Capítulo 26
À tarde eu estava descansando um pouco no sofá. A criada entrou no meu quarto me dizendo ter uma surpresa.
— Que surpresa?
— Com certeza você vai gostar muito.
— Diga logo!
— Calma, vou abrir a porta, e você vai descobrir.
Ela abriu a porta do meu quarto e vi Steve, Linus e Fernandez entrando juntos. Linus e Fernandez estavam tocando guitarra e Steve cantando. Eu estava tão alegre que comecei a chorar.
Eu senti minhas pernas voltarem e meu pai me ajudou a levantar para dançarmos. Diverti-me muito. Eu, Cristal e Débora, éramos verdadeiras dançarinas.
Foi a imagem mais linda que eu já vi. Sentei-me no sofá e Linus e Ateve vieram até mim.
— Sentimos muito pelo que fizemos. Espero que um dia você possa me perdoar — disse Steve.
— Nunca fiquei triste devido a vocês. Vocês só me proporcionaram alegria. Nunca senti raiva de vocês, vocês sabem serem minhas melhores companhias.
Steve me deu um beijo na testa e Linus me abraçou fortemente. Olhei-lhes, e eles me olharam com aqueles sorrisos singelos.
No restante da tarde ficamos conversando: eu, Steve, Linus, Fernandez, Débora, Cristal e Anthony até às nove horas quando Anthony disse que eu precisava descansar.
Eu estava muito alegre e comecei a chorar de novo. Senti uma forte dor de cabeça e tomei meu remédio, mas continuei feliz, com meu cérebro explodindo e o coração parando. Meus lábios só conseguiam sorrir.
No dia seguinte às nove horas já estava totalmente inconsciente.
— Eu sinto muito — dizia Anthony a minha mãe.
Fernandez olhava meu corpo e abaixava a cabeça. Linus e Steve o consolavam. Débora e minha irmã estavam chorando em um canto. E minha mãe estava perto da cama.
— Eu não contava com a evolução acelerada da doença. Ainda havia hipóteses de cura, alguns meses de vida.
— Não se culpe doutor. Ela mesma tinha consciência do seu sofrimento.
Na hora do almoço todos estavam no meu quarto. Menos o meu pai, ele estava chorando no escritório.
Depois apenas Fernandez ficou ele passava a mão em minha face gelada e chorava.
Às cinco da tarde ocorreu meu enterro no cemitério da cidade. Foi triste a cena. Mas acontece, não tem como evitar.
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