※ Capítulo 25
Capítulo 25
As confissões de uma freira
Amélia não conseguia dormir, sentia que a decisão que ela teve foi muito importante. Lara dormia, e isto a incomodava, queria alguém para conversar. Desceu da beliche, elas revesavam entre uma e outra dormir na parte de cima dela.
Foi ao banheiro, tomou uma água lavou o rosto, e pegou o terço e começou a rezar.
*
O abraço dele me entrelaçou, senti o seu corpo conectado ao meu, era um homem que parecia-me em desespero, estava agindo totalmente descontrolado. Ele tomava coragem de entrelaçar uma mulher, seus votos estavam em perigo, e era eu o fruto daquele amor tempestuoso. Chorava, queria, sei lá ser beijada. Queria sei lá que ele fosse louco, e ousado.
Mas eu tenho a minha convicção.
O meu voto é para devocionar a minha vida a Cristo. Assim fui e assim serei. Não é este abraço, este calor, este homem que irão fazer eu mudar de ideia.
— Fale alguma coisa! Ele olhava para o meu rosto, eu vulnerável chorava, estava também transtornada com a situação.
— Diga que me ama também!
Ele estava entregando seus sentimentos a mim. Sentia que era eu um problema para ele. Um padre. Que pecado! Eu estou sendo o estopim do seu descontrole.
Olhava para frente, por sorte, só o bosque era a testemunha daquele amor proibido. E entendia o que precisava dizer a ele. Só que não tinha coragem de dizer. E isto estava me matando, aquele abraço precisava ser desfeito e eu precisava lhe dizer a verdade mais triste da minha vida.
— Eu não lhe amo!
Ele me olhou, parecia uma criança que perde um brinquedo, eu fiz coisas erradas com aquele homem, eu o fiz entender que poderíamos nos amar. Não! Eu não posso ama-lo! Ele é um sacerdote do Senhor, e eu vou entregar a minha vida a caridade.
— É mentira! É mentira é mentira!
Ele me beijou. Eu chorava e não correspondia ao beijo.
Ele insistia na esperança de fazer o calor da paixão, tornar-me vulnerável a aquela enlaçada.
Ele segurava nos meus braços. Eu parecia pressionada.
Ele parou.
E saiu ele correndo, parecia eu a pouco.
Fiquei parada. Tentando compreender o que estava ocorrendo. Eu tive que domar meu coração meus sentimentos e não destruir a vida dele. Não destruir a minha vida.
*
Pai, preciso ser forte, e cuidar do meu voto, da minha vocação. Tira estes pensamentos torpes da minha mente, e faça a Amélia aqui compreender, que nasci para te servir, para o resto dos meus dias. Ele te servirá também Oh pai. Assim que tem que ser.
*
Terminou a reza e foi deitar...
Escutou barulhos no corredor
Foi ver abrindo de leve a porta.
Era a Madre Superiora, estava com roupas normais e isto já me foi um espanto. E parecia uma trouxa de roupa, feita as pressas que levava. Não compreendia.
Fechei a porta.
Ela não me viu.
Pensei em acordar a Lara e contar para ela o que observei. Tentava compreender o que estava acontecendo.
A madrugada já estava tornando-se dia.
E eu não conseguia dormir.
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