Capítulo 41
Na ocasião, ela estava caminhando por uma estranha floresta e notou que Alec estava lá diante dela, parado encostado em uma frondosa árvore a encarando. Ele parecia mais alto e imponente, parecia mais forte e tinha olhos hipnotizantes que fez Catherine ficar em transe por alguns segundos, mas quando ela pensou em perguntar algo ou até mesmo se aproximar dele, Alec havia desaparecido.
Queria perguntar o que ambos faziam nesta floresta. E o por que dele estar tão diferente?... Quando ela se virou o mesmo lobo de pura energia estava diante dela, seus olhos famintos a instigavam e mais lobos surgiram em volta de ambos, todos uivando sem parar.
Ela começou a se afastar devagar com medo, a cada passo que dava para trás o lobo caminhava em sua direção. Atrás de si havia um abismo, dando um passo em falso ela escorregou e caiu, o lobo pulou de encontro a ela. Juntos caindo num abismo sem fundo, quando olhou novamente o lobo estava se transformando no Alec que a abraço usando seu corpo para protegê-la. Acordou com o coração acelerado, os olhos do Alec a perseguiram durante toda a noite.
Catherine ficou pensativa durante o dia todo sobre aquele misterioso sonho e o Alec não saia de seus pensamentos em nenhum instante, o que a deixou intrigada e ao mesmo tempo excitada, pois ele tinha algo que ela não sabia explicar.
Catherine sentia a presença do Alec em quase todos os lugares que ia mesmo depois da missão e saindo de férias, só piorou, ela ainda sentia a presença dele.
Cat depois de se lembrar de cada detalhe de seus sonhos e acordar em um quarto estranho e diferente do seu. Olhou em volta Alec estava sorrindo e com os cabelos molhados.
— Até que em fim acordou minha bela adormecida. Está se sentindo melhor?
— O que houve? E aonde eu estou? Perguntou com um misto de medo e curiosidade.
Alec a olhou de modo estranho e se virou de costas, ele estava com um moletom preto. Havia acabado de sair do banho, seu perfume se espalhou por todo o quarto.
— Estavamos conversando quando você desmaiou. Não se lembra de nada por acaso?
— Na verdade eu me lembro apenas de coisas que aconteceram a um tempo atrás comigo.
— Algo importante? Alec perguntou terminando de se arrumar.
— Não nada... Por que a pergunta?
— Nada, não. Venha todos estão lá em baixo, estamos tendo um pequena reunião aqui em casa. Na muito formal na verdade, apenas alguns conhecidos.
— A May está aqui também?
— Não ela teve que viajar a pedido de sua família. Disse ele com indiferença. — E não se preocupe quanto a ela, eu já resolvi tudo entre nós.
— Certo... Vou me arrumar e já desço.
— Ok... Alec saiu do quarto a deixando sozinha. Ele estava frio e muito estranho com ela.
Catherine também sentia que algo estava diferente, algo havia acontecido mas ela não conseguia se lembrar.
E outra coisa ela havia percebido, por que ela estava na casa do Alec e não em seu quarto. Sua última lembrança era que ela estava em seu apartamento.
Era um jantar simples com poucos convidados, o que foi mais estranho ainda. Catherine estava aérea e distante...
E Alec se segurando por causa da raiva que queimava por dentro dele, alguém havia alterado as lembranças de Catherine. Ele tinha suas desconfianças mais não poderia fazer um escândalo agora. Os anciões estavam presentes, como as bruxas e um grupo de lupinos. Cada um com o seu próprio próposito e isso o deixava furioso.
Do que adianta falar em escolhas se a maioria o queria manipular como sempre.
Mas todos eles não jogariam com sua vida e nem com os seus desejos!...
Passaram-se alguns dias e o relógio marcava 22:00 da noite quando Cat voltava para a mansão depois de mais um dia de descanso. Ela tinha ficado até mais tarde caminhando e fazendo compras, aproveitou para resolver algumas coisas, vinha em seu carro pela avenida principal mas percebeu que tinha um enorme congestionamento na avenida por causa de um acidente, então, achou melhor cortar caminho e passar por detrás da avenida principal. O problema é que era uma rua deserta por causa de um bosque que havia alí, e essa hora não era recomendado passar por ali, mas mesmo assim ela decidiu ir pois não tinha outra alternativa no momento. Era isso ou ficar parada no congestionamento.
