Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 39 - Lady Marsalla

— E então?... — Perguntou. — Como é que está a minha paciente mais importante hoje? Dor de cabeça?

— Não, hoje não... — Respondeu Johanne, levantando os olhos do livro que tentava ler. — Mas me sentiria melhor se você me deixasse sair da cama.

— Paciência, paciência!... — Ralhou Zarga. — Você tem que repousar, já disse. Perdeu muito sangue. Ferimentos na cabeça são sempre assim. Além disso, aquela batida foi um choque e tanto.

— Mas eu já me sinto mais forte.

— Ah! Se tentasse levantar ia ver só como ainda está fraca. — Os olhos prateados de Zarga se ensombreceram. — Por favor, humana Johanne, ouça o que estou dizendo. Só eu soube a gravidade do seu estado quando o lorde Drake e o elfo Areax a trouxeram para cá há três dias. Tinha concussão cerebral e por algum tempo cheguei a achar que ia precisar de uma transfusão de sangue. Seu sangue estragou todo o estofamento da carruagem do lorde Brishen. a bruxa Safira teve que socorrer uma sereia, pois isso não estava aqui.

— Ora, Zarga, não precisa dar esses detalhes mórbidos. — As duas riram. Johanne sabia que a leveza da Sílfide servia de fato para encobrir a seriedade do ferimento.

Ao recobrar a consciência completamente, Johanne se lembrava muito pouco do que tinha acontecido depois de Ella puxar o gatilho. Imagens soltas dançavam diante de seus olhos, encobertas por nuvens de dor. Lembrava-se da pistola cintilando ao sol e fazendo um arco no ar antes de mergulhar nas águas do lago, atirada por Drake, ele havia destruído o artefato. Lembrava-se de um amontoado de rostos passando por ela, de diversos seres gritando em suas línguas originais e depois do relinchar de muitos cavalos, o som das rodas da carrugem soando forte, cortando as pedras polidas, dava pra sentir o cheiro da madeira queimando por causa da velocidade empregada.

Lembrava-se de Drake e Areax, os dois seres tão diferentes, cujas feições adquiriam um ar extremamente semelhante quando estavam determinados num momento de crise. Ella, chorando, absolutamente arrasada e, estranhamente, lembrava-se também de Morgana, excitada em seu ressentimento, arrogância e... culpa.

— Sabe por que estou aqui? — Perguntou Zarga. — Vamos retirar o curativo. É claro que os pontos ainda vão ficar uns dias, mas vai ficar livre de toda essa gaze. Tentamos usar magia de cura, mas o seu corpo já estava repleto da essência do lorde Drake, ele tentou conter o sangramento, mas o seu corpo acabou sugando a energia vital dele, como uma vampira. Esse fato, fez com que me chamassem.

— Que bom! Mas não sei por que isso aconteceu. — Murmurou Johanne, abandonando-se às mãos experientes de Zarga, ajudada por uma Ondina enfermeira.

Geralmente as Sílfides são seres puros e muito belos. Dotadas de uma pele branca e muito fina, como de porcelana. Seus olhos são prateados ou brancos. São altas e extremamente bonitas. Possuí cabelos leves, longos e soltos, que se movimentam conforme as ondas. Seus cabelos podem ter a coloração branca acinzentada ou negra. Elas costumam trajar como roupas uma gaze azul ou branca para confundir com o vento, ou, roupas leves e esvoaçantes.

Já as ondinas tem o corpo azulado ou verde, os dedos das mãos e pés são ligeiramente conectados entre si, a modo de membrana, suas orelhas são pontiagudas e os cabelos são largos e azuis, amarelos ou verdes. Podem respirar dentro d'água ou fora dela.

— Hum, está cicatrizando muito bem, na verdade bem mais rápida do que eu poderia imaginar. — Disse Zarga examinando o ferimento, enquanto a Ondina se afastava levando os restos do curativo. — Se ficar alguma cicatriz vai ser abaixo dos cabelos, o que eu duvido muito que ocorra, absolutamente invisível aos olhos humanos. Você teve sorte.

— É, eu podia ter sangrado até morrer.

— Nem pense nisso, humana Johanne. — Disse Mazil, calma. — Você recebeu assistência quase imediata. O elfo Areax já estava quase chegando para invadir o castelo e o lorde Drake e Aurora estavam cavalgando por ali mesmo...

— Estavam? — Perguntou Johanna, surpresa. — Eu pensei... Oh, não! Não me diga que Aurora me viu assim...

— Não. O pai mandou-a correndo buscar ajuda. Evidentemente ela estava assustada, mas não a viu ferida. Como deve imaginar a jovem vampirinha ainda não possui o controle total de seus poderes, por isso, o lorde a afastou de sua presença por precaução.

— O que aconteceu com Ella? — Perguntou Johanne.

— Pobre infeliz!... — Disse a Ondina Mazil, estalando a língua. — Teve um colapso total. Não admira! Depois de descobrir a traição da própria irmã! Como é que aquele projeto de bruxa pôde trair a família dessa maneira? Pensar que aquele dia a gente estava se divertindo tanto na biblioteca do reino das Dríades enquanto ela conspirava com o ganancioso do Slash Myles... E talvez ela até conseguisse mesmo o que estava planejando se Areax não a reconhecesse.

Johanne ficou sabendo que Morgana frequentava as aulas de magia juntamente com algumas bruxas da região. E que as Dríades, seres que atualmente governam a floresta marrom possuem olhos de cor violeta ou verde-escuro e seu cabelo e pele mudam de cor com as estações. Desta maneira podem se camuflar nos bosques sem serem vistas. No inverno seu cabelo e pele são brancos, no outono são avermelhados, e na primavera e verão têm a pele bronzeada e o cabelo verde. E cada dríade pertence a um carvalho da floresta e estão unidas a este durante toda a vida, não podendo afastar-se mais de 300 metros do carvalho ou começam a morrer lentamente. Uma dríade e capaz de penetrar, literalmente, em uma árvore e do seu interior transportar-se a seu carvalho.

Johanne suspirou. Então era por isso que Morgana havia convencido a Aradia para tentar tão desesperadamente fazer com que ela desconfiasse de Drake. Morgana estava desesperada ao ponto de tocar fogo no aposento e acusá-lo disso. Queria destruir o clã Brishen, claro. Ella nunca aceitou muito bem bem que sua meia irmã era uma mestiça. E Slash Myles devia ter lhe parecido a única saída.

— E o que é que vai acontecer com Morgana e Ella agora? — Perguntou Johanne.

— Vai ter de perguntar ao lorde Drake. — Respondeu Zarga. — Eu não sei. Mas como ele é o responsável, acredito que os anciões possam puni-lo ou...

— Como? Ele nem veio me ver!

— Oh, ele ficou do seu lado o tempo inteiro, até termos certeza de que estava fora de perigo. Praticamente tive que ameaçá-lo para sair do seu lado. Nunca tinha visto um vampiro tão preocupado com uma humana assim. Juro!... Deu vontade de começar a fazer um amplo estudo sobre esse fato, nada comum da espécie. — Disse Zarga. — O elfo Areax também. Foi o lorde que trouxe essas rosas lindas? Deve saber que as rosas Marsallas são itens muito raros.

— Ele me visita todos os dias. — Disse Johanne, olhando o buquê de rosas Marsallas ao lado da cama.

— Eu sei... — Disse Zarga. Depois de uma pausa, acrescentou. — Incrível como aquele elfo ficou muito abalado com o comportamento do tio nessa história toda. Ele foi dizer a Slash Myles que, se o ganancioso agisse assim de novo, por trás das costas dele, ia fazer as malas e voltar para Marlóvia definitivamente. Duas testemunhas diante do imperador Dimitrescu seria o fim para ele.

— Zarga... — Perguntou Johanne, olhando intensamente sílfide, pensando se seria o momento de falar. — Você sabe se a bruxa Safira gosta de Areax, não?

— Gosta e muito.

— Estão ela apaixonada por ele? — Johanne perguntou meio hesitante.

— Você é bem franca, não humana? — Perguntou Zarga rindo ironicamente, um tanto curiosa. — Por que não pergunta diretamente a ela. Como vai Safira? Pelo jeito o procedimento foi um sucesso. Depois quero saber com detalhes como foi tudo. Agora vou deixá-las a sós. Disse saindo com tranquilidade. — Ainda tenho que ver dois pacientes elfos, uma fada dragão e uma fênix resfriada. Me desejem sorte!

— Desculpe, Safira... — Disse Johanne, sincera. — Mas... bom, pensei que você não ia se importar de eu perguntar porque... porque pensei que pudesse lhe ajudar. Pois somos amigas, não?

— E somos, meu bem!... — Respondeu Safira, tocando o ombro de Johanne carinhosamente. — É difícil acreditar que nos conhecemos há menos de dois meses. Lembra que você estava com um buquê de rosas brancas ou seria cravos brancos naquele dia também? Bem as flores e nem as cores pouco importam agora. Quem poderia adivinhar que você ia ter tamanha influência na minha vida!

Safira andou pelo quarto, agitada, arrumando as cortinas e verificando o diário hospitalar de Johanne, pairando em volta do leito.

— Quanto à sua pergunta. — Disse, depois de suspirar. — É, eu estou apaixonada pelo elfo Areax Myles, sim. Adoro aquela impulsividade e exuberância dele, a maneira como ele brinca comigo às vezes, me fazendo rir como eu não ria há séculos. Se ele voltar para os reinos gêmeos acho que eu morro. Mas esqueça. Estou sendo absurda!

— Não é nenhum absurdo amar alguém!

— Não!... — Disse Safira. — Mas mesmo que Areax não vá embora, ainda assim haverá problemas.

— A diferença de raças?

— Sempre achei que, se me apaixonasse um dia seria por alguém da mesma raça que eu. — Disse Safira. — Nunca pensei que meu coração pudesse ser tão caprichoso.

— Sei que as regras dentro dos reinos menores para a união com outras raças já não são tão restritas quanto antigamente. Será que não há um jeito de vocês superarem isso?

— Sempre há um jeito se ambas as raças se preocupam. Mas... Areax não está assim tão envolvido. Gosta de mim, isso eu sei, mas não me olha como companheira. Sinto que ele me considera assim como amiga mais querida.

— Largue de ser boba. — Ralhou Johanne. — Você é o quê? Dois mil anos mais velha que ele?

— Por aí... — Murmurou Safira, olhando pela janela.

Johanne estudou a bruxa verde. Gostava dela quase tanto quanto gostava de sua amiga Lycan e queria ajudá-la de alguma forma. O problema, a seu ver, não eram os sentimentos do elfo Areax pela bruxa verde, mas sim a falta de auto-estima de Safira. Ela era extremamente segura quando se tratava da magia e de curar as criaturas, mas enquanto mulher era tão frágil quanto uma adolescente humana.

Johanne sorriu. Era irônico querer ajudar Safira, uma bruxa de mais de dois mil anos, quando em sua própria vida tinha sido tão infeliz com os homens. Mas achava que podia ajudar, sim. Olhou os cabelos loiros presos para trás, sem nenhum estilo, o rosto sem maquilagem e o vestido mal cortado que, como os outros, era de uma cor que não combinava nada com ela.

— Safira, já pensou em mudar o visual de seu cabelo? — Perguntou.

— O que é que está conspirando agora, humana Johanne? — Perguntou ela sorrindo, o sorriso aberto e expansivo que era seu traço mais bonito. — Algum tipo de transformação como o que aconteceu com os seus próprios cabelos, para fazer Areax cair de amores aos meus pés? Não adianta, nada no mundo poderá me transformar numa sedutora sereia.

— E por que você ia querer ser uma sereia? — Disse Johanne, indignada. — Você é uma bruxa inteligente e capaz, que tem muito mais a oferecer a um elfo que qualquer rabuda do mar por aí. E tenho certeza de que Areax sabe disso. — Estou certa que aquele elfo idiota a ama, mas você vai ter de descobrir isso sozinha, pensou Johanne, e continuou em voz alta. — Acho que você só precisa de uns truques femininos. Um penteado novo, roupas bonitas para o dia-a-dia e não só nas festas ou comemorações. Acho que você se dedica demais as pesquisas e esquece que deve alguma coisa a si mesma também.

— A sabedoria dos jovens humanos! Isso é novo para mim!... — Disse a bruxa rindo, encantada. — Tem certeza que você, Johanne, não é um ser elemental? Além do mais, seus cabelos nessa cor ficaram lindíssimos.

— Meus cabelos não mudaram em nada! Afirmou achando que a bruxa estava apenas lhe dizendo o quanto eles ficaram desalinhados nesses três dias que teve que mantê-los presos por causa do ferimento em sua cabeça.

— Mas é uma romântica incurável, pelo que vejo.

— Sou mesmo!... — Disse Johanne, lembrando-se da noite em que Drake tinha lhe dito a mesma coisa. — E nunca lucrei nada com isso.

Uma enfermeira Sereia apareceu na porta e chamou Safira. As duas conversaram baixinho em outra língua e a bruxa retornou ao leito de Johanne.

Johanne observou a sereia aquática, a mais conhecida dentro dos reinos, a parte superior do corpo de uma linda mulher, bronzeada e de cabelos loiros ou verdosos. Sua parte inferior, nesse caso, a cauda de um peixe com escamas verdes, prateadas ou pardas. São parecidas aos seres humanos em figura, peso e medidas, porém, são mais longevas, chegam a viver 150 anos. Sua alimentação é a base de algas, plâncton e peixes pequenos. Para respirar no fundo do mar usam as escamas de sua parte de peixe, que lhes permite ficar vários dias debaixo d'água sem necessidade de ir à superfície.

— Lorde Drake Brishen comunicou-se com a central daqui para saber se pode visitá-la. Mandei dizer que sim e ele deve estar aqui dentro de uma hora.

— Safira! — Gritou Johanne, quase saltando da cama.

— Calma aí! — Disse a bruxa, forçando-a a deitar-se de novo. — Você pode recebê-lo e acho que deve.

— Mas assim?

— Humana Johanne... — Disse a bruxa verde, severa. — Neste momento a sua aparência é o que menos importa.

— O que quer dizer com isso?

— Eu sei que existe alguma coisa entre você e o nosso lorde. — Continuou a bruxa. — Na noite do baile você e ele pareciam estar lançando faíscas, mesmo quando não estavam juntos. Também sou observadora o suficiente para saber que alguma coisa vai mal na sua relação com ele. E não tem nada a ver com essa disputa das terras. Apesar de não saber exatamente qual é o problema, não posso admitir que você fique nervosa, porque isso prejudicaria sua recuperação.

— Você acha que eu devo enfrentá-lo?

— Acho que deve resolver seus problemas de alguma forma. Se não resolver, quando voltar para o reino de Azkar vai acabar ficando ainda mais nervosa do que quando chegou aqui.

— É? Muito obrigada!

— Minha querida amiga... — Disse Safira sorrindo, plácida. — Eu sou uma bruxa verde. É meu trabalho notar sintomas nos outros.

2430 Palavras

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro