Capítulo 35 - A Mordida do Lorde Vampiro - Lua de Sangue
Minha queda será por você
Minha queda será por você
Meu amor estará em você
E se você for aquele que me cortar
Eu sangrarei para sempre
Ghost Love Score - Nightwish
Droga, por que está demorando tanto?
A impaciência fez o lorde vampiro rasgar novamente o próprio pulso, que já tinha cicatrizado desde o último talho feito poucos minutos atrás, e soltou novamente um pouco de seu sangue. Viscoso, bem mais escarlate que o de Johanne, bem mais que o de qualquer humano. E mais potente também.
"O sangue é tudo. Tudo empalidece ante o sangue... O sangue é vida acima de tudo!"
Concentrado, como isso fosse fortalecer a magia que queria impor à Johanne, ele deixou pingar sete grandes gotas na boca já bastante avermelhada de sua amada. Olhou para o relógio no alto da torre de seu castelo, impaciente e com medo. O baile de apresentação da nova Lady Marsalla havia acabado a pelo menos duas horas atrás.
"Já se passaram cinco horas! Johanne, meu amor, acorde, preciso de você!"
O cheiro de sexo do lugar já tinha se dissipado. Johanne aceitou, enfim, após duas semanas de tentação do vampiro, ser transformada em sua companheira eterna. Agora jazia na cama, imóvel, e mesmo com todo o sangue que ele lhe dava, ela não se levantava, acordava do transe.
"Apenas uma questão de horas, mas não devia demorar tanto!"
Akasha tinha lhe dito, em outra era, que o processo de criação de uma companheira era assim mesmo, incerto e perigoso. Principalmente quando se tratava de um ser humano, mas Johanne não era uma humana totalmente. Em suas veias corriam o sangue de uma lendária bruxa, a bruxa branca. Ele acreditava nisso, tanto que só agora, com mais de um milênio de existência solitária, decidiu que era hora de dar a dádiva do sangue para alguém.
Escolheu Johanne, a atormentou, testou e seduziu durante exatamente poucos meses. Era o mais próximo de uma alma gêmea que ele havia encontrado. Percebeu que nunca tinha desejado tanto uma pessoa em sua mísera pós-vida. A queria, e muito, para sempre. Tinha que ser para sempre!
A mulher estava deitada, nua. Antes de aceitar passar pelo ritual de sangue, para renascer como vampira, fez apenas uma exigência: queria realizar sua mais louca fantasia sexual com ele.
Drake olhou novamente para o relógio, assaltado pelas lembranças do que tinham conversado dias atrás...
— Quero que seja numa data especial para você. E que seja significante para mim também! — Johanne disse.
— Então quando? Não quero mais que você permaneça humana, você é muito frágil. Quero lhe transformar logo. — Respondeu Drake naquela noite, tentando entender por que as mulheres são tão ligadas em datas, muito mais que os homens.
— Sei quando poderá ser. Um dia único em nosso tempo, que nunca acontecerá de novo!
O vampiro ficou curioso. "Quando?"
Com um sorriso lindo, e um brilho maravilhoso no olhar, como se tivesse enfim descoberto o sentido da vida, Johanne ajeitou-se na cama e contou em detalhes como queria ser transformada em uma imortal.
— Será no dia 11 de novembro do ano da graça de 1111. - começou, cerimoniosamente - Nesse dia, em que os calendários do mundo cósmico marcarão a nossa conjunção carnal, eu me entregarei à você, pela última vez como humana.
— E?
— E então, exatamente às 11:11 horas dessa noite maravilhosa, você irá me penetrar. Com carinho, tesão e selvageria em doses iguais. Quero sentir sua essência nesse exato minuto!
Drake concordou com a cabeça, gostando da ideia.
— "Continue".
— Eu me entregarei à você como nunca, nos completando como os maiores companheiros, entre a vida e o renascimento. No fim, no auge do meu orgasmo, que você reconhece tão bem, você me dará o seu beijo imortal.
Qualquer humano soaria como um louco ao afirmar aquilo com tanta naturalidade e paixão, mas Johanne não. Ela queria ser sua companheira eterna, não conseguia pensar em prova maior de amor. Eles queriam ficar juntos, apenas. Era tão aceitável, tão normal, que o bizarro de alguém dizer — sorrindo — que quer ser mordida na jugular enquanto está gozando.
— Tem que ser doce e violento. Será a noite para guardarmos por toda a eternidade. E tem algo que eu nem precisaria pedir, mas quero de você, Johanne.
— E o que seria?
— Quero você com um vestido bem sensual, meia-calça e botas. Não acho que precise comentar a cor, não é mesmo Johanne?
— Eu usarei um modelito mais Marsalla que seus olhos, meu lorde vampiro já virá.
No dia do fatídico palíndromo matemático, 11 de novembro de 1111, o vampiro acordou no exato minuto do último raio solar.
"Acordar" era um termo esquisito, já que ele não dormia realmente. Apenas não gostava de se mover enquanto o Sol estava no céu. Ficava acordado, entre um mundo de sonhos, trevas e a dura realidade. E às vezes tinha pesadelos horríveis com a morte trágica de sua bruxa branca.
Não naquele dia. Imaginou apenas sua Johanne. O que faz uma pessoa no dia de seu renascimento? Será que ela visitou alguém? Desejo algo diferente? Como foi seu banho antes do grandioso baile começar? Deixou algum recado, algum escrito para os amigos? Ou mesmo escreveu os detalhes num diário? Dúvidas estranhas até para a mente de um vampiro.
Com a ideia fixa de enfim transformar Johanne em sua companheira eterna, de possuir aquela que desejou desde o primeiro momento em que a viu, chegou até o aposento que ordenara a seus serviçais que deixassem preparado. A noite deveria estar linda, mas não. Uma brisa estranha, fria, enevoada, pairava. Ele teve uma péssima sensação, mas ignorou o que sentiu, e a chamou. Não precisava bater à porta, nem entrar pela sacada, nada disso era mais necessário. Apenas chamar, à sua maneira, quase um sussurro, mas tão poderoso que podia dobrar a mais ferrenha força de vontade.
Quando a porta se abriu, o vampiro só confirmou sua escolha. Ela estava deslumbrante. O vestido mostrava o necessário, e encobria o que ele mais desejava. Sentiu o ímpeto de apertá-la, agarrá-la com mais força que de costume.
Quando ela disse baixinho, encarando seus olhos avermelhados, "bem-vindo à noite de nossas vidas", Drake a empurrou para dentro do aposento. Não houve tempo para conversa, nem ao menos para se trancar a porta. Ele a encostou na parede e lhe deu seu mais ardente beijo, que a deixou totalmente sem fôlego.
Correu as mãos por todo o corpo dela, apertando, agarrando, arranhando e o marcando como seu. Cada vez que alisava algo, ela gemia docemente, compartilhando com a boca dele seus suspiros.
Os gemidos ficaram mais altos quando ele pôs as mãos por baixo do vestido. Arranhou a meia-calça, e apalpou as coxas e o bumbum dela. O beijo já durava quase cinco minutos, Johanne queimava de tesão e desejo e também procurava pelo corpo dele, puxava-o para si, alisava principalmente o peito e cintura. Seus mamilos duros roçaram o tecido por baixo do vestido.
Ele a virou de costas, bruscamente. Johanne descobriu que adorava a respiração de Drake em seu pescoço que não veio, a qual não veio. Mas ela já era acostumada a esses pequenos detalhes. Pensava nisso, quando ele ameaçou pôr o dedo por entre a virilha dela e a calcinha. Gemeu, permissiva.
Então sentiu as mãos dele espalmando seus seios e ouviu aquela voz sombria dizendo coisas em seu ouvido. Soube naquele momento, enquanto sentia o dedo dele invadindo a borda da lingerie que usava, como seu vampiro queria devora-la. Ele apenas sussurrava e ela acatava como se fossem comandos, ditados por uma majestade negra que preenchia suas fantasias. Quis fechar as pernas, mas quando ouviu dele o que fariam na cama, molhou totalmente a calcinha e o dedo de seu sedutor.
De costas, ela rebolava, se esfregando nele, e de vez em quando erguia uma das botas, uma visão excitante. Estava ficando difícil de controlar, queria seu lorde vampiro logo. Então ele rasgou de repente a calcinha de cor Marsalla, deixando suas carnes úmidas desprotegidas. Começou a se esfregar nela também, insinuando o quanto a queria. O leve movimento de vai-vem atrás dela a deixava maluca.
Apertou forte os seios macios, firmes, beijando-lhe as costas. Enroscava-se nos cabelos dela, e dizia baixinho que enfim a teria por completo, para sempre. Forçou a Johanne na parede, erguendo seu vestido. Alisou e afastou as nádegas dela. Viu nesse momento como sua humana amante estava molhada, e apressadamente desfivelou a própria calça. Encostou seu membro ansioso, sentindo o calor que emanava da carne dela; um calor que ele possuía, mas queria sempre o dela.
— Ainda não... — Ela gemeu, baixinho. — Ainda não é a hora certa...
Ele passou seu membro por entre as nádegas expostas, cortando o raciocínio dela.
— OHHHHH... — Ela gemeu, tentando falar. — Lembre-se, nós vamos ritualizar esse momento.
Masturbou o sexo dela de maneira rude, querendo se impor. Queria apressar o momento já que ainda faltavam poucos minutos para o palíndromo. Então a jogou pesadamente no leito, exibindo o membro. Tão perto do rosto dela, que instintivamente o abocanhou. Sugou com força e vontade, e de vez em quando lambia demoradamente, para depois alternar com chupadas rápidas. Em determinado momento o masturbou com força, até cansar o punho da mão direita. Sabia que era o tipo de "fraqueza" que ele gostava de ver. Ela usava a mão esquerda num ritmo desajeitado agora, enquanto lambia e molhava todo o saco dele. Queria-o todo.
Drake segurou os cabelos dela, aos poucos, forçando a entrada do membro duro, preenchendo toda a boca. Movimentou um pouco, como sempre fazia, enquanto ela caprichava. Soltava as alças do vestido, expondo os seios.
— Não goze. Não ainda! Você sabe onde quero... — Johanne relembrou, para depois continuar mamando.
Sua humana de uns tempos para cá demonstrava uma sede sexual absurda, ficando até mesmo por horas o castigando de formas que só ele amava.
Sem aviso ele a empurrou para o leito, e só então ela percebeu que já estava na hora. Abriu as pernas, e ele se aconchegou entre elas. A penetração foi facilitada por toda a lubrificação que as preliminares tinham provocado. Olhou para o relógio: exatas 11:11 horas.
Ele somente penetrou devagar, logo depois foi aumentando tanto o ritmo quanto a força. Em pouco tempo, pareciam dois animais no cio. Numa conexão Absoluta, estocadas rápidas e violentas. Machucava o sexo dela, que então apoiou as botas nas coxas dele. Apertou o salto, ferindo a carne pálida de Drake.
Ele sentiu um frenesi e aumentou o ritmo, mais forte que antes, e ela gozou a primeira vez, suada e gritando enlouquecida de prazer. Ele tirou o membro molhado de dentro dela e a virou. Johanne ficou de quatro, e com isso lhe dava a permissão para fazer o que bem quisesse de seu corpo. O lorde vampiro, com as coxas feridas pelo salto afiadíssimo, tirou as botas de cor Marsalla de Johanne.
Depois ele tirou uma das meias de seda. Puxou os braços dela para trás e a amarrou firmemente pelos pulsos. Indefesa, Johanne quase teve um orgasmo só com a pressão do nó forte. Sentiu então uma nova penetração, adorando cada estocada profunda. Ele a controlava pela cintura, puxando o vestido de cor Marsalla como se fossem as rédeas de sua fêmea submissa. Às vezes a segurava pelas mãos atadas e ela delirava, pois assim ela o sentia ainda mais fundo dentro de si. Gozou novamente, de maneira ainda mais intensa.
— Agora, Johanne, nosso grand finale... Quando acordar desse último orgasmo, você verá o mundo de outra maneira. Relaxe e aproveite! — Disse isso afastando as nádegas dela.
A mulher amarrada e indefesa sorriu maliciosamente, os olhos brilhando de ansiedade. Não o via, pois estava de costas, mas sentiu o vampiro lhe tirando a outra meia de seda. Que faria agora?
Ele a penetrou por trás e Johanne rebolou, colaborando. Seu buraquinho ardia, mas ela queria aquilo. A meia de seda encobriu seus olhos, e então ele começou a meter muito forte. A mulher sentia que seria rasgada, mas o tesão diminuía tudo. A dor era irrelevante agora. Ele a devorava e puxava pela venda improvisada, uma sensação deliciosa!
Johanne gozou sem precisar pedir por mais, pois Drake não parava. Já não ardia tanto assim, e ela agora aceitava o membro intruso entrando e saindo naturalmente, quando a meia escorregou de seus olhos e foi rapidamente girada em torno de seu pescoço. Uma, duas voltas... Drake a puxou para trás, enchendo a sua corrente sanguínea de adrenalina! Suas presas cresceram mais ainda e em menos de um segundo cravou-as em seu pescoço.
O lorde vampiro cavalgava Johanne e a puxava forte pela meia de seda. Sentia as fortíssimas contrações vaginais causadas pela mordida e pelo orgasmo que se aproximava. Então retirou o membro e rapidamente o enfiou na vagina. Johanne acabava de entrar em transe e seus olhos ficaram verdes, passando em seguida para vermelhos incandescentes, misturando gemidos com pedidos de súplicas e xingamentos. Ele quase gozava, mas de repente percebeu que queria ver a transformação refletindo nos olhos dela.
Afrouxou a meia, e sentiu o alívio da parceira, que desabou respirando forte. Teve várias contrações involuntárias, parecia estar gozando outra vez. O vampiro a virou, soltando as mãos atadas. Queria sentir as unhas dela lutando, cravando em sua carne. Ela entendeu que tinha enfim chegado a hora de passar pela agonia e prazer da transformação.
Ele nunca tinha deixado Johanne tão molhada. Com um sorriso sarcástico, afastou as coxas dela e a penetrou de novo. Deslizou fácil naquela umidade toda. Ela puxava contra si o quadril do vampiro, forçando mais e mais a penetração. Ele embolou uma das meias e olhou, frio, para sua companheira. Antes que ele a amordaçasse, ela perguntou.
— Você me ama, lorde vampiro?
— Sim.
— Amará para sempre? — Ela gemeu.
— Pela eternidade que teremos juntos.
Johanne sorriu. Tinha dito suas últimas palavras antes da transformação se completar. Ele voltou a amarrá-la usando sua agilidade , e em seguida notou o corpo dela aquecer e resfriar rapidamente. As convulsões logo começaram, então começou a penetra-la de novo, com toda a força que ela parecia lhe pedir.
Olhando-se fixamente, os dois conseguiam dizer mil coisas sem a necessidade de palavras. Johanne sentia desejada, completa, preenchida, e nessa sua satisfação teve um orgasmo selvagem, intenso, enquanto arranhava todo o corpo dele, pois suas garras o conseguiram alcançar. Mas em segundos o prazer do gozo deu lugar ao desespero da transformação completa. Ela agora se debatia, tentando em vão escapar, mas de nada adiantava.
Uma lágrima solitária apareceu no olhar suplicante dela, escorrendo até a mão do vampiro. Agora não tinha mais volta. Ele então realizou seu desejo, despejando uma grande quantidade de sêmen dentro dela, enxergando o renascimento e capturando no olhar de sua companheira.
Um último brilho humano no olhar de Johanne, se apagou, enquanto o vampiro dizia suavemente que ela voltaria para ser eterna. Mas ela já não ouvia mais. Estava em transe profundo.
Antes dos primeiros raios da lua de sangue adentrar o aposento, Johanne abriu os olhos e ficou de pé. Sua velocidade impressionou Drake que sorriu ladino.
— Pronta pra governar ao meu lado?
A pergunta a fez sorrir ferozmente.
— Tenho sede e fome. Ela disse.
— Entendo...
Nisso Drake virou a cabeça um pouco pro lado e ofereceu seu pescoço.
— Então se sirva meu amor! Afirmou sem demonstrar receio algum.
Johanne sentia o perfume das rosas Marsalla impregnar o aposento, suas presas surgiram assim como seus olhos de verdes ficaram vermelhos.
Passou a língua e saboreou a pele macia e pálida de seu lorde vampiro. Para em seguida lhe dar o beijo do vampiro... Drake arfou sentindo um imenso prazer percorrer o seu corpo.
2612 Palavras
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