Capítulo 3
Pontualmente por incrível que pareça chego as 8 horas no local marcado. O restaurante está bastante movimentado como sempre, pessoas elegantes. O som de risadas alegras e o da música de fundo criam um ambiente requintado, bem agradável de se frequentar.
Casais e solteiros se reúnem em torno do bar ou ficam sentados nas mesas espalhadas pela área de jantar.
Tem apenas uns dois casais que arriscaram a dançar na pista de dança.
Entro com calma e elegância, estou com um ponto no ouvido e um microfone escondidos, bem disfarçados para que possa manter contato com Erick, que está posicionado fora do local onde estamos pronto caso eu precise.
─ Agente Cat? Pode me ouvir alto e claro? Alvo localizado?
Nossa baixo o soldado do exército e agora?
Tento ajusta discretamente o ponto em meu ouvido e brinco com alguns fios do meu cabelo e respondo em um sussurro bem baixo.
─ Eu nasci pronta, Erick!
Será que estou pronta para isto realmente?
Olho ao meu redor procurando o tal Alec...
─ Eu não o estou vendo em lugar nenhum deste restaurante.
Droga! Chegar primeiro não é NADA sexy para uma mulher.
─ Certo agente mantenha a calma. Circule pelo local, dando uma social. Talvez ele esteja atrasado ou te observando em algum canto qualquer. E não se esqueça seja cuidadosa!
─ E que foi que você me disse do poder do seu charme mesmo? Pergunta Erick tentando dar uma de engraçadinho.
─ Peraí eu nunca disse nada sobre isso.
De repente eu escuto uma sonora gargalhada. Filho de uma mãe, pelo menos alguém aqui está se divertindo.
─ Muito engraçado Erick. Acredite, não era assim que eu havia planejado que as coisas acontecessem. Estar elegantemente atrasada me colocaria em vantagem, mas você tinha que me convencer do contrário.
─ Deixe de tanto reclamar e foco em seu objetivo. Mantenha o canal livre. Mulheres quem pode entendê-las afinal?
─ Eu ouvi isso velhote!...
─ Pare de falar tanto ou todos vão te achar esquisita ou louca. Não estrague o disfarce ou te mando para casa de minha irmã como castigo Catherine. Câmbio final...
O que então aquele monte de informação não passou de uma pegadinha dele, a mais o Erick me paga. Deixa só esse caso terminar para ele ver só o que eu vou fazer. Ele sabe o tanto que certos tipos de animais me deixam desesperadas. Não que eu não goste deles, mas eu nunca sei agir quando eles estão muito perto de mim.
A fala do Erick é completamente abafada por uma voz masculina agradável e firme que de repente surge bem atrás de mim.
Chego a saltar de susto colocando uma das mãos em meu peito.
???
─ A senhorita é ainda mais bonita pessoalmente do que pelas fotos!
Caralho!!!...
Maldição, eu odeio quando isso acontece comigo! Odeio quando sou surpreendida, especialmente por um alvo!
E que alvo, santo Deus! Tenha misericórdia de mim! Que homem é esse? Que sorriso? Que corpo é esse?
Com certeza estou ferrada!
─ Alec?
─ O primeiro e o único assim espero. Diz sorridente. ─ É um prazer conhecê-la.
─ Também é um prazer conhecê-lo. Dou o meu melhor sorriso na esperança de estar agradando.
─ Reservei uma mesa para nós dois. Na verdade estou faminto. Por aqui, me siga.
Sua maneira e postura não é a de um homem que sai todas as noites em busca de aventuras, na verdade ele me parece bem deslocado. A primeira impressão que tive é que ele está em um encontro de negócios e nada mais além disso, o que é totalmente estranho.
Baker o segue até a mesa escondida num canto oculto do restaurante e isso já deixa bastante cismada. Alec se sentada de frente para a porta e não tira os olhos dela, como se tivesse receio de que o próprio diabo acabasse entrando por ela. Ele estava tentando esconder o encontro ou havia algo mais nessa atitude?
Isso até poderia confirmar as suspeitas que ele deve e tenta esconder os seus casos passados. Fora que sentar tão afastado assim dificulta ser reconhecido caso chegue algum conhecido e também não é muito favorável para a gravação e comunicação.
─ Espero que tenha aprovado a minha escolha do restaurante? Pergunta incomodado e muito inquieto.
─ O restaurante é ótimo! Ela percebe que a sua resposta não o tranquiliza nem um pouco.
─ Fico feliz que você tenha gostado. Suspira aliviado.
Que estranho Alec não parece o tipo de homem experiente em encontros clandestinos. Ele é bem cordial e educado, puxando a cadeira para que eu me sente. Dando a volta ele se sentou de frente para mim, mas sempre olhando quem entra no restaurante. Seu sorriso expressa simpatia.
O que há com esse sujeito?
É como se esse fosse o seu primeiro encontro depois de anos?
Logo não demora e o garçom vem até a nossa mesa perguntar o que queremos beber.
Alec habilmente pede vinho tinto seco.
─ Espero que não se importe que eu tenha feito o pedido por nós dois, sem ao menos lhe perguntar se você gosta de vinho tinto seco.
─ Não de forma alguma. Eu gosto de vinho seco!
O que é verdade! Uma das minhas bebidas favoritas é o vinho tinto seco; um vinho verdadeiro! Não essas misturas que eles vendem por aí dizendo que são vinho, pura enganação!
─ Que bom que não ficou chateada! Então, já esteve fora do país? Me conte a sua experiência. Me fale um pouco de você estou curioso!
─ Sempre tive essa vontade de viajar e conhecer pessoas, como lugares diferentes. Então, surgiu a oportunidade e eu aproveitei.
─ Isso é inspirador na verdade. Gostaria de fazer o mesmo, mas sempre tive que trabalhar muito, então... Disse isso dando de ombros e pude sentir um pouco de cansaço e tristeza em sua voz.
Fico pensando em o que mais posso lhe dizer sem comprometer o meu disfarce.
Quer dizer, sei lá, tanto faz isso está ficando cada vez mais estranho.
Alec fica estranho por um momento olhando o vazio, como se estivesse bem longe daqui.
Mas outro fato esquisito de sua personalidade?
Será? O que ele tanto esconde?
─ Me conte mais da sua estadia na Nova Zelândia?
A voz do Erick repentinamente ecoa no meu ponto escondido no meu ouvido.
─ Há longas estradas lá, mas nenhuma parte tem mais que 128km do mar. E cerca de um terço do País está protegido pelo Parque Nacional.
Ele sorri interessado e muito atento a cada palavra que eu digo.
─ O que mais?
─ O país tem um colorido único, o lago TEKAPO é o segundo maior de três lagos - Os outros dois são os lagos DHAU e PUKAKI - que correm quase paralelos na margem norte da bacia de MACKENZIE.
─ Que nomes diferentes.
Seus olhos brilham de contentamento, até parece uma criança que acabou de ganhar um doce.
─ Continue por favor.
─ Cerca 30% de lá é coberta por florestas naturais. A poluição é praticamente inexistente no país (os Kiwis agradecem).
─ Os Kiwis? Pergunta confuso e tento lhe explicar o que são Kiwis.
─ São pequenas aves da região...
─ Você falando assim deu até vontade de conhecer!
─ Isso garota você está indo super bem. Ouço Erick entusiasmado pelo fone.
─ Depois faça uma pesquisa, aí sim você vai querer conhecer imediatamente, é muito lindo e fascinante.
─ Qual a sua parte favorita de toda essa aventura?
─ Nossa assim fica difícil, pois tudo me encantou. Mas acho que foi os Maoris.
O garçom acaba nós interrompendo enquanto serve o vinho.
─ Podemos fazer um brinde então? Pergunta estendendo a sua taça em minha direção.
De repente seu ponto faz um barulho estranho e muito alto, o que acaba por machucar o seu ouvido.
Baker ainda pode ouvir Erick desesperado do outro lado gritando:
─ Agente responda? Está tudo bem? Estamos tentando manter a comunicação segura. Muita interferência... Baker... Testando... Testando... Mas que inferno!...
E de repente há um silêncio ensurdecedor.
─ Tudo bem com você? Está se sentindo mal? Alec pergunta preocupado.
─ Estou bem, Obrigada. Foi apenas uma leve pontada em minha cabeça, nada demais!
Baker fica sem palavras por um momento, estava apavorada. Sozinha e sem apoio na missão.
1400 Palavras
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