※ Capítulo 11
Capítulo 11
Quando abri aquela carta o meu mundo caiu e deste modo o meu passado foi evidenciado. Como um (tapa) na cara.
— O Senhor Pastor mandou entregar esta carta a Senhora; Madre. Olhei ao jardineiro, gélida, disfarcei, pois, precisava manter a pose e não queria de modo algum que o jardineiro desconfiasse que eu estava nervosa.
— Obrigado, vou ler, peço que tome por sigilo este assunto.
O jardineiro disse:
— Sim, Claro, mas o que o Pastor lá da vila poderia querer algo com a Senhora uma Madre de um Convento? É um tanto quanto estranho, não é?
Estava sendo confrontada e precisava pensar rápido em uma resposta para evitar o falatório. Como o jardineiro mesmo comentou era mesmo estranho.
— Estou escrevendo um livro religioso e pedi a opinião crítica deste pastor. Sei que ele é um ótimo teólogo.
— Livro? Num gosto muito de ler não, disse o jardineiro, mas acredito em Deus e na virgem santíssima.
— Claro, vejo em você devoção e sinceridade, tanto que abri as portas deste convento quando mais precisou, falou em tom de ameaça, peço-lhe novamente, discrição.
— O que é discrição?
— É não contar a ninguém sobre esta carta e a visita do Pastor.
— Claro, irmã. Minha boca é um túmulo.
Agora dentro do seu quarto a Madre fecha as portas, vai à janela e fecha as cortinas, precisa de muito sigilo para abrir aquela carta.
Em um momento de fraqueza carnal, antes de abrir, trouxe-a próximo do nariz e aspirando, com a esperança de sentir o cheiro do Pastor, quando começou a aspirar recompôs-se pensando no que estava fazendo. Acendeu uma vela e começou a queimar a carta não a abriria pensou ser algo irrelevante cujo qual não deveria ser lido.
Mas ao iniciar o fogo no papel num impulso apagou o fogo com o dedo fazendo chamuscá-lo. Sentiu o queimar. Isto provocou na pele uma bolha.
Mesmo com dor, abriu a carta, agora a curiosidade fazia ela agir de modo empolgante começou a ler. O semblante era de consternação. O que ela mais queria esconder estava se tornando real e palpável.
Amassou a carta com a mão e disse a si mesma.
— Anos aqui. No meu lugar seguro. Agora o meu passado, me pedindo para prestar contas.
— Madre Algum problema?
Batia na porta outra irmã. A noviça Lara já esta no quarto das lamentações.
Ainda mais essa, dizia a Madre em voz baixa.
— Não, nenhum problema. Obrigado por informar preciso ficar só. Até amanhã irmã.
Os problemas torna pessoas erradas. Quando dizia que não os tinha estava, na verdade, começando a cair no meu colo e era o meu passado, e agora esta irmã Lara outro problema que preciso tratar.
A Madre entra no banheiro, a carta amassada estava na cama. A Madre sabia mais do que ninguém que precisava tratar daquele assunto urgente. Já despida para um banho ela retira de dentro do armário do banheiro uma pequena caixa, dentro dela contém uma cinta com dois pequenos flagelos, com esta cinta em mãos começa a açoitar as costas recitando o versículo bíblico:
"Ficarão de fora os cães, os feiticeiros, os adúlteros, os homicidas, os idólatras e todo o que ama e pratica a mentira." (Ap. 22,15)
Após, toma um banho frio, o sangue escorre pelo ralo. Num ímpeto, seca-se, como de costume passa um creme secativo nas novas feridas que se juntavam a outras adquiridas anteriormente. A Madre deita-se na cama e observa a carta amassada abre-a novamente e a lê. A vela estava quase no fim, agora para garantir a privacidade do ato, ela queima a carta.
RV040718629
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