Capítulo 10
Alguns dias atrás com o fim das férias, alguns agentes viajaram outras permaneceram fechado os últimos casos do ano. Erick estava assinando diversos papeis quando resolveu dar uma pausa. Talvez tomando um pouco de café seu ânimo voltasse e ele poderia continuar a trabalhar. Pegou uma das xícaras maiores e se sentou, o café amargo tinha um sabor revigorante naquele momento. Decidiu ler o jornal privilégios deixados para os dias mais tranquilos. Folheando por alguns minutos, seu olhar se fixo em uma notícia, deparou com uma algo que chamou a sua atenção.***" Jornal impresso "Nossa como esse jornais pioram a cada dia, somente noticia sensacionalista. E ainda por cima nem tem cuidado com à impressão. Resmungou ele continuando a ler. Souris Enterprises, o mais novo magnata de negócios filantropo Alec Kouris no momento está solteiro e sua fortuna estimada: U$ 12.4 bilhões anuais.Incrível esse jovem é um imã para catástrofes, melhor nem contar para Catherine.
Acabou dizendo em voz alta jogando o jornal no lixo.
De volta das férias os meses passaram voando e assim foi 2 anos muitos corridos para todos da agência Rossi de investigações.
Erick não estava acreditando no documento que estava em suas mãos.Depois de 2 anos Carlos Amadeu Kouris o grande advogado da família Kouris novamente cruza o seu caminho. Mas, agora, eles precisam trabalhar juntos em uma nova missão.O destino muitas vezes gostava de jogar com todos a sua volta.
— Bem, agora que estamos todos reunidos e eu irei escolher somente os melhores para essa missão! É um trabalho secreto envolvendo o magnata Kouris, mas exatamente o jovem herdeiro que vai se casar brevemente. As suspeitas dessa vez são de que sua futura noiva possa estar o traindo.
Erick fica impressionado que mais uma vez o rapaz tenha caído outra vez nas garras de uma oportunista. Esse rapaz só pode ter o dedo podre para mulher. Vai ser azarado assim lá no inferno!!! Pensou consigo mesmo.
— Um magnata, jovem e lindo, gostoso... Viva! Disse Sarah empolgada olhando todas as fotos dele sobre a mesa.
Catherine apenas revira os seus olhos cansada dos escândalos de sua rival no trabalho.
Erick lança um olhar irritado para Sarah que finge nem ver.
— Sugiro que todos revejam os seus conceitos e se preparem, pois irei escolher apenas os meus melhores agentes. Sarah encolhe em sua cadeira e todos saem para terminarem seus afazeres.
Na manhã seguinte, Catherine acorda quando a luz do sol aquece todo o seu quarto.De repente ela se sente sozinha e sem forças. Algo a está deixando inquieta, na verdade a mais de uma semana vem sentido um mau pressentimento, como se algo fosse acontecer.
Mas o que seria?
Ainda sentia a dor da traição, mesmo depois de dois anos. Só que pensar que seu namorado estava deitado ao seu lado nessa cama, sente um aberto no peito. A todos ela finge que superou as palavras duras e cruéis ditas por ele nesse mesmo quarto. Era um ritual matinal e bem macabro agora, mas que ambos sempre faziam todas as manhãs como essa. Acordar e logo seduzi-la para depois ridicularizá-la na frente dos outros. Ele dizia que ela era linda e tinha um corpo poderoso, como uma paisagem natural em dia de sol. Mas assim que saiam do apartamento ele se tornava outro homem, dizia que ela se vestia mal e que não tinha classe alguma. Que estava engordando demais e fiscalizava tudo o que ela comia.
"Conheci o Eduardo" em uma festa de casamento de uma conhecida. Nos vimos algumas vezes, até que começamos a namorar. Ele era educado, culto e muito gentil. Pensei que finalmente tinha conhecido alguém bacana. O problema começou a aparecer quando o namoro foi ficando mais sério, ele achava que era meu dono. Começou a ser grosso e mal-educado, queria escolher minhas roupas. Fazia piadas sobre mim, me zoava. Até o que eu iria comer ele queria escolher. Queria que eu emagrecesse, mesmo eu pesando 58 quilos. Dizia que tinha que me levar ao dermatologista para melhorar minha pele e meu cabelo. Que não poderia me apresentar daquele jeito às pessoas. Segundo ele, não me vestia bem também. Costumava dizer que a forma como eu fazia as coisas era para irritá-lo. Com o tempo, comecei a responder e brigar. Além disso, estávamos tendo problemas no sexo, pois só ele tinha prazer. Quanto mais eu cedia, mais ele piorava.
A pessoa não melhora, você dá o mundo e ela não muda. Os abusos só aumentam. Notei que as coisas não iam bem quando me dei conta de que era chato ficar com ele. Estava triste, tentei conversar, nada mudou. Me sentia mal comigo mesma, feia, me achava burra, pensava coisas ruins de mim. Minha autoestima ficou muito abalada. Terminei com ele através de uma mensagem de texto quando viajei por uma semana para uma missão no interior dos Estados Unidos depois do que vi dentro do nosso apartamento, ele teve a coragem de me trair. Não queria que ele falasse comigo, que me encontrasse, nada. Fui para a análise e comecei a trabalhar essas questões. O abuso psicológico é tão danoso quanto o físico. Depois que eu vivi tudo isso, passei a ler e frequentar grupos de apoio, assisti a palestras e participei de rodas de conversas. O feminismo me deu mais força para me reerguer." Mas até chegar nesse ponto voltamos várias vezes, Erick nunca gostou dele. Mas respeito minhas escolhas...
Assim que retornava e ficávamos um tempo juntos, depois de inúmeras desculpas, afirmando que tudo o que ele fazia ou dizia era por que me amava demais.
Era só ele olhar com aquele lindo sorriso que eu esquecia tudo e o perdoava...
Seus banhos matinais era regado com muitos beijos carinhos ousados. Nós sempre fazíamos sexo debaixo do chuveiro ao som da cascata de água.
Ele podia ser até engraçado ás vezes. Mas era como entrar numa torturante montanha russa, era só uma fantasia de sua cabeça repleta de falsidade e mentiras.
Não podia negar que no início Eduardo foi um ótimo amante, mas mesmo assim era quando ele queria, pelo menos era o que ela pensava.
Nesses dias acabava se sentindo só e ansiava por ter alguém ao seu lado, a falta de uma masculinidade a deixava inquieta demais.
Chega de lembrar do passado. Chega de ser tão idiota. Suspirou lentamente e se obrigou a voltar para o presente.
Burra... Idiota... Ora dessa ele deve estar com cobra traidora!
A campainha interrompe os seus pensamentos.
— Devo ser masoquista para pensar naquele traste!
No caminho para abrir a porta, eu passo em frente do espelho e percebo que estou horrível, com olheiras que dizem tudo. Mas uma noite mal dormida.
— Agente Cat, sinto muito por incomodá-la em seu apartamento, mas é urgente.
— Erick, que surpresa. Entre por favor.
— Sim... Desculpe-me por acordá-la tão cedo e pela intromissão. Mas houve um problema.
— Um problema? Qual seria?
— A agente Ferraço... Ela sofreu uma intoxicação alimentar.
— Que bom! Odeio a Sarah e não me importo se ela morrer com o próprio veneno. Ela deve ter mordido na própria língua!...
Erick tosse e limpando a garganta tentando segurar uma risada.
— Vocês duas não existem! Quando vão parar com toda essa rivalidade? E confessarem que gostam e admiram uma a outra?!
— Nunca... Digo colocando minhas mãos na cintura.
— Não se preocupe Sarah vai se recuperar daqui a alguns dias. Obviamente ela deve ter comido algo estragado.
— Foi o que eu disse, o próprio veneno!
Acabo rindo de nossa conversa.
O que dizem da lei do retorno mesmo, tão famoso karma instantâneo.
— Eu bem que avisei a ela para dar um tempo no fast food. Tomara que exploda de dando comer.
— Agente...
— Por favor, Erick. Qual é, a Sarah não está aqui mesmo e ela sempre me infernizou deste que nos conhecemos. Você PODE concordar comigo só dessa vez? Você sabe que eu estou certa!
— Mesmo que esteja certa!... Vocês poderiam manerar nesses ataques verbais.
— Fala isso para ela também. Ela me dá os piores apelidos. Lombriga, Lesma, branquela e etc. e a loira nem sou eu...
— Girafa... Diz Erick rindo. - Vocês duas são loucas isso sim!
— Girafa? Eu nem sou tão alta assim, sou normal tenho 1,65. E se sou girafa ela é uma baleia.
— Agente... Vou ter que por as duas de suspensão desse jeito.
— Erick, eu tenho razão!
— Eu mal posso acreditar que ela está se enchendo com essas porcarias industrializadas.
— Viu eu não disse! Grito triunfante.
— Bem, vamos esquecer esse assunto por hora. O motivo da min há vinda até aqui é por outro motivo.
Ele se senta de frente para mim e fica me observando por alguns minutos pensativo.
— Bem, o motivo da minha visita ao seu apartamento não é discutir os péssimos hábitos alimentares da agente Ferraço. Estou aqui para informá-la que estou enviando você no lugar da agente Sarah.
— Eu ainda estou de férias, se esqueceu?
— Você irá substituir ela e sem discussão.
Erick parece bastante preocupado e nervoso.
Espero que eu esteja tomando a decisão certa. Pensa ele a olhar diretamente nos olhos de sua melhor agente.
Antes Carlos havia exigido o afastamento dela e agora depois de dois anos, tanto ele como o próprio pai do Alec exigiram que ela fosse a agente designada para essa missão. Tive que as pressas improvisar e tirar a agente Sarah dá jogada, usar laxante não foi uma boa ideia, mas medidas desesperadas, pedem coisas mais desesperadas ainda.
Droga! O que eu não faço pela minha família...
— Ah, sério? Agora você se lembra de mim?
— Quero que saiba agente Cat que minha atual decisão não foi feita apenas por causa de uma comida estragada. Eu tenho total e completa confiança em suas habilidades.
Eita garota difícil, preciso convencê-la a aceitar essa missão. Por isso, preciso apelar.
— Sei Erick!...
— E cá entre nós: Acho você perfeita para esta missão. Você sempre foi a minha primeira escolha, mas tive motivos fortes para escolher a agente Sarah invés de você no primeiro momento. Então... a partir deste instante eu a estou colocando no caso do magnata Kouris.
— E por favor dessa vez sem gatos e cães, ou qualquer outro tipo de maluquice...
— Agente Cat...
— Não tenho paciência para isso não. E você sabe que eu não sei o que esses bichos veem em mim, eles grudam e só querem ficar perto de mim. Semana passada metade dos cães me seguiram até o apartamento, é assustador... Eles só foram embora quando eu mandei, parecem até que eu mando neles.
— Pode ser um dom, eles te amam!...
— E por favor sem cavalos, ou me jogar no meio do mato cheio de bichos selvagens, sanguessungas, mosquitos e derivados...
— Agente Cat... que pavor estranho é esse?
— Eu não sei... Só não quero passar por momentos estranhos, ok...
— Agente Cat... Você fala demais. E só para você saber os animais de minha irmã te adoram!
— E esse é o problema. O por que todos os bichos ficarem encantados comigo?
Paro e o fito por alguns segundos.
— Certo, quanto foi a aposta dessa vez?
— 100 dólares que você fugiria do caso, se tivesse que se encontrar com algum animal qualquer. E já vou avisando os Kouris amam a natureza, e eles tem uma fazenda enorme na Espanha.
— O que você apostou?
Eu sempre aposto em você Catherine! Por isso, você está me devendo 100 dólares americanos.
— Mas que MERDA Erick!...
— Olha a boca agente.
Embora as notícias sejam inesperadas, uma excitação estranha toma conta da agente Catherine ao lembrar das palavras da agente Sarah vendo a ficha do Alec e suas fotos.
— Você sabe que não vai dar certo. O Alec Kouris jovem magnata, lindo e gostoso vai me reconhecer assim que me vir.
— Até você agente já não basta a agente Ferraço?!
— Tenho algo a te relatar que talvez te faça aceitar esse trabalho! Afirmou ele pensativo.
Deve ser a expectativa de reencontrar ele novamente. Uma nova missão repleta de aventuras que faz o seu pulso acelerar a mil quilômetros por hora.
Catherine então convida Erick para tomar um café e assim ele possa lhe fornecer mais informações sobre o magnata.
— Cat eu não tenho tempo para essa sua indecisão e nem você é assim! Você tem exatos 30 minutos para se preparar para essa missão. Mas antes tenho que lhe contar sobre duas coisas relacionadas a esta tarefa. 1°. Vocês já se conhecem daquele caso esquisito a dois anos atrás. Por isso, pode ser mais fácil descobrir a verdade agora.
— Eu sei disso, eu o reconheci pelas fotos. Digo tomando um gole de meu café quente.
— Exatamente, isso é algum problema para você. Ele ainda mexe com você? Erick faz a pergunta bomba e fica pensativo me observando.
— Claro que não. Só é muito estranho tudo isso. Digo desviando de seu olhar rapidamente.
Tento focar em meu café, mas a tarefa fica cada vez mais difícil ao lembrar dele, dos seus olhos e acabo engasgando com meu próprio café. Alec Kouris o homem de olhar enfeitiçador novamente cruzando o meu caminho!...
— 2°. Ele sofreu um acidente a dois anos atrás e perdeu a memória, isso significa que Alec não se lembra de você ou de nada que ocorreu naquele caso anterior.
— Puta que pariu... Erick, isso não é hora de fazer uma das suas piadas ou brincadeiras. Digo sem conseguir acreditar em suas palavras.
— Eu não estou brincando agente Catherine. Alec perdeu a mãe nesse mesmo acidente. E ele não é o mesmo homem que você conheceu.
Sinto meu coração se apertar, Alec já tinha o olhar tão triste quando eu o conheci e agora como ele deve estar, mais quebrado ainda.
— Sei que sou uma ótima agente, mas isso é sério demais! E eu não quero machuca-lo mais ainda no percurso!
— Agente ele pode estar em perigo novamente. E tem mais se quer culpar alguém, culpe o destino e ninguém mais pelos problemas dele.
— Poxa, Erick! Mal acabei de acordar e você joga essa bomba em meu colo.
— Algum problema agente?
— Claro que não! Você sabe que estou pronta para tudo. Mas...
— Até mesmo para rever o homem que te balançou as estruturas e não sai de seus pensamentos a mais de dois anos?
— Ele não me fez nada disso comigo!
— Engane a si mesma quantas vezes quiser menos a mim. Eu te conheço muito bem. Te conheço desde que era um bebê.
— Erick, por favor! Eu...
— Então prove a si mesma o que acabou de me dizer. Está é a vida de uma agente... Espere sempre o inesperado e aceite o inevitável.
— É... Acho que você tem razão.
— Esse é um dos nossos maiores casos. Só lhe peço não deixe seus sentimentos pessoais atrapalharem o seu julgamento.
— Não se preocupe Erick. Você sempre pode contar comigo. Então... Conte-me os detalhes, enquanto eu me arrumo.
— Você deve interceptar a noiva do Alec em uma floricultura no centro da cidade. Arte e flor floricultura a mais cara e requintada de Los Angeles em matéria de arranjos florais.
— Que... apropriado. Digo fazendo uma careta esquisita.
— Faça amizade com o alvo, aproxime-se dela. Sabe como é torne-se sua confidente. Descubra todos os seus segredos mais íntimos.
— Isso vai ser... Claro chefe.
Erick a olhou feio antes de continuar a falar.
— Precisamos saber se ela tem algum segredo que Alec deva saber antes do casamento.
— E se ela tiver algum, eu irei descobrir. Deixa comigo Erick.
— Agora sim senti firmeza e fiquei com medo. Respondeu sorrindo.
— Engraçadinho...
Bom... May Corbel é uma socialite e suas amigas consiste na mais alta roda da sociedade. Apesar da família estar falida a vários anos.
— Pode ser o clássico golpe do baú. Explico enquanto escolho uma das roupas que ele trouxe dentro de uma mala prateada. Droga! Erick sem poodle por favor, aqueles cães são esnobes demais, além de irritantes. Se fosse pelo menos um husky siberiano, aí sim. Digo suspirando.
— Essa é nova para mim. Desde quando você gosta dessa raça? Além de ser o maior absurdo que já ouvi.
— Sei lá, foi só um comentário. May é exatamente meu tipo de pessoa. Explico sorrindo forçadamente.
Só que não... Penso logo em seguida.
Erick coloca a mão em sua testa tentando ter paciência.
— Você precisará se vestir a caráter Cat, seja elegante e requintada. Eu não paguei todas aquelas aulas de etiquetas á toa, sabia?! E seja prudente ou não terá chance alguma de concretizar está missão.
— Deixe comigo, eu sou brilhante...
Erick acena com a cabeça interrompendo Catherine, levantando a sua mão direita outra vez.
— Sim, isso eu já sei. Mas também muito encrenqueira!... A sua personalidade marcante e você sabe cativar os corações das piranhas e derrete a crueldade dos pilantras...
— Você quer dizer o ódio deles, não é.
— Que seja... Além disso, conquista os magnatas. Diz fazendo mais uma de suas costumeiras piadinhas.
— Nossa Erick que coisa feia e antiquada de se falar.
— Mas eu sou antigo e sem muito tato para certas coisas. Por isso, não falhe nesta missão.
— Na verdade eu colocaria de outra maneira, mas... Você falou quase tudo.
— Seja esperta e sagaz, aqui estão algumas roupas e acessórios que irão diferencia-la instantaneamente das outras, afaste as outras melhores amigas da May. Eu acredito em seu potencial. Sozinha e sem alternativas ela pode deixar algo escapulir com mais facilidade.
— Maravilhoso...
— Claro que é, meu plano é infalível.
— Estou falando das roupas! E esses acessórios?! Eu morri e fui pro céu. Com certeza eu vou impressionar May e provar que sou o que há de melhor na burguesia local.
— Céus estou criando um monstro! Afirmou Erick notando que Catherine não prestou atenção em nada do que ele falou.
— Com certeza nós dois somos chefe. Disse ela revirando todas as roupas com entusiasmo.
— Certo... Certo... Aproveite que o Alec não se lembra de você e...
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