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Capítulo Único

Era na calada da noite que minhas aventuras se iniciavam. Ainda bem jovem, boca pintada de vermelho e vestidos sensuais. Cetim e seda adornavam meu corpo, ressaltando as curvas que ganhei assim que me tornei mulher.

Minha família tradicional e inflexível nunca me permitiria ser o que eu queria ser. Fugir durante a madrugada era um ato de rebeldia e coragem, porque meus pais eram tão rígidos que beiravam a obstinação. Meu coração palpitava a qualquer menção à aventura. Eu sempre soube, estava destinada a grandeza e a prazeres. Heresia poderia ter sido meu sobrenome, mas seria um eufemismo com a palavra.

Me libertar dos grilhões que minha família me impunha foi aliciante, ter o mundo finalmente sob meus pés foi um fascínio. Meu corpo e minha mente ansiavam avidamente pra descobrir tudo o que esse vasto mundo mantinha escondido nas sombras, nas cavernas caliginosas das entranhas das cidades e vilas. Me deixei ser levada pelo vento, dançando conforme tudo que o destino era capaz de me trazer.

Frequentar tavernas era algo que nunca ocorreria caso eu nunca tivesse me desgarrado de minha família. Mulheres não eram bem-vindas, mas ainda assim, impus respeito e medo no coração de muitos homens fortes e corajosos. Nenhum deles era páreo para mim, porque eu era a mulher mais poderosa de toda essa cidade, mesmo que em uma realidade alternativa, onde quem reinam são as pessoas facínoras.

Copos cheios de álcool resultam em risadas escandalosas e cheias de facécia. Haviam danças, as vezes, a taverna se assemelhava a um cabaré, mulheres sensuais e devassas apareciam e roçavam nos corpos másculos dos meus companheiros de jornada. Elas se deitavam em suas camas a troco de moedas, e não por vontade e desejo, mas ninguém realmente liga para esses meros detalhes. O que importa são nossos bolsos cheios e pesados, abundância de ouro e prata e metal era um êxtase.

Quando a zurrapa começava a ser servida, era o momento de mudar de taverna e dar dinheiro a outro taberneiro. Enquanto a Lua não se retirasse e o Sol começasse a brilhar imponente no céu, ainda não era a hora de nos retirarmos.

É verdade, a noite é o nosso melhor horário. É nessa hora que os malevolentes despertam e cometem seus pecados, é o momento onde o mal é solto e as feras da liberdade dominam nossos corpos. É quando podemos exprimir nossos desejos, sejam eles hediondos ou não. Quando não estou indo de bar em bar e reunindo histórias de bêbados, estou cuidando dos meus negócios infames. E alguns ainda insistem que ser notívago não valha a pena!

Ter um trabalho como o meu pode ser difícil para algumas pessoas, não é sempre que posso estar junto de meus companheiros marginais na taverna, bebendo e bebendo até cair. Ser a líder de um movimento criminoso exige sangue e suor árduo. Por vezes, estou a frente de meus homens e eu mesma presencio os saques e as negociações.

Era burlesco. Muitos homens me subestimavam por ser mulher, chefes de crimes que acharam que podiam ser descuidados ao lidarem comigo. Eles possuíam nomes e alcunhas conhecidas, títulos a zelarem. Reputação não se ganha, se constrói. Porém, eu os destruía e me apropriava de suas mercadorias roubadas com a mesma simplicidade que eles tentavam me atraiçoar.

Posso ser mulher, mas isso não me torna ínfera. Desde jovem, ainda moça, entrei nesse mundo, me tornei adulta já dentro das entranhas dessa cidade, metida nos piores lugares, cheios de mentiras, trapaças e sangue. Fui ensinada a ser autoritária e a desejar riquezas, os truques foram passados a mim e eu os absorvi como uma esponja.

Assim que meus inimigos eram vencidos e eu os saqueva por completo, partia para novas aventuras. Meus homens me acompanhavam, tão fiéis quanto o terrível Judas. Eles eram movidos por moedas de ouro e prata, e se não houvesse glória e recompensas pelas conquistas, eles me abandonariam com a mesma facilidade que é respirar.

Permiti que muitos homens me cortejassem, meu sorriso álacre e o olhar enigmático os encantava, os atraia. Mas brincar com eles, fazer com que me desejassem cada vez mais, a ponto de quase não conseguirem reprimir seus desejos carnais, era a parte que me instigava e entretia. Deitar-me em suas camas era algo meramente como um passatempo. Ao amanhecer, eu ia embora e nunca mais retornava, para que aquela noite ficasse para sempre em suas mentes deturpadas e cheias de fantasias. Eu era a mulher misteriosa e inesquecível que partia na aurora.

Mesmo com um coração apaixonado por aventuras e saques e emoção, eu ainda era mulher. As vezes, esporadicamente, permitia que seletos homens se aproximassem demais. Eu os mantinha por perto por capricho e ego. Mas logo eu os libertava, porque a única coisa que aquecia meu coração de verdade era manter-me em constante movimento, conhecendo novas culturas e costumes, novos povos e novos bolsos para serem saqueados. Sequer navios e alcáceres resistiam a minha vontade de pilhar e encher minhas mãos de moedas.

Até mesmos os mais fortes e intrépidos caem, e minha ruína teria fadado na ascenção de outro chefe de crime. Um que fez parte do meu passado, que outrora havia conquistado meu coração. Me apaixonar havia sido proibido desde que ele partira para conquistar honra e alcunha sozinho, solitária, eu continuei a viver conforme os ventos sopravam.

Os dias de aventuras e jornadas cheias de emoções haviam chegado ao fim. Minha coroa forjada nos confins do mundo, feita dos ossos de meus inimigos e equivalente a todo o ouro que consegui roubar, agora eram ostentadas por outro saqueador, mas agora, com um osso a mais: o meu.

Meu coração estava acalentado e vazio de preocupações, e em minha mente apenas memórias jubilosas e nostálgicas, cheias de risos e glória, o que me fazia morrer em paz comigo mesma. Porque eu consegui me livrar dos dogmas de minha família e da sociedade, esse é o almejo de qualquer pessoa comandada por censo e ligada a críticas de outrem.

Tudo o que restou foram as histórias contadas pelos que conviveram comigo e viram meus atos epopeicos, sei que dirão meu nome com extremo respeito e admiração, os que escutarem contarão as mesmas histórias mais uma vez. E elas serão recontadas uma terceira vez, até que eu seja esquecida eternamente na memória dos antigos. Mas até lá, serei lembrada como aquela mulher audaz e intimidadora que não sentia medo e alcançou tudo que queria.

Este é meu belo legado vituperioso.

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