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※ Capítulo 27

Capítulo 27

Preciso voltar, restabelecer a minha vida! Ela não me quer mimi, passeava aquela gata que parecia-lhe uma adolescente pelas pernas querendo o aconchego do seu novo dono.

— Miau.

Ele pega e levanta a gata, e olha para aqueles olhos que reluzem o castiçal de velas acesas.

— Vou voltar e levo você comigo Mimi, o que será que fez você para estar aqui comigo.

Ele abraça a gata com carinho e chora.

— Como Mimi? eu entreguei meu coração a ela. Eu disse pra ela que lhe amava.

A gata sente a tristeza do seu novo dono, parece-lhe transmitir carinho.

O Dono, sabe que esta agindo de modo tempestivo, que precisa ser sensato um hospital de campana precisa dele.

— E os meus pacientes? Como ficarão?

Passa a mão fazendo um afago.

— Preciso ser adulto, preciso deixar este convento que só me fez sofrer. Te levo comigo Mimi, nem a foto do meu irmão.

Roupas em cima de uma cama.

E uma decisão, deixar aquele convento.

— Mimi, aquele jovem que não fala com aquele trauma?

— Mimi, os outros cinco pacientes?

Ficarão com as enfermeiras, essas freiras já sabem bem como agir. Preciso esquecer disto tudo e voltar a viver.

Estar perto das minhas tias da Poti.

Agora tenho você comigo Mimi. Te levo comigo, Amanhã, vou com a Madre Antônia para o meu lugar, que não é aqui.

Luzes, rebuliço e muita confusão.

A gata assustada pula do colo do novo dono e se esconde embaixo da cama.

O dono que tinha acabado de se exercitar estava com um calção de malha inapropriado para sair ver do que se tratava.

Era quase manhã. Veste a bata e sai.

A policia? Era isto mesmo que ele via no inicio do corredor?

Estava entrando dentro dos quartos?

As freiras esperando assustadas não entendendo do que se tratava.

Chega-se a Freira Má, e diz para o policial.

— Procure aqui, apontando para dentro do quarto do Padre. São amigos, provavelmente deve de estar se escondendo dentro do quarto dele.

O padre meio sem entender. Fala de modo alterado.

— Não no meu quarto não!

A freira má insiste. —Observe que realmente deve de estar dentro do quarto deste sodomita.

— O que disse irmã?

Nada, deixe o Policial fazer o serviço dele, esta procurando uma impostora.

O padre fica preocupado, não sabe do que se trata.

Todo o convento já estava mobilizado com a bagunça que se formara. Amélia sai do quarto, bastante constrangida não olha para o Padre, no entanto, de algum modo o protege.

— Se estão procurando a Madre Superiora, eu vi ontem ela ir embora.

— Ir embora? Como assim irmã?

Depois dos esclarecimentos, era A policia saindo em retirada. A Freira má, foi junto, queriam pegar a bandida no caminho.

O policial disse:

— Bem que abordei uma senhora com uma atitude suspeita no caminho para cá. Vamos, se corrermos ela não chegará a estrada. Pois se chegar, aquela espiã some do mapa.

— Espiã?

As fofocas tomavam conta do convento, um fuxico atras do outro, as freiras pareciam se deliciar com a novidade. Era algo surreal para elas. A Madre era uma bandida impostora.

Neste cenário sai a policia.

Acelera o carro, do modo mais abrupto possível, a Freira má parece se deliciar com a situação. Nunca tinha andado de carro, só de carroça com aquele jagunço que era o seu amante jardineiro.

No caminho, olhava para o policial com um modo insinuante, puxava a roupa tentando, mostrar o corpo. Até piscar para o homem ela piscou. O policial muito religioso, mirava para outra direção e tentava não ver o que estava pensando estar presenciando.

A freira coloca a mão na marcha, colocando as mãos em cima da mão do policial.

Para que isto serve?

O policial erra a marcha, e diz: — Precisamos acelerar isto senhora freira. Se eu pegar esta mulher que me informou na delegacia a pouco, posso ser promovido a delegado.

A freira má, da uma risada lembrando da sua sorte. E eu a Madre superiora. Acelere mesmo!

Encontram ela rastejando no chão, estava pálida e suava muito.

A freira má desce primeiro.

— É esta a vadia.

O policial olha para a freira e diz:

— O que é isto irmã? Tu es uma religiosa.

Ela percebe seu destempero e diz:

— Perdão Policial, perdão virgem santíssima. É que esta mulher enganou muita gente inclusive a mim também.

A Madre passando mal sussurra.

Socorro...

A Freira má olha para ela no chão e diz.

— Qual é o truque agora? Esta com algo escondido pronto para dar o bote.

Ela aponta para frente. Tinha matado o bichano, e estava a mostra no meio do mato.

O policial diz:

— Uma cobra ela lhe picou?

A madre desmaia.

O policial diz: —Vamos rápido voltar, não tem um hospital dentro daquele convento? Ela esta morrendo e pra mim não tem nenhuma serventia ela morta, preciso dela viva.

A Freira má segura ele pelo braço e diz:

— Deixe que morra! Deus quis assim. Foi um castigo, o próprio Satanás deve de ter incorporado nesta cobra pra sumir com está-zinha do mapa.

O Policial aponta a arma para a Freira.

— Você não parece-me uma Freira irmã, onde esta o seu amor fraternal? Eu sou religioso de não faltar missa, nunca vi tanto disparate em uma só pessoa.

— Ande, coloque-a no carro.

Meio que sem graça pela chamada de atenção, a Freira má resgata a Madre, que sabemos agora ser Selena.

Colocando-a no Carro, voltando para o Convento.

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