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Final | Parte 2

Por favor, leiam as notas finais!

E não esqueçam de deixar a estrelinha!

Aproveitem que esta é a última chance de comentar em Las Vegas!

🎲 Boa leitura! 🎰

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Jimin estava sentado em um dos bancos do jardim que ficava dentro do Bellagio. Desde que havia chegado a Las Vegas, ele passava todo o seu tempo livre ali, seu local preferido da cidade. Estar entre as flores, ainda mais agora, trazia-lhe inúmeras memórias.

Imerso em pensamentos, Park lembrou-se daquele momento na escada de emergência da empresa, onde ouviu Jungkook concordar em voltar para Yeri. Só com a lembrança, o sangue borbulhou em suas veias e Jimin apertou o tecido da calça branca entre os dedos.

A proposta para que Jungkook ficasse com ela e Jimin ao mesmo tempo era simplesmente inaceitável. Park, até então, não duvidava do amor do outro, mas jamais se submeteria a esse papel, o do amante, mesmo a "oficial" sendo apenas de fachada.

E aquilo tinha sido o estopim para Jimin. Já tinha aguentado inúmeras provações e tinha aceitado diversos escorregões de Jungkook. Park tinha sido compreensivo até então, mas seu limite havia sido atingido.

E, além disso, não era só por ter ouvido da boca de seu amado que ele iria ceder às exigências da sua ex-noiva, mas por perceber também que Yeri não tinha limites. Não era só mais uma garota mimada tentando realizar os seus caprichos e sim, uma mulher inteligente, vingativa e inescrupulosa. Estavam todos ali em perigo.

Jimin fugiu, desesperado por saber que a sua presença era uma ameaça a todos ao seu redor. Fugiu pela dor que sentiu ao ouvir aquela conversa. Sabia que se continuasse ali, Yeri cumpriria todas as suas promessas. Ela já estava agindo e a partir dali, tudo ficaria mais perigoso. Jimin jamais se perdoaria se algo ruim acontecesse com qualquer pessoa ligada a ele.

Quando chegou em seu apartamento, foi jogando tudo o que tinha no armário em uma mala grande, ao mesmo tempo que ligava para a companhia aérea para reservar uma passagem para Las Vegas. Sim, voltaria para "casa", de onde, talvez, nunca deveria ter saído.

Jimin parou por um momento quando a próxima peça de roupa a ser colocada na mala era a camisa que Jungkook havia dado, idêntica àquela que foi rasgada na noite em que passaram juntos no cassino. E com ela em mãos, rompeu em prantos.

Park estava perdido, uma das poucas vezes que não sabia direito o que fazer. Sentia todo o peso dos últimos acontecimentos caindo sobre seus ombros, fazendo-o sentar-se no chão do quarto, abraçando os joelhos próximos ao peito.

As lágrimas corriam fartamente e ele sentia dor ao relembrar das palavras saindo da boca de Jungkook ao aceitar a proposta de Yeri, sentia medo pelos amigos e por Jin, que agora corriam perigo por causa dele. Não era justo.

Seria bem mais fácil se ele pudesse simplesmente voltar para Vegas e fingir que nada daquilo estivesse acontecendo, mas além de tudo, a auditoria ainda estava pendente. Havia prometido para a família Jeon e para Jongin que esclareceria o caso do desvio de dinheiro. Muita gente da empresa estava contando com ele.

— Calma, Jimin. — Levantou-se do chão, enxugando as lágrimas que escorriam pelo seu rosto. — Pense! — Gritou consigo mesmo.

Park correu os olhos pelo quarto, pensando em como poderia agir dali para frente. Só fugir não resolveria todos os seus problemas.

Seu olhar pousou sobre a mesa de cabeceira, onde estavam os documentos que iria enviar para Moonbyul. Estava absorto em meio aos pensamentos quando se assustou com o celular vibrando em cima da cama.

Era uma mensagem de Jackson:

"Park, você tinha razão. Encontrei as provas."

E aquilo lhe mostrou quais seriam seus novos passos. Sumiria sem explicação nenhuma para que Yeri achasse que ele tinha acatado às suas ameaças, mas concluiria a investigação em Vegas, à distância, com a ajuda de Moonbyul e Jackson.

