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Coronel 💷
Percebi até que a garota ficou mais calada depois da maior grosseria do Gaspar com ela, ela começou quietinha e quando terminou levantou pra colocar o prato na pia e subiu as escadas.
Eu fui quase um dos últimos a comer mas ninguém tinha subido as escadas, eu terminei, peguei meu celular respondendo alguns bagulhos e me sentei na sombra perto da piscina, vendo Orelha sentar do meu lado.
Orelha: Maior climão que ficou com a mina, tu viu? - Maior fofoqueiro esse cara, não perde uma oportunidade.
Coronel: Vi, ficou sem graça pra caralho ela.- Falei olhando o celular.- Gaspar esquece de usar educação.
Orelha: Quem disse que ele tem alguma pra usar? - Eu ri negando com a cabeça.
Carina: A gente vai na praia daqui uma hora, pode ser? - Apareceu do nada falando com o mano e ele concordou com a cabeça.
Eu fiquei suave na minha resolvendo minhas paradas do morro na tranquilidade, Gaspar e Andressa tinham sumido, a amiga da Luana tava tomando sol, Goiaba tava deitado no sofá da sala e Carina tinha dito que ia arrumar a cozinha.
Eu fiquei de boa, mas fiquei percebendo o olhar do Orelha pra Alice, que não tava nem percebendo já que tava com a toalha no rosto.
Coronel: Que doideira é essa ein? - Mexi com ele.- Mulher de amiga, dá errado esse bagulho.
Orelha: E quantas tu não acha que eu já peguei, maior amigona dela? - Neguei com a cabeça.- Mas essa aí nem olha na cara, toda enjoada.
Coronel: Deve ser porque pelo menos ela respeita a tua mulher né, otario.- Bati na cabeça dele e ele riu.
Fiquei conversando com ele por maior tempo até o mano Gaspar aparecer com o pescoço todo arranhado, ele sentou com a gente e a gente ficou trocando uma ideia até geral animar dizendo que ia pra praia.
Até o fantasma que não gostava de sair decidiu ir, escutei a Alice dizendo que tentou chamar a Luana mas ela não quis ir, e pelo visto ninguém fez questão. Eu coloquei minha blusa no ombro e subi as escadas, bati na porta do quarto que ela tava e abri, vendo ela deitada na cama com a cabeça no travesseiro.
Coronel: E aí mulher, bora na praia. Não tava apertando mente querendo ir ontem? - Falei tranquilo, sentando na cama.
Luana: Eu tô cansada e com sono, não quero ir.- Falou me olhando.
Coronel: Que cara de choro é essa? Qual foi? - Balancei a cabeça.
Luana: Só não sou acostumada a ser tratada dessa maneira que é normal pra vocês... Mais uma coisa do mundo real que eu preciso aprender.- Riu falsa.
Coronel: Quem disse que é normal? - Eu ri.- O mano lá tem uns problemas aí, ele é meio filho da puta com todo mundo, nem é pessoal contigo não.
Luana: E por que tantos olhares pra mim como se eu fosse a maior boba? - Eu nem soube responder a garota, questão era que tava geral enganando ela.
Mas quem ia confiar? Filha da advogado e mimada, o pai dela é amigo do tenente da polícia, eu ia confiar minha cara pra ela? Sabendo que ela pode surtar a qualquer momento e estragar tudo? Não tô maluco cara.
É uma garota legal e maneira, mas confiar eu não confio nem fudendo, passei maior cota me escondendo pra deixar uma loira fuder com o meu sigilo só porque ela é maneira?
Nem fudendo.
Coronel: Que se foda o mano, bora pra praia garota.- Falei puxando o braço dela da cama e ela quase caiu, Luana levantou rindo e eu falei que ia esperar lá embaixo.
Quando sai não tinha ninguém por ali e eu balancei a cabeça, fui pegar o carro pra tirar da garagem porque eu não tava afim de andar, quando tava abrindo o portão ela apareceu.
Luana: A patricinha sou eu mas nem pra ir andando na praia que é logo ali você vai né.- Debochou colocando as mãos na cintura e eu dei os ombros.
Coronel: Qual foi garota, tô te fazendo um agrado só, fala muito! - Ela sorriu.
Entrei no carro tirando e ela fechou o portão, e ainda reclamou que o bagulho era pesado. Ela entrou no carro e de cara já reclamou da música alta, ignorei ela deixando os funks de cria tocando no talo e desci pra praia. Menos de cinco minutos a gente chegou, fui descendo com ela pro cantinho que a gente sempre ficava e a gente avistou eles. Quando a gente desceu o mano gaspar foi o primeiro a olhar, só tinha ele e a Alice fora da água, os dois olharam pra gente e a Luana foi andando devagar até lá.
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