Capítulo 4
Ferrada... Ferrada...
Era a palavra que sua mente gritava sem parar fazendo seu coração disparar.
Onde diabos tinha se metido?
Onde está o Erick?
A conexão do seu ponto está morda e enterrada!
Alec começa a analisa-la com mais curiosidade e intensidade do que antes.
E ela percebe que ele está impressionado com sua conversa.
Parece que a agente realmente está trilhando o caminho certo...
O garçom volta e entrega os MENU a cada um de deles.
Há movimentação no seu ponto de comunicação e Erick pode ouvi-la novamente.
─ Testando... Um, dois, três... Testando. Agente, consegue me ouvir?
Poucos minutos depois Baker finge estar limpando a garganta como forma de responder ao chefe.
─ A conexão caiu, não sei o que aconteceu.
─ O que achou do Cabernet Sauvignon?
─ Sim, eu adoro vinhos tintos secos.
─ Maravilhoso, então, você conhece um pouco sobre vinho? Um dos meus sonhos é conhecer a França. Eles produzem alguns dos melhores vinhos do mundo, em minha humilde opinião.
─ Droga, Baker. Mude o rumo dessa conversa. Esse assunto está me entediando. Vou acabar dormindo aqui.
Sorriu sem querer e Alec também.
─ Qual o motivo desse belo sorriso?
─ Acabei de lembrar de um conhecido meu, se ele estivesse aqui diria que nossa conversa é entediante.
─ Mesmo?! E quem é esse conhecido? Um namorado presumo.
─ Não uma coisa nem outra. Ele é como um pai para mim na verdade. Explico sorrindo da maneira que o Alec ficou inquieto com minhas palavras.
─ O que pensa que está fazendo? Quer estragar tudo?
─ Gostei de sua sinceridade e espontaneidade, e isso é raro hoje em dia.
Ponto para mim novamente. Toma Erick... Eu sou demais!
─ Então, Paris e vinhos são os seus únicos interesses?
Os olhos de Alec brilham... Definitivamente tem algo de errado com esse cara. Meu sexto sentido me diz que tem muito mais coisa nessa história.
Se pudesse diria para o Erick fazer uma investigação paralela e investigar a tão famosa noiva ou esposa traída.
Mas acho que só a minha intuição não é prova suficiente para ninguém.
─ Bem, não. Tenho pouco o que fazer ou me distrair, pois vivo pro meu trabalho.
─ Por exemplo?
Baker o olha sedutoramente enquanto toma um gole do vinho. Seus olhos se fixam nos lábios de Alec enquanto lambe os lábios lentamente.
Alec está quase caindo em um dos meus truques de sedução mais previsíveis.
─ Bem, conhecer... pessoas sedutoras como você.
─ Droga! Isso é pouco para caracterizar uma traição agente, seja mais ousada.
Como o que? Penso irritada. Erick quer o que? Que eu arranque minhas roupas em pleno restaurante e sente no colo dele.
─ Está me dizendo que você me acha sex Alec?
─ Estou!... Confirma ele.
Bingo! Parece que finalmente estou conseguindo avançar.
─ Isso aí Baker. Vamos fazer isso uma festa mais particular. Precisamos pegá-lo em flagrante. Aprofunde e dê o xeque-mate nele.
─ Eu sinto muito Alec, mas de repente perdi o apetite. Na verdade eu me sinto... bastante cansada.
─ Você voltou a se sentir mal?... Precisa de algo? Quero dizer, hum, eu posso te ajudar se você permitir.
─ Eu só preciso descansar um pouco ou deitar em algum lugar. Acho que foi o vinho que não me caiu bem.
─ Entendi... Por que não vamos para o meu apartamento? Posso colocar um filme para assistirmos juntos... Ou quem sabe preparar-lhe um chá e envolvê-la com um cobertor enquanto se recupera.
O quê? Me envolver em um cobertor? Realmente isso foi estranho. Minhas missões estão ficando cada vez mais estranhas, juro. Credo...
A voz do Erick corta os seus pensamentos.
─ Provavelmente não é o apartamento dele, mas de um amigo ou conhecido. Seja cautelosa agente. Espero que sua arma esteja dentro dessa sua bolsa caso precise usar. Ele com certeza está tomando cuidado por causa da mulher dele. Estamos quase dando o flagrante agente. Aguente só mais um pouco.
