Capítulo 59
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Jimin apressou-se para chegar na empresa. Teve sorte ao ver um táxi parado na frente de seu apartamento assim que colocou os pés na rua, o trânsito também colaborou para a sua rápida chegada no prédio imponente.
Simpático como sempre, cumprimentava todas as pessoas que passavam por ele. Pegou o elevador e foi direto para a sala de Yoongi, encontrando-o entre pilhas de papéis.
— Olá, Jimin! — Deu o seu adorável sorriso gengival. — Estou quase terminando.
— Oi, Yoongi. Obrigado novamente pela ajuda. Eu levaria pelo menos o dobro do tempo tentando reunir esses documentos.
— Não se preocupe, faço questão de te ajudar. Olha... — Apontou para os papéis a sua direita. — Esses são os documentos mais recentes, deixei todos aí. Você vai encontrar contratos, comprovantes de transferências, compras diversas, tudo relacionado a verbas despendidas à terceiros. Estão ordenados por data, do mais recente para o mais antigo.
— Perfeito, Yoongi! Ótimo trabalho. — Jimin exclamou animado, folheando os documentos. — E os outros que pedi?
— Aqui estão. — Yoongi passou uma pasta para o loiro. — Achei que te entregar os originais seria melhor.
— Você não vai ter problemas com isso? — Jimin perguntou, preocupado se prejudicaria o amigo.
— Não se preocupe, todos estão digitalizados. Eles seriam descartados com o tempo. Espero que sejam úteis na sua investigação.
— Serão! — Jimin animou-se. — Se for realmente o que eu estou pensando...
— Posso saber o que é? — Yoongi estava curioso.
— Desculpa, hyung... prefiro manter o sigilo. — Jimin respondeu pesaroso.
— Tudo bem, eu entendo. — Deixou os ombros caírem. — Vou ficar torcendo aqui para que tudo dê certo. Fighting!
— Obrigado! — Jimin sorriu para o outro. — Prometo que você será um dos primeiros a saber quando tudo se confirmar, ok?
— Está bem. — Sorriu. — Fico no aguardo, dedinhos cruzados.
— Bom... — Park reuniu todos os papéis. — Vou para a minha sala.
— Se precisar de mais alguma coisa, estarei aqui até o final do dia.
Jimin acenou com a cabeça, despedindo-se de Yoongi. O loiro foi para o seu escritório, passando por Yang Mi, que levantou e sorriu, cumprimentando-o com uma reverência.
Sentou-se à frente de sua mesa, espalhando os documentos que tinha colhido a pouco. Em seu notebook, fazia anotações variadas, apenas para registrar os pensamentos que iam surgindo. Analisava com cuidado cada um daqueles inúmeros papéis, separando-os em categorias, de acordo com suas suspeitas.
Já era tarde da noite quando Jimin se deu conta do horário. Não havia comido nada desde o dejejum com Jungkook e seu estômago agora reclamava da privação de comida. Pensou em descer e buscar algo para comer, mas alguém bateu em sua porta antes que se levantasse da cadeira.
— Entre. — Autorizou.
— Oi, Mochi! — Jungkook apareceu sorridente ao abrir a porta. — Trouxe comida! — Mostrou orgulhoso a sacola de papel em mãos.
— Nochu, que surpresa boa! Você chegou bem na hora, eu já ia sair para comer alguma coisa. — Jimin levantou-se e foi até o namorado, fechando a porta do escritório e selando brevemente os seus lábios. — Estou morrendo de fome! O que você trouxe?
— Sei que você gosta de comida saudável, mas só encontrei uma lanchonete aberta no caminho. Acabei comprando hambúrgueres. — O moreno sorria largo.
— Ah, que pena, não é mesmo? — Jimin brincou. — Aposto que você ficou muito chateado. — Piscou para Jungkook, que já ia desembrulhando os sanduíches, usando uma mesa de apoio que havia no escritório.
— Só hoje, vai? — Fez biquinho, arrancando uma risada gostosa de Jimin.
— Está bem. Eu estava com vontade de comer algo bem calórico mesmo. Preciso de uma dose extra de endorfina para continuar trabalhando ou eu vou acabar dormindo em cima dos documentos. — Pegou um dos hambúrgueres, que aliás, estava com uma cara ótima, dando um beijo na bochecha do namorado.
— E como está indo? Algum progresso? — Jungkook mordeu o seu lanche.
— Sim, estou chegando a algum lugar. — Jimin sentou-se no sofá com o hambúrguer nas mãos. — Mas preciso de mais tempo. Por isso, vou dormir por aqui mesmo.
— Como assim? Você vai dormir aqui, no escritório?
— Já vim até preparado, se quer saber. Desconfiei que ia precisar de muito tempo aqui, então já trouxe minhas coisas de higiene e uma troca de roupa. — Apontou para a mochila pousada na poltrona.
— Mas vai ser desconfortável... Eu te levo para casa e depois trago você amanhã bem cedo. Já estou com um carro reserva do seguro.
— Não precisa, Nochu. Perda de tempo.
— Mas...
— Não se preocupe, já fiz isso inúmeras vezes para diversos clientes. Não vai ser a primeira vez que passo a noite trabalhando. E eu estou aqui para isso, Jungkook. Tenho um contrato para cumprir.
— Está bem, mas me ligue se precisar de alguma coisa.
— Pode deixar. — Jimin limpou os lábios com o guardanapo. — E seu pai, como está?
— Felizmente está muito bem. Os exames deram normais e ele está respondendo bem à medicação. Parece que já vão dar alta para ele amanhã!
— É sério? Que maravilha, foi bem rápido. Fico feliz.
— Jimin, ainda não falei nada com ele. Preferi dar um tempo a mais para ele se recompor, ter uma conversa dessas dentro um hospital ia deixar as coisas ainda mais desagradáveis. Mas se ele tiver alta amanhã eu o chamarei para tentar resolver tudo isso.
— Está bem, acho que vai ser bom para vocês. Não vai dar mais para evitar essa conversa.
— Sim, não adianta mais fugir. — Jungkook suspirou, jogando a embalagem de seu hambúrguer já finalizado no lixo. — Bom, eu queria muito ficar mais aqui com você, mas vou voltar para o hospital, tenho que passar a noite lá no lugar da minha mãe. Volto aqui para te ver amanhã, ok?
— Está bem, Nochu. Não se preocupe, nos vemos amanhã. Obrigado pela comida.
Os dois se despediram com um abraço carinhoso e um beijo reconfortante, dando a ambos um pouco de energia para seguir em frente.
Jungkook deixou a empresa, enquanto Jimin voltava para a sua mesa de trabalho, focando novamente na investigação.
As horas passavam depressa, mas Jimin não parava, mesmo já sentindo um pouco de cansaço. Já havia começado a preparar seu dossiê, onde as peças daquele intrincado quebra-cabeças começavam a fazer algum sentindo. Mas mesmo as evidências apontando para o mesmo caminho, ele precisava de um parecer técnico, para provar as suas suposições. Apenas a sua opinião não seria o suficiente como prova.
Mas agora era preciso parar, precisava dormir um pouco ou sua cabeça iria explodir. Já passava das 4 horas da manhã e o corpo de Jimin estava exausto e dolorido.
Tomou um chá, preparado ali mesmo no escritório, escovou os dentes e deitou-se na chaise que havia na sala. Não era a mesma coisa que uma cama, mas era confortável o suficiente para que ele pudesse descansar por algumas horas.
[...]
Jimin foi desperto pelo celular às 7h30, levantando com algum custo por causa do cansaço ainda presente. Protegeu os olhos do sol que brilhava intensamente dentro da sala e foi até o banheiro se preparar para mais horas de trabalho.
Pouco depois, Yang Mi, gentilmente, trouxe café e um croissant assim que chegou no escritório, dando a Jimin a energia que faltava para encarar os documentos novamente.
Depois de algumas horas, inúmeras planilhas, gráficos e análises, Jimin havia organizado tudo o que precisava. Agora faltava apenas a pessoa certa para confirmar suas teorias. Pegou o celular, buscando o contato, ligando assim que visualizou quem ele procurava.
— Alô? — A chamada foi atendida depois de alguns toques.
— Moon Byul-yi?
— Ela mesmo, quem fala?
— Park Jimin. Não reconhece mais a minha voz?
— Minnie??? — Exclamou do outro lado da ligação.
— Nossa, faz tempo que ninguém me chama assim. — Jimin deu risada.
— Nem acredito que estou falando com você. Por onde você anda? Está sumido! Nunca mais te encontrei lá no Bellagio. Desistiu de trabalhar para os figurões de Vegas?
— Na verdade, eu voltei para a Coréia.
— É sério isso? — Soou desconfiada. — Você disse que nunca mais voltaria para esse lugar. Aconteceu alguma coisa?
— A vida dá voltas... — Suspirou. — As circunstâncias me trouxeram de volta. Te conto tudo um dia desses.
— Quero saber de cada detalhe! Você está me devendo uma visita, precisa conhecer meu novo apartamento.
— Prometo ir te ver assim que der.
— Mas me diga, a que devo a honra de sua ligação?
— Preciso dos seus serviços novamente. Estou trabalhando em uma auditoria e tenho alguns documentos que gostaria que você analisasse. Já tenho uma suspeita forte, mas quero que você faça um parecer técnico.
— Hum.... está bem. É para quando?
— É meio que urgente... teria como você me dar prioridade?
— Ah, Minnie. O que eu não faço por você, não é mesmo?
— Você é a melhor, Moonbyul!
— Eu sei... — Os dois gargalharam. — Mas você sabe bem, eu só trabalho com originais. Nada de mandar tudo em pdf por e-mail, isso estraga toda a magia.
— Sim, eu sei. Tenho os originais comigo, vou mandar por uma transportadora para chegar até você o mais rápido possível.
— Está bem, fico aguardando.
— Obrigada, Moon...
— De nada, meu bem. Se cuida, tá?
— Você também.
Jimin desligou, sentindo um tanto de saudade de sua amiga da faculdade. Eram muito companheiros durante o curso de direito em Harvard e mesmo depois de formados, ainda mantinham contato. Park prestava serviços para a empresa que ela abriu depois de fazer a sua especialização e sempre que precisava, indicava Moonbyul para os clientes dos cassinos de Vegas. Ela era a melhor profissional da área, Jimin não confiaria aqueles documentos a mais ninguém.
O loiro organizou tudo metodicamente, colocando-os em um grosso envelope timbrado da empresa. Imprimiu as etiquetas de identificação, colando-as com cuidado. Pensou em pedir para Yangi Mi despachar, mas achou que a burocracia interna poderia atrasar o envio. Decidiu ele mesmo ir até a transportadora para garantir que aquilo seguisse seu caminho o mais depressa possível.
Colocou todos os seus pertences na mochila e deixou sua sala. Quando saiu no corredor, encontrou Yoongi apressado, indo em direção aos elevadores.
— Yoongi! Está tudo bem?
— Ah, Jimin. Sim... Não... quer dizer, acho que sim. Tae e Hobi acabaram de me ligar. Parece que eles tiveram um pequeno incidente de carro. Alguma coisa com o pneu...
— Aigoo! Eles estão bem? — Jimin arregalou os olhos.
— Sim, estão. Não se machucaram. Mas parece que Hobi perdeu o controle do carro e acabou batendo em um poste. Sorte que os airbags foram acionados. — O gerente de vendas contava, enquanto apertava o botão do elevador repetidamente, mesmo sabendo que aquilo não o faria chegar mais rápido. — O estranho é que o carro tinha acabado de sair da revisão. Tudo estava em ordem.
— Nossa, estranho mesmo. Talvez tenha sido um prego, ou alguma coisa na rua.
— Sim, pode ser. Eles estão esperando o guincho chegar, então vou até lá buscá-los.
A porta do elevador se abriu, mas havia lugar apenas para mais uma pessoa na cabine.
— Vá, Yoongi. Eu espero pelo próximo.
— Obrigado, Park.
— Me avise se precisar de alguma coisa.
— Está bem. Até mais. — Yoongi conseguiu dizer antes das portas se fecharem.
Jimin olhou para o relógio, batendo um dos pés no chão repetidamente em um claro sinal de ansiedade. Não aguentou esperar o outro elevador chegar e decidiu descer pela escada.
Quando estava no meio de seu percurso, seu celular vibrou no bolso da calça, fazendo-o parar de descer os degraus para atender a ligação.
— Jin?
— Oi, Jimin! Estou atrapalhando?
— Não, pode falar. Está tudo bem?
— Sim, está tudo bem. Acho que sim... na verdade.
— O que foi?
— Estou tentando falar com o Namjoon, mas ele não atende o celular. Você poderia ver se ele está na sala dele?
— Jin, acabei de sair da minha sala. Estou de saída do prédio, na verdade.
— Ah, tudo bem. Se você encontrá-lo em algum momento, diga que preciso falar com ele. — A voz de Jin vacilava levemente, como se estivesse nervoso.
— Você está precisando de alguma coisa? Posso ajudar?
— Jimin... eu... é que eu acabei de receber uma aviso da vigilância sanitária. Eles estão dizendo que vão fazer uma inspeção amanhã por causa de uma denúncia que fizeram contra o restaurante.
— Denúncia? Como assim? Por que denunciariam seu restaurante?
— Eu realmente não sei. A denúncia foi anônima, mas foi algo relacionado ao mau cheiro vindo da cozinha.
— Mau cheiro? O cheiro da sua cozinha é o melhor do mundo?
— Eu não sei, Jimin... Não estou entendendo isso. Eu tomo sempre tanto cuidado com a higiene desse lugar e com todos os itens perecíveis que entram aqui. Eu preciso cumprir uma série de exigências até amanhã ou eu posso levar uma multa ou, no pior dos casos, eles fecham o restaurante.
— Aish... — Jimin esfregou a testa, preocupado. — Preciso resolver uma coisa agora, mas depois eu posso passar aí para te ajudar.
— Não, não precisa. Eu até já chamei mais dois funcionários para me ajudar hoje. Eu quero falar com o Namjoon para ver se ele pode estar aqui comigo na hora da inspeção. Sempre bom ter um advogado por perto.
— Você tem razão, você precisa estar amparado legalmente. Tem muita gente que comete abusos por aí só porque as pessoas não entendem bem como a lei funciona. Se Namjoon não puder, me avise que eu vou no lugar dele.
— Obrigado, primo. — Jimin ouviu o outro suspirar. — Você sempre me salvando.
— Imagina! Família é para isso mesmo. Me mantenha informado, ok?
— Está bem, pode deixar. Até mais.
— Até.
Jimin colocou o celular de volta no bolso, se sentindo extremamente desconfortável por saber que seu primo estava sendo pressionado daquela maneira. Sabia muito bem que não havia nada de errado com o restaurante dele. Aquela denúncia só poderia ter sido feita por alguém só de maldade.
E então, Jimin parou. Congelou no meio do lance de escada que já tinha perdido a conta de qual era. Seu coração começou a disparar e ele sabia que não era por causa do esforço físico. Sua mente borbulhava e de repente o incidente com os namorados do Yoongi veio à tona.
— Um acidente e uma denúncia... — Balbuciou para si mesmo.
Coincidências? Jimin não acreditava em coincidências. A conversa que teve com Yeri estava claramente conectada com aqueles acontecimentos. Ela estava agindo.
Tirou o celular novamente do bolso e tentou ligar para Namjoon, mas caiu na caixa postal. Tentou um segundo número, que era do celular coorporativo da empresa, usado apenas para o trabalho. A chamada estava quase caindo quando foi atendida.
— Namjoon?
— Oi, Jimin. Está tudo bem? — Acho que o noivo de Jin percebeu o nervosismo na voz do outro.
— Onde você está?
— Estou em casa, por que?
— Te liguei no celular pessoal, mas você não atendeu.
— Esqueci dentro do carro, acredita?
— Ah, tá...
— Algum problema, Jimin?
— Jin... — Pensou no que ia dizer. — Ele precisa falar com você, é sobre o restaurante. Ligue para ele assim que puder, é importante.
— Está bem, vou ligar agora.
— Namjoon...
— Você vai sair de casa?
— Sim, estava me preparando para ir para a empresa.
— Você vem de carro?
— Sim, vou com o meu carro.
— Você poderia vir de táxi hoje?
— Jimin, está tudo bem?
— Namjoon... eu... — Queria contar sobre as suas suspeitas para o amigo, mas ficou com medo das ameaças da Yeri sobre falar sobre isso com alguém. — Está tudo bem. Só faça o que eu estou pedindo, não venha de carro. Pegue um táxi.
— Mas...
— Não posso te dizer agora... só faça isso, por mim... ok? Por favor...
— Bom... está bem. Irei de táxi.
— Obrigado. — Se sentiu um pouco mais aliviado. — Nos vemos mais tarde.
— Ok, até mais tarde.
Jimin se sentou no degrau, passando uma das mãos pelos fios dourados, olhando assustado para a tela escura de seu celular. Será que mais alguém também estava tendo algum "incidente"naquele dia? Yeri já estaria dando avisos sobre as ameaças que tinha prometido cumprir?
— Jungkook...
