Capítulo 5
Alec com gentileza coloca o cobertor sobre os meus ombros e depois se senta do meu lado. E eu tenho uma vontade de realmente dar lhe um chute bem entre as suas pernas, mas luto contra esse desejo.
Tudo isso culpa do comentário do Erick!...
— Então, você sempre teve esse jeitinho travesso de ser?
Sua pergunta me pega de surpresa deixando-me um pouco pensativa.
— Você me acha travessa?
Alec está se preparando para dar o bote. Será que me enganei com ele?
Ele pega em minha mão e a aperta sem olhar em meus olhos.
— Mantenha a calma agente. Nós estamos quase lá.
— Não se preocupe eu não tenho a Síndrome do Peter Pan! Esse cobertor era meu quando criança, parece estranho e até absurdo guardar isso, depois de adulto. Mas ele é uma lembrança que carrego comigo.
— Como assim? Pergunto mais curiosa ainda em desvendar os mistérios por detrás dos olhos tristes desse homem.
— Esse cobertor me remete a minha infância e me faz lembrar sempre do que não quero para uma criança. Ele explica enquanto toma o seu vinho e acaricia a minha mão. — Sou filho único, meus pais sempre me amaram muito. Pois foi um filho planejado em cada detalhe, como eles mesmo dizem. O que mais escutei de meus pais foi isso: "Eu posso não estar em casa o tempo todo, mas nunca vou sair do seu lado. Me dói cada vez que te deixo porque tenho que . Não é fácil para mim deixar você. Eu sempre me pergunto como você está em casa, se você está comendo, se foi alimentado o suficiente ou se você foi para a cama cedo. Saiba que seu pai e eu estamos trabalhando muito porque queremos fornecer a você suas necessidades (e seus desejos também) e dar a você a vida que você merece." Repetiu ele cada palavra. De tanto ouvir eu sei elas de cor!...
— Alec eu não sei o que dizer?
— Não precisa ter pena da pobre criança rica! Afirmou soltando minha mão de repente.
— Sabe eu vou lhe contar um segredo. Eu adoraria continuar a brincar com você. Realmente foi divertido! Você é uma mulher bem bonita, mas vamos ao que interessa.
— Então, vamos continuar?! Como isso funcionaria para nós dois!
Quem está brincando com quem agora?
Quem é o gato? E quem é o rato dessa história?
— Ah, garota... Não me tente. Você realmente quer continuar esse jogo?
Ele finalmente me encara fixamente seus olhos estão frios e tristes. Alec dá um sorriso de lado forçado.
— Certo, então vamos fingir que você acredita em mim e que eu realmente estou acreditando em você?
Ele enfatiza suas palavras pegando minha mão novamente e a apertando de repente com uma força desnecessária.
Acabou estremecendo um pouco, mas permaneço firme em meu propósito.
— Há quanto tempo você guarda esse segredo? É por acaso algum fetiche?
Baker sente a pressão sobre sua mão novamente. Alec desvia o olhar ficando calado por alguns minutos.
— Sua pergunta é bem ousada para o momento! Não tive tantas experiências assim como pensa.
— Então houve outras antes de mim? Me conte as suas experiências?
Estou quase conseguindo arrancar uma confissão de você Alec, seu idiota!!!
Continue assim e eu voltarei para casa bem mais cedo para assistir as minhas séries favoritas logo, logo.
— Para falar a verdade houve poucas. Mas elas nunca conseguiram chegar tão perto de mim assim como você. Lamento desapontá-la!... Mas essas coisas sempre aconteceram depois... Melhor mudarmos de assunto, não acha? Vamos aproveitar a noite enquanto ainda podemos, tá.
Erick onde diabos você está?
Eu realmente não sei o que está acontecendo aqui? Alec está cada vez mais estranho.
— Eu também não estou entendendo agente. Mas a mulher que nos contratou acaba de entrar em contato comigo ela está a caminho. Só mais um pouco e isso tudo encerrara.
Ela realmente acredita que temos as provas que ela precisa para provar a traição. Esteja pronta para quando tudo isso estourar. Não sabemos qual será a reação de nenhum deles!...
Alec se levanta bruscamente e se afasta ficando na minha frente cruzando os seus braços.