Já seriam dois problemas resolvidos. Faltava apenas mais um: Jungkook. E este, parecia ser o mais difícil de resolver.

Jimin jogou-se de costas na cama macia, soltando o ar com força pelo nariz. As coisas ao redor de Jungkook e ele estavam complicadas. Lutar por esse relacionamento estava ficando cada vez mais difícil.

O loiro tinha consciência da sua própria capacidade de resiliência, mas tinha dúvidas se Jeon conseguiria passar por cima de tantos obstáculos por ele. Tantas coisas em jogo, família, negócios, a sociedade. Yeri...

Mas era hora de tomar atitudes e decisões drásticas. Os dois não poderiam ficar daquele jeito o resto da vida. E Jimin, por mais que colocasse Jungkook entre suas prioridades, também precisava pensar um pouco em si mesmo.

Sentou-se na cama de supetão. Uma ideia surgia.

Foi até a sua cômoda e tirou de dentro de uma das gavetas uma caixa onde guardava seus acessórios. Esvaziou-a, colocando todos os seus brincos e anéis em um saquinho de tecido, mas antes, separando a pequena argola que já fora dourada e que fora testemunha daquela noite em Vegas.

Com cuidado, amarrou-a no caule do lírio de plástico que Jungkook havia dado. Pegou um cartão e escreveu da maneira mais firme que suas mãos trêmulas permitiam:

O que acontece em Vegas, fica em Vegas.

Pronto. Era isso. Jimin deixaria para trás uma mensagem para Jungkook, deixando em suas mãos o destino daquele relacionamento. Já estava cansado e precisava que o outro tomasse uma decisão definitiva.

Pegou seu celular em cima da cama para fazer uma ligação enquanto terminava de colocar o que podia dentro de sua mala.

— Jaebum? — Chamou quando a ligação foi atendida. — Aqui é Park Jimin. Tive algumas mudanças de planos e preciso entregar o apartamento. Você poderia me mandar por e-mail o encerramento do contrato e o valor que precisarei pagar? — Fez uma pausa enquanto ouvia a resposta. — Não aconteceu nada. — Mentiu. — Apenas preciso sair da cidade por conta de um novo trabalho. Vou deixar as chaves na portaria.

Apressou-se para ir embora, pegando tudo o que era seu e deixando o apartamento para trás.

Em seu caminho para o aeroporto, ainda passou no apartamento do Jin, deixando a caixa com o lírio e a aliança na portaria, com instruções para que o primo desse um jeito para que Jungkook a encontrasse.

Era isso. A sorte estava lançada.

Agora, era hora de rever a cidade do pecado.

E era ali que ele estava, quase que em um transe, relembrando de tudo o que havia acontecido.

Fechou os olhos, suspirando profundamente, sentindo o perfume das flores ao seu redor. Quem o visse de longe, poderia facilmente confundir Jimin com um anjo. Todo de branco, contrastando fortemente com o colorido daquele ambiente.

O celular vibrando em seu bolso o fez recobrar a consciência. Era uma mensagem da administração do cassino, pedindo alguns documentos que estavam em sua posse.

Levantou-se do banco do jardim, andando por um dos corredores enquanto digitava a resposta. O aparelho caiu no chão quando sentiu que esbarrou em alguém.

— Me descu-....

E então, seus olhos encontraram os dele e o mundo parou de girar pela segunda vez.

Os segundos de silêncio a seguir pareceram durar horas. Os olhos de ambos estavam fixos um no outro e Jungkook mal piscava com medo daquela imagem ser apenas um sonho. E ele não queria acordar.

O peito de Jimin subia e descia rapidamente, evidenciando o seu esforço para respirar. Sentia sua pele esquentar e a adrenalina correndo pelas veias.

— Mochi... — Jungkook sussurrou, tocando no rosto do outro delicadamente com a ponta dos dedos, como se fosse uma miragem. — É você mesmo? — Uma lágrima escorreu pela bochecha de Jeon.

— Nochu, eu...

Sem deixar a frase ser completada, o moreno deu um passo à frente e envolveu os braços ao redor do corpo de Jimin, segurando-o com força. Em reflexo, Jimin enlaçou a cintura de Jungkook, em um impulso incontrolável de sentir o calor do outro. Jeon passou o nariz pelo topo da cabeça do loiro, sentindo o perfume delicado que aqueles fios bem cuidados sempre exalavam. Ah, como sentiu falta daquilo.

