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Personagens Principais

PAOLA MELLO

Quando você se torna mãe inesperadamente, você começa a viver um novo mundo. Isso assusta porque apesar de um filho sempre trazer muitas coisas boas com a sua chegada, você não tinha planejado e se preparado para ser mãe naquele momento. Comigo foi exatamente assim: um grande susto mudou completamente os meus planos e a minha vida.

Eu sempre fui uma pessoa que não gostava de namorar. Desde muito nova, fugi de namoros sérios e longos. Sempre me foquei nos estudos, pois sonhava em ser uma veterinária especializada em cuidados com animais domésticos, percebi que eu precisava ficar sozinha para me conhecer um pouco melhor, antes de ingressar num relacionamento. Como não estava com ninguém e também não estava procurando um parceiro, por isso, nem pensei de me cuidar. Conheci o pai da Isabela em uma festa, ficamos juntos por alguns meses e tivemos relação sexual sem proteção – foi então que uma reviravolta começou.

Descobrir que eu tinha engravidado de uma pessoa que conhecia há poucos meses não foi nada fácil. Eu estava sem coragem para realizar o teste de farmácia, mas uma amiga minha me incentivou a ir para a casa dela fazer. Não levou nem cinco segundos para sair o resultado: sim, eu estava grávida. Confesso que pensei em cometer uma loucura – e isso me dói profundamente hoje – até porque meus pais tinham se separado há pouco tempo e eu sabia que não podia decepcioná-los naquele momento difícil.

Conversei com o pai do meu filho e ele então decidiu que nos dois iriamos nos casar imediatamente. No fundo ele estava feliz, o combinado era que eu iria viajar ao seu encontro. Lipe estava fazendo treinamento para embarcar brevemente para lutar no vietnã. O capelão do lugar realizaria o nosso casamento e tudo estaria resolvido.

Dias antes do nosso combinado, infelizmente Lipe foi enviado para frente de batalha e acabou morrendo em combate. Seu corpo nunca foi trazido de volta ao nosso país e seus pais depois de alguns anos faleceram num acidente de carro.

Quanto aos outros parentes dele, nunc aos conheci, pois a família paterna dele havia cortado laços com sua falecida mãe, por ela ter casado com um homem que pela família era considerado inadequado.

Eu e uma amiga fomos atrás da forma mais "segura" para que o aborto fosse feito. Eu estava com muito medo, mas não conseguia enxergar outra saída para aquele "problema". Foi nesse momento que os meus pais descobriram a gravidez.

Meu pai, que era com quem eu estava morando na época, não olhava mais nos meus olhos – ele estava completamente decepcionado comigo e tinha toda razão.

Contei para o meu pai que eu não faria mais o aborto, ele me xingou bastante e ficou um bom tempo sem me ver, nesse momento eu já estava morando com minha mãe e sua nova família.

E depois de alguns dias, meus pais vieram conversar comigo e dizer que eles estavam do meu lado, que por mais assustada que eu estivesse, eles estariam comigo naquele momento! Isso foi o que me deu forças para seguir adiante. Tudo graças a minha avó, que comprou a minha briga.

A gravidez foi bem difícil. Aceitar que eu estava grávida e que toda a minha vida mudaria inesperadamente foi complicado. Mas, aos poucos, o sentimento maternal começou a nascer e a alegria passou a preencher o meu coração aflito.

Na reta final da gestação, os pais do Lipe antes do acidente me procuraram para saber como estavam as coisas. Resolvemos as pendências financeiras, eu os convidei para da vida do meu bebê e eles disseram que iriam pensar. Com 34 semanas, entrei em trabalho de parto prematuro, por isso, tive que ficar em repouso absoluto por 15 dias. Quando esse período de licença estava terminando, minha bolsa estourou.

Foi um susto! A Isabela estava com pressa e não queria mais esperar. Logo que cheguei ao hospital, mandei mensagem para os pais de Lipe dizendo qual seria o horário estimulado do parto. Eu queria que eles participassem desse momento para que começassem a ter um vínculo com o neto ou neta.

Foram mais de 8 horas de contrações, sem nenhum avanço de dilatação. A cesárea foi marcada e decidimos que a minha mãe entraria comigo, já que o pai de Isabela tinha falecido na guerra do vietnã e nem os seus pais não tinha aparecido. Quando estava me preparando para o procedimento, eles chegaram.

Por incrível que pareça, eles se mostraram preocupados comigo e assim que a pequena nasceu, eles caíram no choro. Meu coração dizia que eu tinha feito a coisa certa! Por umas três semanas tudo foi uma grande alegria, os pais do Lipe queria participar de todos os processos, mas depois de uma discussão que tivemos, eles resolveram se afastar e não manter contato conosco.

