Prólogo: Despedida
O VENTO calmo soprava e levava com ele o cheiro forte de um ambiente selvagem onde viviam dragões. Só que ali não haviam somente seus moradores, o vale recebia visitas. Parados diante de uma fera colossal estavam um homem alto e forte, usando uma belíssima armadura dourada, e ao lado dele, uma garotinha de cabelos curtos, tão brancos quanto sua pele.
— Não precisa chorar, Silky, eles são nossos amigos — disse o homem segurando firme a mão da garota tentando tranquilizá-la.
A jovem pale se enroscava nas pernas do soldado e olhava para todos os lados assustada. Seus pequenos olhos de íris vermelhas, como o vestido que a garotinha usava, brilhavam com as lágrimas causadas pelo medo que crescia dentro dela. Ambos estavam no meio de uma clareira, cercados por centenas de seus moradores — dragões.
Dragões por todos os lados. Sobre as rochas, entre as árvores, voando e andando nas partes mais altas das montanhas que os cercavam. Feras aladas de vários tipos, cores e tamanhos que variavam desde os menores ainda filhotes até os grandes, maiores que qualquer animal selvagem já visto pelo homem.
Suas peles escamosas e grossas poderiam quebrar a lâmina de uma espada facilmente se tentassem perfurá-los. Outros tinham peles aparentemente mais finas e frágeis, mas nenhum deles se comparava ao dragão que estava diante deles. Uma criatura além da compreensão dos povos, um tamanho extraordinário que fazia com que o soldado e Silky olhassem para cima para vê-lo por inteiro.
— Eu cuidarei dela, Ville, você tem minha palavra — respondeu o dragão na linguagem comum com sua voz lenta e tenebrosa.
— Obrigado, Teberon — Ville agradeceu e abaixou ao lado de Silky olhando atentamente em seus olhos.
A garotinha não compreendeu nada e quis chorar; mas estava assustada demais para isso. Ville deu um beijo terno em sua testa e afagou seus cabelos sem dar uma palavra. Ela começou a chorar assim que ele se levantou, soltou sua mão e caminhou na direção da saída. Na tentativa de sair correndo e se agarrar em Ville, Silky ficou presa por uma barreira mágica e não conseguiu se mover. Ville já havia se afastado quando parou e olhou para trás com os olhos trêmulos.
— Eu vou voltar, Silky, eu prometo que vou voltar...
Ville estendeu a palma da mão direita de frente ao rosto dobrando o dedo mínimo e o anular fazendo um sinal para ela com o restante dos dedos esticados. Em seguida, descansou a mão sobre o peito esquerdo. Ela não entendeu o significado daquilo, apenas sabia que estava sendo deixada para trás. Ao se dar conta de que ficaria ali sozinha no meio daquelas criaturas terríveis entrou em desespero e começou a gritar com sua voz fina e estridente expulsando de dentro dela toda dor e medo nunca sentido antes.
Foi em vão.
Ville partiu assim mesmo e a deixou ali de coração partido e confusa com a promessa de que ele um dia voltaria. Por quê partiu e a deixou ali? O que estava acontecendo?
Um... dois... cinco... doze anos se passaram e Ville nunca retornou.
NOTA ESPECIAL!
Eu removi o livro por completo, deixando apenas este pequeno trecho do livro, pois ele está indo para o forno e para isso, tem que ser surpresa, então preciso remover ele daqui, mesmo que estivesse incompleto. Torçam para que tudo corra bem! Aguardem novidades.
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