Capítulo 45
Um deles agarrou Cat pela cintura, e a beija de modo provocador. Catherine quase vomita quando sente o gosto e o cheiro que saem dele. Acaba se entregando ao beijo, convidando os outros dois a se aproximarem.
Os três se engajam numa sessão de esfrega-esfrega, enquanto Alec pensa em alguma saída pra poder se livrar das correntes.
Mas odeia. Ah, sim, e como odeia! Escutando apenas, e até mesmo as mãos de um dos lacaios nas curvas de sua mulher.
— Mmmm, que mãos safadas!
Os gemidos aumentam. Alec escutando tudo, petrificado. Uma estátua de puro ódio.
Alec, acorrentado, está à beira da loucura. Nem pensa, seu raciocínio não é claro. Ódio... Apenas... Quer estraçalhar aqueles malditos. Arrancar as mãos de cada um deles.
Quando o terceiro e último homem - lobos uiva perdendo o seu controle, Cat começa a tecer seu plano. O punhal está ao seu alcance agora.
"Pense rápido!"
Mais rápido que pudessem acompanhar, Catherine pega o punhal e rasga totalmente, de um lado ao outro, a barriga de um dos homens - lobo que estava à sua frente, o mesmo que quase a fez engasgar e vomitar com o seu beijo horrível. Ele caiu gemendo, enquanto suas entranhas saíam para o chão...
O que estava acariciando e beijando as pernas dela nem teve tempo de xingar. Ela atravessou a garganta dele com o mesmo punhal. Enfiou, de cima para baixo, com tanta força que o punhal encravou no chão, grotescamente prendendo o infeliz no assoalho. A sua força era terrível...
O terceiro e último teve tempo, e a jogou longe. Alec, juntando suas últimas forças, e junto com todo ódio acumulado, a adrenalina correu por suas veias e conseguiu quebrar as correntes que o prendiam, com um único golpe, arrancou a cabeça do último homem que estava prestes a matar sua amada Catherine, quando Magnus abriu a porta.
— PAREM! Gritou ele, tentando usar a sua mágica para comandá-los.
Cat estava caída ao chão, e assim ficou, pois sabia que era o fim da linha para ela, mesmo usando seus truques e força sobre humana, não sabia usar os seus poderes direito ainda.
Mas Lapot percebe que é ela que está bloqueando os seus poderes e se aproxima com cautela.
Então era isso, a garota diante de seus olhos demôniocos não era uma humana qualquer. Ela tinha poderes ocultos, que foram ativados assim que o seu desejo de proteger o maldito bastardo que dizia amar.
— Você humana, tem tudo o que eu gosto. Sexualidade e selvageria. Será minha comcubina. Magnus anunciou, apontando para ela.
Catherine não respondeu.
— Mas pra isso acontecer, você vai ter que me matar antes. Disse Alec com os olhos vermelhos que brilhavam a luz da lua...
— Então, você quer um duelo bastardo, que assim seja, disse Magnus se transformando em um enorme lobisomem de pelos negros. — Deseja lutar pela posse desta fêmea? Que seja então!
Alec meio que instantaneamente também se transformou em um enorme lobisomem cinzento.
Catherine gritou para Alec deixar o duelo de lado e fugirem...
— "Apenas observe", foi a resposta dele...
No seu desespero Catherine nem soube como conseguiu fazer algo tão inesperado assim, ela quebrou a magia que impedia da matilha os encontrar e não demoraria para os outros lobos da alcateia chegarem até onde os dois estavam.
Os dois lobisomens começaram a andar em círculos, um rosnando para o outro, pareciam estar estudando um ao outro e esperando o momento certo para atacar.
Foi quando Magnus pulou em cima de Alec e as duas criaturas começaram a travar uma batalha mortal.
Magnus golpeava Alec, arranhando seu rosto e o mesmo revidava, o sangue das duas criaturas manchava as paredes e chão daquele porão. O espaço era pequeno demais para o tamanho dos dois, até que a força de ambos fez uma das paredes cair. As feras estavam agora em frente de uma mansão abandonada, e por mais louco e absurdo que possa parecer. Eles nunca saíram da propriedade Kouris...
Magnus Lapot tentou mais uma investida e Alec com uma velocidade sobrenatural se esquivou e conseguiu cravar os enormes caninos no pescoço de Lapot que caiu no chão. Alec pulou sobre ele e rasgou sua garganta com uma poderosa mordida que o matou quase instantaneamente. O sabor do sangue quente e o cheiro deixaram Alec sem controle, seu lobo fazia dias que não se alimentava. Catherine virou seu rosto de lado e fechou os seus olhos assim que viu que o lobo faminto mastigava a carne do bruxo, o barulho de ossos se quebrando era ouvindo a quilômetros. Alec só parou quando chegou no coração do bruxo, o arrancando com suas próprias garras, em instante o coração maligno fazia parte do Alec. O bruxo teve o seu coração devorado pelo lobo Alec Kouris.
Já dentro da mansão novamente, começaram aparecer mais lobisomens, todos ficaram aterrorizados ao verem Magnus no chão já sem vida. Sendo devorado por um alfa com o dobro do tamanho deles.
Catherine, vendo toda aquela situação, se levantou e se pôs a frente de Alec, como tentando protegê-lo e isso fez os outros Lobisomens recuarem, isso causou uma certa estranheza nela, quando percebeu que todo o seu corpo brilhava como se ela mesma fosse a lua cheia, prateada jogando seu esplendor sobre todos.
Alec se pôs em pé sobre duas patas e soltou um uivo ensurdecedor, fazendo os outros Lobisomens recuarem mais ainda, afinal, Alec tinha acabado de matar o líder, o lobisomem Alfa, o feiticeiro de séculos e todos sabem que quando um lobisomem mata outro Alfa, esse se torna um novo Alfa.
Mas Alec já era um alfa, assim ele apenas só acabou com um mal que assolava o mundo sobrenatural a milhares de gerações.
Alec, já na forma humana banhado da cabeça aos pés com o sangue de seu inimigo, abraçou Catherine e a beijou.
— Sabe porque você fez com que os outros Lobisomens recuassem Catherine? Perguntou Alec sem a soltar...
Cat ainda estava meio abalada com tudo aquilo, respondeu que não sabia...
Alec continuou...
— Você tem um dom único e extraordinário Catherine, você é uma Peeira, uma maga ou fada dos lobos, você pode controlar lobos quando quiser, acalmá-los ou deixá-los mais furiosos, por isso me apaixonei por você na primeira vez que te vi naquele restaurante a anos atrás. Magnus já havia percebeu isso e queria você ao lado dele. Talvez assim gerando uma nova ração, na tentativa de controlar os lycans finalmente. Agora Catherine, somos eu, você e a minha alcateia de lobos... Aceita ser minha Luna, minha mulher, minha esposa ou seja qualquer que seja o nome?
— Eu farei o que for preciso pra ter você ao meu lado Alec. Completou Catherine radiante em finalmente ter despertado seus reais poderes...
Ambos estavam tão focados em seus sentimentos que não perceberam a chegada da alcateia. Todos estavam ali, David Kouris e seus irmãos, Carlos e Marcos, a alcateia da Deva, as lobas brancas... Os anciões e os demais lobos dos quatro clãs lupinos, os lunares...
Alec olhou para todos os lobisomens presentes e disse:
— O que vocês aprenderam aqui hoje? Indagou ele enquanto suas conexões mentais se fortaleciam. E assim refizeram o juramente perante o sangue de seu inimigo e dos seus deuses.
— Nenhum mortal pode saber de nosso segredo. E que a guerra finalmente acabou entre os lupinos de qualquer espécie. Uivaram eles.
— Pelo prazer e poder que oferecemos. Humanos nos desejam pelo que somos, representamos. E nada mais que isso, teremos algumas mudanças em nosso clã a partir de agora.
Os anciões e todos os quatro clãs aceitaram a vontade do alfa supremo.
Alec olhou novamente para Catherine, deu um leve sorriso e notou que ela também estava sorrindo, ambos entenderam que iriam viver a eternidade juntos, afinal, era isso que eles mais desejavam... Uma vida eterna, de muito sexo, carne e SANGUE.
O beijo que te leva pra eternidade que todos nós um dia vamos experimentar. Cada um no seu tempo, mas a morte é certa, quer você queira ou não!
Era hora da matilha comemorar a união de dois seres supremos e David Kouris ainda tinha que acertar alguns pontos soltos, mas para isso ele contaria com a ajuda de seus irmãos.
Nossa História de Amor ❤
De acordo com os anciões, nos os lobisomens temos um ritual há mais mil anos, pelo qual, numa lua de sangue, eles caçariam e desencadeariam sua benção lycan, perdendo generosamente a dor de suas transformações em troca da força que ganharam como guerreiros. Nesse ritual consagramos nossas vidas a deusa Selene e nos tornamos guardiões dela e dos deus antigos, a segunda deusa que protegemos é Gaia.
Este ritual deveria ser um rito de passagem, onde os lobisomens jovens abraçaram sua natureza ao invés de se afastar dela; Isso contrasta forte com muitos lobisomens do passado, que fazem o que podem para evitar desencadear algumas maldiçoes quando se afastam ou recusam seguir o caminho Lycan e ter que lidar com a dor de suas transformações mensais e também as suas escolhas.
Por isso, voltamos a fazer o ritual antigo e na mesma noite faremos os nossos enlaces também...
Nas nossa cerimônia, existe um altar com representações dos quatro elementos — terra, fogo, água e ar — e os outros objetos vão de acordo com a nossa história....
Tudo começou com o ritual conoscol dentro de um círculo mágico, traçado no chão por Darioon e Freya com elementos como ervas, todos explicados durante o rito para que os convidados não fiquem por fora do que está acontecendo. "É para que os noivos iniciem esse novo momento protegidos, só então a cerimônia realmente começa. Tudo que é utilizado ou dado pelos padrinhos é consagrado na lua correta, levando em consideração conceitos pagãos e celtas", explica Freya sorrindo.
Como é bom recordar! Poderia relembrar os detalhes da nossa caminhada até esse grande sonho, mas teríamos que deixar para uma próxima vez.
Catherine aprendeu a viver bem ao lado do meu clã, a gostar da própria de vários lupinos a sua volta e aprendeu a se valorizar e se amar como um ser sobrenatural.
Já eu havia decidido não me envolver mais sentimentalmente em assuntos tão complexos da nossa matilha e apenas aproveitar a vida um pouco. A questão foi que antes mesmo de conhecê-la pessoalmente eu já estava apaixonado por uma mulher misteriosa e muito forte.
Tudo começou quando em uma conversa, um inimigo mostrou uma foto para mim que reparei na garota de preto que estava na foto (foto abaixo), Uma agente particular contratada para me seduzir, irônico não?
Agente Cat. muito corajosa e destemida, aceitou me encontrar em um jantar e daí por diante nunca foi "amizade" que inicialmente nos impulsionou a tudo o que vivemos.
Entre encontros e desencontros, armadilhas e atentados, mortes e sentimentos perigosos para nos dois aprendemos na pele o lado ruim das pessoas.
Algum tempo depois, Catherine, se viu novamente a mim investigar, coisas do destino ou outra armação do meu pai, quem pode afirmar. Uma solicitação de "amizade", compartilhei sentimentos e a curiosidade em relação a mulher que tinha o cheiro mais doce que já havia sentido e que me fazia perder o controle, acabou sendo inevitável para nos dois.
Catherine fazia várias perguntas para todo mundo, mas fugia das minhas e decidiu que não haveria problema em se divertir um pouco na missão de descobrir a verdade sobre mim e ela.
Me recordo de nossas conversas iniciais foram superficiais, mas logo começamos a nós falar todos os dias. Claro, tudo em segredo, era o que acreditávamos na época.
Nos encontros eles sempre foram acompanhados de tantas pessoas de de minha ex noiva ou melhor ex maligna noiva, que a cada minuto ficava difícil esconder o nosso interesse um pelo outro. Tivemos ajuda de vários seres, meu pai com suas armações, bruxas que sabiam que nosso futuro era estar juntos e a nossa deusa Selene que nos observava de longe e aposto que se divertia com as nossas confusões aqui em baixo.
A noite foi inesquecível (quem conhece bem o meu temperamento sabe que cometi algumas trapalhadas inexplicáveis), meu emocional é explosivo e não pensei muito quando ela estava diante de mim, só queria beijar os seus lábios doces e acasalar com a fêmea humana que acendia o meu animal selvagem de uma maneira jamais vista e nos finais de semana seguinte eu já me considerava o Alfa dela. Catherine ainda reticente. Entrou fugir algumas vezes, mas se rendeu a nossa atração de uma maneira também bastante feroz.
Eu a conquistei aos poucos com meu carinho, respeito, companheirismo, simplicidade e com minha maneira de conviver com as nossas "loucuras". Cat passou a se sentir segura e a planejar um futuro comigo e em setembro de 2020 começamos a falar em casamento.
Nosso casamento será ecumênico, mas ao mesmo temo gótico...
A cerimônia será realizada na mansão Kouris e no mesmo local da festa e terá como intuito celebrar o amor respeitando todas as religiões e crenças. Todos os clãs estarão aqui pelo menos os seus lideres, queria algo mais intimo, mas como o próximo líder da alcateia será impossível fugir das formalidades.
Os anciões interviram e colocaram meu pai contra a parede, onde já se viu um alfa sem uma Luna, fazia alguns tempo que minha mãe havia partido, ela agora era uma parte de mim e me ajudaria a cuidar de nosso povo, um povo lupino que ela aprendeu a amar de coração.
Meu pai tentou argumentar e escapar das investidas dos anciões, buscou meios, mas não conseguiu escapulir dessa vez. Teria que escolher uma Luna dentre tantas no meio de inúmeros clãs e lupinas solteiras.
Caí na risada o vendo ficar furioso por dias, as arvores da propriedade sabiam bem o que é ficar no caminho de David Kouris. Meus tios apenas observavam tudo, Marcos como sempre teve as mais loucas ideias, fugir foi uma delas.
Dias depois Darioon veio com a solução, meu pai devia se casar com a mãe de sua filha, meu pai quase teve um infarto.
Eu e Deva, agora mais próximos apoiamos de imediato a ideia, só tinha um problema quem convenceria Ester disso?...
Deva sorriu de modo sapeca e avisou que essa tarefa seria dela. Nunca tinha visto minha irmã tão feliz com algo, e no fundo percebi que meu pai também... Ele gostou e muito de Ester, na verdade ele amou as duas a sua maneira, cada uma de uma jeito diferente.
Este foi daqueles casamentos que a gente não para nem um segundo de fotografar, isso porque começamos as 14 horas e só paramos as 2 da manhã do outro dia, isso porque o casamento foi as 17 horas da tarde, tudo deveria ser organizado para que a mídia pudesse também participar, teríamos que fazer tudo ser grandioso e o mais normal possível para o mundo humana.
Eu preferi ir correndo para o local da cerimônia, vai que a noiva nesse caso Catherine resolvesse fujir assim na ultima hora. Mas o meu pai foi ajeitar a barba e os meus tios, na verdade mais o Marcos foi lá pra registrar tudo.
As mais entusiasmadas eram as bruxas Megan e Sarah, eu nem imaginava que ambas cuidariam de registrar tudo.
— É muito bom ir pro salão, ficar lá fotografando e curtindo a transformação de uma noiva, imagina duas... Gritava Megan a cada instante. Sarah apenas dava de ombros ou revirava os olhos.
Estava nervoso andando de uma lado par ao outro, sentia todos os olhares em cima de mim e estava pronto para explodir como de costume quando escuto uma voz de criança falar comigo.
— Algumas atitudes falam né, e a próxima diz assim: Oi Papai, que horas vai começar o casamento? Porque os noivos estão aí, as noivas estão no carro e eu tô aqui fora na barriga da mamãe só esperando...
A risada infantil me surpreendeu junto com suas palavras, fiquei paralisado e branco como uma folha de papel.
Meus tios e toda a alcateia perceberam que havia algo estranho no ar e ficaram assustados, se aproximaram e reforçaram a segurança do local.
— Alec algum problema? Perguntou meu pai e os meus tios me olharam estranhamente.
Suspirei profundamente e meus olhos ficaram vermelhos, os lupinos todos ficaram apreensivos e preparados para a batalha. Relaxei os músculos e deixei a sensação fluir entre todos, minutos depois podia sentir que todos vibravam felizes.
Todo o meu povo, o meu clã sabia que eu seria pai e que a dinastia Kouris iria aumentar.
— Então é verdade? Eu vou ser avô? Perguntou meu pai abrindo um enorme sorriso.
Meus tios discutiam para saber quem iria treinar o novo membro da matilha, acabei sorrindo com a possibilidade.
— Será uma Alfa Suprema! Afirmei e Marcos vibrou, ele treinaria uma loba alfa.
Mas a grande questão veio depois de alguns minutos, minha filha seria uma Lycan ou uma Peeira. Iriamos descobrir apenas com o tempo, e além disso quais poderes minha filha teria sendo uma mistura de duas raças ditas extintas para muitos.
Melhor deixar para pensar nisso depois...
A cerimônia foi celebrada pelo Ancião mais velho do nosso clã e foi linda, e o sorriso no rosto dos lupinos foi constante.
Darioon e Freya pedirão para que nos dois ficássemos de frente um para o outro, formando com as mãos um símbolo do infinito. Então, passaram um cordão entre as nossas mãos dando três nós e recito uma benção irlandesa.
— "Geallaim duit an chéad phíosa de mo bhia, agus an chéad sip de mo dheoch. Molaim duit mo shaol agus mo bhás, go cothrom faoi do chúram. Agus ní inseoidh mé ár rúin dár strainséirí." "Eu te prometo o primeiro pedaço da minha comida, E o primeiro gole da minha bebida. Eu juro a você a minha vida e a minha morte, igualmente aos seus cuidados. E não direi a nenhum estranho os nossos segredos." E assim repetimos a benção que nossos ancestrais faziam.
Basta entender que a espiritualidade está acima de tudo, que as religiões têm limitações e regras que nem sempre se aplicam a todas as partes envolvidas. Diz Freya. Isso evita constrangimentos inclusive para convidados que poderiam deixar de frequentar o ritual por ser de religião diferente... Infelizmente dentro do nosso clã há muito preconceito, alguns querem os modos de vida como no passado outras desejam que sejamos mais modernos e tem aqueles que almejam viver como os humanos e vice versa.
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