Catherine entrou na rua do parque e vinha tranquilamente quando avistou a uns 20 metros á frente quatro homens parados no meio da rua. Ela diminuiu a velocidade e buzinou para que saíssem da frente, mas não teve nenhum efeito, eles continuaram parados como se não tivesse um carro indo na direção deles. Cat freou o carro bruscamente e engatou a ré para tentar fugir, pois acreditava ser um assalto, mas quando ela olhou pelo espelho para tentar dar ré, viu mais quatro homens atrás do carro. As atitudes deles eram estranhas, suas roupas também... Um outro homem com os cabelos mais longos fumava tranquilamente enquanto os observava. Até que o mesmo fez um sinal para eles que avançaram na direção de seu carro.
No desespero Catherine acelerou o carro novamente para frente e como estava assustada, perdeu o controle e bateu de frente com uma árvore.
Catherine estava desesperada, tentava soltar o cinto de segurança para poder fugir, quando olhou e viu os 8 homens se aproximando lentamente. Não estava com sua arma, e tudo aconteceu de modo muito rápido.
Ela pode notar que eles tinham um brilho estranho em seus olhos e uma aparência pálida e mórbida. Eles estavam obedecendo ao estranho homem que sorria de modo sarcástico e debochado.
Pode ouvir a gargalhada do homem e suas palavras.
— Não adianta tentarem fugir de mim. Ele te escolheu e eu vou descobrir o porque. O que tem de tão especial em você humana?
Finalmente conseguiu soltar o cinto de segurança e quando já se preparava para sair correndo, ouviu um uivo muito alto que parecia estar vindo de dentro do parque, dá parte mais escura e profunda da floresta. Ela notou também que os 8 homens ficaram inquietos e olhando para todos os lados como se esperassem algo aparecer.
De repente, saiu de dentro do parque uma enorme criatura com um brilho tão forte que os deixou parcialmente cegos, uma espécie de lobo translúcido enorme que andava em duas patas e na hora Cat se lembrou dos sonhos que vinha tendo e do enorme lobo, pois era igual ao do seus sonhos.
Assustada e confusa, Catherine olhava a movimentação dos 8 homens em volta do enorme lobo, eles eram rápidos e ela quase não via seus movimentos, mas percebeu que o enorme lobo também era muito ágil e forte também.
Pode ouvir no fundo de sua mente uma voz que conhecia muito bem.
— Permaneça dentro do carro Catherine.
Os oitos homens decidiram atacar o lobo e foram com tudo pra cima dele, mas a criatura era muito forte e com um único golpe arrancou a cabeça de um deles, fazendo o sangue jorrar enquanto os outros continuavam a atacar a criatura, mas em vão, mesmo eles sendo habilidosos e com velocidade sobre humana não foram capazes de derrotar o lobo que com mais um golpe, enfiou suas garras na barriga de um deles, suas vísceras caíram sobre o chão de terra do parque, assustado com a ferocidade da fera, um deles paralisou diante do grande lobo e ele cravou seus enormes caninos em seu pescoço, uma mordida poderosa e fatal, fazendo o homem cair no chão sem vida.
Os outros que sobraram viram que estavam em desvantagem e recuaram, se embrenhando na mata e fugindo. O lobo vendo que os homens tinham recuado, soltou um uivo estrondoso fazendo com que Cat colocasse as mãos em seus ouvidos.
— Maldito Lobo, eu ainda vou acabar com sua alcateia. Disse o homem desaparecendo dentro neblina espeça.
Catherine estava sem reação com tudo que tinha visto, porém ficou mais ainda quando notou que o enorme lobo translúcido olhou em sua direção e começou a caminhar lentamente. Ela entrou em desespero ao ver que aquela criatura se aproximava cada vez mais. Quando Catherine virou-se pra tentar fugir ouviu uma voz bem grossa dizer: — Não precisa fugir, não irei lhe fazer mal. Eu jamais lhe faria mal. Ouvindo isso ela virou na direção da criatura novamente e para sua surpresa não era mais uma criatura e sim Alec, ele estava nu e a encarava fixamente. Chocada, ela não podia acreditar, era ele mesmo homem dos seus sonhos, o mesmo homem que conheceu na missão anos atrás e que agora ela estava tendo um relacionamento.
Ele se aproximou e disse-lhe apreensivo: — Cat, eu sou um lobo e estou de olho em você desde que senti o seu perfume pela primeira vez e tive a certeza do seu poder que ainda não sabe que tem. Você pensou em mim quando se sente em perigo e eu vim te salvar, aqueles homens eram meus inimigos, são nossos inimigos enviados por meu avô e não darão sossego nem para mim e nem para você. Como você pôde ver, eu sou um lobisomem. E eu estou apaixonado por você! Você é a minha escolhida!...
Cat ainda confusa, perguntou: — Poder? Como assim? Do que está falando? Lobos? Lobisomens? Ficou maluco? Por que está nu no meio da rua?
Alec suspirou cansado e triste ao mesmo tempo respondeu: — Não se apresse, te contarei tudo mas agora preciso ir. Por favor, me perdoe por esconder isso de você.
— Ir pra onde? Espere, como vou te encontrar de novo, Alec? Quer responder as minhas malditas perguntas. Gritou ela enfurecida com sua atitude.
— Não se preocupe, eu te encontrarei aonde você estiver.
Alec rapidamente entrou na mata e sumiu na escuridão. Catherine começou a ouvir sirenes e vozes, era a polícia e a ambulância chegando no local. E alguns seguranças da equipe do senhor Kouris, Cat não sabia responder direito as perguntas dos policiais, pois ainda estava chocada com tudo aquilo. Só respondeu que oito homens tentaram assaltá-la e uma criatura apareceu e os atacou.
Os policiais perguntaram onde estavam esses homens e ela disse que tinha três mortos e os outros dois tinham fugido, mas para sua surpresa, no local só havia marcas de sangue mas nenhum corpo. Os policiais deduziram que ela poderia ter batido a cabeça na hora do acidente e estava imaginado coisas. E o sangue era de algum animal qualquer, Carlos e Marcos confirmaram tudo, e que talvez ela mesmo haveria de ter atropelado algum animal selvagem, mas ele havia fugido.
— Por favor Catherine não piora as coisas. Alec vai te explicar tudo no momento certo. Se você realmente o ama. Espere e confie. Não faça bobagens garota. Explicou Carlos irritado com a intromissão dos policiais locais em assuntos particulares da família Kouris.
A família já havia passado por muitos escândalos durante todos esses meses e ela era um dos motivos mais atuais.
Nos dias que se seguiram, Catherine não parava de pensar em Alec, sua briga interna só aumentava com o passar do tempo, seus pensamentos iam e vinham, ora nele ora naquela criatura, mas ela não sentia medo, pelo contrário, ela sentia uma atração enorme, era algo difícil de explicar, mas só de pensar neles seu corpo respondia de uma maneira estranha e absurda, ela ficava excitada e ansiosa para vê-lo novamente.
May havia desaparecido completamente, e os jornais davam notícias desencontradas.
Fim do noivado... Traição de um deles... Ou coisas mais absurdas ainda.
A mesma deixou mensagens para alguns amigos que iria viajar pelo mundo e que era jovem demais para se casar. Além disso, estava apaixonado por outro homem...
No fim sua investigação acabou dando em nada...
Erick pediu para deixar tudo em suspenso, depois eles veriam como ela ficaria.
Queria entender tudo aquilo, o que nunca imaginou havia acontecido. Ela havia se apaixonado por um homem lobo. Seria realmente possível isso?
E ele tinha que lhe explicar tanta coisa, sua cabeça dava voltas e mais voltas e ela não conseguia chegar a lugar nenhum. Fazia mais de uma semana que estava na mansão Kouris, a mesma estava sendo vigiada por diversos homens estranhos. Marcos e Carlos estavam apavorados, pois Alec havia desaparecido em busca de vingança. Cansada de esperar por ele, Cat decidiu voltar para seu apartamento. Todos foram contra, mas ela desobedeceu a todos.
Em uma certa noite, Catherine estava dormindo quando ouviu uivos perto da sua janela e uma voz lhe chamando para ir até a escadaria do prédio. Ela vestia apenas uma camisola fininha levemente transparente, uma calcinha de renda e de acessórios o colar de ouro reluzente que Alec havia lhe presenteado, em formato de lua.
Por um momento Cat pensou que estava sonhando e hipnotizada pelo desejo ardente e incontrolável de ser possuída pelo seu lobo dos sonhos, Alec, então fez exatamente como ela havia sonhado e ele ordenado.
Se levantou da cama silenciosamente, caminhou até a sala na escuridão tomada pelo silêncio da madrugada com o único pensamento de encontrar o dono da voz que ecoava em sua mente. Seu único desejo era saciar o desejo sexual alimentado por seus sonhos profanos e misteriosos. Ela não o chama apenas, em sua mente ela gritava de desespero por ele.
