Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

21.O caminho da espada

Na caverna, Zoro observava Mia fazer o rotineiro café no pequeno fogão portátil, o líquido preto lembrava das tatuagens no braço direito da mulher. Se sentia inquieto, mas não sabia o que era isso. Sorveu um gole da bebida amarga sem fazer careta. Riu que não acontecia o mesmo com a inventora.

- Se você não gosta, por que beber?

- É a única coisa que me faz acordar de manhã. Eu evito colocar açúcar de tanto que a Lilly fica pegando no meu pé. - Ela entrega o prato com o presunto, linguiça e bacon, além de um pão amanteigado. - Coma. É a última provisão de café da manhã reforçado. Ainda tem duas porções para o almoço, mas depois vamos ter que nos virar.

- Você não vai comer?

- Eu estou bem, fique tranquilo.

Zoro ignorou e repartiu igualmente, fazendo um lanchinho com o pão e entregou para Mia.

- Se você estivesse sozinha, iria durar mais. - O espadachim comeu em uma bocada só e logo em seguida finalizou seu copo de café.

- Verdade, mas não seria a mesma coisa. - Mia percebe que ia falar alguma coisa melosa e encheu a boca de comida, se engasgando. Tomou o café oferecido pelo espadachim, que a olhava sereno. - O que eu quero dizer... - Continuou virando o rosto vermelho. - É que está sendo muito bom ter a sua companhia. 

Zoro dá um sorriso de canto, arrumando as coisas e levando a mochila sobre o ombro esquerdo.

- Digo o mesmo. - Disse por fim. Foi andando a frente em direção à saída do túnel. Tentava entender esse sentimento que o invadia. Nunca foi de dar bola para essas coisas, se sentia vontade de sexo, se masturbava, se conhecia alguém pela primeira vez, demorava para confiar nela, então por que com Mia estava sendo diferente? Queria saber mais sobre ela, do que gosta, seus medos, seus sonhos, seu passado. Suspirou e coçou a nuca. Olhou para o lado e ficou vermelho, ao vê-la tirando a roupa e os sapatos.

Mia correu para a luz no fim do túnel enquanto ia se despindo, ficando apenas com suas roupas íntimas. Acelerou e pulou para dentro do lago, espirrou água como uma bola de canhão.

- Ahhhh! Que delícia! - Mergulhou e voltou, arrumando seus cabelos para trás. O espadachim se aproximou, deixando a mochila no chão. - O que? Você não vem?

- Eu passo. - Sentou-se ali perto e riu da cara emburrada da mulher. Tentou se proteger com os braços dos respingos de água jogados pela inventora. - Você é uma criança por algum acaso? - Mia abriu um largo sorriso, aquele de quem vai aprontar algo. - Ei, ei, ei, nem vem com essa! - Zoro se levanta, mas Mia saí do lago e o agarra pelo pescoço.

- Vem cá, para de ser rabugento! 

Mia estava molhada e seus cabelos respingavam água no corpo do espadachim, que soltava um gemido toda vez que isso acontecia. Tentava se desvencilhar da moça, mas ela não desistia, sempre o levando cada vez mais próximo da borda do lago.

- Tudo bem, eu entro! Só pare de... - Olhou para os seios pressionados no seu peito e o rosto inocente e alegre de Mia. Um toque e ele caí direto para a água, mas antes agarra o pulso de Mia, que vai junto com ele.

Ela gargalha com gosto, jogando água no parceiro, que revidava do mesmo jeito. Depois de alguns minutos de brincadeira, Mia busca em sua mochila o sabonete biodegradável. Sentou-se na beira do lago e chamou o homem para mais perto.

- Vem, deixa eu lavar seu cabelo.

Zoro se aconchega entre as pernas dela, relaxando com a massagem no seu couro cabeludo.

- É por isso que você cheira a morangos. - Descansou a cabeça na coxa dela.

- É gostoso, né? E pode usar assim que não faz mal para a natureza! Eu tenho tanto orgulho dos meus companheiros! - Entregou o sabonete rosa para Zoro e continuou esfregando os ombros e as costas. - Você deve estar com saudades dos seus, né?

- Hm... - Zoro ensaboa o rosto e mergulha na água, para se enxaguar. - Até que sim. Só queria saber se estão bem. - Observa a espuma rosa claro desaparecer, deixando o aroma de morango no ar. Imaginou que isso iria acontecer com Mia quando seus "nakamas" chegassem na ilha. Apenas uma lembrança.

- O que foi? Não gosta de morangos?

- Não foi nada. - Saiu do lago sem olhar para ela. - Vou estender as roupas e tirar um cochilo.

Sem entender muito bem, a inventora deixou ele em paz e continuou seu banho. Passou pela sua cabeça que talvez tenha feito algo que ele não gostou.

Era pouco mais de meio dia e Mia preparava o almoço, sempre atenta a sua adaga. Lembrou-se do que dissera ao espadachim.

- Leva uma adaga e para de ser teimoso! Pelo menos você não vai se perder!

- Tudo bem, tudo bem. - Zoro pega a adaga a contragosto e deixa em sua cintura. - Volto logo.

Estranhou a movimentação brusca da adaga.

- Lá vai ele se meter em confusão.

———

Em uma clareira, Zoro sentou-se em um tronco velho, sentindo o calor do sol em sua pele. Respirou fundo várias vezes, tentando voltar ao seu estado de antes. Antes de conhecer Mia. Não conseguiu. O sorriso, a voz, a alegria contagiante, a confiança, a força, a coragem, a bondade. Tudo isso passou pela sua mente, claro, sem contar os momentos íntimos, o toque em sua pele macia, a boca vermelha implorando por seu beijo. Chegou a incrível conclusão de que ele era mais parecido com o cozinheiro babão do que imaginava. Zoro simplesmente queria passar mais tempo ao lado de Mia.

Antes que pudesse continuar nos seus devaneios, Zoro usa uma de suas espadas para se defender de um ataque. "Essa foi por pouco!", ele pensou.

- Não é a praga da Laurent, mas também serve. Se não é o caçador imundo que quebrou o meu lindo nariz! - O ciborgue magro do castelo falava com uma voz anasalada, seu nariz adunco estava torto de um jeito estranho. Lâminas saíam em ambos dos seus braços, rodando em alta velocidade. - O mestre ficará feliz em transforma-lo em um de nós. - Lambeu os lábios com sua língua enorme e bifurcada.

Atacava continuamente o espadachim, que se defendia sem dificuldades, mas não conseguia atacar de modo efetivo, já que toda vez sua mente voltava-se para a segurança de Mia. Quando conseguiu tomar espaço, respirou fundo e colocou a bandana preta, sacando suas três espadas.

- Saía do meu caminho. - Seu olhar era feroz, mas não intimidou o ciborgue, que avançou velozmente pronto para atacar com suas duas lâminas. Zoro, como uma folha ao vento, desviou do ataque. - Santoryu: Oni giri!

O ciborgue se espatifa no chão com o impacto certeiro do ataque, seus braços estavam totalmente destruídos, assim como suas pernas. Desesperado, tentava se afastar do seu oponente, que andava em sua direção calmamente com uma intenção assassina gigantesca.

- Por favor, eu estava apenas seguindo ordens! Eu juro que não farei mal algum, você cortou todas as minhas armas.

Lembrando-se de como Mia ficou brava quando destruiu a outra ciborgue, deu as costas para seu adversário, não percebendo a expressão maliciosa que o ciborgue fazia.

Acionando algum mecanismo interno, o peito do ciborgue se abriu e lançou uma lâmina afiada que atingiria o coração do espadachim.

O metal é repelido antes de chegar no seu alvo. De um dos lados da floresta, Mia recolhe a adaga que segurava na mão esquerda. Com outro movimento, lança a arma em direção ao ciborgue, tocando de leve em sua bochecha. Uma descarga eletromagnética passa de Mia para a arma, fazendo o ciborgue estremecer e apagar.

- Você está bem, Zoro? - Mia guardava a adaga esquerda e andava até o espadachim. A expressão fria a intimidou um pouco. - E-eu fiz algo que te deixou chateado?

Calado, Zoro pegou a adaga e devolveu para a dona. Virou e continuou sua caminhada. Mia ia pegar em sua mão, mas ele desviou.

- Vamos parar com isso, Mia. Eu sou um pirata e você é só uma pessoa comum boazinha demais. - Mesmo que doesse, ele estava preparado, tomou sua decisão. Preferia acabar ali mesmo com toda essa história besta de sentimentos e blá, blá, blá. Estava grato por toda a ajuda, mas era só isso, nada demais. E mesmo assim não conseguiu encara-la. - Obrigado por tudo. - Colocou as mãos nos bolsos da calça e seguiu caminhando pela floresta, sua mente agora enxergava o caminho que tinha que tomar para se tornar o melhor espadachim do mundo. Mesmo que uma imensa dor no peito o fizesse fraquejar um pouco.

Adentrando na floresta, Zoro sumiu na escuridão esverdeada. Sozinha, Mia observava sua adaga  largada no chão, se xingando por ela ser ela mesma. Não conseguia ignorar, porém, a afeição que tinha pelo espadachim, muito mais do que a atração sexual, um laço a prendia com ele e doía demais quando rompido. Mia era assim, simplesmente um imã de pessoas, mas que sabia reconhecer as verdadeiras amizades e o laço que tem com elas consegue ser mais forte do que a mágoa, o ódio e a desconfiança.

Não queria que seu relacionamento com o espadachim terminasse assim, até porque ele estava indo para a direção errada, apenas para variar. Sentiu um frio repentino e teve saudades. Levou a mão esquerda até a tatuagem da bela garrafa de vinho e um imenso calor se espalhou pelo seu corpo, lhe dando coragem. Decidiu que mesmo o espadachim a odiando, iria cuidar dele até que seus companheiros o encontrassem.

O bando do Chapéu de Palha estava a apenas duas horas dali.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro