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24| Decisão

•Música de sugestão:
Billie Eillish - Everything I Wanted

Volto para a sala de aula, com os passos pesados como se cada um carregasse o peso das palavras ditas por Ran. Sento na última fileira do canto da sala, bem distante dele. O rosto dele continua impassível, como se não tivesse acabado de confirmar o que eu mais temia. Ran é membro de uma gangue.

As palavras dele ecoam na minha mente, um turbilhão de pensamentos misturados com o som abafado da aula que já começou. Tento me concentrar no que a professora diz, mas tudo o que consigo ouvir são as histórias de violência e perigo que sempre associamos a gangues. Ran está lá, a poucos metros de mim, e eu sinto um calafrio subir pela espinha.

Medo. É isso que estou sentindo. Medo de ficar perto dele, de me envolver mais com ele ou com seus amigos. Só o conheço há um mês. Um mês é pouco tempo, muito pouco para confiar cegamente em alguém. Ainda mais alguém que vive nesse mundo perigoso.

Me lembro de todas as vezes que ensaiamos juntos, das risadas, das conversas sobre coisas banais. Tudo parecia tão normal, tão... seguro. E agora? Agora sei que ele faz parte de algo que pode me colocar em risco. Minha mente não para de me avisar: não confie, não se aproxime, não se deixe enganar por um sorriso ou uma palavra gentil.

Olho na direção dele, mas ele não percebe. Está concentrado, ou pelo menos finge estar. E eu? Me sinto traída. Como ele pôde esconder algo tão importante? Como posso confiar nele agora? Cada minuto que passo aqui, parece um teste de sobrevivência. Não posso continuar assim, não posso jogar toda a minha confiança em alguém que acabei de conhecer e que já me deu motivos para duvidar.

A aula continua, mas minha mente está longe. Preciso tomar uma decisão, e rápido. Distância, penso. Preciso manter distância. Por mais que doa, por mais que eu goste dele, preciso proteger a mim mesma antes de tudo.

O sinal toca e a sala começa a se esvaziar. Me levanto devagar, observando Ran de longe. Preciso de tempo para pensar, para entender como vou lidar com isso. Mas uma coisa é certa: preciso me afastar.

Saio da sala com a cabeça baixa, tentando evitar qualquer encontro. Cada passo que dou para longe dele, sinto uma mistura de alívio e tristeza. Não vai ser fácil, mas preciso fazer o que é certo para mim.

Caminho de volta para casa, cada passo pesado, arrastado, como se minhas pernas estivessem carregando o peso do mundo. Nem penso em ir até a cafeteria onde minha irmã trabalha. Normalmente, eu caminho até lá, sentaria na mesma mesa e ia deixando o tempo passar até me sentir melhor.

Mas hoje, não. Tudo o que quero é voltar para casa, para o meu quarto, para a minha cama.

As ruas que costumo percorrer sem pensar, agora parecem um labirinto interminável. As pessoas ao meu redor passam como vultos, cada uma seguindo seu próprio caminho, alheias à tempestade que acontece dentro de mim.

Finalmente, chego em casa. Passo pela portaria e adentro o elevador. Sem conversar com ninguém.

Entro no meu quarto e fecho a porta, a segurança do meu santuário me envolve. Jogo minha mochila no chão e me atiro na cama. As lágrimas começam a cair antes mesmo de encostar a cabeça no travesseiro. Um soluço escapa, e então outro, e em pouco tempo estou chorando descontroladamente.

Choro porque Ran escondeu algo tão importante de mim. Como ele pôde? Em um mês, eu comecei a confiar nele, a gostar dele. E agora descubro que ele é membro de uma gangue, que vive um mundo de perigos que eu mal consigo imaginar. Me sinto traída, enganada, e isso dói mais do que eu poderia prever.

Choro porque não sei o que fazer. Manter distância parece ser a decisão mais sensata, mas meu coração se rebela contra isso. Cada lembrança de nós dois juntos, cada sorriso, cada conversa, tudo parece tão genuíno, tão verdadeiro. E agora? Como vou lidar com isso?

Choro porque sei que me afastar dele vai me fazer sofrer. Eu gosto dele, gosto de verdade. O tempo que passamos juntos foi especial, mesmo que tenha sido breve.

A ideia de não tê-lo mais por perto, de cortar todo contato, é quase insuportável. Mas a alternativa? Viver com medo, com a incerteza constante de estar perto de alguém envolvido em algo tão perigoso?

As lágrimas continuam a cair, e eu me encolho, abraçando o travesseiro como se ele pudesse me dar alguma resposta, algum consolo.

Preciso ser forte, preciso tomar a decisão certa, mas agora, nesse momento, tudo o que posso fazer é chorar e esperar que, de alguma forma, a dor diminua.

As horas se arrastam lentamente, e ouço o som da porta de entrada do apartamento se abrindo. Sei que é Saori.

— Sassy? Sassy? — ela pergunta enquanto eu ouço os seus passos ecoarem pelo apartamento e eles ficam mais próximos, bem perto do meu quarto. — Ei? Sasaki?

Seco minhas lágrimas rapidamente e me sento na cama, tento ficar o mais natural possível, mas os olhos atentos da Saori são como olhos de águia.

— Sassy? O que aconteceu? Está chorando?

— Não é nada, Sayo.

Ela franze a testa e em seguida se aproxima de mim, se senta ao meu lado e ergue o meu queixo.

— Está chorando? Por que? Aconteceu aljama coisa na escola? Você nem apareceu hoje na cafeteria... está tudo bem?

Tento segurar as lágrimas que insistem em cair. Minha garganta queima ao tentar conter o choro e os meus olhos voltam a arder, com as lágrimas quentes escorrendo em meu rosto.

— Sayo... eu... eu...

— Me conta o que aconteceu. — ela fala e seca as lágrimas.

— Eu não sei se eu devo te contar isso, pois tenho medo do que você possa achar de mim. — falo chorando.

— Sassy, eu sou a sua irmã. Eu jamais vou brigar com você por algo que não seja motivo disso. Você sabe que pode confiar em mim, não sabe?

Minhas mãos tremem um pouco enquanto eu tento organizar meus pensamentos. Contar ou não contar? Essa é a pergunta que ecoa na minha mente. Saori nunca hesita em dizer o que sente ou pensa. Eu, por outro lado, sou uma verdadeira covarde.

Fecho os olhos e respiro fundo. A imagem de Ran invade meus pensamentos. Seus olhos violetas, o jeito despreocupado com que ele anda, o sorriso carismático... só de pensar nele, meu coração acelera e minhas bochechas ficam quentes.

Mas junto com essa sensação boa vem o medo. Medo do que a Saori vai pensar, medo do que pode acontecer se eu me envolver com alguém como ele.

Ran é membro de uma gangue, e isso é um problema. Eu sei que ele não é só isso. Sei que, por trás da fachada de durão, ele tem um coração enorme e um senso de justiça que me impressiona. Mas será que isso é suficiente? E se Saori não entender? E se ela achar que eu estou sendo imprudente, ou pior, que estou colocando nossa família em risco?

Abro os olhos e encaro minha irmã.

— Sayo, você se lembra daquele garoto com quem eu fiz par na dança no festival?

— Claro, o Ran, né? Aquele que queria que vocês fizessem os ensaios na casa dele, mas eu não deixei e vocês acabaram ensaiando na escola. Por quê? — ela pergunta com um sorriso travesso no rosto.

— É, ele mesmo. Então, eu estou gostando dele.

— Sério? Mas por que você parece tão preocupada com isso?

— Tem algo que está me deixando com o pé atrás. Eu realmente não sei o que fazer...

— O que é, Sassy? Ele fez algo com você?!

— Não, ele não fez nada comigo. É que... ele é membro de uma gangue.

Sassy fica em silêncio por alguns segundos, seus olhos estão em choque e ela leva a mão na boca, ela está surpresa, ou talvez assustada.

— O quê?! Você está falando sério? Sassy, isso é um problema grande. — ela diz e me olha. — Não que seja errado você gostar dele, mas o fato de ele ser de uma gangue é perigoso.

—!Eu sei, Saori. Eu sei que é complicado, mas eu não consigo evitar o que sinto. Ele não parece ser como os outros, sabe? Ele é gentil comigo e tem um lado muito doce.

— Eu entendo que ele possa ter um lado bom, mas você tem que pensar na sua segurança e outra coisa, só tem um mês que vocês se conhecem. Como pode ter tanta certeza que ele é confiável e realmente ele é tudo isso que você acha? As gangues podem trazer muitos problemas, e eu só quero que você esteja segura.

— Eu sei, e é exatamente por isso que estou tão confusa. Eu não quero me afastar dele, mas também não quero me meter em problemas. — falo com a voz embargada pelo choro.

Saori sorri fraco e em seguida me puxa para um abraço, que me conforta, como se ela tivesse algum poder que é capaz de me acalmar.

— Eu não vou ficar brava com você por gostar dele, Sassy. O coração não escolhe por quem se apaixonar. Mas nós precisamos ser realistas sobre o que isso pode significar. Precisamos pensar bem antes de dar qualquer passo.

— Obrigada, Saori. Eu precisava ouvir isso. Vou tentar pensar com mais clareza e ver como posso lidar com essa situação.

— Estamos juntas nessa, tá bom? Você não precisa enfrentar isso sozinha. Você nunca estará sozinha.

Abraço Saori mais forte. Ela tem uma capacidade incrível de me acalmar, mas mesmo assim, me sinto em uma batalha interna contra duas coisas que eu estou lutando para lidar: a minha segurança e os meus sentimentos precoces pelo Ran Haitani... o causador de tudo.

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