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Quinze


  Na manhã seguinte meu quarto está coberto por flores vermelhas. Minhas criadas estão sorridentes em um canto esperando uma reação minha. Cássia se aproxima e me entrega uma carta.

- O príncipe mandou junto com as flores -- disse ela.

- Obrigada -- digo e ela volta a sua posição.

  Abro o bilhetinho de Christopher e me surpreendo com sua caligrafia. É mais trabalhada do que a outra que ele deixou no piano, parece que durou meia hora para escrever cada letra.

"Bom dia Rose!

  Obrigada por me dar uma chance minha bela flor. Não vou te decepcionar mais uma vez, não sou de escrever bilhetes, mas para ti escreveria os mais belos poemas.

Por favor me encontre no jardim, ainda te devo uma surpresa. Pense em mim quando olhar para as rosas.

  - completamente seu, Cris."

  Olho para a multidão de flores e sorrio. Não dura muito, me lembro de Nathew, ele me deixou uma carta e preciso ler.

  Tomo um banho morno, visto um vestido tomara que caia apertado com uma calda grande e decote em coração.

   Saio do quarto como uma tentativa de fugir da carta e das palavras de Nathew. Eu vou ler, mais o medo de suas palavras ainda soa em meu peito e espero que passe logo.

- Bom dia Rose -- Tobias fala sorridente.

- Bom dia -- digo.

- Recebi ordens para te acompanhar até o jardim -- fala se aproximando
- Sim, vamos ? -- pergunto.

  Tobias me acompanha para fora do salão. Ele parece mais arrumado, com o cabelo brilhoso. E até um perfume que não estou acostumada a sentir em Tobias.

- Então você e o príncipe estão bem? -- pergunta ele.

- Vejo que é você quem está bem melhor -- digo olhando para ele.

  Ele cortou o cabelo castanho, dando uma tonalidade mais escura por causa de alguma coisa que colocou. Tobias cora um pouco e disfarça com uma risada forçada.

- Está bonito -- provoco parando de andar - Quer agradar alguém? Alguma criada para ser mais específica? -- pergunto.

  Tobias recua corando até a ponta da orelha.

- Você também está muito bonita -- retruca ele - Quer agradar alguém? Algum príncipe?

- Não me engane, eu vi os seus olhares para Diana -- digo sorrindo - Acho que ela prefere seu estilo mais bagunçado.

  Tobias fica envergonhado.

- Era ela? -- insisto - A sua nova tentativa de seguir em frente que estava com medo?

- Sim -- ele fala me fazendo andar.

  Tobias encara o chão como se quisesse se camuflar.

- Ei, ela é uma pessoa maravilhosa e você também -- digo tocando em seu ombro - Aposto que Diana irá se sentir a mulher mais sortuda do mundo quando descobrir seus sentimentos por ela -- falo com toda sinceridade.

   Tobias é incrível, além de ser um excelente amigo, será um ótimo namorado para qualquer garota.

- Acha que ela sente algo por mim? -- ele pergunta.

- Isso você é quem tem que descobrir -- digo

  Chegamos no jardim bem rápido.

Christopher estava me esperando, tenho que admitir, o príncipe consegue ficar ainda mais bonito. Dispenso Tobias e me aproximo dele, o qual ergue um sorriso, me mostrando todos os dentes brancos que nem porcelana.

- Fico feliz que tenha vindo -- diz ele beijando a minha mão.

- Fico de bom humor sempre que acordo rodeada de flores -- falo e o príncipe ri.

- Quer dizer que não fui o primeiro? -- pergunta ele ainda rindo.

- Não, não foi -- digo e é verdade.

  Nathew uma vez me levou para uma estufa de rosas. Lembro-me muito bem, foi no dia do meu aniversário, ele fez uma surpresa com bolo dentro da estufa .

- Venha Rose, vamos para um passeio de carro -- diz ele me atravessando o jardim, me levando para a frente do palácio.

   Lá uma limousine de cristal nos espera. Não sabia que poderíamos sair no palácio nesse período de escolha da princesa.

  O clima está agradável na medida do possível, não sou fã da primavera, pelo ao contrário sempre gostei mais do inverno.

- Para aonde vamos? -- pergunto.

- Você verá -- diz ele.

  Um criado abre a porta para entrarmos. Entro primeiro e Christopher vem em seguida, ele senta de frente para mim.

  A limousine só é feita de cristal externamente, por dentro é bem revestida deixando o ambiente confortável.

  Christopher me encara, ele sempre arqueia a sobrancelha, como se tivesse me estudando.

- Algum problema? -- pergunto.

- Nenhum -- diz ele.

- Então por que fica me encarando? -- pergunto curiosa.

- Porque você é linda -- ele diz abrindo um sorriso e apoiando o rosto na palma mão com o braço no joelho.

  Odeio corar.

- Dominique não ia gostar ao saber que eu estou saindo do palácio com o principezinho dela -- tento mudar de assunto e afastar seu olhar.

  Não funciona e ele ainda me encara.

- Prefiro está com você e não sou o principezinho dela. -- ele comenta jogando as costas delicadamente para trás - Gosto de Dominique, é uma boa pessoa, mas meu coração já tem dona.

- Não consigo enguli-la -- digo.

- Não quero falar dela -- Christopher me interrompe.

- Então do que deseja falar? -- pergunto.

- De você, é o meu assunto predileto -- ele fala.

- Precisa praticar mais as suas cantadas, caro príncipe -- comento e ele ri.

   Observo a vista pela janela. Estamos passando por uma rua Poeira, não é agradável a visão de um trilho de trem empoeirado e fumaças escuras da poluição.

