※ Capítulo 07
Capítulo 07
O início da Guerra
Robson, agora no exército, teve que aprender a sobreviver em meio ao caos, os novatos eram submetidos a uma adaptação para servir aos propósitos da pátria.
— Primeiro, raspavam-lhe os cabelos para entre outras coisas facilitar usar o uniforme do exército.
— Segundo, todos os dias tomavam banho coletivo com jovens tais como ele, este banho não era comum, se tratava de um esguicho de mangueira, a pressão dos jatos de água marcavam a pele. Robson lembrava bem os superiores gritando:
— Seus frangotes! Estão aqui para se tornar homens e servir a pátria. Em meio a jatadas de água que pareciam lhe tirar a dignidade. O frio, era aquecido pela dor das cortantes jatadas que sufocavam corpos franzidos que sofriam pelo desespero que estava por vir, a nudez, não era somente física, mas também naquelas almas que estavam expostas a um propósito animalesco: — A guerra.
— É interessante comentar sobre a comida, algo terrível e sem gosto que remetia a ração. E era fracionada. Por ser de um gosto estranho, sem tempero e tinha notas que realmente lembrava ração, a porção já era um sofrimento digerir, porém necessário, quem estava naquele local precisava aprender que tudo ali era uma questão de sobrevivência.
— E os treinos militares? Constantes e exaustivos, o ideal era trazer aqueles magrelos jovens, a força necessária para sobreviver ao futuro hostil que estavam lhe esperando, mas na realidade eram trotes violentos dos veteranos aos jovens. Robson saia de lá com o corpo dolorido, precisava focalizar em algo na frente para sobreviver a tanta perversidade, era o seu pai e a sua amada noviça, o norte, a luz e a motivação para cada flexão em meio a coronhadas, ou levantar pneus, e para finalizar os desgastes, limpar as latrinas dos veteranos.
— Seria necessário informar a você leitor, que infelizmente as noites nos alojamentos haviam assédio moral? Em um ambiente animalesco tem destas coisas, Robson colocava seus pensamentos em Deus para passar intacto perante aquele lugar que mais lhe parecia um inferno. Fechava os olhos tentando imaginar-se em outro lugar, na sua igreja, com seu pai e amigos, louvando a Deus cuidando dos bancos assentando os visitantes, e olha que funcionava, sempre acontecia algo com o do lado, Robson sentia repulsa, mas infelizmente era as regras daquele jogo, e ele sabia que precisava sobreviver, e certas coisas, somente a proteção de Deus para o livrar daquela cova de sodomitas, e assim aconteceu, Deus lhe protegia e parecia invisível aos algozes.
Depois de um tempo o Sargento já dava indícios que o grande dia havia chegado.
O batalhão cujo o qual o nosso amigo Robson pertencia iria participar da primeira Missão. Os olhares eram de terror, pois todos eram constantemente notificados do que acontecia na primeira Missão, seria uma carnificina, onde separariam os meninos dos homens, a preparação apesar de ser exausta e intensa não era suficiente para o que estava por vir.
O caminhão verde do exército neste momento estava sendo abastecido de munição humana, que eram jovens inexperientes, que já estavam alertados, que pela falta de lida, não adiantava esperar. Seriam mais de metade sucumbida na batalha, olhos desesperados entravam empurrados e achatados naquele caminhão. Os veteranos gritavam.
— Andem logo frangotes, a guerra não espera!
Os veteranos olhavam e sabiam que era assim mesmo, cada um daqueles frangotes, alguns ou muitos seria a última vez que os veria, o tempo não era favorável, era uma questão de sobrevivência, e para esta seleção infelizmente seria questão de extinto perante o calor da batalha. Quem conduzia aqueles jovens sabia muito bem que o único triunfo aos adversários era a quantidade e não a qualidade. Em meio aquele caminhão de um espremido humano, estava Robson, a orar estava o jovem amor de Lara.
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