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Capítulo 8 - 𝕷𝖆ç𝖔𝖘 𝖉𝖊 𝕱𝖆𝖒í𝖑𝖎𝖆

Quando é para acontecer, até quem tenta atrapalhar, ajuda.


Paola moveu-se desconfortavelmente em seu lugar; era extremamente difícil relaxar. Não apenas pelo fato de que Felipe dirigir como um playboy maluco pelas ruas, o que a irritava, mas porque a proximidade entre eles era muito mais perturbadora. Nunca se deixara afetar com as opiniões masculinas sobre ela, mas saber que esse homem a detestava fazia com que se sentisse diminuída. Não se importava com o que ele pensasse sobre sua vida particular, ela tentou se convencer, mas queria que ele respeitasse seu lado profissional.

Mas por que ela precisa da aprovação desse homem?

Por que queria que ele a olhasse nos olhos e...

Sacudiu a cabeça confusa...

Se pelo menos não o tivesse confundido com o primo, talvez as coisas estivessem melhores. Normalmente ela não dava ouvidos a fofocas, até mesmo para as de Cassie Jones ou de qualquer outro funcionário do Atêlie, mas, no caso de Felipe Braxton Turner, não pôde resistir, e acabou se sentindo ainda mais envergonhada. Aquele homem a fazia agir de maneira totalmente despropositada.

Na última noite o havia esbofeteado e naquela tarde, pouco antes, havia se escondido dele no banheiro como se fosse uma colegial que fugia do namorado. Depois, o ofendera tanto que quase fizera com que o Atêlie perdesse a exclusividade com as lojas da família dele. E, agora, para completar, estava sentada ao lado dele como um animal assustado e indefeso.

— Você vai ter que virar na próxima rua, à esquerda. Estão fazendo alguns reparos mais adiante. E cuidado com os buracos... Por que não diminui a velocidade? — Ela falou, com dificuldade.

Felipe seguiu suas indicações e, poucos metros adiante, o ônibus de turismo que ia na frente deles parou para que vários turistas descessem, levando suas máquinas. Felipe fez um gesto de impaciência.

— Isso se deve as novas lendas que o prefeito decidiu espalhar sobre os recantos naturais da cidade. — Paola explicou, sentindo-se uma tola, porque ele nada perguntara. — Ninguém consegue decifrar muito bem as estranhas formações rochosas encontradas no fundo da caverna e no lago local. Oficialmente, dizem que é uma mulher, mas as pessoas geralmente não se convencem disso.

— Eu nunca tentei entender o que se passa na cabeça das pessoas por acreditarem em fantasias que infelizmente só buscam roubar-lhes. Com certeza deve ser apenas uma obra da mãe natureza, mas o prefeito prefere transferir a obra para o divino ou sobrenatural. — Ele disse, num sorriso quase cordial.

— CampbellTown é, sem dúvida, um museu de arte natural, temos mais de cinco cachoeiras espalhadas ao redor da cidade e uma caverna de cristais naturais. Nós podemos pegar um caminho alternativo na volta, o que poderá lhe dar uma ideia das artes naturais existentes na cidade.

Felipe pareceu não ter ouvido sua amigável tentativa de descontrair o clima que se criara entre eles. Paola corou de raiva diante daquela indiferença. Depois, num tom distante e extremamente formal, continuou a lhe dar as indicações para o Centro de Modas. Ao chegarem, ela desceu imediatamente, não esperando que ele lhe abrisse a porta.

— A confecção do Atêlie é no terceiro andar. — Indicou, enquanto se dirigia à escada rolante seguida por Felipe.

Ela precisaria ser cega para não perceber os olhares que as mulheres lançavam a Felipe, o que só aumentava a irritação que sentia por estar a seu lado. Quando se atrapalhou nos últimos degraus da escada e ele a segurou pela cintura, Paola sentiu novamente a sensualidade que emanava daquele homem. Olhou para cima, reparando nos traços marcantes e profundamente sedutores que desenhavam seu rosto. Não era de se admirar que Isabela ficara tão encantada. Mas desviou imediatamente o rosto, evitando seu olhar. Por mais que tentasse, não podia esquecer de Isabela naquele quarto de hotel.

Para um homem tão atraente e rico, não havia desculpas por tentar seduzir uma garota tão jovem que podia ser sua filha. Paola sentiu repulsa por ele novamente, e só com um esforço enorme se deu conta de que era um cliente importantíssimo para o Atêlie.

— Obrigada... — Murmurou ao perceber que seus braços fortes ainda a apoiavam.

— Já esteve aqui antes?

— Há muitos anos atrás, ao lado do meu avô quando estava aprendendo o negócio da família. Foi um jeito do meu avô me ajudar na época. Recentemente nós temos trabalhado mais com casas das cidades vizinhas.

Paola não fez nenhum comentário. O Centro de Modas de CampbellTown podia orgulhar-se de mais de quatro mil linhas de moda e dele se originaram ateliês muito famosos, incluindo o Madame Thérèse.