Resolvo sorrir fingindo timidez, mas sedutoramente toco na mão do Alec.
─ Seu convite me parece perfeito.
─ Vamos lá, então.
Será que esse tempo todo Alec está fingindo e realmente ele é um homem infiel.
Quanto mais cedo isso acabar, melhor!!!
Certo a primeira parte da missão ocorreu sem maiores problemas, apesar dos imprevistos.
Tudo acabou saindo como Erick planejou.
No entanto, sair do restaurante com o Alec está fazendo eu me sentir desconfortável, algo está errado e eu sinto isso a cada momento.
Ou são apenas as minhas emoções conflitantes novamente.
A cada passo que dou sinto que estou fazendo algo errado. Quero que Alec confesse logo ou prove que todos estão enganados, exclusive a sua mulher. Quero sair do radar dele, só isso me interessa agora.
Um tempo depois nós chegamos ao que Alec afirma ser o seu apartamento. Depois de ficarem mais à vontade, descalços sobre o macio carpete. Alec pega outra garrafa de vinho seco.
─ Sei que você me disse que não estava se sentindo bem por causa do vinho. Mas estava esperando uma ocasião especial para abrir essa garrafa. É de uma safra de 1966... Assim me disseram quando me presentearam. Irônico demais eu estar querendo abri-la nesse momento. Seus olhos ficam triste e ele olha por alguns minutos para a garrafa. ─ Quem me deu ela nunca imaginaria tudo o que ainda iria acontecer. Disse mais para si mesmo do que para qualquer outra pessoa. Explicou ele sorrindo gentilmente no final.
─ Quer conversar sobre isso? Pergunto curiosa.
─ Não vale mais a pena tocar nesse assunto. Ficou no meu passado!... E eu estou um pouco nervoso, preciso de uma taça. Você aceita ou prefere um chá?
─ Uau, Alec você vai abri-la por minha causa?
─ Por que não? Você está fazendo desta noite bem especial e alguém certa vez me disse que vivemos apenas uma vida, então, por que não aproveitá-la? O que me diz?
Suas palavras saem um pouco embargadas e o vejo com a fisionomia triste de repente.
─ Além do mais você é tão especial e merece apenas o melhor.
Mas o que é isso?
Isso só pode ser uma brincadeira de muito mal gosto.
Esse homem que está a minha frente não pode ser um homem infiel.
Há coisas bem comuns que homens fiéis costumam fazer. Amar e respeitar suas parceiras são duas coisas, por exemplo, que deixam bem claro o quanto podem ser fiéis. E o Alec até o momento não tentou avançar o sinal, apenas está sendo gentil e educado, como se procurasse alguém para desabafar.
Outro detalhe bastante visível de sua personalidade é que o Alec é o tipo de homem que não sente necessidade de chamar atenção de outras mulheres. No restaurante ele chamou a atenção de várias e nem por um minuto ele olhou para outra, o que para um homem é quase impossível.
— Isso é muito gentil de sua parte Alec.
— Não precisa me agradecer. Você na verdade está me proporcionando muito prazer... E espero que possa continuarmos essa noite da mesma maneira.
Alec começa a me deixar confusa. Sua maneira descontraída e natural de agir não se aprece com nada com um homem sedutor e cafajeste que engana a mulher e outras mulheres por pura diversão.
Ele serve duas taças de vinho e depois me entrega a minha.
Enquanto vira as costas e coloca a garrafa sobre uma mesa...
— O que achou do vinho?
— Sim, é delicioso.
De repente Alec surge com um cobertor com desenhos de pônei e ele o segura gentilmente.
Droga! Alec só pode estar brincando comigo?
Qual o problema desse cara?
Meu Deus, será que Alec é gay? Ou coisa pior...
Isso pode explicar muita coisa.
— Tenho algo fofinho para te aquecer!
— Cuidado agente, se ele tirar o pau para fora das calças, atire sem dó nem piedade nas bolas dele.
Acabo engasgando com o comentário inoportuno do Erick.
Meu Deus eu mereço isso?
Quanta doideira!...
1349 Palavras
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