que escutaria meu coração bater tão alto
Não consigo mais acreditar que restou algo no meu peito
Mas, caramba, você me deixou apaixonada novamente"
- Love Again
Dua Lipa
O sol parece brilhar mais do que o normal e todo o meu corpo está suando em lugares que não fazia ideia que existiam. Embora o ar condicionado do estúdio esteja ligado, a cadeira de couro não ajuda muito quando se é preciso ficar sentado por pelo menos quarenta minutos seguidos.
Depois que Nick teve que sair para fazer o tal favor para a sua mãe, ele passou a confiar ainda mais em mim ao voltar e encontrar o lugar inteiro e uma fila de clientes satisfeitos, então aqui estou mais um dia, atendendo a duas irmãs que escolheram fazer uma tatuagem em homenagem à mãe que partiu antes da hora.
Apesar de estar gostando bastante dessa oportunidade de tatuar os seus clientes, me sinto um pouco desconfiada com essa necessidade sua de sumir por algumas horas nos últimos dias. Não que esteja com ciúmes nem nada no estilo, é só que... uma pequena parte de mim sente medo dele estar se cansando de toda essa complicação.
E essa pequena parte não para de sussurrar no meu ouvido que se eu não der um jeito nisso logo, vou acabar perdendo-o pouco a pouco.
Enquanto deslizo a agulha pela pele macia de uma das irmãs, não paro de pensar no que Nick estará fazendo. Ele disse que precisava buscar alguns materiais, no entanto, não deveria estar demorando tanto para voltar, não é mesmo?
Argh.
Depois de vários minutos, chego à conclusão de que estou sendo paranoica e uma idiota completa à toa.
Finalizo a primeira tatuagem e passo para a segunda com um sorriso no rosto que não condiz em nada com o que estou sentindo por dentro.
A garota loira de olhos tão azuis que parecem dois lagos congelados, me olha com uma expressão de assombro.
— Caramba, ficou perfeita! -Sussurra para si mesma e agora sim sorrio genuinamente de orelha a orelha. Se tem uma coisa que amo, é ver como as pessoas se apaixonam pelo desenho nas suas peles e esboçam essa satisfação por algo que permanecerá no seu corpo até o seus últimos dias.
— Obrigada. -Murmuro tímida.
Minhas bochechas esquentam rapidamente e sinto que estou ficando vermelha.
Mas que droga!
— Você é a melhor de todas, Olívia. E não estou falando por falar. -Agora ela está olhando diretamente para mim e não sei o que responder diante da afirmação. É como quando te elogiam ou quando cantam os parabéns e o aniversariante fica lá diante de todos com um sorriso amarelo no rosto sem fazer ideia de como reagir.
— Ela é a melhor mesmo. -Uma voz grossa desliza para dentro da sala e respiro fundo me controlando para não girar o pescoço tão rápido que possa causar um torcicolo. As duas irmãs sorriem uma para a outra como se estivessem assistindo a um filme clichê e deixo escapar um suspiro nervoso. — Se importam se eu roubar a sua tatuadora por alguns minutinhos? -Nick pede e ambas balançam a cabeça para cima e para baixo, hipnotizadas talvez pela situação ou pelo meu namorado ridiculamente atrativo.
Me levanto devagar e retiro as luvas antes de me afastar.
— Já volto, meninas. -Asseguro e sigo Nick para fora da sala com o coração batendo acelerado.
Caminhamos em silêncio até o depósito e uma vez que a porta se fecha, lábios e mãos estão em cima do meu corpo e engasgo com a aproximação repentina.
— Não acredito que me fez parar de trabalhar, só para me beijar. -Ofego quando dedos calejados apertam a minha cintura.
— Claro que não, amor. -Seus olhos me observam com picardia e franzo o cenho. — Precisava mesmo falar com você, só que não consigo te ver e não te beijar. Você é irresistível. -Confessa sem nenhuma gota de vergonha na cara e aperto-o contra mim.
— Nesse caso, está perdoado.