Foi aí que a minha jornada como mãe solteira começou de verdade. Posso dizer que essa não foi uma das tarefas mais fáceis que vivenciei, mas com o tempo, fui me adaptando à situação. Morei na casa dos meus pais até o primeiro ano de vida da Isabela. Depois disso, conquistei o meu próprio cantinho. Confesso que eu estava com muito medo dessa mudança, pois ainda não era financeiramente estável e não sabia se conseguiria cuidar de um filho pequeno sozinha. Mas criei coragem, bati no peito mais uma vez e encarei a situação. Nossa casa era simples, sem luxos, mas dentro do nosso lar há muito amor e companheirismo.

E mais uma vez graças a minha avó, ela deixou sua casa e uma boa quantia para mim e Isabela.

A Isabela veio para iluminar a minha vida. Nós dois sempre fomos muito próximas e apegadas, depois que fomos morar juntos nossa relação se fortaleceu ainda mais.

Nossa rotina era bem corrida: acordamos cedo, eu a levava para a escola (onde ela fica o dia todo), vou para o trabalho e o final da tarde a busca. É aí que começava a loucura – preparo a janta com ela requisitando a minha atenção, dou comida, brincava com ela e o coloco no banho. Enquanto ela fica brincando no banho, saia correndo para lavar as louças, recolher os brinquedos, colocar as roupas na máquina de lavar e preparar sua cama. Depois disso, a levava para dormir e contar uma história.

Essa é a nossa dinâmica durante semana. Pode ser uma loucura, pode ser cansativo, mas nada é mais recompensador do que isso. Éramos nós duas juntas, nutrindo a nossa relação com muito carinho e cumplicidade. Essa é a minha família: pequena, mas cheia de amor. Ser mãe me mudou como pessoa, hoje, sou alguém muito melhor graças a minha filha. Todos os dias eu luto para que nada falte a Isabela e o que me faz feliz é estar perto dela!

Depois quase dois anos, os pais do Lipe quiseram se reaproximar e tentaram novamente pedir a regularização da guarda. No começo, foi muito difícil aceitar essa decisão, mas pedi que Deus me iluminasse e me mostrasse o caminho certo. Apesar de ter várias figuras masculinas na sua vida, a minha filha merecia era ter contato com o pai. Ter um pai presente é essencial para qualquer criança. Hoje, ela passou alguns finais de semana com os avôs paternos e por mais que as nossas despedidas sejam tristes, que a Isabela chore ao me ver indo embora, sei que ela estava feliz na época, pois estava sendo bem cuidada e amada.

Mas logo em seguida os dois sofreram um acidente e faleceram, Isabela teve sua primeira perda concreta para lidar. A ausência do pai a deixava triste, mas a morte dos avôs acabou a deixando revoltada.

E em quatro anos nos tornamos praticamente estranhas, Isabela está na fase mais difícil, a fase da adolescência.

Olhando para trás sei também que eu não foi a melhor mãe do mundo – algumas vezes deixe a minha filha dormir sem banho, fingi que não percebi que ela descobriu o esconderijo de chocolates ou então que ficava assistindo desenhos por mais tempo do que deveria.

Mas sou muito feliz e tenho orgulho de ser mãe solteira. Também consigo ver o lado bom dessa situação: na maior parte do tempo, a Isabela está comigo e é de mim que ela vai ter as melhores lembranças da infância, apesar de sua atual rebeldia. Além disso, quando ela estava com os pais do Lipe, eu tinha oportunidade de ter um tempo para mim, fazer coisas que me agradavam, ficar relembrando nossos momentos juntos, sei que o meu tempo ao lado do Lipe foi pequeno, mas foi tão intenso que deixou marcas profundas em meu coração e alma... Descansar e dormir – apesar de ficar contando os minutos para a chegada da minha filha, para vê-la vindo ao meu encontro com os olhos brilhando de felicidade!

Mas ela cresceu e agora, a sua personalidade está me dando o dobro do trabalho. Como gostaria que o Lipe estivesse ao meu lado para me ajudar na educação de nossa filha.

Por fim, o conselho que eu dou para as mães solteiras é que elas sejam firmes e sigam os seus corações. Sabemos que não é fácil dar conta de tudo, não podemos dividir as tarefas com um parceiro, nem mesmo dizer "fica com ela para que eu possa ir ao banheiro". Sem falar também no preconceito e julgamentos que enfrentamos (se saímos sem os pequenos somos desnaturadas, se vamos a balada é porque não nos preocupamos com eles, se arrumamos namorados, vamos esquecer que os filhotes existem). Mas sejam fortes, confiem na educação que vocês estão dando para os seus filhos porque nada é mais recompensador do que ser mãe! Se eu pudesse voltar atrás, não mudaria em nada o meu status – mesmo porque um amor infinito cresce dentro de mim todos os dias, a cada sorriso de Isabela. 

ISABELA MELLO

Isabela é uma Menina Rebelde, ninguém pode duvidar disso afinal.

Ela assim que entrou na adolescência se tornou a mancha na roupa colorida, na verdade suas vestimentas mudaram gradualmente, agora a bela jovem só veste roupas escuras, na maioria das vezes o preto.
Isabela fez questão de se tornar aquela gota gelada em um banho quente, aquele fio rebelde de cabelo que insiste em ficar em pé... Solitária em tantos termos.

Uma rebelde ora maluca por não seguir regras, não acredita que vale realmente a pena ser totalmente normal para ser chamada de cidadã; Ela deseja ser única e insubstituível para enfrentar as invejas e sentimentos que tentam derrubá-la, peculiar com anomalias indiscretas para que ao final enxergar apenas vitórias.

Se tornou uma princesa rebelde, é o que ela é.

Mas Isabela é uma menina tão complicada. Teimosa, gosta de contrariar, aliás, é movida por isso. Gosta de ter pelo que lutar sempre, é sim uma guerreira.
Mesmo quando desafia a sua mãe! Mas ela está perdida. Perdida no espaço, no tempo, nos seus embaraços. Luta por desejar algo que nunca teve, o amor de seu pai, mas já está cansada, exausta.
Reanima algumas vezes! Não necessariamente pra continuar nesta luta, vá atrás de outra, vai viver!
Dias e meses, anos  esperando por um cara que ela sabe, ELA SABE, que não vai voltar, por que está morto no Vietnã.

Isabela tem tudo pra ser a chamada "mulher independente" e ter todos os outros e melhores homens aos seus pés, mas fica aí, na mesma, sem sair do lugar e esperando a vida passar.

Isabela está se tornando uma  pessoa muito difícil de lidar. Pode ser considerada como uma "rebelde sem causa" e costuma causar problemas para as pessoas que vivem à sua volta. Nessa fase da vida, Isabela não lidam bem com regras e não costumam pedir conselhos para terceiros. Em alguns momentos, pode ser até intitulada como "criança mimada", e geralmente foi  primeira da roda de amigos a colocar piercing ou fazer tatuagem. Mas cada área da vida dessa adolescente pode ser explicada apenas de uma forma. 

No amor: no âmbito amoroso, Isabela é extremamente confiante – mas não gosta de viver uma rotina. Ela sabe o que quer, mas em momentos de estresse podem colocar tudo a perder. O jeito autoritário dela pode assustar os pretendentes e acabar assustando um crush na hora da paquera. Seu excesso de energia pode fazer com que se afaste de compromissos sérios.

Nos estudos: Isabela se tornou extremamente competitiva. Ela não brincam na hora de estudar! Mesmo com os sentimentos à flor da pele, ela sempre tentará ser a primeira em todas as matérias impostas pela escola. Mas no ambiente escolar costumam brigar com facilidade e não levam desaforo pra casa!

Com a família: Isabela é a inconsequência e a impulsividade em pessoa pode assustar a sua mãe simplesmente por ser um pouco  mais autoritária e conservadora. Isabela está no auge da juventude geralmente acha que sabem de tudo, e não aceita bem os puxões de orelha dados por sua mãe Paola. Mas ao mesmo tempo que podem agir com certo desrespeito com a família, ela protege todos os seus familiares com unhas e dentes!

FELIPE BRAXTON TURNER II

O medo da morte, a luta pela vida e o sofrimento de passar fome são iguais dos dois lados do front quando se vive uma guerra. Isso pode ser comprovado nos chocantes relatos retirados de diários de pessoas que passaram pela Guerra do Vietnã, um conflito que tirou a vida de muitas pessoas.

Será que um soldado queria mesmo dar sua vida por um governo que na verdade nunca se importou com sua vida realmente? Um atirador adversário realmente não sentia remorso ao puxar o gatilho contra gente indefesa, que foi obrigada a cavar a própria cova na qual seu corpo seria jogado?

Turner rolou pela sétima vez em sua cama, os pesadelos o deixava inquieto a noite inteira. Depois vinham os calafrios, os suores e por fim os gritos de terror que assustavam a todos.