Jimin sentiu-se tonto, inebriado com o cheiro daquele homem que o segurava firmemente. Seu coração parecia querer sair pela boca, a emoção tomando conta de cada um dos seus sentidos. Mas ele precisava se recompor, a emoção já tinha falado alto demais desde que eles se conheceram. Era preciso dar espaço para a razão agora.

— Jungkook... — Jimin chamou, desfazendo o abraço apertado. — Eu... realmente duvidei se eu te encontraria novamente.

O coração de Jeon pareceu pular algumas batidas com aquela quebra de contato. O semblante sereno, mas sério de Jimin o fez ficar preocupado.

— Por que, Jimin? Por que você foi embora sem dizer nada?

— Eu precisei... Eu não consegui... — Jimin desviou o olhar. — Não depois de escutar aquilo tudo.

— Escutar? — Perguntou confuso. — Escutar o que?

— Você e a Yeri, conversando no hall da empresa. Você, aceitando a proposta dela de manter um relacionamento de fachada, mesmo estando comigo.

— Você ouviu a conversa? Como? Onde você estava?

— Eu estava descendo pelas escadas quando vi vocês conversando. Estava distante, mas perto o suficiente para escutar o que vocês diziam. Eu entrei em pânico porque ela estava ameaçando a todos. — Jimin contava um tanto aflito. — Ver que ela estava disposta a machucar as pessoas que eu amo e ver você cedendo às chantagens dela, foi demais para mim.

— Espera Jimin, eu não estou entendendo. Como assim machucar pessoas? Do que você está falando?

— Yeri... — Abaixou-se para pegar seu celular caído no chão, colocando-o no bolso. — Ela foi até o meu apartamento, antes da reunião da diretoria acontecer. Me ameaçou, dizendo que seria capaz de machucar as pessoas ao meu redor se eu não sumisse. — Jimin passou as mãos pelos cabelos, tentando controlar a raiva que voltava a sentir. — E ela já estava dando sinais que não estava brincando. De alguma maneira, adulterou os freios do carro do Tae e do Hoseok, e mandou um fiscal sanitário para o restaurante do Jin. Eram mensagens, Jungkook. Ela estava me mostrando o quanto eu estava colocando eles em perigo. E depois você... — Passou a mão pelo rosto. — Eu não aguentaria se...

— Calma... — Jungkook abraçou-o. — Calma, está tudo bem. Eu não sabia que ela estava indo tão longe. — Sentiu o sangue esquentar. — Você deveria ter me contado, nós a enfrentaríamos juntos.

— Nós? — Enfureceu-se de repente. — Até aquele momento só eu estava enfrentando a Yeri. Estava sozinho tentando manter um castelo de cartas prestes a desmoronar, e você só se preocupava com o seu pai e aquela maldita empresa. — Parou para respirar um pouco, ofegante. — Eu sei que aquilo tudo é o seu sonho, o esforço da sua família e tudo mais. Mas porra, Jungkook! Eu estava assustado... Estava no limite... e você... aceitou a proposta... — Olhou para cima, tentando afastar a umidade que surgia em seus olhos.

— Não, Jimin! — Jungkook se desesperou. — Parece que você não escutou a conversa toda. Eu disse que aquilo tudo fazia sentido, mas só no mundinho fantasioso dela.

— O que? — O loiro perguntou, voltando a encarar os olhos escuros de Jungkook.

— Jimin, eu jamais voltaria para ela! — Jeon abriu os braços, indignado. — Eu também já estava no meu limite. As coisas estavam saindo de controle, mas a minha única certeza era você.

— Jungkook, saiba que eu jamais aceitaria isso. Eu jamais me submeteria ao papel de amante.

— Eu sei, meu amor. — Jeon se aproximou, segurando o rosto de Jimin, com as duas mãos. — Eu sei. E eu jamais pediria que fizesse algo assim.

Park suspirou, sentindo seu corpo relaxar um pouco com aquelas palavras. A sombra daquela traição estava presente desde que havia aceitado trabalhar na empresa dos Jeon e Jimin lutava constantemente para que ela se esvaísse.

— Ah, Jimin... — Jungkook suspirou. — Eu te devo tantas desculpas... tantas que nem sei por onde começar. — Encostou a sua testa na do outro. — Eu sinto muito por tudo que te causei. Sei que esse tempo na Coréia não foi nada fácil. Eu não deveria ter te envolvido em toda essa confusão, que era só minha. Eu fui tão imaturo, tão inseguro. — O moreno se afastou, parecia estar decepcionado consigo mesmo. — Eu não te tratei da forma que você merecia. Eu tive medo e deixei todas as minhas fraquezas falarem mais alto. Eu sinto muito, meu amor. Eu sinto tanto...

Park fechou os olhos, tentando absorver toda aquela conversa. Por dias alimentou a história que ouviu pela metade e agora, perceber que tudo não passava de um engano era um alívio.

— Me perdoa? — Jungkook pediu.

Jimin se aproximou, levando a mão até o rosto do outro, tirando alguns fios de cabelo que pendiam sobre seus olhos. As pontas dos dedos tocaram a pele macia, descendo em um carinho lento, até a linha marcada da mandíbula. E então, o loiro o abraçou, envolvendo o corpo maior entre seus braços.

— Está tudo bem, Nochu... — Sussurrou ao pé do ouvido.

— Ah... — Jungkook abraçou Jimin de volta. — Devo ter feito algo muito bom em outra vida para que você aparecesse nessa.

E assim ficaram. Abraçados um ao outro, sentindo o peso dos problemas sendo tirado de cima dos ombros de ambos.

— Aquele bilhete... — Jungkook voltou a falar. — O lírio, a aliança... Eu... eu achei que você tinha me abandonado. Que você tinha desistido de tudo. Achei que tinha te perdido para sempre. Mas... não podia ser isso. Aquele não podia ser o nosso fim. E então, algo despertou dentro de mim. Eu finalmente entendi a sua mensagem. Nosso amor aconteceu em Vegas, então era em Vegas que ele deveria continuar.

— Eu fiquei com medo de que você pudesse não entender, mas no fundo, algo me dizia para confiar. — Jimin confessou.

— Por favor, não faça mais isso. Nunca mais me mande nenhum enigma. — Fez uma cara emburrada. — Eu sou lerdo, eu poderia não ter entendido.

Jimin gargalhou, tomando as mãos de Jungkook nas suas, apertando-as carinhosamente.

— Sei que corri um risco, mas foi necessário. Essa era a prova que eu precisava, de que eu era uma de suas prioridades.

— Você sempre será, coração. — Jungkook abriu um belo sorriso.

— Mas, Nochu...

— Ah, como eu senti falta desse apelido! — Jungkook exclamou em alto e bom som, chamando a atenção das pessoas ao seu redor. — Desculpa... pode falar, Mochi.

— Mas e a Yeri? E a empresa? Seu pai?

— Bom... — Jungkook suspirou. — Yeri está na cadeia, graças a sua investigação impecável. — Jimin sorriu orgulhoso. — Quanto a empresa... deixei uma procuração para que Namjoon fique no meu lugar, por enquanto, até eles decidirem quem fica no comando definitivamente.

— Não acredito que você abriu mão! — Jimin ficou surpreso.

— Aquilo ali sempre foi meu sonho de criança. Mas sonhos mudam...

— Seu pai, ele...

— Ele vai ter que aceitar. — Jungkook deu de ombros. — Já não me importo mais. O que me importa agora está aqui, bem na minha frente.

Então, Jungkook desceu um dos joelhos até que tocasse o chão. Tirou do bolso de seu blazer a pequena argola que prendia as flores do buquê daquele dia tão marcante para ambos.

Os lábios de Jimin se entreabriram, em total surpresa. A familiaridade daquela cena era ao mesmo tempo dolorosa e emocionante. Seu coração batia tão forte e rápido que ele receava desmaiar ali mesmo.

— Jimin, você aceita se casar comigo? — Jungkook segurou a mão esquerda do loiro, olhando em seus olhos em busca da resposta que rondava sua cabeça nos últimos tempos.

Park enrijeceu o corpo de repente, como se um alerta tivesse acendido dentro de si. Apertou os dedos de Jungkook que seguravam a sua mão e o fez levantar.

