Capítulo 53
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— Muito prazer, sou Jackson Wang, seu advogado. — O rapaz alto e bem vestido estendeu a mão direita para cumprimentá-lo.
Jimin mal podia acreditar no que estava ouvindo. Sabia que a ajuda viria, mas não imaginava que pudesse chegar tão rápido.
Sacudiu a cabeça, espantando os devaneios, ao perceber que a mão de Jackson ainda estava no ar, esperando por alguma reação.
— Muito prazer e obrigado por vir tão rápido. — Jimin levantou-se da cadeira, apertando a mão do outro com firmeza.
— Pode-se dizer que foi um pouco de sorte. Namjoon me ligou e, por um acaso, eu estava na cidade dando uma consultoria para um cliente antigo. Vim assim que pude.
— Sabia que Namjoon conseguiria! — Jimin disse mais para si mesmo do que para Jackson, soltando o ar dos pulmões em alívio.
— Você trabalha para Jeon Jungkook, correto?
— Sim, estou fazendo uma auditoria para a sua empresa. É por isso que vim para China.
— E ele é alguma coisa seu?
— Como assim? — Jimin arregalou os olhos.
— Desculpa a intromissão, mas quando Namjoon me ligou, alguém estava com ele no momento, e não parava de falar. Namjoon mal conseguia me explicar o que estava acontecendo. A cada meia dúzia de palavras ele dizia "espera, Jungkook. Estou falando com ele", "calma, Jungkook. Eu já entendi, eu já sei o que tenho que dizer". Ele parecia realmente preocupado com você, digamos até que meio desesperado.
— Ah... sério? — Jimin sentiu as orelhas esquentarem. — Jungkook é... é um chefe bem atencioso... — Virou a cabeça para o lado, tentando evitar contato visual com o advogado.
— Atencioso... sim, sim. — Jackson não pareceu convencido.
— Você e Namjoon são amigos? — Jimin mudou de assunto.
— Sim, fizemos algumas matérias juntos na universidade, e éramos da equipe de natação. Bom... mas vamos ao que interessa. Acredito que você não queira perder mais tempo nesse lugar.
— Pode ter certeza, quero voltar para casa o quanto antes.
— Muito bem, me conte tudo. Preciso saber de todos os detalhes do que aconteceu.
Jimin narrou tudo o que havia acontecido nas últimas horas, tentando não se esquecer de nenhum detalhe. Jackson tirou um pequeno bloco de notas e uma caneta do bolso de seu paletó, e vez ou outra, fazia algumas anotações.
O advogado permanecia sério, recostado na cadeira, sem demonstrar nenhuma emoção em seu rosto, prestando muita atenção em tudo o que era dito.
— Bom... — Jimin apoiou as duas mãos na mesa fria de metal. — Acho que isso é tudo.
Jackson continuou impassível, parecia pensar em algo quando apertou os lábios um no outro. Jimin já ia protestar, querendo alguma resposta do seu novo advogado, quando percebeu um leve tremor nos ombros do outro. O movimento foi ficando cada vez mais evidente e, segundos depois, Jackson começou a rir.
Primeiro uma risada contida, sem mostrar os dentes, como se estivesse tentando não agir daquela maneira, depois tudo pareceu forte demais para ele, que irrompeu em uma gargalhada que ecoou alto dentro da pequena sala.
Jimin arregalou os olhos, definitivamente essa não era reação que ele estava esperando. Ficou observando o outro rindo, tentando entender do que ele havia achado tanta graça.
— Perdão, Park. Eu não consegui me segurar. Não é por nada, mas é que a história toda daria uma ótima fanfic.
— Fanfic?
— Deixa para lá... não é nada demais. — Wang secou a umidade dos olhos. — Cara... que azar da porra, hein?
Jimin achou graça do jeito espontâneo e despretensioso de seu advogado. Geralmente, os profissionais dessa área eram sempre muito sérios e, algumas vezes, um pouco mais arrogante do que o necessário. Mas Jackson parecia ser diferente.
