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Capítulo 41 - Lady Marsalla

A carrugem de Areax corria pela estrada, cortando o vale, e o vento que entrava pela janela fazia as pontas do lenço que Johanne usava na cabeça baterem em seu rosto. Ela as afastou, irritada, mas tinha sido uma boa sugestão de Safira comprar aquele lenço tecido pelas fadas locais para esconder o ferimento na cabeça.

Durante a expedição de compras, Safira tinha seguido os conselhos de Johanne, primeiro um tanto insegura, depois se divertindo consigo mesma ao escolher roupas de cores mais adequadas e mais bem cortadas que os vestidos apenas confortáveis que estava acostumada a usar. A bruxa chegou mesmo a admitir que devia usar mais maquiagem, coisa em que raramente pensava, ocupada como estava sempre com suas pesquisas. Mas quando as sereias do cabeleireiro que cortava os longos cabelos loiros dela se ofereceu para mudar o corte de Johanne, a fim de esconder o ferimento, Safira tinha subitamente assumido de volta seu ar profissional, dizendo a Johanne que devia evitar xampus e fixadores feitos pelas ondinas enquanto não chegasse ao reino de Azkar e uma das bruxas verdes residente na província lhe removesse os pontos. O desapontamento de Johanne, porém, logo desapareceu ao ver a tremenda diferença que roupas novas e um corte de cabelo diferente tinham feito à amiga bruxa.

— Já que não responde... — Disse Areax, enquanto conduzia a pequena, mas veloz carruagem. — Acho que não concorda com a minha sugestão, não é?

— Desculpe, Areax... — Disse Johanne, surpresa. — Eu não estava prestando atenção. O que foi que disse mesmo?

— Eu estava dizendo-lhe... — Ele repetiu devagar. — Que em vez de ir de Azkar para sei lá onde, você podia pegar uma embarcação em Marlóvia. Há diversos navios indo direto para mundo dos humanos ou para o continente Rivian.

— Mas eu já estive em Marlóvia. E, além disso, o continente Rivian fica do outro lado do país!

— Johanne... — Disse Areax, sorrindo. — Eu não estou falando de ir de um vilarejo até o outro de carruagem. O reino todo de Aneane inteiro é menor que o continente Rivian , sabia? É uma viagem de três semanas, pela rodovia marítima principal do reino de Morlóvia. E a gente passaria por algumas das vistas mais lindas do mundo sobrenatural. Acho que vale a pena você dar uma olhada em tudo antes de ir embora. Se você não está com pressa, a gente podia viajar pelo norte. Passar alguns dias em Morlóvia. Há uma hospedaria incrível que eu conheço num vilarejo próximo, bem na margem do lago vermelho... Além disso, tio Myles vai estar em Marlóvia e eu queria que você o conhecesse melhor.

— Por que quer que eu conheça seu tio? — Perguntou Johanne, absolutamente surpresa.

— Bom, primeiro porque é um elfo incrível e acho que vai gostar dele. Ele deve estar intrigado com a humana que finalmente conseguiu dobrar os nobres Brishen. E segundo... bom, acho melhor a gente esperar mais para falar disso, está bem?

— Pensei que estivesse bravo com o seu tio. — Disse Johanne olhando Areax, um tanto inquieta. — Você chegou a ameaçar voltar para Marlóvia.

— É, acho que eu disse isso mesmo, mas não tinha a intenção. Eu estava furioso com ele naquela hora, lembrando de você lá no sofá, toda ensanguentada... Sabe, tio Myles ficou tão chocado quanto eu com o que lhe aconteceu. Quando aquela bruxinha foi dizer para ele que sabia de um jeito para acabar com a disputa contra o lorde Drake Brishen ele não fazia idéia de que a coisa toda ia acabar em sangue.

— Esqueça!... — Assegurou Johanne duramente. — Não é coisa que eu gostaria de experimentar de novo, mas já acabou, sem maiores tragédias. Não culpo ninguém.

— É muito generoso de sua parte assim. — Observou Areax. — Acho que eu não seria assim tão tolerante.

— Não, não é nenhuma nobreza da minha parte. O que eu entendi foi que as ações dos seres são ditadas por influências que estão fora do controle delas mesmas. Não se pode esperar que ajam diferentemente, por mais que a gente queira.

Por algum tempo rodaram em silêncio. Deixaram o vale para trás e Johanne reconheceu a estradinha em curvas que levava à colina dos ancestrais.

— Tenho de verificar umas coisas. — Explicou Areax. — Já respirou ar tão puro quanto este antes? pelas Deusas, eu adoro este reino! Talvez porque eu seja daqui por parte de mãe. Quando cheguei aqui, há seis mil anos, senti como se tivesse voltado para casa. E com a ajuda do tio Myles fiz uma vida para mim. Ultimamente tenho pensado que é hora de eu me unir à alguém de novo, assentar, ter filhos...

Ele parou a carruagem debaixo do velho carvalho, ao lado da barraca cheio de instrumentos. Deixou os unicórnios e voltou-se para Johanne.

— Johanne... — Expôs ardentemente.

— Pelo amor de Deus, Areax. — Expressou Johanne, levantando a mão para silenciá-lo. — Você não está se preparando para me pedir em casamento, está?

— Não, não estava... — Disse ele, rindo muito. — Mas admito que deve ter soado como uma proposta. Na verdade, é uma proposta, mas nada assim tão permanente. O que eu tinha em mente era um giro pelo reino, completado com acomodações confortáveis e companhia agradável.

— Soa maravilhoso! Mas por que eu?

— Você é uma humana linda! — Disse Areax, simplesmente. — É sério. Eu estou convidando, mesmo. E prometo que você não vai se decepcionar.

— Muito obrigada, Areax. — Falou Johanne, com um pequeno sorriso. — Mas a resposta é não. Tenho certeza de que seria a maneira mais rápida de acabar com a nossa amizade. Além disso, acho que você está animado por que seus negócios finalmente vão dar certo. Nós dois sabemos que não sou eu quem você quer de fato.

— Não se subestime assim. — Proferiu ele, inclinando a cabeça e olhando, curioso, para ela. — Diga-me uma coisa, o que é que você teria respondido se o convite partisse do lorde Drake Brishen?

Johanne baixou os olhos, pensando em Drake.

— Esqueça!... — Manisfestou Areax, descendo da carruagem e caminhando até o carvalho com as mãos nos bolsos.

Então voltou-se para Johanne, que o olhava pela janela, ainda sentada na carruagem. — Não sei o que é que você vê nesses Brishen. São todos uns vampiros maníacos arrogantes, com mentalidades imperiais. Acham que a terra gira só porque isso convém a eles. Já deu para perceber que seu companheiro não era grande coisa, mas agora você vem e acaba caindo pelo lorde Drake, o pior de todos eles. Pelo amor das Deusas, Johanne! Oh, claro que o vampiro é muito atraente, muito brilhante com aquele jeitão de século passado. Até mesmo Safira, que é a bruxa mais razoável deste reino, não conseguiu ficar imune ao charme dele. Se ele a excita tanto assim, por que é que você não tem só um caso rápido com ele e acaba logo com isso?

— Eu quase tive, mesmo... — Respondeu Johanne, forçando um sorriso para esconder a dor que aquele quase lhe tinha custado. — E não adianta perguntar que não vou responder a mais nenhuma pergunta.

— Não, nenhuma pergunta mais. — Disse o elfo, sacudindo a cabeça.

Ele abriu a porta da carruagem e ajudou Johanne a descer. Caminharam pela trilha até o alto da colina, onde havia outro carvalho, ainda mais antigo.

Johanne olhou em torno. A colina era muito bonita e seria uma pena entregá-la à companhia de anões mineradores do tio de Areax, mas... Era inevitável. Assim como era inevitável que ela amasse Drake. Um amor que tinha nascido do acaso de um encontro, da atração sexual e dos conflitos não resolvidos de sua vida com Jeffery. Era inevitável que um vampiro original com a tradição e a cultura de Drake colocasse as necessidades de seu clã acima de seu interesse por uma humana simples como ela. No entanto, como era duro superar tudo aquilo!

