※ Capítulo 26
Capítulo 26
A fuga
Complicado saber que tudo o que tenho esta embrulhado em um lençol, e atrás deste convento a vida que eu tinha estou deixando a para trás.
Antes de sair, fui ao quarto dele. Estava dormindo, e cobri os seus pés. Vi o meu filho. Estava dormindo também.
Fiz mal a muita gente, e sinto que preciso sumir do mapa e é isto que estou fazendo agora.
Fecho as portas de entrada do convento.
Vejo luz em um ou outro quarto. Na esperança de ninguém ver a minha fuga. Até pensei em deixar um bilhete de despedida.
— Pra quê?
É melhor que esqueçam que um dia existi, fiz mal a muita gente. Ao meu antigo marido, que agora esta cuidando do filho que ele pensa ser dele.
A este convento, que se sustentou ao fruto de uma pecadora como eu. Tantos anos cuidando disto. Olhava ao cenário, o bosque a construção antiga, as adaptações para cuidar de doentes, e saia daquele local que outrora era também a minha vida.
Ela abriu o portão com um molho de chave, fechou bateu o cadeado, pensou em levar o molho, e depois pensou ser mais útil deixar lá, atacando-o para dentro, ficando do lado de fora, a madrugada trazia uma nebrina e a estrada era tortuosa e cheia de pedras, mesmo assim ela se foi. A caminhada seria exaustiva, pensava que pela manhã, estaria em uma estrada mais movimentada e iria fazer o que outrora já fizera em outro tempo, pedir carona, e desaparecer.
*
Moça, me ajude, estou um pouco debilitada. Uma senhora de meia idade, com um grande crucifixo no pescoço era esta pessoa. Selena, uma moça com uma urgencia. Fugir de uma situação que a atormentava.
— Não posso, preciso apressar o meu passo.
A mulher insistiu.
— Você não é cristã, estou com as pernas moles e a caminhada é bastante longa.
Duas mulheres numa estrada deserta. Selena e Ela.
— O que a senhora faz nesta estrada deserta? E parece-me que tem um sotaque estranho. Não fala a mesma língua que eu não é?
— Ich bin ein deutscher Ausreißer...*
Ao que falou Selena,compreendeu se tratar do idioma alemão, ja ouvira outrora, na escola uma professora de arte vivia a resmungar algo do tipo, o soletrar era alemão.
A Alemã ficou quieta na esperança de Selena ter compreendido o que ela disse.
E observou que não foi compreendida.
Voltou a falar ao idioma de Selena, com o seu sotaque carregado.
Sentou, no lado da estrada empoeirada, e pediu água.
— Sou uma freira fugitiva, e estou precisando de ajuda, preciso encontrar um posto de saúde, estou bastante fragilizada. Você me ajuda?
Olhei para ela e sentia que estava me colocando em uma encrenca. Ela uma freira desconhecida. Uma pessoa desconhecida, e eu precisando sumir do mapa, isto me atrasaria horrores.
Ela me mostrou que recebeu autorização de modo secreto de ir para um convento, disse-me o nome, mostrou-me uma carta, era timbrada e dava tosses assustadoras. Depois que declarou-se doente, fiquei a observar.
Realmente ela estava nas últimas. Quando tossia, pegava um lenço branco e sangue era expelido ali, me assustei com a cena, no entanto tive piedade daquela pobre senhora.
Terminamos a estrada de chão, e encontremos um carroceiro, ela acenou, que tinha dinheiro. (Uma quantia considerável, não era tão pobre quanto pensava) e pagamos o carroceiro que nos levou ao hospital. Dentro do estabelecimento, colocaram ela numa maca, fiz o pagamento, tudo envolve dinheiro até a morte, infelizmente.
Eu peguei nas mãos dela.
Seu último suspiro foi segurando as minhas mãos.
Fiz o atestado de óbito dela.
E agora estava com a informação que mudaria a minha história.
O endereço de um convento. E uma carta de recomendação.
E foi assim, que eu me tornei uma freira. E mais adiante uma Madre Superiora. A única coisa que eu fui proibida era de falar em qualquer hipótese o idioma Alemão, um alívio, ficaram de boca aberto com a minha fluência no idioma nativo, eu era uma impostora. Usurpei o convite daquela senhora. E também utilizei o nome dela. Errei de fazer o atestado de óbito no nome dela. Isto sim errei. Deveria de ter trocado meus documentos com o dela. Para despachar-me a alguma vala pelas redondezas e ser a secreta freira Alemã num convento desconhecido. Mas na naturalidade do momento, agi deste modo. O tisico a matara, fiquei uns dias em observação. Graças a Deus não contraí a doença.
Com dinheiro, e uma carta convite. Agora poderia trilhar outro caminho para a minha vida.
*
A luz, Era um carro rustico, a polícia. Tanto tempo não a via pelas estradas que levam ao convento. Tanto tempo passara. E não tinha mais medo de policia.
Pararam e pediram informação. Era para saber se aquela estrada levava ao convento. Eu fiz de desentendida, dizendo que sim. O policial perguntou o que uma senhora fazia andando a pé nestas ruas na calada da madrugada, inventei qualquer coisa, disse que estava indo visitar um doente, ele não me importunou, estava com pressa para ir ao convento. E eu com pressa de fugir.
Tradução: *Eu sou uma alemã fugitiva.
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