— Nem me fale. Acho que gastei toda a minha sorte em Las Vegas. — Jimin se recostou na cadeira, relaxando um pouco o corpo.
— Adoraria conhecer Vegas. Você esteve lá recentemente? — Perguntou interessado.
— Sim... uma longa história... daria uma outra longa fanfic... — Jimin suspirou. — Bom... mas vamos ao que interessa, Wang?
— Me chame de Jackson, acho que não precisamos de tantas formalidades. — Jimin concordou com a cabeça. — Bom, faremos o seguinte: Provavelmente você ainda vai ter que depor contra o assaltante. Vou entrar com uma reclamação sobre a sua custódia inadequada. Você foi a vítima aqui, estava apenas tentando colaborar com o seu depoimento. O mínimo que eles deveriam ter feito era chamar um tradutor imediatamente.
— Acho que dei azar com o horário também... que tradutor sairia de casa para ir até uma delegacia no meio da madrugada por causa de um roubo de celular?
— Sim, pode ser. Mas, mesmo assim, foi errado. Mas parece um caso simples. Só preciso elaborar uma boa justificativa para a sua reação, explicar tudo o que aconteceu e acredito que em pouco tempo consigo te tirar daqui. Você tem antecedentes criminais?
— Eu tenho cara de alguém que descumpre a lei? — Jimin cruzou os braços na frente do peito.
— Com essa cara de anjo, já deve ter roubado muitos corações por aí. — Jackson piscou para o loiro.
Jimin riu, achando aquela reunião engraçada, apesar do local e das circunstâncias em que acontecia.
— Não vou negar. — O loiro passou a mão pelos cabelos, fazendo charme. — Mas fora isso, tenho a ficha limpa.
— Ótimo, mais fácil ainda. Vou tentar fazer você sair dessa sem que isso fique registrado na sua ficha criminal.
— Certo, mas não faça nada por trás das leis. Prefiro ter a ficha suja do que a consciência pesada por ter burlado alguma coisa.
— E eu tenho cara de quem faz esse tipo de coisa? — Jackson fechou a cara.
O clima ficou tenso, o advogado sustentando o olhar pesado em cima de Jimin, que se sentiu um pouco mal de ter dado a entender que ele faria algo fora da lei. Mas Wang apertou os lábios um no outro novamente, e ele e Jimin caíram na risada.
— Só me tira daqui, cara...
— Seu desejo, é uma ordem. Vou fazer a minha mágica. Aguarde aqui, não vá a lugar algum.
Agora foi a vez de Jimin fechar a cara, ganhando outra piscadinha de Wang que saia da sala.
A porta se abriu atrás de Jimin, e por ela passou o mesmo guarda que o havia deixado ali. O loiro foi levado de volta a cela, agora em companhia de mais 2 pessoas. Sentou-se no banco de cimento e encostou a cabeça na parede logo atrás, fechando os olhos e torcendo para que tudo melhorasse dali para frente.
[...]
— Park Jimin. — Um guarda corpulento chamou enquanto abria a grade da cela. Ele fez um gesto com a cabeça, indicando para que Jimin o seguisse.
Sempre na frente e sem olhar para o loiro, os dois seguiram pelo mesmo corredor de antes, mas agora saíram por uma porta diferente, que dava no hall de entrada da delegacia. Em pé e de braços cruzados, Jackson o aguardava.
O advogado foi até ele, sorrindo. Jimin notou o quanto aquele homem era bonito e imaginou que ele é que deveria ser o ladrão de corações.
— PARK! — Wang disse alto, chamando a atenção de todos na delegacia. — Estamos quase lá. Tiraram a queixa contra você, não está mais sendo acusado de desacato à autoridade. Sua ficha continuará tão pura quanto o seu sorriso. — Jimin riu pelo nariz, aquele cara não perdia nenhuma oportunidade de flerte.
— Obrigado, Jackson. E agora, o que vai acontecer.