Nos beijamos por outros dois minutos até que começo a ficar preocupada com as clientes que estão me esperando.
Afasto seu rosto o suficiente do meu para que possa falar.
— O que queria dizer? Preciso voltar para a sala...
Suas pálpebras se apertam e seu semblante se transforma em uma careta engraçada.
— Hã... minha mãe quer almoçar com a gente hoje. -Solta de repente e agora estou tossindo como se fumasse a vida toda. — Não precisa ir, se não quiser. -Acrescenta rapidamente e acaricio sua barba com carinho.
Então ele lhe contou sobre nós dois. Mas que ótimo.
Me recupero do susto e sorrio negando com a cabeça.
A expectativa no seu rosto é tão evidente, que eu seria uma grande filha da puta se não aceitasse o seu pedido.
— Que hora você marcou com ela?
Ele arregala os olhos diante da minha resposta e um enorme sorriso substitui a careta de antes.
— Acho que meio dia em ponto, portanto não atenda mais nenhum cliente depois das garotas, ok? -Passa o nariz pelo meu pescoço e concordo sem nem perceber. — Muito bem, nos vemos daqui a pouco então...
— Ótimo.
— E Liv?
— O quê?
— Está deliciosa nessa calça apertada.
Solto uma gargalhada divertida e dou um tapa no seu ombro.
— Você não presta, cara.
— Eu sei... -sorri safado enquanto caminhamos de volta para a sala. — Te busco mais tarde então.
— Vai sair de novo?
Não consigo esconder a frustração e para o meu azar, Nick percebe exatamente isso.
— Preciso terminar de resolver alguns problemas, prometo que já termino tudo e você vai se cansar de ver minha cara por aí. -Brinca.
— Acho que isso seria impossível... Agora vai logo, que as meninas estão me esperando. -Empurro seu corpo em direção à porta e ele sai sem parar de sorrir.
Debby observa a cena com aquela expressão sabichona de sempre e giro os olhos antes de voltar para a sala de tatuagem e continuar de onde parei.
Durante o tempo em que tatuo a segunda irmã, não deixo de pensar no almoço com Emile. Ela me conhece praticamente desde que nasci e é um amor de pessoa, no entanto, uma coisa é encontrá-la quando eu era apenas a filha da sua amiga ou a irmã do melhor amigo do seu filho, e outra coisa muito diferente, é ir sendo a sua nora. Não sei como reagir, será que ela está de acordo com Nick e eu namorando, mesmo depois de tê-lo tratado tão mal? Será que ela vai gostar de ter o filho saindo com uma garota mais nova? Ou cheia de tatuagens. Ou...
Uma infinidade de perguntas borbulham dentro da minha cabeça e para o meu desespero, não tenho resposta para nenhuma delas.
Finalizo o desenho e repasso todas as indicações para o cuidado antes de despachar as garotas com um sorriso cansado no rosto.
Peço para Debby fechar o estúdio e corro para o banheiro para ver como estou. Faço uma maquiagem leve e passo perfume, os dedos tremendo de ansiedade e medo.
Solto um gritinho engasgado ao ver que faltam apenas dez minutos para o meio dia e guardo todas as minhas tralhas na mochila. Respiro fundo várias vezes para me tranquilizar e dou um pulinho de susto quando batidinhas reverberam na porta.
— Liv, estou indo embora! Nick acaba de chegar. Até mais tarde, querida.
— Até mais tarde, Debby. -Respondo nervosa.
Respiro fundo uma última vez antes de sair do pequeno banheiro e dou de cara com Nick me esperando do outro lado do corredor.
Ele sorri ao me ver e tento não deixar transparecer que estou a ponto de desmaiar.
— Está pronta?
Balanço a cabeça para cima e pra baixo, e seus dedos enroscam nos meus em uma maneira silenciosa de me acalmar. Trancamos a porta do estúdio e rumamos até o seu carro. Não há necessidade de irmos separados e para ser bem sincera, não sei se conseguiria prestar atenção no trânsito.