— Vem comigo...

Jungkook estava confuso, ainda segurando a aliança na outra mão enquanto ia sendo puxado pela outra. Jimin andava rápido, atravessando o grande jardim do Bellagio.

Pouco tempo depois, adentraram ao grande salão de apostas do cassino. A iluminação mais quente e mais baixa dava ao lugar um ar totalmente diferente daquele do jardim. A leveza das cores e perfumes das flores foram substituídas pelo glamour, ganância e luxúria que envolvem os jogos de aposta em Las Vegas.

Passando entre as mesas de blackjack, roletas e dados, Jimin parou na frente de uma máquina caça-níquel. Jungkook teve a impressão que era a mesma máquina que eles haviam apostado aquela noite que passaram juntos.

— Bom, Jungkook... — Jimin falou, finalmente. — Vamos tornar as coisas mais emocionantes.

— Como assim?

— Nossa história começou aqui. — Apontou para a máquina caça-níquel. — E acho que é aqui que devemos decidir o nosso futuro.

— Você quer apostar o nosso casamento? — Jimin fez sinal positivo com a cabeça. — Você vai deixar que uma máquina decida se vamos ficar juntos a partir de agora? — Jungkook estava apavorado.

— A minha primeira resposta a você foi dada por esta máquina. E eu quero que ela também seja a última a decidir a sua proposta.

Jimin tirou uma moeda do bolso, mostrando-a para Jungkook, convidando-o a seguir em frente.

— Sente-se com sorte? — Perguntou confiante.

— Jimin... eu...

Jungkook recusou-se a pegar a moeda, mas Park mantinha-se firme na proposta, segurando a moeda entre seus dedos.

— É isso, ou nada. — Disse as palavras finais.

Jeon engoliu a seco, pegando a moeda com as mãos trêmulas. A sorte estava ao lado deles naquela primeira noite, mas será que ela sorriria para eles novamente?

Virou-se de frente para a máquina caça-níquel, observando todas aquelas cores chamativas, que atraíam tanto os apaixonados pelos jogos de azar.

Colocou a moeda, ouvindo o barulho dela deslizar para dentro, sentindo um arrepio em sua espinha acompanhando o caminho dela. Puxou o ar com força pelas narinas, prendendo-o nos pulmões quando puxou a alavanca da máquina.

O visor começou a girar rapidamente, as figuras enfileiradas se alternando aleatoriamente, criando uma expectativa insuportável em Jungkook. Olhou de canto de olho para Jimin, que parecia impassível.

A máquina desacelerou e, uma a uma, as figuras foram sendo reveladas.





— O que? — Jungkook arregalou os olhos. — Não! — Chacoalhou a máquina tentando reverter o resultado. — Não, por favor! Não!

— É, Jungkook... — Jimin colocou uma das mãos no ombro do outro. — Pelo jeito, a sorte te abandonou.

Park não parecia nenhum pouco abalado com a situação, o que deixou Jungkook em uma mistura de tristeza e indignação. Não era possível que isso terminaria daquele jeito, com a resposta dada por uma máquina programada para não perder.

— Jimin... olha...

— Já dizia aquele ditado, meu caro. Azar no jogo... ?

— Sorte no amor? — Jungkook completou confuso. — Espera... o que? Mas você disse que...

Jimin sorriu, tirando de seu bolso a pequena argola dourada. Segurando a mão esquerda de Jungkook, dobrou um dos joelhos, até que ele encostasse no chão.

O moreno engasgou com aquela cena totalmente inesperada. Já não sabia mais o que estava acontecendo.

— Jungkook... — O loiro começou. — A máquina deu a resposta, a resposta para a sua pergunta. Mas agora, sou eu que quero saber... Você quer se casar comigo?

Os lábios de Jeon se entreabriram. Seu coração batia forte e ele sentiu suas pernas perderem a força. Ficou sem reação, alternando o olhar entre Jimin e a aliança que ele segurava entre os dedos.

— Podemos apostar novamente, se você quiser. — Jimin propôs, vendo que Jungkook não reagia.

— O que? — Jeon recobrou a consciência ao ouvir aquela pergunta. — Jamais! Eu que faço o meu futuro. Nunca mais vou deixar que algo ou alguém decida as coisas por mim. — Respondeu confiante. — Eu aceito, Mochi.

Jimin então levantou-se e ainda segurando a mão esquerda de Jungkook, empurrou gentilmente a aliança em seu dedo anelar.

— Agora somos só nós dois, Mochi. — Jeon abraçou a cintura do loiro.

O moreno se inclinou, tentando alcançar os lábios de Jimin, mas este colocou a mão antes que a boca de Jungkook o tocasse.

— Ainda não! — Park protestou. — Só depois do sim...

— O que?

— Vem!

Novamente Jimin saiu puxando Jungkook pelo braço, atravessando o grande salão de apostas. Mesmo confuso, o moreno deixou-se ser levado, afinal, o que importava para ele era estar indo na mesma direção que seu amado.

Parecia que já haviam atravessado todo o cassino até que entraram em um corredor largo, adornado por inúmeros vasos de flores. Jimin parou em frente a uma grande porta de madeira, com puxadores de metal dourado.

Park colocou o ouvido na porta, tentando escutar o que acontecia por trás. Uma música suave tocava ao longe e também era possível ouvir alguém falando.

— Jimin, o que está fazendo? — Jungkook sussurrou no ouvido do loiro.

— Acho que já está terminando...

— Terminando o que, Jimin? — Jeon não estava entendendo nada.

Então, de repente, a porta se abriu, fazendo Park se afastar rapidamente para que não caísse.

De dentro, saia um casal. Eles riam e se beijavam sob uma chuva de arroz que era jogado por outras duas pessoas que vinham atrás. E Jungkook pode ver claramente onde estavam agora. Era a mesma capela que eles haviam se casado naquele dia.

Sim, iria acontecer de novo.

Um homem de terno cinza com cravo branco na lapela surgiu depois que o casal passou.

— Senhor! — Jimin chamou a sua atenção. — O senhor é o reverendo da capela?

— Sim, meu jovem.

— Vocês já estão fechando, não é mesmo?

— Este foi o último casamento do dia.

— Ah... — Jimin olhou decepcionado para Jungkook.

Ele apagou as luzes da capela e começou a fechar as grandes portas de madeira.

— Senhor... — Jungkook o interrompeu. — Sei que já está tarde, mas o senhor não poderia realizar mais uma cerimônia?

— Rapaz, eu já fiz mais de 10 casamentos hoje e temos um limite de horário para funcionar.

— Por favor, o senhor não abriria uma exceção para nós? — O reverendo olhou desconfiado. — Eu vim de tão longe! Saí da Coréia atrás do homem da minha vida, depois de ter enfrentando a minha família e deixado o cargo que sempre sonhei.

— Da Coréia? — Se surpreendeu.

— Por favor? — Jungkook juntou as palmas das mãos, implorando.

O reverendo olhou para aquele homem na sua frente e depois para Jimin, que estava a alguns passos atrás.

— Ah... — Suspirou. — Está bem. Vou fazer mais este casamento. Mas vai ter que ser breve... — Jungkook balançava a cabeça concordando. — E sem música, a organista já foi embora.

— Não tem problema, senhor. — Jimin se pronunciou. — Só queremos fechar esse capítulo da nossa história.

— Muito bem, vamos lá.

O reverendo abriu as portas novamente, acendendo a luz e indo em direção ao pequeno altar.

— Pronto? — Jungkook virou-se para Jimin.

— Bem... — Olhou ao seu redor, procurando por algo. — Acho que... — Ali está! — Exclamou animado, indo em direção a um dos grandes vasos daquele corredor, arrancando um lírio branco que havia no meio do arranjo. — Agora sim, estou pronto. — Sorriu satisfeito.

Jungkook correu em direção ao reverendo, se posicionando ao seu lado. Assim que ajeitou um pouco os cabelos e a roupa, virou-se para a porta, aguardando a entrada da estrela principal de seu céu.

Jimin respirou profundamente, inflando as bochechas antes de dar os primeiros passos no tapete vermelho. Não havia ninguém para testemunhar aquela cerimônia, mas ele tinha a certeza que seus pais estavam olhando por ele.

Jeon colocou uma mão no peito, tentando parar seu coração de acelerar ao ver aquele ser angelical indo em sua direção. Não parecia nem real, tamanha beleza que ele exibia de forma tão natural.

O silêncio reinava na capela, sem a música tão costumeira em cerimônias de casamento. Mas nada poderia deixar aquele momento improvisado mais precioso do que aquelas duas almas se encontrando novamente.

Jungkook beijou a testa de Jimin assim que ele se posicionou à sua frente. Era sutil, mas o moreno podia ver o lírio tremer entre as mãos do loiro.

— Bom... — O reverendo iniciou. — Estamos aqui esta noite para celebrar a união de dois corações apaixonados. Qual o nome de vocês? — Sussurrou.

— Jimin.

— Jungkook.

— O casamento não é só um voto de compromisso entre duas pessoas, é a vontade que essas duas pessoas sentem de estarem presentes um na vida do outro. O casamento não é uma prisão, e sim a liberdade de amar de peito aberto. O casamento traz responsabilidades, não só de fidelidade ou financeira, mas traz a responsabilidade do respeito ao sentimento do outro. Jungkook, é de livre e espontânea vontade que você aceita Jimin como seu companheiro em matrimônio?

— Sim. — Jungkook respondeu.

— Jimin, é de livre e espontânea vontade que você aceita Jungkook como seu companheiro em matrimônio?

— Sim.

— Assim sendo, por favor, deem-se as mãos e preparem-se para receber o símbolo dessa união: as alianças.

Jimin arregalou os olhos. Pela segunda vez estavam passando pela mesma situação. Agora só tinha um único lírio nas mãos, sem nenhuma argola para usarem de improviso.

Jungkook riu, chamando a atenção de Jimin para si. Ele, ao contrário do loiro, não parecia constrangido com a cena.

Jeon abriu um dos lados de seu blazer, tirando do seu bolso interno uma pequena caixinha de veludo. O queixo de Jimin pendeu ao ver duas belas alianças reluzentes.

— Você.... — Não tinha nem palavras para terminar a frase.

— Eu não vim até aqui para brincadeiras, Park.

E então, Jungkook tirou-as da caixa, entregando uma para Jimin e ficando com a outra.

— Mochi, nesta noite, com esta aliança, eu quero firmar o compromisso de que estou me entregando por completo a você. Que daqui para frente, possamos trilhar um novo caminho, sem que o medo do julgamento se coloque entre nós. — Jungkook deslizou a aliança pelo dedo de Jimin, beijando-a em seguida.

— Nochu. — Jimin suspirou, pegando na mão esquerda do moreno e posicionando a aliança na ponta de seu dedo anelar. — Nossa trajetória foi cheia de tropeços. Começou de uma forma tão errada, mas estarmos aqui neste momento, só mostra o quão certa é esta união. Estou aqui, de coração leve, sem culpa, te aceitando como meu, para sempre. — O loiro terminou de colocar o anel, que se juntou a pequena argola da primeira cerimônia deles.

— Então. — O reverendo continuou. — É com grande alegria, que eu os declaro marido e... marido. Pode beijar o noivo.

Jungkook não esperou nem mais um segundo, enlaçando a cintura de Jimin e trazendo-o para junto de seu corpo, enquanto o loiro passou os braços pelos ombros do mais alto.

Por breves segundos, olharam nos olhos um do outro, totalmente entregues àquele momento tão esperado.

E os lábios finalmente se encontraram, celebrando a união. Um beijo intenso, cheio de saudade. Não havia mais mentira, nem empecilhos para aquele amor.

— Uhum... — Ouviu-se o reverendo limpando a garganta, interrompendo o beijo que parecia não ter mais fim. — Rapazes, eu preciso fechar a capela.

— Ah, sim! — Jimin riu. — Perdão, já estamos de saída.

Os dois caminharam pelo corredor forrado pelo tapete vermelho, abraçados e mais felizes do que nunca.

Já fora da capela, no corredor decorado do Bellagio, Jungkook puxou Jimin para mais um beijo apaixonado. Queria mais daqueles lábios fartos que tanto amava. E Park sequer protestou, correspondeu ao beijo quente, segurando o moreno firmemente pela nuca enquanto as línguas se encontravam com vontade.