— A parte mais emocionante. — Wang bateu uma palma na outra. — Você vai entrar naquela sala, dar seu depoimento e fazer o reconhecimento do assaltante. Não se preocupe, o tradutor oficial estará na sala com você.
— Mal posso esperar... — Jimin zombou.
O guarda encaminhou o loiro para a sala de depoimento, onde o delegado e o tradutor o esperavam sentados ao redor de uma mesa redonda.
Jimin deu seu depoimento, contando cada detalhe desde que viu o rapaz vindo em sua direção na rua. Não demorou mais do que 10 minutos, e eles já estavam seguindo para um outro cômodo. Ali, havia uma grande janela, que dava a visão para uma outra sala.
— Pronto, Park Jimin? — O tradutor perguntou, com o olhar atento do delegado ao seu lado.
— Sim, quando quiserem.
Três homens entraram, com os braços para trás, possivelmente algemados, e o rostos abaixados. Um guarda os posicionou um ao lado do outro, e pelo grito, ele deve ter os mandado levantar a cabeça, o que foi feito imediatamente.
— Você reconhece algum desses homens como o assaltante, senhor Park? — Ouviu o tradutor repetir após o delegado.
— Sim, o cara da direita, de jaqueta marrom.
— Tem certeza.
— Sem dúvida alguma.
O delegado fez um gesto com a cabeça, parecia que aquilo era o suficiente. Os três voltaram para a recepção da delegacia, encontrando novamente o advogado que agora cochilava sentado em um daqueles bancos desconfortáveis.
— Está liberado, senhor Park. Aqui estão seus pertences.
Jimin recebeu seu celular quebrado de volta, assim como sua carteira. O loiro agradeceu e sentou-se ao lado de Jackson, que ressonava baixinho.
— Não estou te pagando para dormir em serviço, Wang!
O outro acordou assustado, quase caindo do banco.
— Dormindo? Quem está dormindo aqui? — Disse brincalhão.
— Vamos, seu trabalho está encerrado. Podemos ir embora! — Jimin anunciou aliviado.
— Ótimo, estou morrendo de fome. — Jackson se levantou, ajeitando a roupa um tanto amassada.
— Você está de carro? — Wang confirmou com um aceno. — Poderia me dar uma carona até o hotel?
— Não precisava nem pedir. Não ia correr o risco de te deixar perdido pela cidade de novo.
Jackson deu um soquinho no braço de Jimin, que se encolheu um pouco por causa da dor no corpo, mas disfarçou para que o outro não percebesse.
Os dois caminharam para fora da delegacia, já era noite e Jimin teve a sensação que tinha viajado no tempo. Aquelas horas detido pareceram um sonho perturbador, mas que finalmente havia terminado. Só queria voltar o quanto antes para a Coréia e rever seus amigos, Jin e, claro, Jungkook.
— Jackson, será que eu poderia usar o seu celular? — Foi a primeira coisa que disse ao colocar os pés na rua.
— Claro, fique a vontade. Aquele é o meu carro. — Apontou para um Mercedes branco, estacionado um pouco mais a frente. — Fico te esperando lá.
Wang se retirou, dando a privacidade que Jimin provavelmente queria. O loiro aguardou que ele se afastasse um pouco, digitando os números de Jungkook assim que encontrou o aplicativo para fazer uma chamada por voz.
— Nochu... — A voz de Jimin quase não saiu ao ouvir a voz do outro.
— Jimin? É você, Mochi?
— Sim, sou eu. — Suspirou. — Estou livre, Jungkook. Jackson fez um ótimo trabalho.
— Ah, Mochi... eu fiquei tão preocupado. Queria ter ido até aí, mas parece que tudo estava conspirando contra mim. Me perdoa...
— Não tem problema, coração. Está tudo bem agora. Logo chego aí. E por falar nisso, você poderia reservar uma passagem para mim no próximo voo para Seul?
— Claro, agora mesmo. Te ligo no hotel para passar o horário do voo.
— Obrigado. E por favor, agradeça ao Namjoon. Pelo jeito, todos os amigos dele são bem competentes no que fazem.
— Eu falo para ele... mas me diz uma coisa? Esse Jackson... é bonito?
— Bonito? Bonito como o Jaebum? — Jimin ouviu o outro dar uma engasgada do outro lado da linha. — Não, ele não é bonito... Ele é um pecado! — Jimin riu quando ouviu Jungkook soltar alguns palavrões do outro lado da linha. — Além de competentes, os amigos do Namjoon são bem apessoados.
— Eu vou fingir que não fiquei com ciúmes disso.
— Assim espero... — Pausou. — Jungkook?
— Sim, Mochi?
— Você sabe que eu só tenho olhos para você, não sabe?
Jimin não podia ver, mas pelo silêncio, sabia que Jungkook estava sorrindo do outro lado da linha.
— Bom, me ligue quando souber alguma coisa sobre o voo. Qualquer coisa, liga neste número, por enquanto ele é o único contato móvel que tenho aqui. E vá para casa descansar, aposto que ainda está no escritório.
— Sim, ainda estou aqui. Mas já posso ir embora agora que falei com você. Mochi, por favor, cuide-se aí. Acho que já tivemos emoções demais com essa sua viagem.
— Pode deixar, não se preocupe.
— Você disse isso da última vez... — Jimin riu, imaginando o namorado fazendo um biquinho emburrado.
— Até mais tarde, Jungkook.
— Até, meu Mochi. Te amo.
— Te amo também.
Jimin encerrou a chamada, já se sentindo mais animado depois de conversar um pouco com seu amado. Foi em direção ao carro de Jackson e entrou assim que ouviu a porta ser destravada.
— Aqui está. — Jimin passou o celular para o outro. — Obrigado.
— De nada. Acalmou o seu chefe? — Wang ergueu uma das sobrancelhas.
— Não é muito da sua conta, mas... sim, ele está mais calmo. — Riu.
— Que bom. Ele não precisa se preocupar, você está a salvo comigo. — Bateu a mão espalmada no peito.
— Será que a sorte voltou para o meu lado? — Jimin riu enquanto colocava o cinto de segurança.
— Eu sou o próprio trevo de quatro folhas, meu bem. — Piscou para o loiro. — Agora, vamos. Estou faminto! O que você gostaria de comer?
— Comer? Achei que você ia me deixar no hotel.
— Sim, eu vou. Mas aposto que você também está com fome.
— Bom... — Jimin pensou um pouco. — Está bem. Estou realmente com fome. E se eu for para o hotel não vou ter energia para sair novamente.
— Ótimo! Vou te levar no meu restaurante preferido!
Jimin sorriu em resposta à animação de Jackson. Definitivamente, ele era uma pessoa muito agradável. O loiro se sentia confortável com a sua presença.
Pouco tempo depois, os dois entraram em uma pequena porta, mas que dava para um grande salão. O local era bem simples, sem nenhuma sofisticação. Mas Jimin adorou o clima daquele lugar, cheio de gente comendo animadamente. O cheiro da comida tomava conta do local e um pequeno palco transformava alguns clientes mais corajoso em idols improvisados.
Jackson levou Jimin até o balcão, onde logo acima, ficava um painel com o cardápio em exposição.
— O que vai querer? — Wang virou-se para o loiro.
— Não tenho a menor ideia. Não entendo nenhuma palavra que está escrita aí. Pode escolher por mim.
— Ok, então. Vamos ver...
Jackson passou os olhos pelo painel, e sem muita demora, fez o pedido para o rapaz que aguardava atrás do balcão. O advogado pagou antes mesmo de Jimin tentar pegar a carteira do bolso.
— É por minha conta! — Disse animado.
Os dois foram se sentar em uma pequena mesa ao fundo do restaurante. Jimin estava concentrado no palco onde os clientes se revezavam quando a comida chegou.
— Uau, parece ótimo! — O loiro exclamou, sentindo o estômago roncar.
— Espero que goste! Este é o frango Gong Bao, feito com amendoim, gengibre, pimenta e alho. — Jackson ia apresentando os pratos conforme Jimin ia se servindo. — Este é o Mapo tofu, cozido com pasta de feijão e pimenta. E aquele é o Chow Mein, um macarrão frito com carne e legumes.
— Está uma delícia! — Jimin disse já com a boca cheia, ganhando um sorriso satisfeito de Jackson que também encheu seu prato com a comida.
Os dois comeram, conversando sobre amenidades e descobrindo mais coisas um sobre o outro. Jimin contou como foram seus estudos em Harvard e Jackson narrou as suas conquistas na equipe de natação, juntamente com Namjoon. A noite estava sendo agradável, e Jimin agradeceu por aquela viagem poder acabar dessa forma.
Depois de acabarem com o último pedacinho de frango do prato, Wang se levantou da cadeira, tirando o paletó e o deixando sobre o encosto da cadeira.
— Vamos, Park! — Esfregou uma mão na outra. — Vamos cantar algo no karaokê!
— Você só pode estar brincando! — Jimin gargalhou. — Nem pensar.
— Ah, deixa de ser chato. Aposto que eles tem músicas coreanas também!
— Não, deixa quieto. Eu não levo jeito para esse tipo de exposição.
— E você acha que alguém aqui tem? — Jackson apontou para o salão, fazendo Jimin rir.
— Vá você, prometo te aplaudir no final.
— Está bem... — Jackson deixou os ombros caírem, deixando Jimin com remorso. Mas no segundo depois, o advogado estava animado novamente, indo em direção ao palco como se fosse uma criança indo em direção ao carrinho de sorvetes.
Wang passou os olhos em uma lista e fez o pedido da música para a mulher que controlava o karaokê. Depois que a última pessoa terminou a canção, Jackson subiu no palco, pegando o microfone das mãos do outro.
— Essa é para você, Jimin. — Disse em coreano.
A música começou, e o loiro a reconheceu de imediado. Era Cheer up, do Twice. Jackson cantava bem, e o mais divertido era vê-lo fazendo toda a coreografia.
Jimin sentia a dor em seu abdômen aumentar de tanto que ria da performance do outro, que parecia se divertir e adorar toda a atenção que estava chamando no restaurante.
Pouco depois do refrão, Jackson começou a dizer algo em mandarim. Apenas entendeu seu nome ser citado no meio das frases na outra língua. Mas teve uma boa noção do ele tinha dito quanto todo o restaurante se virou na sua direção e passou a gritar.
— Jimin! Jimin! Jimin!
Jackson acenava do palco, chamando o loiro para se juntar a ele. Park queria se esconder de baixo da mesa, mas já tinha sido exposto o suficiente para fingir que não era o "Jimin". Ele tinha duas opções: Ou ele saia correndo ou subia no palco. Alternou o olhar entre a porta de saída e o palco.
Suspirou. — Ah,foda-se... — Levantou-se e juntou-se à Jackson.
O restaurante aplaudiu, acompanhando agora a performance dos dois. A princípio, Jimin ficou tímido, cantando um pouco sem graça, olhando para os pés, mas foi ganhando confiança, e antes que a música terminasse, já estava seguindo os movimentos da coreografia junto com o Jackson.
A música terminou, e os dois foram aclamados pelos demais clientes e funcionários do restaurante. Devolveram os microfones e foram para os seus lugares, fazendo reverência para as pessoas que continuavam os aplaudindo.
— Ah, vai negar que foi divertido? — Jackson se jogou na cadeira, rindo.
— Sim... confesso... foi divertido. — Jimin respondeu enxugando o suor com um guardanapo. — Fiquei impressionado, você tem talento. Deveria virar um idol.
— Digo o mesmo de você. Se saiu muito bem mesmo tendo levado uns chutes na noite anterior.
— Nem me fala... tenho certeza que vou me arrepender mais tarde. — O loiro pousou a mão na altura das costelas, massageando o local contundido. Podemos ir agora?
— Sim, vamos.
Os dois saíram do restaurante e Jimin não conseguia parar de rir do outro, que acenava e mandava beijos para as pessoas do local.
[...]
Assim que entrou no saguão do hotel, Jimin foi até a recepcionista, perguntando se havia algum recado para ele. Ela lhe entregou um pequeno bilhete, onde dizia:
Hong Kong Airlines
Flight EK262
8am
Jimin agradeceu e subiu para o seu quarto. Tomou um banho demorado de banheira e depois deitou-se na cama, enrolado no roupão felpudo. Estava exausto, adormeceu pensando em sua viagem de volta para casa.
[...]
Jungkook alternava seu olhar impaciente entre o seu relógio de pulso e o painel do aeroporto. O voo EK262 já havia aterrissado e Jimin devia aparece a qualquer momento.
O portão de desembarque se abriu e dezenas de pessoas começaram a sair por ele. Jungkook desviava das pessoas que entravam em seu campo de visão, até que avistou a cabeleira farta e dourada de Jimin.
Seus pés pareceram grudar no chão quando a silhueta elegante de Jimin abriu espaço entre as pessoas. O coração de Jungkook disparou ao ver o namorado todo vestido de preto, jaqueta de couro e óculos de sol. Não deixava nada a desejar para nenhum modelo internacional. Queria correr e abraçá-lo, mas sabia que naquele lugar não seria o melhor momento.
Jimin abriu um lindo sorriso quando avistou Jungkook o esperando. Acelerou o passo minimamente e parou à sua frente, em uma distância segura.
Olharam-se por longos segundos, contendo-se para não se renderem um nos braços do outro no meio daquela multidão de transeuntes.
— Oi, Jimin...
— Olá, Jungkook...
— Fez boa viagem? — O moreno coçou a nuca em uma tentativa de deixar as mãos ocupadas.
— Sim, foi tranquila.
— Então, vamos?
Jimin concordou em um gesto com a cabeça. Os dois caminharam pelo aeroporto lado a lado, sem trocarem muitas palavras. Na verdade, nenhum dos dois queria se expressar em palavras, apenas queriam sentir um ao outro.
Jungkook colocou a mala de Jimin dentro do porta-malas, mas antes que entrassem no carro, puxou o loiro para trás de uma das colunas do estacionamento, abraçando-o fortemente.
— Nem adianta pedir, eu não vou te soltar. — Jungkook declarou, afundando o rosto na curva do pescoço perfumado do outro.
Jimin não se importou, também estava com saudade. Envolveu os ombros do outro, retribuindo o abraço cheio de carinho.
Jungkook soltou o corpo menor, levando as duas mãos para o rosto angelical de seu namorado. Afagou as bochechas com os polegares e o puxou delicadamente para um selar demorado.
Jimin suspirou e entreabriu os lábios fartos para que o outro aprofundasse mais o beijo. As mãos pequenas subiram pelo peitoral forte do moreno, agarrando um pouco do tecido entre os dedos quando Jungkook tomou sua boca com a língua quente. Perdeu todo o controle do seu corpo, soltando um gemido baixo de satisfação.
O beijo foi encerrado com muito custo, mas ambos sabiam que teria mais tempo depois.
— Não vejo a hora de chegar em casa... — Jimin quebrou o silêncio depois que o carro passou a se movimentar.
— Se não se importa, não vou te levar para a sua casa. — Jimin franziu o cenho, confuso. — Vamos para a minha casa. Não quero te deixar sozinho, vou cuidar de você.
— Mas eu estou bem, Nochu. Não precisa de tudo isso. Pensei até em ir trabalhar.
— Nem pense nisso. Você vai descansar um pouco. Já cuidei de tudo, não se preocupe. Me deixa fazer isso por você, já que não consegui ir até Beijing para te ajudar.
Jimin sorriu, acalentado pela atitude do namorado.
— Está bem... — Fez um carinho na mão direita de Jungkook que estava pousada em sua perna.
Os portões da garagem se abriram assim que o Maserati de Jungkook se aproximou. Jimin já estava admirado só com a fachada daquele edifício. Com um design moderno, era alto, provavelmente com uns 20 andares.
Os dois saíram do carro, Jungkook em posse da mala de Jimin enquanto esperavam pelo elevador.
Dentro da cabine totalmente espelhada, o moreno apertou o botão do último andar, assim como Jimin já estava prevendo. Pelo o que conhecia dos gostos extravagantes do namorado, ele provavelmente moraria na cobertura.
Ao chegar no vigésimo andar, deram de cara com um hall pequeno e apenas uma porta estava disposta naquele local.
Jungkook destravou a porta por um mecanismo eletrônico, que fazia reconhecimento digital.
E quando o moreno deu passagem para Jimin entrar, este ficou ainda mais boquiaberto. O apartamento era praticamente um vão livre, no estilo dos lofts nova-iorquinos, sem paredes ou divisórias. O pé direito era duplo, dando a sensação de mais amplitude ainda.
A decoração era impecável, assim como a limpeza do local. As paredes eram de tijolos aparentes e os móveis e objetos de decoração eram de muito bom gosto e aconchegante.
Uma escada de metal dava acesso ao mezanino, onde deveria ficar os cômodos mais privativos.
— Jimin!!! — A voz de Jin ecoou no apartamento. — Que bom te ver são e salvo! Você deixou todos nós preocupados. — Ele chacoalhava o loiro pelos ombros.
— Desculpa, hyung... — O primo de Jimin agora o abraçou com carinho, passando as mãos pelas costas gentilmente. — O que está fazendo aqui?
— Venha, vou te mostrar. — Jin virou-se, chamando o loiro com o dedo indicador.
Um pouco mais adiante, era possível ver a cozinha, estilo americana, com um grande balcão de granito negro. Sentado em um dos bancos altos, estava Namjoon, que parecia bem concentrado, cortando uma cebola.
— Jimin! — Exclamou quando percebeu o grupo se aproximando. — Bom te ver de novo.
— Bom te ver também, Namjoon. — O loiro sentiu um cheiro bom saindo das panelas. — Nossa, você está cozinhando, Jin?
— Sim! Jungkook me contratou para encher a geladeira de comida saudável para você. Enquanto ele trabalha, eu vou ficar aqui cuidando e te alimentando o dia todo.
— Gente, assim vou ficar mal acostumado.
— Você merece um pouco de mimos. — Jungkook deu um beijo na bochecha de Jimin.
— Quer comer alguma coisa antes de descansar? — Jin perguntou enquanto mexia o conteúdo de uma das panelas.
— Não, obrigado hyung. Eu comi no avião.
— Está bem! Então, descanse até a hora do almoço. Pode deixar que eu te chamo.
— Vem, Jimin. — Jungkook puxou o loiro suavemente pelo pulso. — Vou te levar até meu quarto.
— Jungkook! — Namjoon chamou quando os dois já estavam se afastando. — Não temos muito tempo. A reunião com os novos clientes começa em meia hora. Não se atrase. — Piscou para o amigo.
Namjoon não conseguiu ouvir, mas sabia que Jungkook soltou meia dúzia de palavrões. Na verdade, tinham tempo suficiente, só disse aquilo para provoca-lo.
A escada de metal levava até um corredor, onde era possível visualizar quase todo o andar de baixo. No final, havia apenas um quarto.
Todo decorado em tons de cinza e detalhes em madeira, aquele definitivamente era a cara de Jungkook. Moderno e muito elegante.
— Meu amor, pode ficar a vontade. O quarto é todo seu.
Jeon foi até Jimin e o abraçou, sentindo de novo o calor daquele corpo que tanto gostava. Apertou um pouco mais, mas sentiu o loiro estremecer levemente dentro de seus braços.
— O que foi? — Perguntou preocupado.
— Não é nada... — Jimin colocou uma das mãos sobre as costelas. — É só que ainda sinto um pouco de dor onde me bateram.
— Deixa eu ver? — Jungkook voltou a se aproximar, segurando a bainha da blusa de Jimin.
Com a ajuda dele, o loiro despiu o torso, e Jungkook pode ver claramente o hematoma causado pelos chutes. Sentiu o coração se apertar, desejou estar no lugar dele para poupá-lo de sentir dor.
Segurou em sua mão, e o conduziu até a cama, fazendo-o deitar. Afastou-se até a estante que estava próxima e começou a procurar por algo em uma caixa.
— O que está fazendo? — Jimin perguntou curioso.
— Vou te mimar mais um pouco antes de sair para o trabalho. — Finalmente achou o que procurava, um tubo de pomada.
Jungkook sentou-se na beirada da cama, espalhando um pouco do conteúdo do tubo em suas mãos. Com delicadeza e sem fazer muita pressão, o moreno passou o creme na região dos hematomas, massageando até que o produto fosse absorvido.
— Vai ajudar a melhorar essas marcas.
— Obrigado, Jungkook. — Jimin agradeceu sorrindo. — Acabou? — Se alarmou quando percebeu que o namorado já estava se levantando.
— Acho que sim. — O moreno riu. — A não ser que você tenha mais contusões... — Levantou uma das sobrancelhas.
— Bom... sabe... acho que dá doendo um pouco aqui tb... — Jimin apontou para o outro lado de seu corpo.
— É mesmo? — Colocou as mãos na cintura, bancando o difícil. — Não estou vendo nenhum hematoma aí.
— É que... não chegou a formar, mas está doendo. — Jimin fez um biquinho.
Jungkook riu anasalado, Jimin era adorável. E aquele diabo conseguiria qualquer coisa com aquela carinha.
O moreno passou mais um pouco de pomada nas mãos, voltando a se sentar na beirada da cama. Não ia negar, passar as mãos novamente por aquele corpo não seria nenhum sacrifício.
— Pronto, agora preciso ir. — Jungkook se levantou, ajudando Jimin a entrar debaixo das cobertas. — Mas eu volto mais tarde, e aí meu bem, cuidarei de você a noite toda.
— Mal posso esperar... — Jimin mordeu o lábio inferior.
Jungkook beijou os lábios do loiro docemente, depois deixando um selar em sua testa alva.
— Descanse. Eu te amo, Mochi.
— Também te amo, Nochu.
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Oláaaa, flores do meu Bellagio!!
Espero que tenham gostado do capítulo!!
Não esqueçam de votar e comentar bastante!!! Vou ler cada um com muito carinho!!
Muito obrigada por chegarem até aqui!! O apoio que vocês tem dado está sendo incrível!
Agora, quero muita atenção neste aviso importantíssimo!!
Eu acho que esse tipo de explicação não precisaria ser feita, mas por respeito à todos os meus leitores, eu prometi avisar! Então leiam com atenção!!
O próximo capítulo será bastante especial. É aquele capítulo que eu falei que vocês estariam livres para ler ou simplesmente pular, sem prejuízo para o entendimento da fic. Será um capítulo único!
Vai ser totalmente flex! Ou seja, Jungkook e Jimin ativíssimos!
Aqueles que não gostam, mas estiverem com o coração aberto, eu vou ficar extremamente feliz com a leitura de vocês. Mas entenderei caso queiram pular.
Só por favor, não façam comentários desagradáveis. Não desrespeitem quem não gosta ou quem gosta. Comentários grosseiros, brigas e etc serão todos deletados. Todos estamos aqui por livre e espontânea vontade e ninguém é obrigado a nada.
Mas confesso que vou dar pulinhos de alegria ao ver que vocês irão me confiar a leitura de um capítulo assim!
Espero corresponder às expectativas de todos! Farei o meu melhor!
Bom... nos vemos lá no Twitter e no Instagram! Logo logo teremos as fotos deste capítulo!!
Muito obrigada por tudo!
Até o próximo! Beijinhos!
Amo vocês!
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