Enquanto dirige, Nick descansa a mão na minha coxa e toda a minha pele se arrepia com o contato íntimo, mesmo que ele esteja me tocando por cima da calça jeans.
Seus olhos alternam entre olhar para a avenida movimentada e para o meu rosto franzido.
— Vocês já se conhecem, lembra? E minha mãe ama você, não precisa se preocupar. -Diz de repente. Droga.
— Eu sei, Nick. É que mesmo sabendo disso, é diferente.
— Por que?
— Porque eu... não te tratei muito bem no passado.
Recebo uma risadinha divertida como resposta e Nick aproveita um semáforo vermelho para me olhar por completo.
— Olívia, você acha mesmo que ela vai te julgar por isso? Além do mais, ela já sabe o que aconteceu. Eu... disse tudo a ela.
Arregalo tanto os olhos que por alguns segundos fico com medo deles caírem em cima das minhas pernas.
— O que você lhe contou?
— Tudo, Liv. Mas pode ficar tranquila, eu lhe pedi para não dizer nada aos seus pais. Essa decisão é sua. -Responde em um suspiro.
— Nick, eu... -Não consigo continuar. A luz vermelha se apaga e a verde se acende em um sinal para que avancemos. Decido deixar essa conversa para depois. Não é o momento para discutir isso e não sei se seria uma boa ideia trazer esse tema à tona.
Na medida que o carro desliza pelo asfalto e se aproxima do restaurante escolhido para o almoço de hoje, meu coração se acelera cada vez mais e respiro fundo várias vezes.
Ao chegar, estacionamos em um lugar vazio, porém nenhum dos dois faz menção de descer.
— Esse almoço será como qualquer outro, ok? -A voz rouca de Nick me desestabiliza por alguns segundos.
— Eu sei, amor. Agora vamos, não devemos deixar sua mãe esperando. -Beijo seus lábios com pressa e finalmente abro a porta, pulando para fora do jipe.
Deixo minha mochila no banco de trás, não quero nada me incomodando enquanto almoçamos. Entramos no restaurante de mãos dadas e não demoro muito a identificar Emile dentre todas as outras pessoas presentes.
Ela é linda, os cabelos castanhos quase da cor do chocolate, olhos doces e compreensivos e uma postura elegante, como se ela fosse a dona do lugar.
Definitivamente Nick puxou para ela. Exceto pelos olhos, que são idênticos aos do seu pai.
Quando ela nos vê, se levanta e encurta a distância até parar na nossa frente. Seu perfume suave me deixa levemente mais calma e seus olhos brilham ao focar na minha mão entrelaçada à do seu filho.
— Que bom que chegaram. -Diz animada. — Deus, como você cresceu, Olívia! Está tão linda... -Me abraça apertado e devolvo o gesto com carinho.
— Obrigada, Emile, você está... maravilhosa como sempre. -Suspiro.
Não estou mentindo.
Essa mulher não parece envelhecer nunca. Se não fossem as pequenas rugas ao lado dos olhos castanhos, qualquer um diria que ela e Nick são irmãos.
— Que nada, querida. -Seus olhos sorriem junto com os lábios e acabo me contagiando com sua animação. — Agora, o que acham de pedirmos? Estou faminta.
Balanço a cabeça em concordância e nos sentamos na mesa que ela tinha reservado.
O garçom aparece muitos depois para anotar nossos pedidos, e em questão de minutos, o clima se ameniza e é como se tivesse voltado no tempo, quando todos nós nos reuníamos para um almoço no final de semana, Nick, Jhonny e eu brincávamos no jardim do condomínio enquanto a comida não ficava pronta.
Emile está visivelmente feliz pelo nosso namoro e confesso que é um peso menos sobre os meus ombros cansados.
— Se me derem licença, preciso ir ao banheiro. -Nick sussurra de repente e escapa até a porta com o símbolo de um homem vestindo um terno elegante entalhado na madeira.
Observo cada passo seu até que ele desaparece do meu campo de visão e quando volto a olhar para a mulher na minha frente, ela me recebe com um sorriso no rosto.
— Sabe, você não faz ideia de como estou feliz por ter escolhido meu filho. -Diz solene e franzo o cenho confundida. — Desde que eram duas crianças, Nick tinha um olhar diferente sobre você. Ele sempre te protegia e não saia de perto. Até que você começou a se tornar essa garota linda, então ele ficou ainda mais maluco. Então os dois brigaram e aquela luz que ele tinha, foi se apagando pouco a pouco.
— Emile... -Engulo em seco. Eu sabia que iríamos chegar a isso. Me preparo mentalmente para ser repreendida, porém, para a minha surpresa, ela segura meus dedos por cima da mesa e me dedica um sorriso ainda maior que o anterior.
— Eu sei o que aconteceu, querida, não precisa se preocupar. Além do mais, meu filho demorou a cair em si. Os homens às vezes são meio lerdos às vezes. -Brinca e solto uma risadinha nasalada.
Nesse momento, me sinto ainda mais horrível pelo fato de que ela sabe sobre eu e Nick, e meus pais não. Emile e minha mãe são muito amigas, e saber disso e não poder lhe dizer nada deve estar sendo muito difícil para ela.
— Emile, Nick me contou que você sabe tudo sobre... bem, sobre nós dois. Não quero que pense que estou escondendo minha relação com ele. E-eu amo o seu filho e já decidi que vou me abrir com os meus pais.
Ela não diz nada, apenas assente com a cabeça e me lança um sorriso maternal ao mesmo tempo em que acaricia meu braço.
— Muito bem, estou de volta. -Nick se senta do meu lado e imediatamente sua mão descansa em cima da minha perna por baixo da mesa.
Recebo-o com um sorriso apaixonado e ele levanta a sobrancelha confundido.
Emile e eu trocamos um sorriso cúmplice bem a tempo do garçom aparecer com nossa comida, o que de certa forma é um alívio. Os minutos passam voando e quando menos percebemos, se transformam em horas, em um sinal claro de que o encontro foi tão bom que nem notamos o tempo voando como louco.
Nos despedimos de Emile com a promessa de que vamos nos reunir outra vez e voltamos para o estúdio, o caminho de volta bem mais leve do que o de ida.
O resto da tarde escorre rapidamente pelas nossas mãos, e quando chega a hora de fechar, me sinto estranha.
Como se fosse outra pessoa.
Uma Olívia decidida a arrumar essa confusão que eu mesma criei.
Termino de limpar tudo e vou até a o escritório de Nick. Ele está na frente do computador com uma expressão cansada no rosto e embora esteja curiosa para saber o que está acontecendo, prefiro não me meter nos assuntos do seu estúdio.
Dou batidinhas na porta para chamar a sua atenção e ele sorri ao me ver, então me aproximo e seus braços me puxam para que fique sentado no seu colo.
— Estou indo para casa, nos vemos amanhã, ok? -Beijo seus lábios como sempre e ele concorda em um suspiro.
— Gostaria de passar um tempo a sós com você, mas preciso mesmo terminar de revisar esses documentos... -Explica chateado.
Aperto o seu queixo com divertimento e passo a língua pela sua boca, molhando-a quase por inteiro.
— Isso é uma pena, amor. Até mais. -Me levanto em um pulo e caminho até a porta, rebolando de propósito.
Em questão de segundos, suas mãos estão sobre meu corpo outra vez e sou colocada em cima da mesa sem nenhuma delicadeza.
— Você ama me torturar, não é mesmo? -Nick diz mordendo meu lábio inferior.
— Não faz a menor ideia.
Suas mãos então deslizam por baixo da minha blusa folgada até chegar no meu sutiã e ele aperta um mamilo me acendendo rapidamente, como se jogasse gasolina em uma enorme fogueira.
Ele torce, gira e belisca o pequeno botão e meus gemidos vão ficando cada vez mais altos. Cada vez mais indecentes e urgentes.