Com algum esforço, separaram os lábios, mas permaneceram com as testas uma contra a outra.

— Eu te amo, Mochi. — Sussurrou junto aos lábios de Jimin.

— Eu também te amo, Nochu. — Abriu o sorriso mais lindo que Jungkook já havia visto.

E foi assim que aquele capítulo se encerrava, com uma nova oportunidade para aquele casal que fora tão atormentado.

— Jungkook...

— Sim, coração?

— E agora? — Jimin perguntou provocativo, puxando a lapela do blazer de Jeon.

— Agora? — Jungkook selou os lábios do outro. — Agora nós vamos para a lua de mel.

♣️♦️♠️♥️♣️♠️♥️♣️♦️♠️♥️

Flores do Bellagio! Chegamos ao fim!

Nossa, eu não tenho nem palavras para agradecer tudo o que aconteceu nesses últimos 3 anos. Foi uma loucura, surreal! Jamais imaginaria a proporção que Las Vegas tomaria.

Encerramos a fic com quase 3 milhões de visualização e um livro físico a caminho!

Com relação a isso, fiquem atentos aqui ou nas minhas outras redes sociais que eu vou dando notícias sobre o lançamento. A princípio, se tudo der certo, poderemos ter Las Vegas impressa em novembro.

Instagram: lasvegas_jikook
Twitter: Almtk_A

Bom... preciso deixar aqui alguns recados importantes:

Em primeiro lugar, eu queria agradecer a uma pessoa muito especial: jikooklandia  . Vocês podem não imaginar, mas sem a ajuda dela, Las Vegas não seria o que é hoje. Ela me ajudou tanto, mas tanto, que dizer obrigada é muito pouco. Além de me orientar na história, fez vídeos incríveis que ilustraram tão bem a fic. Foi como dar vida a tudo o que eu criava na minha cabeça.

jikooklandia  obrigadapor tudo. Obrigada por estar presente nos momentos felizes e tristes da minhavida. Obrigada por ter sido essa amiga tão incrível durante esses anos todos.Você não sabe o quanto me faz bem. Amo você!

Também preciso agradecer a JeonJhoo  , vulgo fadinha panfleteira, que gritou Las Vegas por todos os cantos do mundo, convencendo novos leitores a se juntar a nós. Fadinha... obrigada também é tão pouco pra te dizer. Vc se dedicou tanto a fic, me deu tanto apoio e carinho, me fazendo me sentir segura e confiante do caminho que estava seguindo. Obrigada por ter entrado na minha vida! Vou ser eternamente grata!

Queria agradecer também a tantos outros leitores que sempre se fizeram presentes nesses anos. Não quero citar nomes porque tenho medo de esquecer de alguém. Mas vocês sabem quem são! Aqueles que sempre comentam, me mandam mensagem, recomendam a fic para os amigos, surtam no grupo de wpp e no Twitter. Os criadores de memes, vídeos e edits! Meu muito obrigada a vocês!

Para aqueles que sempre me perguntam, infelizmente, não farei uma segunda temporada de Las Vegas, mas continuarei escrevendo outras fics. Em breve teremos a continuação de QU4RENTENA e a estreia de PARABELLUM.

Vou deixar aqui a sinopse e o teaser (feito pela maravilhosa jikooklandia ) para vocês verem!

[Deveria haver um GIF ou vídeo aqui. Atualize a aplicação agora para ver.]

O capitão das forças especiais da polícia da Coréia do Sul, Jeon Jungkook, se prepara para sua mais nova e importante missão de sua carreira.

Entre os homens sob o seu comando está Park Jimin, atirador de elite, que vai tirar não só o sossego dos bandidos, mas também vai mexer com o corpo e o coração de seu capitão.

Si vis pacem, Parabellum - Se quer paz, prepare-se para a guerra.

E agora, vamos ao resultado do sorteio!

O vencedor do Kit de cards de Las Vegas é: @vhope_jkjm

O vencedor do kit de cards holográficos OT7 é: @SraJeonPark13

Flores, vocês tem até segunda-feira (14 de Junho) para me chamarem na DM. Caso não apareçam, vou sortear novamente.

Bom, é isso!

Muito obrigada por essa jornada maravilhosa! Nos vemos por aí!

Amo vocês! 🎰❤️

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