Muitas vezes era preciso segurá-lo fortemente contra o leito, para que o mesmo não acabasse se machucando ou mesmo ferindo outra pessoa. Na pior das hipóteses o médico de seu avô lhe aplicava um calmante que o fazia dormir por mais de 12 horas.

Mas os pesadelos continuavam, era somente isso que Felipe Turner conseguia lembrar. Os dias terríveis que lutou numa guerra perdida!

6 de agosto de 1974

"Nós começamos a andar, mas depois de 20 ou 30 passos, eu tive que parar. Minha respiração ficou difícil, meu coração disparou e minhas pernas não aguentavam mais. Uma sede avassaladora tomou conta de mim e eu implorei a John para que encontrasse um pouco de água para mim. Mas não havia água. Depois de algum tempo, consegui recuperar minhas forças e nós pudemos prosseguir.

Steve estava sobre minhas costas gravemente ferido por uma mina subterrânea e, suas pernas haviam sido completamente arrancadas. Tive que rasgar parte do meu uniforme para fazer torniquetes. Eu estava banhado da cabeça aos pés pelo sangue de meu companheiro, Eu deveria ter ficado aflito ao perceber que o pudor havia me deixado... Nossa caminhada em direção ao hospital mais próximo foi interminavelmente lenta, até que, finalmente, minhas pernas, duras de sangue seco, se recusaram a me levar mais adiante. A força, e até mesmo a vontade de continuar me abandonaram, então, eu disse a John, que estava tão gravemente ferido quanto Steve, para seguir sozinho. Ele se opôs, mas não havia escolha. Ele tinha que continuar e encontrar alguém para nos ajudar."

Muitos soldados inclusive eu fomos transformados em armas perfeitas de guerra, mas depois que deixamos a zona de conflito, alguns de nós retornamos com sérios traumas psicológicos: alguns de nós é incapaz de viver em sociedade e com familiares, ou de arranjar um emprego. Muitos de nós desenvolvemos um sério problema conhecido como transtorno de estresse pós-traumático, que inclui lembranças frequentes da guerra, pesadelos e paranoias constantes.

Quem sofre do trauma pode usar qualquer artifício para tentar esquecer suas experiências ruins. Vícios em álcool, maconha, cocaína e remédios são bastante comuns. Muitos veteranos podem também se isolar, ou se sentirem traídos por todos - inclusive por Deus.

Alguns não se conformam jamais com os acontecimentos na guerra, como a perda de companheiros ou as vidas que precisaram ser tiradas durante o combate. A soma de tudo isso pode levar ex-soldados a saídas extremas como o suicídio. Perdi muitos amigos, colegas que conheci no Vietnã.

Antigamente, as guerras eram mais bem definidas, com combates menos complexos e inimigos mais claros. Recentemente, os conflitos envolvem civis, cidades, guerrilhas, são longos e difíceis. Mas na essência causa danos da mesma maneira.

"Já eu não sei se o que houve comigo é uma benção divina, pois por causa de uma granada que foi lançada a poucos passos de mim, acabei sendo empurrado contra uma parede de rochas, a batida na minha cabeça me fez perder completamente a minha memória. Fiquei meses em coma, até que fui encontrado por meu primo e meu avô materno. Tive que reaprender muita coisa e isso significou obter uma vida diferente do que eu tinha anteriormente."

"Muitas vezes me olho no espelho na vã tentativa de reconhecer o meu próprio rosto, mas até hoje não me reconheço. Apenas aceitei o fato de viver assim e seguir em frente sem nenhuma memória do meu passado."

"O que tenho são os malditos pesadelos, mas ao abrir os olhos as imagens se dissolvem, me deixando apenas com poucas sensações ruins."

Felipe Turner pode ser calculista e vingativo. Ele age mais pelo intelecto; sua cabeça é seu guia agora. É um homem muito independente e toma suas decisões por livre e espontânea vontade. Ninguém manda, somente ele, e, quando decide se vingar de uma pessoa, não há ninguém que o faça mudar de ideia - até porque, convenhamos, Felipe também é bastante teimoso, mesmo que depois se arrependa.

E, quando ele se vinga de alguém, é porque sabe exatamente o que quer fazer e como irá executar seu plano. Felipe se tornou calculista e planeja tudo antes de fazer qualquer coisa, sendo muito parecido com seu avô, nesse sentido.

Porém, a diferença do velho Turner é que, além de calcular, é um homem ainda mais frio e não age por emoção. Claro que todos temos sentimentos, contudo, quando precisam, os Turner são conhecidos por deixá-los totalmente de lado.

3050 Palavras

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