Como se estivesse em um transe foi guiada por seus pensamentos obscuros e impuros, Cat decidiu seguir em frente, abriu a porta do seu apartamento silenciosamente, caminhou pelo corredor na ponta dos pés para que ninguém pudesse ouvir nenhum tipo de movimento, olhou para porta que leva para a escadaria, até o subterrâneo de seu prédio. Aquilo era uma grande loucura, mas seu corpo comandava todas as suas vontades nesse momento, pensou várias vezes antes de abrir e dar continuidade àquilo que parece ser loucura e por uns instantes sentiu medo de ser descoberta por algum vizinho ou zelador do condomínio. Mas a vontade de estar nos braços dele novamente falou mais alto.
Certa dos seus desejos mundanos e de sua insaciável luxúria, Catherine entra pela porta da escadaria e se depara com um silêncio ensurdecedor, a luz fraca de emergência e seus próprios pensamentos achando que estava cometendo uma grande loucura de estar ali no meio da madrugada sozinha procurando por algo que se manifestou somente em seus sonhos. E que se misturou com a sua realidade...
Estava com certeza louca, não era possível que tudo aquilo estava realmente acontecendo.
Lobisomem não existiam, e tudo estava passando somente em sua mente com certeza.
Mas durante esses meses seus olhos já haviam visto fatos pra lá de absurdos e estranhos.
De repente, passos pesados são ouvidos e seu coração acelera com o medo de não saber o que iria encontrar naquele momento, mas nessa altura ela não tinha mais escolha a não ser fechar os olhos e se arrepender de estar ali de novo, como uma louca governada por seus impulsos carnais. Suas pernas tremiam, seu coração estava acelerado e suas mãos geladas denunciavam o medo e desespero. Toda vez que ela mesma pensava nele, e ele atendia o seu chamado, era a mesma sensação. Por que ela não conseguia parar com aquilo?
Sua vida estava em risco e o que só passava por sua mente, era ser possuída por ele novamente...
— Não tenha medo de mim Catherine, vou dar forma ao meu corpo para que você me veja melhor. Nessa forma translúcida fico quase invisível. Sua explicação me pegou de surpresa.
A medida que os passos se aproximam, o som do peso de cada pisada no chão ia ficando mais alto, e ela imóvel como uma estátua, se encostei na parede com a respiração ofegante e coração acelerado como se estivesse prestes a ter um ataque, quando de repente senti uma respiração forte na lateral do seu ouvido direito. Sua pele toda se arrepiou, seu coração quase para e sai de sua boca, sua alma por uns instantes deixa seu corpo com medo de tudo aquilo, quando uma voz grossa diz: — Seu corpo agora é meu e sempre será meu, não te farei mal, apenas confie em mim meu amor. Ela reconheceu a voz, sim, era ele, Alec, mas ele não estava na forma humana e sim na forma do enorme lobo repleto de uma luz.
Um lobo translúcido macho com aproximadamente uns 85 quilos está parado diante dela. Contando a cauda, seu comprimento pode ser de até 2 metros e meio. A pelagem passou para o cinzento, depois para o marrom, castanha, branca e preta.
— E aí tem alguma cor em especial? Perguntou com seus olhos também mudando de cor.
Alec só pode estar brincando comigo, eu não tenho cabeça para pensar direito, quanto mais escolher a cor de sua pelagem.
Ele se aproxima dela já na forma de um homem, completamente nu, Alec a prende contra a parede.
— Você me chamou? Senti o seu desespero... Tem certeza que me quer desse jeito? Ele começa a cheirar meu corpo e de pau duro direciona seu corpo para que eu fique de joelhos e o chupe enquanto nossos olhos se fixam possuídos por um tesão que se torna a cada segundo mais intenso e descontrolado.
— Deveríamos conversar direito e não acasalar. Mas você não me dá muitas alternativas. Por que veio me encontrar vestida assim Catherine? Diz cheio de tesão e desejo. — Você sabe que é difícil me controlar quando estou perto de você. É muito perigoso, eles ainda estão soltos por aí.
Catherine com medo se levanta e mesmo desnorteada tenta ir embora mas é tarde demais. Aquele ser inexplicável, grande, ofegante, quente e dominador a segura pelo braço dizendo que não precisa sentir medo, dizendo que ela seria liberada pra voltar pro seu quarto somente depois que ela o chupasse bem gostoso. E principalmente dele a fazer gozar.
— Se queria fugir de mim, por que me chamou aqui? Não brinque com um lobo Cat. Disse ele sorrindo beijando seu pescoço.
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