— Debby já foi embora? -Pergunta contra o meu pescoço.
— Há pelo menos vinte minutos. -Engulo em seco quando ele desabotoa minha calça e abaixa o zíper lentamente.
— A porta da frente está trancada?
— S-sim. -Engasgo ao sentir seus dedos abrindo caminho por baixo da minha calcinha. — Oh Deus... isso.
Entre beijos lascivos no meu pescoço, seus dedos me penetrando como nunca e seus gemidos roucos ao ser tocado na mesma intensidade que ele está me tocando, a vontade de tê-lo dentro de mim aumenta tanto que sem pensar duas vezes, abaixo minha calça e faço o mesmo com a dele, guiando seu pau até a minha entrada, sendo empalada com força, minha bunda se levantando alguns centímetros da mesa com o movimento brusco.
— Não faz ideia de como é bom te comer aqui, em cima do meu escritório.
— É mesmo? -Mordo sua orelha de leve.
— Sim... Agora, cada vez que entrar aqui, vou lembrar exatamente disso.
— Pois saiba que podemos repetir sempre que quiser. -A safadeza na minha voz me impressiona e sorrio sabendo que não dou a mínima.
Amo esse cara e transaria com ele onde fosse.
Continuamos nos movendo incansavelmente e no momento em que ambos somos atingidos por um orgasmo alucinante, abraço-o com força ainda ofegante e espero até que nossas respirações fiquem mais suaves.
— Nos vemos amanhã, amor. -Beijo novamente os seus lábios e finalmente vou para casa depois de mais uma transa maravilhosa.
Dirijo calmamente pelas avenidas até chegar no condomínio e subo distraída, quase como se estivesse flutuando.
Nick provoca isso em mim.
Estar com ele é como literalmente voar.
E ao perceber isso, um medo insano me invade, pois como diz o ditado, quanto mais alto o vôo, mais alta será a queda.
— Isso é ridículo! Esse cara jamais conseguiria pular de um helicóptero, cair em cima de um monte de tralhas e ainda continuar lutando como se nada tivesse acontecido. -Jhonny resmunga pela milésima vez.
Quando cheguei, ele estava no seu quarto definhando como nos últimos dias e resolvi chamá-lo para ver um filme e quem sabe assim, distrair sua mente e o seu coração.
— É um filme, mano, não tem que fazer sentido. -Levo uma porção de pipoca até a boca e mastigo com gosto.
— Mas se fosse na vida real, esse maluco já estaria mortinho. -Continua e sou obrigada a concordar.
— Tem razão, de todas maneiras, existe aquela parada de licença poética e toda essa merda, não é mesmo?
Jhonny gira os olhos insatisfeito com a minha resposta e bufa sem dizer nada. Voltamos a prestar atenção no que está acontecendo e milagrosamente ele não faz nenhum comentário por exatos quinze minutos.
Minha boca fica seca por conta da pipoca salgada e me levanto para ir até a cozinha com a intenção de me servir mais da bebida refrescante, no entanto, o barulho da campainha tocando me faz desviar do meu caminho e vou até a porta tentando lembrar se meus pais ou até mesmo Jhonny estão esperando alguém. Nada me vem à mente, mas resolvo abri-la mesmo assim, sem imaginar que ao girar a maçaneta, daria de cara com a última pessoa que pensei que viria até a minha casa ao lado de Nick que me observa tão curioso quanto eu mesma.
— Ava, o que está fazendo aqui?
NOTA DO AUTOR
É o seguinte, como já puderam perceber, a merda está a caminho.
O capítulo ficou gigante e eu até iria dividir, mas senti que se eu fizesse isso,
ia perder um pouco o tesão kkkkkkkk
Agora, como já tinha dito para vcs, se preparem e por favorzinho, não queiram me
bater, prometo que vou pegar leve dessa vez hahahahaha
Não se esqueçam de votar e comentar,
Amo vcs 🥰
Bjssss BF🖤🖤🖤
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro