12. Um novo velho nakama
"Diário do Ângelo - dia 23 do mês 5
A Grand Line é realmente imprevisível, mas nunca achei que o Novo Mundo seria de tirar o fôlego. As tempestades são difíceis de prever, sem contar na quantidade imensa de Rei dos Mares que tentaram comer o nosso panda.
Mas mais importante que isso, Amy-san está ainda mais bonita. As Refeições Para Viagem que ela criou é genial, só que algo me preocupa... Ela vai visitar o pirata todos os dias... Será que... Será? Eu pergunto a ela? Ela prefere homens mais baixos? O que eu faço? Hm?! Algo está acontecendo lá no quarto de recuperação. Se ele tentar algo engraçadinho com a Amy-san vou quebrar a cara dele!"
Ângelo guarda seu diário surrado na gaveta de sua mesa e saí da oficina seguindo o burburinho, chegando até o refeitório. Na porta, os cientistas mais novos observavam com certo receio. Não viu a cozinheira ou a comandante ali. Pediu licença e se surpreendeu com a pilha de comida cheirosa e fresquinha que estava sendo devorada por apenas um homem.
Amy trabalhava na cozinha sem parar fazendo prato seguido de prato, enquanto Mia tomava um refresco de frutas tropicais pelo canudinho. A comandante observava o pirata que exclamava "Que delícia! Caramba, que fome! Uau! Quero mais desse! Nossa, isso tá muito bom..." até que ele pára e enfia a cabeça no prato de arroz frito enquanto segura um bife enorme no garfo. Todos estavam em silêncio, até Amy parou de fazer sua tarefa.
- Qual é, você morreu? - Mia cutuca a cabeça do homem com o canudinho, deixando todos ali em alerta.
Até que ele levanta de repente e continua a comer no mesmo ritmo alucinante.
- Caramba, dei uma dormida, que vacilo. Nossa, que bom isso! Nunca comi algo tão gostoso!
Todos gritaram ao mesmo tempo:
- Qual o seu problema?!
Mia achava tudo aquilo muito engraçado e se serviu de mais refresco. "Não parece ser má pessoa", pensou.
Depois da refeição, o pirata se sentou no banco do mastro principal, palitando os dentes e batendo na sua barriga cheia. Mia o observava encostada na mureta do navio mais próxima a ele. Os outros estavam escondidos, exceto Gus, que aguardava próximo ao timão pronto para entrar em ação caso necessário.
- Não é sempre que é possível comer comidas tão deliciosas! Tirei a barriga da miséria! - O pirata, de músculos bem definidos e cabelos pretos piscou continuamente tentando processar onde estava. - Espera, como eu vim parar aqui? Que eu me lembre eu estava relaxando em uma rocha no meio do mar...
- Ah, aquela ali? - Mia aponta para trás com o polegar, indicando o que restou de uma enorme rocha ao longe.
- Pera aí! Ela não era daquele jeito! - O homem se levantou num salto e apoiou-se na mureta ao lado de Mia, tampando o sol para ver melhor
- Bem, quanto a isso... - Um flashback passa pela mente da inventora.
"- Ângelo, Ângelo, Ângelo! Cadê você, homem?!
Mia corria pelo navio todo carregando algo enrolado em um pano que brilhava e emanava cada vez mais calor. Chegou no convés e finalmente achou o navegador.
- Rápido, Ângelo, sem perguntas! Leve isso para longe daqui, agora!
Entendendo rapidamente a situação, Ângelo obedece, pega o tal pacote e se teleporta, voltando no segundo seguinte.
- O que era...
Um estrondo enorme é ouvido por todos, fazendo o navio chacoalhar e uma onda de ar quente e poeira chega nos tripulantes do Rainbow. A rocha ao longe agora estava plana e emanavam fumaça preta.
Pequenos fragmentos da pedra caiam dos ares, mas Amy, que tinha uma ótima vista, viu uma figura curiosa.
- Gente, aquilo é uma pessoa? - Amy disse apontando e acompanhando a trajetória do ser até cair na água.
- Ah, mas não é possível! Gus, vai lá verificar, por favor. O que uma pessoa estaria fazendo numa rocha no meio do mar do Novo Mundo?
Alguns minutos se passaram até o timoneiro retornar.
Era uma pessoa. E estava gravemente ferida. E Mia era culpada."
- Espera, por que você explodiria rochas por aí? - O pirata indagou após ouvir o que havia acontecido. Só depois reparou nos curativos envolvendo boa parte do torso, a cabeça, os braços e pernas. - Ei, eu podia ter morrido!
- Em primeiro lugar, me desculpa, sério, não foi minha intenção. Em segundo lugar, o que você estava fazendo naquela bendita rocha?! Não tinha como eu saber que você estava lá...
- Ah, mas você me salvou logo em seguida! Então muito obrigado, de coração! - O homem fez uma reverência mudando completamente de atitude. - Quanto tempo fiquei apagado?
- Duas semanas. - Ele olha para Mia surpreso, de olhos arregalados. - Chamamos o médico associado mais próximo daqui. Eu fiz os primeiros-socorros, mas não podia arriscar deixar você assim.
- Podia ter ido para alguma ilha civilizada...
- E deixar você lá? Não sei se você sabe, mas você é procurado pelo mundo todo. Podia ser pego facilmente pela Marinha. Eu me sentiria culpada se você fosse capturado no seu estado atual.
- Então você me conhece é? - O pirata coçava o nariz sentindo orgulho. - Poxa, você é gente boa. Podia ter pegado minha recompensa, podia ter me deixado afogar no mar...
- A senhorita não seria capaz de uma monstruosidade dessa! - Amy tomou a palavra, mesmo estando com medo do pirata. - Nós não queremos confusão com a Marinha ou com os piratas, por isso não machuque a Mi... Molly-san!
- Eu prometo que não farei nada. Agora, pode guardar a faca, não se preocupe. Vou voltar para o navio, por algum acaso sabem onde está minha prancha?
- Esta daqui? - Gus mostra uma pilha de cinzas e objetos queimados que um dia fizeram parte de um wind surf. O pirata caiu sobre seus joelhos, lamentando-se.
- Tá tudo bem, Punhos de Fogo, eu faço uma nova para você e te dou uma carona. - Mia fala, mesmo não querendo ter tanto contato com piratas. Os outros tripulantes a olham assustados com a decisão. - Está tudo bem. - Ela diz abanando com uma das mãos. - Termino em dois dias. Apenas prometa que irá descansar para não piorar seus ferimentos. Gus, pode preparar o submarino, por favor? - O tritão afima com a cabeça.
Dois dias depois Ace fica maravilhado com a prancha que ganhou, era mais leve, portátil e bonita pra caramba.
- Tem certeza que ficará bem sozinha? - Ângelo pergunta ainda desconfiado do pirata. - E se ele tentar alguma coisa, senhorita Mi... Molly-san?
- Nah, fica tranquilo, Ângelo. Estaremos sob o mar e aposto que ele não sabe pilotar um submarino. Você me conhece, odeio prejudicar os outros por causa de um erro meu.
- Não pule as refeições, Mi... Molly-san! - Amy entrega uma mochila com sua comida para viagem.
A comandante e o pirata entram no submarino e começam a viagem. Por incrível que pareça, o Vivre card estava intacto e mostrava a direção do navio de Ace.
- Eu sabia que te reconhecia de algum lugar! Você é aquela secretária da mulher podre de rica.. Kelly?
- Molly.
- Isso! - Um longo e desconfortável silêncio prosseguiu. Ace massageava a área do abdômen, sentindo uma leve dor por causa da pressão no submarino, o que não passou despercebido por Mia.
- Aguente firme. Você disse que tem um médico no navio, certo? Acho que não vamos demorar muito pra chegar.
- Por que ir de submarino? É muito ruim estar envolto na única coisa que pode me matar.
- Porque você é um pirata e eu não. E não queria envolver o pessoal nisso já que eu que dei a mancada.
- Oh, então você é do tipo que não gosta de se misturar com piratas? E mesmo assim está ajudando um?
Mia suspira, pensando com cuidado as palavras que iria falar. Não queria criar polêmica ou deixá-lo irritado.
- Não me leve a mal, é só que existem muitos piratas por aí que só pensam em roubar e matar.
- Bom, isso é verdade. Se eu pudesse metia a porrada em todos esses aí. Mas o velho é diferente, sabe? Nós somos uma família, apoiamos e protegemos um ao outro. Se não fosse pelo Barba Branca, o que seria da Ilha dos Tritões? Por ele ser forte, ninguém ousa tocar nos territórios dele. - O pirata bocejou e se espreguiçou.
- Vai deitar um pouco. Vamos demorar para chegar, pelo menos mais um dia se os cálculos do Ângelo estiverem corretos.
Ace aceita a proposta, afinal de contas ainda estava se recuperando.
Não aconteceu nada demais durante a viagem, os dois conversaram sobre coisas do cotidiano de um pirata e de uma inventora, até Mia tocar em um assunto específico.
- Você comentou que era da vila Foosha, né? Conheci um garoto lá que agora está com uma recompensa, o Luffy Chapéu de Palha, já ouviu falar?
O pirata a olha de boca aberta, pego de surpresa.
- Você conheceu o Luffy? Ele é meu irmão mais novo! Ele estava bem? Não vejo a hora de vê-lo, deve estar bem forte. - Deu uma risada lembrando do tempo em que tinha que cuidar do irmão. - Ele sim, vai ser o Rei dos Piratas! E eu vou ver isso acontecer!
E assim, Ace contou algumas partes de sua infância junto com seus irmãos e o resto da viagem passou bem rápido.
No Moby Dick, Marco observava o mar calmo, quando ouviu bolhas de ar surgirem logo abaixo. Sem se alarmar, achou que seria um peixe ou um monstro do mar, até aparecer uma escotilha de metal sendo aberta.
- Vem, vem conhecer o velho! Você vai ver que nem todos os piratas são ruins!
- Ace, é melhor não... Espera, me larga, ei!
Com as chamas nos seus pés, Ace pula segurando Mia em um braço e sua prancha no outro.
- Ace! Você estava em um submarino? E... Quem é essa mulher? Não me diga que é a sua namorada?
- Claro que não, Marco, ela não faz meu estilo. - Ace olha para Mia e levanta uma sobrancelha. - Ou faz, não tenho certeza. - A inventora revira os olhos esperando que a coloque no chão. - O velho está acordado?
- Sim, mas, acho que você precisa de tratamento...
O médico foi simplesmente ignorado. Ace deixou a prancha em um canto e carregou Mia até a porta que dava para dentro do enorme navio.
- Ei, eu sei andar.
- Eu sei que sabe. É só no caso de você tentar alguma gracinha.
- Isso é o troco pela algema de Kairouseki?
Ele dá uma risadinha. Entra por uma porta enorme e deixa Mia no chão.
- Ei, velho, estou de volta e trouxe uma visita.
Em um trono vermelho, um homem enorme de mais de seis metros sentava, apoiando a cabeça em uma das mãos enquanto recebia medicamento no outro braço. A presença forte do homem se fazia sentir em todo o espaço do quarto e do navio.
- Gurarararara, Ace, parece que andou aprontando por aí, meu filho. Por que não me conta o que aconteceu?
Obedecendo ao pai, o pirata conta ao mais velho tudo que aconteceu e porquê sua missão fora interrompida.
- Gurarararara, então a secretária da mulher mais poderosa do mundo. Não deve estar muito contente em estar num navio pirata.
- Não se preocupe, eu já estive em situações piores. - Mia tocava sua tatuagem das serpentes no braço direito.
- Então por que está tão séria? Pelo visto não veio para fazer negócios...
Mia não responde. Nota um objeto familiar em um canto do quarto, mas deixa pra lá. Sem avisar, sai correndo para o convés e olha para os homens, que também retornavam o olhar, curiosos pela figura feminina tão rara em um navio pirata.
- Kevin! - Ela fez sua voz ecoar por todo o navio. - Você está aqui, não está?
Ace e Barba Branca aparecem na porta. Um homem alto, magro, de cabelos compridos e barba mal feita surgiu atrás de Marco.
- Mia? - Sua voz rouca estava trêmula. Ele segurava o braço direito com a mão esquerda, como Mia lembrava na sua infância, fazia isso quando sabia que levaria uma bronca.
A inventora deu pouco mais de cinco passos e esbofetou o homem no rosto usando seu haki na mão esquerda. Kevin voou para longe, sentindo sua bochecha queimar de dor. Todos os homens prepararam para ataca-la, mas Barba Branca os impediu.
- Se ela fez isso, é bom que tenha um bom motivo. Explique-se, senão eu mesma a matarei.
Olhando para baixo, Mia anda apressadamente até o homem caído e o segura pelo colarinho da camisa branca.
- Mia... Eu...
Com a mão trêmula, Mia encosta no peito de Kevin, tocando de leve com os dedos a tatuagem das serpentes. O homem sentiu o gelo da mão tocando sua pele e lembrou que ela sempre ficava assim quando estava brava.
- Por causa disso... Eu tinha certeza que estava vivo... Então por que não veio falar comigo? Eu esperei por tanto tempo, Kevin, seu idiota!
- Eu não podia! O que um pirata como eu poderia querer com a mulher mais influente do mundo?
- Eu sou a secretária dela, seu idiota! E me chamo Molly. - Mia fez uma expressão para que ele não fizesse mais perguntas desnecessárias. - Então você é um pirata do Barba Branca. Por quanto tempo?
Ele teve receio de falar, mas Mia o olhava de modo inquisidor.
- Desde sempre. Lembra quando a ilha foi invadida por piratas? Era o Barba Branca. Eu parti com eles, já que você resolveu fugir sozinha.
A inventora olhou para o capitão, que estava calmo apesar da agressão da visitante.
- Por que você invadiu aquela ilha-fabrica?
- Isso faz muito tempo. Venha, vamos conversar na minha sala. - Newgate levanta a mão indicando para Marco e Ace ficarem. No seu quarto, o pirata volta a sentar no seu trono. - Mais de vinte anos atrás recebi uma ligação. Era uma menina pedindo ajuda porque era prisioneira em uma ilha. Eu invadi a ilha, mas não achei a garota. E Kevin insistiu em entrar para a família, por isso eu o adotei. O que tem demais nisso?
- Esse denden mushi... - Ela tocava o caracol ancião preto e desgastado, sentindo as ranhuras de suas iniciais, M. L. - Você recebeu a ligação por ele, não foi?
Newgate a olhou surpreso. Estava correta.
- E quem deu esse denden mushi disse para você ajudar quando precisasse. - O pirata concordava com a cabeça, em silêncio, aguardando as próximas frases. - Essa pessoa... Ela se chamava Morena?
A boca do capitão abriu de surpresa. Inclinou-se para frente para analisar mais de perto a mulher à sua frente. Havia semelhanças sim. Os olhos eram dele, mas o brilho, o rosto redondo e delicado, a boca carnuda e rosada.
- Você entendeu? Você é meu pai! Eu pedi pra mamãe entregar para o meu pai o outro denden mushi caso eu precisasse de auxílio! Ela deixou o dela com o Vegapunk e por isso sempre achei que ele era o meu pai!
- Eu lembro dele tocar alguns anos atrás... - O grande pirata estava pálido. Uma filha. Ele tinha uma filha! - O que aconteceu com Morena?
- Não sei. Ela sumiu depois de eu ser transferida para a ilha-fabrica. Não ouço falar dela em nenhum lugar, talvez faça parte da Revolução...
- Uma filha.... - De repente, Newgate levanta-se e segura facilmente Mia pela cintura, girando e gargalhando. - Gurarararara! E é tão parecida com a mãe! Molly, minha filha!
- Na verdade, Molly é um disfarce. Eu me chamo Mia.
- A mulher mais rica do mundo? Gurarararara! Estou tão orgulhoso de você! E tão jovem! - O homem saiu andando segurando a inventora pelo pulso, sem machuca-la. - Meu filhos! Vocês tem uma irmã, Mia Laurent! Sejam bons com ela! - Mia o olha desacreditada que revelou tudo isso sem pensar. - Nós somos uma família, não há segredos entre nós.
Os dois observavam os outros tripulantes.
- O QUEEEEEEEE?!!!!
Depois de explicar a história brevemente, Mia fez todos eles prometerem que não iriam revelar isso para ninguém.
- Ninguém, estão ouvindo? Eu terei muita dor de cabeça, principalmente se a Marinha descobrir.
- Gurarararara! Tudo bem, é pela sua segurança. Hoje é noite de festejar, meus filhos! Bebam e comam a vontade! Você também, Mia, minha filha! - Newgate dizia orgulhoso e cheio de felicidade.
E a noite foi regada de saque e comida boa, cantoria e dança, histórias de superação e batalhas épicas. Todos se divertiram, até mesmo Mia, apesar de não ter processado toda a informação. Internamente, estava calculando o que aquele sangue pirata que corria em suas veias podia lhe custar.
Observou o nascer do sol, a brisa fresca refrescava-lhe a pele. Kevin parou ao seu lado, acendendo um cigarro e observando o laranja misturar com o azul do céu.
- Vamos ter um tempo bom hoje.
- Venha comigo, Kevin. Faça parte da minha equipe.
O homem a olhou, surpreso com a proposta repentina.
- Mas eu sou pirata, Mia.
- Não importa, precisamos de um médico. O Rainbow Panda aceita todos que fazem o bem.
- Eu não posso, Mia...
- Não pode ou não quer?
- O velho não deixaria...
- Por que não pergunta diretamente para mim, filho? - O capitão surgiu logo atrás segurando sua lança. - Você pode ser minha filha de sangue, mas acha que pode levar alguém da minha família assim, sem mais nem menos?
Mia encara Kevin, que fraqueja na presença de Newgate.
- Você quer ir? - Mia pergunta.
- S..sim..
- Ótimo! - A inventora disse sorrindo com confiança, tirando duas adagas brancas para cada mão. - Você ouviu ele, pai.
- Me mostre do que é capaz, filha. - Newgate prepara sua lança para atacar.
- Espera, vocês vão lutar aqui no navio? - Marco chega acompanhado de Ace, mas são jogados para longe por causa do choque do ataque dos lutadores.
Apesar de ser muito mais forte em todos os sentidos, Mia ataca o pirata concentrando seu haki em uma das adagas, sem tirar o sorriso do rosto. O choque contínuo criava ondas no mar e rachaduras nas tábuas do navio baleia. O céu escurecia e àqueles que eram mais fracos desmaiavam com a demonstração de poder.
- Um belo haki você possui, minha filha. Gurarararara! - Newgate para os ataques apoiando a lança no chão. - Kevin, pode ir. Converse com Marco antes. Ele sentirá sua falta.
Ace se aproxima de Mia, com a cara comicamente assustada.
- Não é possível que uma magrela como você tem o haki do rei!
- Ei, olha como fala com a sua irmã mais velha... Maninho. - Mia pisca e os dois caem na gargalhada.
A despedida foi breve, como presente Barba Branca deu uma pequena parte de seu tesouro, mesmo Mia recusando com todas as suas forças. Ele dizia que era para compensar os anos que estava ausente.
- Ace, tem certeza que não quer uma carona? Você vai pra Grand Line, não vai?
- Sim, perai eu...
- Nada disso! - Marco o segura pela cabeça. - Você precisa se recuperar direito. Teach pode esperar.
O moreno concorda tristonho.
- Eu vou te visitar, hein, Mia! É bom ter muita comida gostosa pra mim!
Mia sorriu e acenou, entrando pela escotilha do submarino, seguida por Kevin, que olhou para Marco. Lá do navio, Marco sorria, escondendo muito bem a tristeza. Sabia que se demonstrasse sua verdadeira emoção, Kevin iria desistir e ficar ali junto com ele. O mais velho entendeu, ao conhecer um pouco mais a inventora, que o parceiro iria aprender muito mais, extrapolando seus limites. Seria apenas um breve adeus, logo se veriam, era o que esperava.
Dentro do submarino, Mia se espreguiça e olha para o lado.
- Desculpa pelo tapa.
- Relaxa, eu mereci. Aliás, você tem certeza? Eu tenho uma recompensa, Mia. E os outros tripulantes, o que vão achar?
- Tá tudo bem, Kevin. Pensa que a sua família só vai aumentar. E quanto a recompensa, eu dou um jeito.
- Você sempre dá, né, Mia.
- Hihihihi! Com você por perto não vou mais precisar me preocupar com acidentes.
- Ah, não, quero voltar! Mia, não faça loucuras, por favor!
- Hihihihihi.
- Miaaaaaa!!
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