Um desespero bateu de repente. Jimin saiu em disparada, descendo os degraus com pressa, pulando um ou outro para vencer os lances de escada que ainda faltavam. Ela estava falando sério, não que Jimin tivesse duvidado da capacidade, mas no fundo achava que ainda tinha algum tempo para pensar em uma saída. Yeri tinha dito que daria alguns dias para ele pensar na proposta, mas pelo jeito, ela estava forçando uma resposta adiantada.
Chegou ofegante no térreo, sentindo os joelhos reclamarem do impacto sofrido na descida. Puxou a porta da saída de emergência para passar para o hall da empresa, mas voltou a fechá-la quando viu, pouco mais à sua frente, Jungkook... ao lado de Yeri.
Jimin abriu uma pequena fresta da porta para vê-los novamente. Ele estava longe o bastante para não ser visto, mas perto o suficiente para ouvir o que falavam.
— Jungkook, que bom que te encontrei aqui. — Foi o que Jimin conseguiu ouvir primeiro.
— O que você quer, Yeri. — O CEO respondeu seco.
— Quero saber como está o seu pai. — Disse cinicamente.
— Meu pai está bem, se recuperando do infarto que teve por SUA causa.
— Minha causa? — Yeri apontou para si mesma. — Não, Jungkook... o culpado todo aqui é você. Será que ainda não entendeu isso?
Jeon apertou os lábios um no outro, cerrando os punhos com força. Respirou uma vez, profundamente, e deu as costas para Yeri, tentando seguir o seu caminho de antes.
— Espera! — Ela segurou o braço do outro, impedindo-o de continuar. — Preciso falar com você.
— Sobre o que? — Bufou. — Estou com pressa, tenho coisas importantes para resolver.
— Isso também é importante. — Disse já um tanto irritada. — Não vai levar mais do que alguns minutos. Podemos ir até a sua sala?
— Não! Fale o que tem para dizer aqui e agora.
Jimin ouvia tudo atentamente, com o coração na boca, mas um tanto orgulhoso da última fala de Jungkook.
— Está bem... — Yeri torceu a boca, contrariada. — É o seguinte... tenho uma proposta para fazer. Sabemos que a empresa chegou a um beco sem saída, que tudo está indo por água abaixo. Estamos prestes a termos o CEO substituído. — Jungkook ajeitou a grava incomodado. — Nós sabemos bem o que levou tudo isso a essa situação e o que poderia ajudar, e muito, na solução desses problemas todos. — Yeri fez uma pausa.
— Pare de enrolar...
— Calma... — Yeri ajeitou os cabelos longos, respirando longamente antes de dizer. — Volte para mim.
— Não vou entrar nesse assunto novamente. — Jungkook deu as costas, mas foi interrompido pela ex-noiva.
— Escute até o final... — Jeon se virou para ela. — Já sei toda essa baboseira de "Eu amo o Jimin", e quer saber, foda-se isso tudo. Nós dois sabemos que o líder de uma empresa como essa não pode assumir um relacionamento com outro homem, não nesse país. E eu estou disposta a me sacrificar em nome desse "amor".
— O que quer dizer com isso? — O CEO estava confuso.
— Que você volte para mim, que reatemos o nosso noivado, mesmo você estando com Jimin.
Jungkook congelou no lugar. Não era aquilo que ele estava esperando ouvir da boca de sua ex-noiva obsessiva, que no outro dia havia quebrado seu carro caríssimo em pedaços.
— Yeri...
— Jungkook... Eu quero ser sua esposa, quero continuar o legado que a sua família, tão tradicional, ergueu. Eu realmente não me importo se esse casamento for apenas de fachada e que você continue fodendo seu empregadinho pelas minhas costas.
— Não fale assim dele!
— Pense bem, Kookie. — Sorriu. — Você garante um casamento de fachada, que a sociedade coreana vai aplaudir de pé. Os negócios vão voltar a crescer, você recuperará a confiança de seu pai, vai ser o homem de negócios poderoso que sempre quis ser. E tudo isso sem deixar de ver aquele tingido.
Jimin começava a perder o ar. Ajoelhou-se para poder continuar ouvindo aquela conversa e ver qual era o rumo que ela tomaria. Yeri estava jogando sujo com todos. A obsessão pelo poder tinha atingido um limite doentio. Ela estava sugerindo que ele se tornasse um amante. Como uma mulher como ela se submeteria a isso por causa de poder e status social?
— Vamos lá... — Ela insistiu. — O que acha? Não seria uma boa solução para toda essa confusão? Você fica com o cargo, faz as pazes com seu pai, mantém as aparências para o mundo e ainda assim, poderá ficar com o Jimin.
— Yeri...
Jungkook pausou, como se estivesse pensando. E essa pausa fez o coração de Jimin se apertar atrás da porta da saída de incêndio. Suas mãos suavam e tremiam levemente. Um calor estranho subiu pelo seu corpo, fazendo todos os seus músculos se contraírem, como uma reação de alerta de perigo.
— Realmente... — Jeon falou finalmente. — Parece uma boa idéia. — O coração de Jimin se afundou. — Talvez, isso resolvesse os problemas que estou passando.
Park não conseguiu ouvir mais. Fechou a porta, apoiando agora as duas mãos no chão. Seu coração estava prestes a explodir. Era muita coisa acontecendo em apenas alguns minutos desde que saiu de sua sala em direção à transportadora.
Yoongi... Jin... Todos corriam perigo. E agora, Jungkook, parecia ceder às loucuras de Yeri.
Aquilo era demais, era pesado demais para carregar. Jimin apoiou as costas na parede, tentando controlar a respiração descompassada. Segurou a camisa entre os dedos, procurando um pouco de senso para poder pensar, não querendo deixar que a emoção se sobrepusesse, mas estava difícil.
Seu instinto de sobrevivência gritava, adrenalina sendo produzida pelo seu corpo em ritmo acelerado. Sem conseguir ficar mais naquele lugar, sem conseguir se ver no meio daquela situação, Jimin fugiu.
A porta que separava a escada de emergência e o hall de entrada fechou bruscamente, chamando a atenção de Jungkook e Yeri. Os dois olharam para aquela direção, mas como nada mais acontecia, retomaram o diálogo.
— Que bom, Jungkook. Finalmente você abriu os olhos. — Yeri sorriu. — A proposta é realmente irrecusável.
— Aí que você se engana... — O CEO levantou uma das sobrancelhas.
— Como? — O sorriso dos lábios com batom vermelho morreu.
— A sua proposta parece uma boa ideia... — Colocou uma das mãos no bolso da calça. — Nesse seu mundo fantasioso que você mesma criou.
— E-eu... — Yeri perdeu a cor do rosto, confusa com a repentina mudança de reação de Jungkook.
— Talvez essa loucura toda faça sentido para você, para o seu pai e para toda essa sociedade doente. Talvez essa fosse a solução mais fácil para o seu ex-noivo, sedento por poder e validação da família. Mas esse homem não existe mais.
— Aish, Jungkook... vai me dizer que...
— Eu mudei? Sim... É clichê, mas é verdade. — Jeon se aproximou mais de Yeri. — Eu cansei de ser fantoche. Eu cansei de viver a vida dos outros. Eu quero viver a porra da minha própria vida, ao lado daqueles que eu amo, apenas. Chega de ser manipulado, ainda mais por você.
— Jungkook você...
— Chega, Yeri. — O moreno passou a mão no rosto, irritado. — Eu já falei essa frase para você tantas vezes, mas essa vai ser a última.
E assim, Jungkook deu as costas para a Kim, entrando no elevador que acabara de abrir as portas naquele andar.
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Olá, flores do meu Bellagio!!!
Voltei em menos de um mês, estou até orgulhosa de mim. kkkk
Espero que vocês tenham gostado do capítulo.
Muito obrigada por chegarem até aqui. A jornada está sendo longa, mas ao lado de vocês tem sido mais do que especial! E vamos em frente que falta pouco!
Vocês já deram uma olhadinha na minha nova fic? Vou ficar muito feliz de vê-los por lá também.
[Deveria haver um GIF ou vídeo aqui. Atualize a aplicação agora para ver.]
Antes de dizer "até logo", só queria dizer Feliz Aniversário, Dreza_bangtan ! Sei que ainda faltam alguns dias, mas espero que aproveite esse capítulo como um presentinho adiantado. Obrigada por todo o carinho!
Bom... como sempre, nos vemos lá no Twitter ou no Instaram! Me acompanhem para notícias, fotos e vídeos das minhas obras! Estou sempre aberta para conversar.
Fiquem bem, lavem as mãos e usem máscaras!
Até o próximo.
Beijinhos!!
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