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Capítulo 8 - Lady Marsalla

"Não a Diferença Entre Viver & Receber Permissão pra Viver. Assim Como Não há Diferença Entre Morrer & Ser Morto."

De repente a porta se abriu e uma adolescente irrompeu na sala, um vestindo muito justos e um colante escarlate.

— Desculpem o atraso. — Ela disse rindo, toda despenteada.

Estacou ao ver Johanne, que olhou para ela, também. A vampira devia ter dezoito ou dezenove anos se assim fosse uma humana, era mediana e linda, olhos cor de avelã e cabelos castanhos muito lisos, cortados de modo simples. Tinha um sorriso travesso em sua face e um belo nariz arrebitado.

— Oi! Quem é você? Pelo cheiro é uma humana, que legal!... — Perguntou rindo, com uma careta simpática para Johanne. — A última namorada de Drake? Quando vai transformá-la? Só eu e a Ella de vampiras adultas nessa família está chato demais. Pode deixar que eu ensino ela tudo o que uma vampira precis saber e...

— Cuidado com o que diz, Morgana. — Disse Drake, severo. — Permita que lhe apresente Morgana Brishen. Ela é filha adotiva de Ella e consegue ser bem agradável quando não tenta ser original demais. Morgana, esta é Johanne, companheira de meu irmão Jeffery, que veio de Cartana e...

— Ela veio do país dos lobisomens e dos humanos... É verdade que os lobisomens são insaciáveis e...

— Morgana, se comporte ou eu...

Morgana assentiu com a cabeça, sentando-se ao lado de Ella rapidamente e ficando em silêncio, mas levantou a cabeça e piscou para Johanne.

— Então acho que não entendi direito. — Disse ela, com sotaque bem mais pesado que o dos Brishen ao falar quase sorrindo: — Achei que estávamos esperando algum velho amigo de família que vinha tratar de uma pensão. Ella disse que... — Apontou pra vampira ao seu lado sem nenhuma cerimônia. — Que feio! Mentiu pra mim!...

— Morgana... — Interrompeu Ella. — Você não pretende jantar vestida desse jeito, não é?

— Ah, não seja tão antiquada. — Ela protestou, brincalhona. — Se eu subir para trocar de roupa a comida vai estar fria quando voltar.

— Devia ter voltado mais cedo, então. — Sugeriu Drake.

— Eu bem que tentei. Mas a estrada está horrível. Sabe como é Hisan durante o festival da Lua de Sangue...

— Você me disse que ia até Hisan visitar sua amiga e nada mais que isso. — Protestou Ella.

— E fui. Mas o irmão de Maya está com um amigo de Marlóvia e resolvemos ir todos juntos assistir ao festival.

— E evidentemente não pensou em comunicar sua mudança de planos. — Suspirou Drake.

— Não. Por quê?

— Se eu soubesse que ia a Hisan, podia ter pedido para dar uma olhada nas rosas que encomendei para o baile. As flores que eles mandaram o ano passado estavam horríveis.

— Se eu soubesse do seu itinerário também. — Acrescentou Drake. — Podia ter pedido para apanhar Johanne no porto, em vez de ela ter de vir de carruagem, que é muito cansativo.

— Está bem. — Disse Morgana, olhando o peixe no prato. — Desculpem se não avisei.

Johanne virava a sobremesa no prato. Odiava ter de ouvir uma discussão familiar. Ela e sua mãe nunca brigavam. Tinham sido sempre muito chegadas e afetivas. Talvez a enorme solidão que sentira depois da morte da mãe é que a tivesse levado a se apaixonar por Jeffery tão depressa.

— O tio de Elijah trabalha com Davina, em Marlóvia. — Estava dizendo Morgana agora. — Ele disse que me consegue uma vaga na escola real de caçadores, se eu quiser. Posso ir? Só até o fim do verão?

— Morgana, você sabe muito bem que vou precisar de sua ajuda aqui, com o baile. E, depois, vamos ter de redecorar a sala de música.

— Mas se eu já tiver feito algum trabalho na academia real de Marlóvia, fica tudo mais fácil quando eu for para me ingressar em qualquer outra guida de caçadores.

— Ih, Morgana... — Ella estava irritada. — Quantas vezes tenho de dizer que...

— Morgana, talvez você possa conversar com Johanne sobre Cartana e os caçadores de lá. — Interrompeu Drake. — Ela é de Azkar e, afinal, trabalhava cuidando de inúmeros caçadores da região.

— Eu não sabia! — Exclamou a jovem, encarando Megan. — Você é uma curandeira?

— Não! — Johanne riu, acabrunhada com o olhar intenso da menina. — Meu trabalho realmente é do ramo de diversões, mas não acho que possa contribuir com alguma coisa, mesmo morando em Azkar. Conheci Jeffery em Morlóvia e era lá que a gente morava antes, quando não estava em Cartana.

— Como foi que conheceu Jeffery? — Perguntou Ella, louca para desviar o assunto das fantasias de Morgana se tornar uma caçadora. — Vocês pareciam um casal tão... improvável.