   Poeiras caminham segurando crianças no colo, todos estão sujos e mal vestidos.

   Poderia está no ali com eles, na imundície.

  'Olhos cinzas como Poeira, mas coração vermelho como Rubi".

  É o que digo todos os dias quando coloco a lente, a lente que esconde minha identidade.

  Nas paredes das casas está escrito frases como "Toda Pedra um dia vira Poeira", "Abaixo o Pedriarcal" e "Não podemos morrer". O povo usa suas próprias moradias como forma de protesto.

   Christopher percebi que me perco com a visão da janela, ele se próxima ficando ao meu lado.

- Também não gosto da vista -- ele comenta - É entristecedora -- acrescenta e quase dou risada.

- É inaceitável -- falo - Eles vão morrer nessas condições -- digo referindo a poluição.

- Eles tem postos médicos -- Christopher fala.

- Mas não tem como pagarem os medicamentos -- falo em um tom frio - Imagino como é que eles se alimentam.

- Eles trabalham Rose, compram tudo com o que ganham -- ele tenta me consolar quase em um sussurro.

- Eles não tem nem o que comer -- falo com toda dor que sinto.

  Vejo uma garotinha loira dividir um pedaço de pão com um vira lata da rua. Se Christopher ver não diz nada, ainda não pode fazer nada. Ainda.

- Já tentei alertar meu pai sobre isso Rose -- ele fala - Se não tem a ver com o crescimento de Cristália, ele não se importa -- completa se afastando.

- Você poderia fazer algo Christopher -- digo - Mostre ao povo o rei que pretende ser -- digo e ele me encara.

- Tem alguma idéia de como posso começar? -- pergunta ele.

- Mostre que quer mudança, mostre que está ao lado do povo e todos  apoiaram o príncipe -- digo.

  Seria fácil para Christopher passar essa visão para o povo de Cristália. Não é peculiar o príncipe quieto e comportado não ir de acordo com o rei, querer mudança.

  Paramos em frente a uma pista de pouso. Não estamos mais nas favelas dos Poeiras, estamos em local real. Aviões estão pousados em um canto deixando um jato enorme no centro.

O jato é da Pedra de Christopher, da Pedra real.

Saímos do veículo e pisamos na pista.

- Tínhamos combinado lembra? -- pergunta ele sorrindo.

- E o que te diz que eu gostei do filme? -- pergunto.

- Sei quando gosta de algo -- Christopher comenta me fazendo ri  - Fica sempre procurando algo para apontar que não gosta -- ele termina.

- Está me chamando de estraga prazeres? -- pergunto séria.

- Não, só estou dizendo que tem vergonha de admitir que algo te agrada -- ele fala colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha - Assim como não admite que sente algo em relação a mim.

  Sim, ele está certo em tudo, mas não sinto o tipo de afeto que ele deseja que eu sinta. Sinto algo por ele, mas não creio que seja esse tipo de amor.

  Afasto um pouco o rosto deixando a mão de Christopher no ar. Andamos até o jato de cristal sem dizer nada. Sentia o olhar do príncipe em todo momento. Isso já não me incomoda mais, pelo ao contrário.

- Permita-me -- ele fala me ajudando a subir no jato.

   É bem bonito por dentro. Tem sofás pequenos com porta copos do lado. Um barista mexe os copos no gracioso bar. Christopher senta novamente a minha frente. Com um sorriso largo ele manda começarem o voo.

- Para aonde estamos indo? -- pergunto.

- Para aonde deseja ir? -- ele pergunta encostando no assento.

- Pensei que estivesse planejado um passeio -- provoco e ele alarga o sorriso.

  Não suporto quando ele levanta a sobrancelha direita.

- Decidi mudar um pouco -- ele comenta olhando para a janelinha - Dessa vez você é quem me conduz -- ele fala.

  O jato começa a voar, sinto um arrepio na espinha. Disfarço muito bem.

- Desculpe querido príncipe, acho que não estou te entendendo -- brinco.

- Querido? Sou querido por você Rose? -- pergunta com um sorriso lindo.

- Digamos que sua presença não é tão entediante -- falo e ele ri.

- Digo o mesmo, mesmo que as vezes a senhorita seja um pouco compli-cada -- ele fala.

- Complicada? Acho que o príncipe não está acostumado com o fato de que nem todas as mulheres estão caídas aos seus pés. -- digo.

- Dessa vez sou eu que estou caidinho -- ele fala me fazendo ri.

  O príncipe levanta e se senta do meu lado. Christopher coloca o braço pelos meus ombros me causando arrepios.

- O que está fazendo? -- pergunto chegando para frente rapidamente.

- Calma, Rose -- ele fala pegando na minha mão - Gostei do que disse no carro -- ele comenta.

- Sobre o povo? -- pergunto ainda desconfortável.

- Se preocupa com os outros, pelo menos com quem fomos criados para tratar como inferior -- ele fala.

  Por um momento sinto medo.

  Christopher é um analisador nato, poderia muito bem descobrir quem sou, ou pelo menos tentar arrancar algo de mim. Não digo nada, tenho que agir com a cabeça.

- Achei gentil da sua parte -- diz ele  - É sempre tão boa assim? -- ele pergunta.

  Não me considerava ruim, mas acho gentileza é uma palavra forte para mim.

- Ao contrário de você não fui criada pensando que os Poeiras são inferiores -- falo e ele me encara - Meu pai sempre me disse que eles são pessoas como nós -- falo devolvendo o olhar - A diferença é que eles não conseguiram um título.

- Certamente -- ele concorda.

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