— Você é tão envolvente!... Agora me diga quanto te pagaram para me prejudicar? Quanto Cecília pagou a você para acabar com a minha vida?
Fico paralisada sem conseguir me mover.
O que foi que Alec disse?
Prejudicar? Ele acha que foi contratada para fazer algo contra a sua vida.
Mas que Merda é essa?
Logo depois a porta do apartamento se abre. E uma mulher muito elegante e exótica, vamos dizer assim entra. Cecília a suposta mulher do Alec, seguida por Erick que vem logo atrás.
— Alec? Como você pode? Você é um maldito doente e traidor!
— Pronto chegou quem faltava pro circo está completo!
— Está tudo acabado entre a gente? Se eu soubesse desse seu lado pervertido jamais teria me tornado sua noiva.
Cecília tenta esbofetear Alec que segura sua mão.
— Terminou o seu show sua maluca! Nós dois não temos e nunca mais teremos nada. Pare de me perseguir! Carlos, Marcos...
Dois homens aparecem seguidos por mais dois policiais mal encarados.
— Por favor tirem essa louca da minha frente.
— Sim senhor Kouris!
— E vocês dois são cumplices dela?! Estão juntos nessa armação nojenta?
— Calma senhor!...
Erick observa tudo até seus olhos encontrarem um rosto conhecido no meio de toda a confusão.
— Marcos Alburquerque Kouris?... É você?
— Erick Rossi, nunca imaginei te encontrar nestas circunstâncias!
— Vocês se conhecem? Digo tentando entender algo que possa jogar um pouco de luz nisso tudo.
E que possa finalmente terminar com toda essa loucura em que eu me meti.
Então Cecília se vira-se para você. Seu corpo está tremendo de tanta raiva, suas bochechas avermelhadas e seu rosto coberto de lágrimas borrando toda a sua maquiagem pesada.
— Isso tudo é culpa sua maldita agente dos infernos. Como que você não consegue seduzir um homem? O que há de mais nisso?...
Cecília tenta avançar contra Baker mas é contida pelos policiais a mando de Marcos.
— Estava apenas fazendo o meu trabalho, exatamente como fui treinada. Trabalhamos com a realidade e com fatos, não forjamos nada como a senhora queria na verdade, suas especificações foram bem claras quando procurou a nossa agência de investigação. Tento soar o mais profissional o possível, o que deixa ela mais furiosa ainda.
Nenhuma das palavras de Cecília significam nada para mim, ela pode gritar, espernear e até me ofender de qualquer maneira pois a minha consciência está tranquila.
Alec para se sentando, colocando as mãos sobre a cabeça e por um momento tenho o impulso de me aproximar dele e tentar consolá-lo, mas me contenho.
— Alguém pode pelo amor de Deus esclarecer o que diabos está acontecendo aqui?
A situação de repente passa de trágica para cômica e pela primeira vez tenho vontade de rir...
Como ele conseguiu colocar Deus e o diabo na mesma frase?
Alec com certeza é um homem estranho!
— Deixe que eu comece então... Disse Erick dando alguns passos a frente. — A Srta. Cecília foi a nossa agência e contratou os nossos serviços. Alegando que seu companheiro a estava traindo. Além de me dizer que desconfiava que ele gostava de seduzir menores de idade.
— Mas isso você não me contou. Digo a ele cruzando os braços.
— Se lhe dissesse isso, agente você atiraria primeiro e faria as perguntas depois. Eu te conheço e sei como detesta esse tipo de gente. Fiz algumas pesquisas e desconfiei do caso. Mas como se tratava de alguém muito conhecido do meio público decidi aceitar com certa cautela e minha intuição estava correta. Por isso, montamos um plano para conseguir o flagrante.
— Isso é loucura, um absurdo! Não sou casado com ela!... Com essa louca!
— Amor não diz isso, somos feitos um para o outro. E eu te perdoou pelas traições. Diz Cecília tentando se aproximar dele. — Eu sou a sua mulher! Mas fomos noivos meu querido!
— Disse bem fomos, mas você me fez o grande favor de transar com um dos meus sócios na noite de nosso noivado, em minha casa, na casa de meus pais!... Por isso, cale a sua boca ou eu não me respondo por mim. Grita Alec perdendo o resto do seu alto controle.
1423 Palavras
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