Lion foi para a escola Almeida costas, onde seu irmão estudava. Ao ver os alunos sentados no jardim que ficava do lado superior do estacionamento. Ele suspirou esfregando os olhos ao se lembrar de seu irmão.

Bem. O melhor é foca no trabalho. Ele pensou. Manobrando o carro. Ele estacionou em uma das vagas disponíveis.

Ao descer do carro ele ajeitou sua jaqueta de couro escondendo seu distintivo e sua arma no porta luvas do carro, fechando a porta em seguida.

Ao chegar em frente ao portão ele avistou Judity sendo consolada por suas duas amigas. Sem dúvidas ela havia acabado de receber a notícia.

– Judity. – Ele a chamou.

Quando ela o viu. A loira correu em sua direção se lançando em seus braços. Abafando seu choro rete ao peitoral masculino.

– Shi.... Calma. – Ele sussurrou enquanto acariciava os cabelos lisos dela.

Ele gentilmente a afastou. E erguendo lhe o rosto, perguntou:

– Você já está sabendo?

– Seu pai acabou de me ligar. Lion que fez isso com ele? – Ela falou tentando secar os olhos com as costas das mãos.

– É isso que eu vou descobrir. E é por isso que eu estou aqui. Eu preciso saber o que vocês fizeram ontem, onde foram e com quem estavam.

– Tabom eu vou falar o que eu sei.

– Tá certo. Mas não aqui. Você pode vir comigo? Ou vai ficar para aula?

– Eu não tenho cabeça para aula agora. Eu vou com você.

– Está bem.

Ele tocando nas costas dela a guiou até o estacionamento. Victoria havia acabado de descer do carro de sua mãe, quando os dois passaram em sua frente. Lion a olhou por sobre os óculos escuros e sem dar maior importância seguiu para seu carro com Judity.

Para Vic isso era suspeito. Não conhecia os dois porém pelo rosto da garota estar molhado pelas lágrimas deixava claro para Victoria que seu crime havia sido descoberto.

Ela engolio o nó que se formou em sua garganta. E se aproximou de Amélia que também acompanhava com os olhos o casal suspeito.

– Quem são? – Vic sussurrou.

– A garota é a Judity de quem eu te falei. A namorada do Lucas e o cara com ela é o irmão dele.

– Irmão? Como você sabe que é o irmão dele?

– Porque eu conhecia o Lucas e um dia ele comentou que tinha um irmão e me mostrou uma foto. Parece que ele morava com a mãe por isso os dois não se falavam muito.

– Então se ele está aqui e porque já sabem. – Ela falou com medo.

– Você se refere ao... – Amélia se quer conseguia completar a frase.

– É você entendeu. Vamos tentar agir normalmente. Talvez eles não cheguem até mim.

– Se eliminarmos o elo mais fraco. Talvez não cheguem. – Vic ouviu a voz  macabra sussurrar em seu ouvido. – E um arrepio agourento subir por sua coluna.

– De jeito nenhum. – Ela quase gritou.

– De jeito nenhum o que? – Amélia perguntou curiosa.

– Não foi nada. É melhor a gente ir para aula.

Ambas seguiram para dentro da escola.

[...]

Lion estacionou seu carro em frente a casa amarela com um lindo jardim. Onde Judity morava.

– Chegamos. Agora me conte tudo o que sabe.

Ela respirou fundo e então começou a falar:

– Ontem a noite rolou uma festa em um bar aqui perto. Todos os garotos e líderes de torcida do time de futebol foram.

– Você foi?

– Não. O Lucas falou que era melhor eu ficar em casa, por causa do bebê. – Ela riu irônica, e tentando conter as lágrimas, concluiu. – Mas eu acho que isso foi só uma desculpa que ele arrumou.

– E porque acha isso?

– Porque eu sei que a garota nova também ia para tal festa e foi o melhor amigo dele quem me contou. O Lucas sempre teve esse costume.

– Então você acha que ele ia te trair? – Ele perguntou empático.

– Eu tenho certeza que sim. Você sabe que ele não aceitou bem a notícia da minha gravidez. Ele se afastou de mim. Então se alguém sabe de alguma coisa. Tenho certeza de que vai ser os amigos dele que foram para a festa e a garota nova.

– Obrigada Judity. E o que você precisa pode contar comigo.

– Obrigada. – Ela falou secando as lágrimas.

Ela o abraçou e saiu do carro. Lion dirigia pela avenida principal, quando seu celular tocou.

– Alô. – Ele falou ao atender.

– Oi, Lion. Sou eu Ellen.

– Alguma novidade. – Ele perguntou ao parar em um sinal vermelho.

– Eu acho melhor você vir para cá.