※ Capítulo 23
Capítulo 23
Um beijo e um não
Amélia, ficou esperando algum parente aparecer, e nada não dava pra ficar prantada naquela sala de visitas esperando alguém que não viria.
— Será que alguém se importaria comigo...
— Aquele monstro? Como pode pensar que eu iria entrar no seu quarto e roubar uma foto, ainda mais de uma pessoa tão querida dele.
Ficou sentada mais um pouco, olhava ao lado, freiras felizes recebendo seus parentes, olhou de longe Lara, ela lhe sorriu e continuou a esperar.
Não vinha ninguém.
É deprimente o que estou fazendo, ficar aqui sentada, expondo a minha humilhação de não ser lembrada. Até o padre, estava recebendo visitas, olhava para frente, e o via, sorrindo, parecia tias. Ele a olhou, ela abaixou o semblante. Seus olhos se procuravam era evidente.
Amélia sai, vai para o quarto, ler pela milésima vez algum salmo, dedicar sua vida a Deus e esquecer qualquer coisa carnal.
Entrou no seu quarto, estava só fecha a porta e ajoelha pega o terço e começa a rezar.
Começa a chorar, e diz em voz altas.
— Senhor, tira ele dos meus pensamentos, da minha vida. Pai, meus olhos me fazem pecar. Pai, sei que sou falha mas tire ele de mim!
E continua, cada pedrinha daquele terço, de modo angustiante e profundo.
— Por que pai? Por qual razão, ele faz isto comigo?
Ela termina a reza, fecha a bíblia, e fica escutando as risadas, as conversas, o movimento.
Abre a porta, vai passear pelo parque sozinha, precisava sentar em frente ao lago atacar pedrinhas enfim, distrair-se.
E começa a olhar, aquele lago que transparece o céu. Entende que foi um erro ir naquele local.
— Este local me lembra ele... Como eu posso me enganar deste modo.
Levanta-se, tira as sujeiras da sapatilha, algumas formigas lhe morderam.
Ao se levantar. Quem a estava esperando?
Seu coração suspirou...
— Vi que estava só, nenhum parente lhe veio visitar... Disse lhe o Padre Fabio.
Ela abaixou o rosto e quis se desvencilhar da situação...
— Como ousa me dizer a palavra? Você bem sabe que me magoou com as suas acusações.
E sai correndo...
Ele também sai...
Segura o braço dela de modo brusco e violento...
— Pare com isto, Padre, você não entende.
O silencio da agua da vegetação foi quebrada pelo sussurro dela, pareciam sós em um bosque. Mas não estavam, o convento estava cheio de pessoas estranhas, a guerra tinha dado uma tregua e ela quase se entregando aos desejos carnais que corroiam os seus pensamentos.
Ele se aproximou dela mais forte.
— O quê? Eu não entendo...
Era um homem masculo viril, vestido em uma roupa de padre, isto era desconcertante, a deixava perdida, agora entendia que todo o amor que guardava no peito era retribuido, e isto lhe parecia algo sem controle.
— Pare padre você esta me machucando...
Ele soltou os braços dela, não queria mais sair correndo.
Estavam abraçados e olhavam um ao outro.
Algo surpreendentemente perigoso estava ocorrendo. O atrito corporal, trazia sensações que Amélia não conhecia.
Ele se aproxima mais e mais...
Era algo surreal, Amélia tentava se desvincilhar, mas o corpo pedia o que estava para ocorrer.
Ela chorou.
— Pare padre, não faça o que irá se arrepende depois.
— Arrepender?
Ele a olhava, era uma moça com um habito, uma freira, do que isto lhe importava? Se os seus pensamentos estavam nela, todos os dias tentava esconder... Seu sentimento, suas angustias... Estavam todas substituidas por um amor impossível.
Chegou bem perto dela, era possível escutar o pulsar do coração, e aquele hálito fresco, os olhos eram lindos, pareciam transparecer a alma, era o momento exato, e estava querendo de todos os modos beija-la.
Ela se desvencilhou de vez daquele "bote infernal"
— Padre não faça isto comigo, não faça isto com você.
Ela saiu correndo, a ponto dele gritar.
— Eu a amo.
Ela parou e escutou, tal atrevimento.
Ficou parada, escutava os passos vinham a sua direção. Escutava, ele iria a agarrar. Meu Deus que desvaneio! Ela estava parada. Olhava pra frente na esperança de ninguém ter escutado tal sandice. Os pássaros, escutaram a natureza escutou, e ela escutou, ele pegou ela novamente pelo braços.
— Beije-me! Beije a mim e diga que não me ama também!
Novamente corpos entrelaçados, novamente ela tentando se desvencilhar dele.
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