— Venha admirar a minha obra de arte. — Chamou Areax. Johanne caminhou até ele, que brincava com um canivete no tronco da árvore, e olhou por cima de seu ombro. Areax tinha entalhado na casca rugosa um grande coração e dentro escrevera: A. M. ama...

— Seu elfo bobo... — Disse Johanne, rindo.

— No fundo do meu coração eu não passo de um elfo idiota mesmo. — Brandou Areax. — O que acha que eu devo pôr?

— Que tal O. F.? — Perguntou Johanne, provocante.

— Safira? — Perguntou Areax olhando-a, surpreso.

— Claro!

— Dá para perceber tanto assim? — Perguntou ele, corando.

— Eu percebi... — Respondeu Johanne. — Não sei se todo mundo percebe. De qualquer forma, acho que vocês formam um casal incrível.

— Eu também acho! — Concordou Areax. — Oriza Fiordi é uma das bruxas mais maravilhosas que eu já conheci. E eu a amo. Muito. Mas ela não está interessada em mim. Não tem tempo para nada, a não ser para as pesquisas dela.

— Não sei, não. Eu tenho a nítida impressão de que ela vai abandonar as pesquisas logo, logo.

— É? Ela vai para algum outro lugar?

— Não sei, Areax. Você mesmo vai ter de perguntar para ela.

— Eu não acredito. — Exclamou o elfo, baixinho. — Aquele lugar é a própria vida dela.

— Talvez seja justamente esse o problema. Talvez seja hora dela encontrar outro interesse na vida. Um companheiro, filhos, por exemplo.

— Hoje de manhã. — Disse Areax, parecendo enveredar por uma linha de pensamento totalmente nova. — Eu ia dizer para ela que estava muito bem naquela roupa. É nova, não é? A cor fica boa para ela e aquela blusa realça o... E o cabelo também. Já era bonito antes, mas agora, tudo mais leve e colorido, fez ela ficar parecendo uma elfa.

Johanne deixou Areax mergulhado em seus pensamentos particulares e passou os dedos pelo tronco da árvore, percebendo pela primeira vez que havia vários outros entalhes.

— Droga! Que diferença faz se eu amo Safira? Eu não sou da mesma raça e ela não perdoa o fato de eu ter me unido anos atrás a uma ondina.

— Mas isso não é assim tão grave, é? — Perguntou Johanne, surpresa com a súbita explosão dele.

— Você nem faz idéia, Johanne. A primeira vez que eu falei de minha ex-companheira, Safira ficou chocadíssima. Ela me fez sentir como se eu fosse um elfo sujo.

— Talvez tenha sido só a surpresa...

— Não sei... — Continuou Areax. — Acho que foi um choque para ela e nunca mais falamos no assunto. Se ela pelo menos me deixasse explicar... Luar e eu éramos apenas dois jovens seres elementais brincando de seres grandes. Não foi culpa de ninguém, na verdade. Ela se casou de novo há quarenta anos e, pelo que sei, está muito feliz. Safira e eu também podíamos...

— Ora, Areax... — Interrompeu Johanne. — Pare de reclamar. Se você ama Safira, vá e diga isso a ela. E aproveite para dizer que podem reconciliar as diferenças raças e unir. Ponto final. Não acho que ela vá discordar, não.

— Mas... mas...

— Elfo Areax!... — Prosseguiu Johanne, mais suavemente. — Você já parou para pensar em tudo o que Safira tem que suportar? Ela é considerada uma jovem bruxa mas há sete mil anos está literalmente sendo a responsável pela vida e pela morte de todos seres existentes nesse reino. Não acha que ela deve se cansar de tomar todas as decisões sozinha? Que seria um alívio para ela que alguém mais resolvesse alguma coisa? Se você a ama de fato, não acha que deve isso a ela?

Johanne voltou-se, para continuar examinando a árvore. Já tinha dito tudo que tinha a dizer. Demais talvez, mas Areax ia ter de fazer o resto.

1958 Palavras

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