— Conheci Jeffery no Conservatório real de Marlóvia, fundado pela soberana Scarlett Redfiel Dimitrescu, onde eu estudava piano. Ele foi lá para um recital uma vez e precisava de alguém para acompanhá-lo. — Johanne fechou os olhos. Por alguns segundos reviveu as emoções daquele primeiro momento. O impacto de vê-lo pela primeira vez e saber imediatamente que era aquele o vampiro que queria. Um sorriso apenas e ela caíra para sempre, seduzida pela beleza dele, inspirada por seu talento.Nada mais lhe acontecera na vida que pudesse igualar-se ao êxtase daquele primeiro momento.

— Acho que nunca ouvi falar desse Conservatório em Marlóvia. — Disse Ella. — Mas, na verdade, não conheço bem as escolas de música daquele reino. Tem Lance, claro.

— Nemesis é uma escola pequena, sem a reputação da Lance, mas me sinto honrada por ter estudado lá.

— Claro que sim. — Concordou Ella, aparentemente gentil. — Você deve ter sido um orgulho para a escola. Está tocando num bar repleto de caçadores agora, não é?

— Sim, senhora Brishen. — Respondeu furiosa, com toda a dignidade de que era capaz. — É verdade que meu trabalho agora não está de acordo com a educação que recebi, mas acho que concordaria em que muito poucas coisas na vida acontecem exatamente como planejamos, não acha?

Com o rabo do olho Johanne percebeu que Drake esboçava um ligeiro sorriso, divertindo-se com a situação.

Voltou-se para ele, furiosa.

— Aura está estudando piano agora. — Ele disse, antes que ela pudesse falar. — Acho que ela é uma promessa futura em nossa família.

Johanne esqueceu a raiva ao olhar para a menina, surpresa de ser de repente o centro das atenções.

— Gosta de música, Aura? — Johanne perguntou. — Há quanto tempo está aprendendo?

— Comecei quando tinha setenta anos. Eu gosto do piano quase tanto quanto do meu cavalo. Pena que não possa ter aulas durante o verão.

— Por quê? — Johanne perguntou impressionada pela idade da pequena vampira.

— Você acha que se pode encontrar bons professores aqui nesse reino? — Perguntou Ella, cheia de desdém.

— Desculpe, mas não estou entendendo. — Johanne perguntou a Drake. — Não é aqui que Aura estuda?

— Não, é em Venela, outro vilarejo, só que ele é um pouco mais distante daqui. — Drake respondeu. — Aura e eu ficamos em Venela quase o tempo todo. É só durante as férias da academia que podemos passar mais tempo aqui no castelo. E, mesmo assim, tenho de voltar várias vezes, por causa do trabalho.

— Ah, é mesmo, você contou que sua galeria fica em Cartana. Então esse vailarejo fica na divisa entre os dois reinos. — Johanne disse, aliviada pelo assunto mais neutro. — Deve ser mesmo impossível comandar um comércio de arte morando aqui nas montanhas. Mas por que não fazer a galeria mais perto de casa, em Hisan, por exemplo?

— Minha casa é em Venela, Johanne. — Ele explicou, calmo. — Lembre-se, eu nunca pretendi herdar essas propriedades. Ela era do meu pai e deveria pertencer ao meu irmão mais velho Damon, ao falecer ela passariam para o segunte herdeiro na linha de sucessão.

— No qual seria o nosso querido Jeffery. Mas que pena que ele também acabou nos deixando, não é mesmo. Por pouco uma humana não se torna a senhora dessa propriedade. — Ponderou com cinismo Ella tomando sua taça de sangue.

— E ao falecer, Jeffery, não deixou herdeiros, assim como Damon. Então eu sou o próximo na linhagem de sucessão. E a senhora dessa propriedade é minha filha Aurora, já que não tenho companheira.

— Mas isso é fácil de resolver Drake, encontre uma nova companheira e pronto. Falou Morgana animada. — Eu voto pela Johanne, não acha que os dois fazem um lindo casal?

— Fique quieta Morgana. — Rosnou Ella irritada.

Johanne corou. Tinha se esquecido de Damon, o irmão mais velho, falecido. Olhou para Ella, viúva dele. Devia ser horrível viver aquele explendor todo esperando um dia herdar tudo aquilo e um mero acidente roubar seu companheiro e os direitos à propriedade.

— Sinto muito, senhora Ella. — Disse Johanne, com simplicidade. — Eu não pretendi...

— Quando precisar de sua compaixão, pode deixar que eu peço. — Interrompeu Ella, cheia de esdém, a voz áspera. — Você aqui tem menos direito que qualquer um de nós. Até Morgana é minha irmã, mas eu a considero como filha, tem o mesmo sangue. Você... você não passa de uma humana caça-dotes!

— Ella! — Rugiu Drake. — Peça desculpas imediatamente.

— Mas, Drake... — Implorou, deprimida. — Como pode ficar do lado dela, contra mim? Eu sou Brishen tanto de sangue quanto por meu casamento. Ela não passa da companheira abandonada de um bastardo!

— Ella! — Disse Drake, furioso ficando de pé e seus olhos mudando de cor. O poder sombrio que emanou dele fez todo o castelo estremecer.

— Bastardo? — Johanne olhou de um para outro. — Não entendo. Do que é que estão falando?

— Seu querido companheiro vampiro não lhe contou? — Rugiu Ella. — Apesar de toda aquela pose ele não passava do filho ilegítimo de uma mestiça. — Ela se pôs de pé, gesticulando. — Acha que ele cresceu aqui? Ora, ele tinha quatrocentos anos quando entrou nesta casa pela primeira vez e se Damon tivesse...

— Ella, você está passando dos limites... — Disse Drake, numa voz gelada e implacável. — Por favor, peça licença e se retire imediatamente.

Johanne se arrepiou. A ira de Drake era fria como gelo e ela chegou a sentir pena da vampira que pareceu despencar diante deles, incapaz de se mexer, a máscara pintada partida, parecendo muito mais enfraquecida pelo poder que originou da fúria dele.

— Morgana, ajude Ella a subir. — Drake ordenou.

— Mas eu ainda não acabei. — A vampira protestou.

— AGORA! — Insistiu Drake.

Por um momento a vampira o encarou, depois se pôs de pé lentamente.

— Claro, Lorde Brishen. — Disse sem expressão. — Quando um verdadeiro original ordena, quem sou eu para desobedecer?

Ela passou um braço pelos ombros de Ella e levou-a para fora até sala. Johanne suspirou, aliviada, sem conseguir entender aquela vampira.

Drake caiu sentado em sua cadeira. Aura, hesitante, lhe fez uma pergunta sem ao menos mover seus delicados lábios. A conexão entre pai e filha era além de perfeita, poderosa. Drake esfregou as têmporas e respondeu algo que Johanne entendeu como: Por favor, meu bem, agora não! Os lábios da menina tremeram, os olhos se encheram de lágrimas e ela saiu correndo da sala. Johanne afastou então a cadeira, mas antes que se levantasse Drake fez um sinal.

— Por favor. — Disse. — Não vá ainda. Sei que não foi um começo muito agradável para a sua visita, mas peço que me desculpe. Não quer conversar, enquanto terminamos o vinho? — Johanne concordou com a cabeça e ele tornou a encher o copo dela. — Sei que os brindes devem ser feitos no começo, mas acho que podemos beber por... um dia melhor amanhã?

— Claro!... — Concordou Johanne, tomando um gole em silêncio. — É verdade o que Ella disse?

— Sobre Jeffery? É, sim. Ele não lhe contou, não é?

— Eu não sei quase nada da vida de Jeffery. — Disse Johanne. — E nunca tive razões para desconfiar de que ele não fosse apenas o filho de uma família comum.

— Era bem do gênero dele deixar que você pensasse isso. — Drake terminou o vinho e acendeu um cigarro, oferecendo a cigarreira a Johanne, que recusou. — Não é que eu queira desculpar meu pai, mas entendo. Acho, pelo pouco que sei, que depois do meu nascimento meus pais não dormiram mais juntos. Minha mamãe ficou doente e havia... outras dificuldades entre eles. Seja qual for a razão, meu pai começou já mantinha um caso com uma bruxa chamada Oriza Fiordi, que trabalhava numa loja de poções em Aneane. Pelo que sei, ela era muito bonita, os cabelos loiros quase brancos, não como os de Jeffery, mas a semelhança entre os dois era inegável. Eu tinha só oitenta anos na época e tudo o que sei é de ouvir dizer entre os boatos de nossos servos. Oriza talvez esperasse que meu pai fosse se separar de minha mãe, mas isso não aconteceu. E não importou também, pois ela morreu ao dar à luz ao segundo filho, este faleceu junto com ela. Já Jeffery foi criado pelos pais dela, que se envergonhavam do... erro da filha bruxa. Acho que meu pai devia ajudar com algum dinheiro, mas só reconheceu Jeffery oficialmente quando mamãe morreu e ele já tinha quatrocentos anos.

— E ele sabia, quando ainda era um jovem vampiro, quem era seu pai? — Perguntou Johanne baixinho.

— Sempre existe alguém disposto a contar esse tipo de coisa. — Drake respondeu, amargurado.

Johanne olhou o copo vazio, pensando em seu companheiro. Não o conhecera de fato, nunca. Aquela incrível arrogância, aquele prazer em humilhá-la... era assim, talvez, que ele se vingava de tudo o que tinha sofrido na sua existência. O que será que sentia o jovem vampiro ao ver o castelo nas montanhas, sabendo que nunca viveria lá? O que será que sentia ao ver o vampiro original que era seu pai? É verdade que acabara sendo reconhecido, mas tarde demais.

— Pobre Jeffery! — Johanne disse, sacudindo a cabeça.

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