Na hora que se seguiu, a conversa foi apenas profissional. Examinaram cabides e cabides de roupas que abrigavam todas as coleções já lançadas pelo Atêlie. Felipe fazia muitas perguntas e Paola as respondia, dando algumas sugestões quando, necessárias.

Quando ele viu uma cópia do vestido vermelho que Isabela estava usando na noite anterior, fez um comentário, quase sem querer.

— Este aqui me parece familiar. Isabela também trabalha para o Atêlie?

— Isabela é uma colegial ainda. — Ela disse na defensiva, tentando fazê-lo lembrar de que teria seduzido uma garota de escola. — Ela já desfilou algumas vezes para o Atêlie, mas certamente não na coleção a que pertence este vestido.

— Ora, mas é um vestido que combinava perfeitamente com ela e a sua personalidade. — Afirmou, com toda a calma.

Paola corou de ódio novamente, o que não passou despercebido para os olhos hábeis de Felipe.

— Deixe-me dizer algumas coisas, srta. Mello. Eu sei que pensa que Isabela é uma jovem inocente de quinze ou dezessete anos que precisa da sua proteção contra todos os homens maus que a rodeiam, mas ela é muito mais experiente do que você jamais será. Por que se preocupa tanto com o que ela faz? Ela é praticamente uma mulher adulta e você não pode mudar o fato de sua irmã ser atraente, sexy e sedutora. As atitudes de vocês duas são totalmente opostas. Seus pais são os culpados disso. Espero que tenha lhes contado sobre o que ela fez na noite passada.

— Para sua informação, sr. Braxton Turner, não sou irmã de Isabela, sou mãe dela. E tenho a impressão de que, depois de dezessete anos, conheço a minha filha um pouco melhor do que o senhor pôde conhecer num breve encontro.

— Filha? — Ele ficou parado olhando para Paola, incrédulo.

Só agora compreendia por que ela o detestava tanto pelo que acontecera. E agora acabava de repetir que achava sua filha sexy e sedutora. Não era à toa que ela o fitava como se quisesse fuzilá-lo.

— É o que eu disse, sr. Braxton Turner. Ela é minha filha e quero que fique longe da minha filha. — Paola repetiu, sentindo-se satisfeita ao vê-lo ficar sem palavras.

Não esperou que ele se recuperasse do choque, e se dirigiu à representante de vendas, apresentando-a a Felipe.

— Karen, você pode tomar conta do sr. Braxton Turner por alguns instantes? — Perguntou à mulher impecavelmente vestida, que parecia mais do que satisfeita com as palavras de Paola. — Terei de sair por alguns minutos e o sr. Braxton Turner já viu quase todas as coleções da casa.

Afastou-se rapidamente, afinal a companhia de Braxton Turner durante toda a tarde já fora mais do que suficiente. Não queria ter ainda a incumbência de lhe mostrar as delicadas peças de renda e seda que compunham a coleção de moda íntima da Maison.

Karen teria mais desenvoltura do que ela para isso. Deu alguns passos e olhou para trás: a atenção de Felipe já estava inteiramente voltada para a figura alta e atraente de Karen.

O que preocupava Paola naquele momento era avisar Isabela de que chegaria mais tarde naquele dia; ainda tinha que passar no supermercado e fazer algumas compras. Preferiu ir até um telefone público a usar o telefone do escritório de Karen...

Depois de uma conversa rápida com a filha, voltou ao showroom, encontrando Karen e Felipe numa conversa animada, cheia de sorrisos e gentilezas.

— Apareça por aqui da próxima vez que vier para CampbellTown. — Ela estendeu a mão a Felipe, demonstrando no rosto um interesse muito além do profissional.

Paola desviou os olhos, tentando não ver a afinidade que nascera entre os dois.

— Viu o suficiente, sr. Braxton Turner? — Perguntou, já no estacionamento.

— Mais do que o suficiente, srta. Mello. Felipe não parecia querer conversar.

Ficou calado durante todo o caminho, quebrando o silêncio apenas para perguntar sobre as direções que devia seguir. Também não fez nenhum comentário, e Paola se perguntava qual seria a opinião dele sobre o que vira. Queria perguntar, mas, a julgar pela situação que se criara entre ambos, poderia falar alguma besteira e perder o contrato para o Atêlie. Felipe parecia perdido em pensamento quando ela arriscou uma olhadela para seu rosto. A expressão sombria nos olhos claros e as linhas que surgiram na testa bronzeada deveriam ser explicadas pela insatisfação com as coleções; certamente, o negócio não seria realizado.

Na realidade, Felipe não estava muito feliz consigo mesmo. A revelação de Paola fizera com que ele se desse conta de que realmente a garota era jovem demais. Paola deveria ser mais nova do que ele, o que tornava perfeitamente possível a ideia de que ele poderia ser pai de Isabela. Isso o fazia recordar Summer. Se estivesse viva, poderia ter sido uma colega de classe de Isabela e agora ele poderia estar passando pela mesma fase e enfrentando as mesmas situações de Paola. Certamente, nada que dissesse poderia mudar sua imagem diante daquela mulher, que via nele o vilão da estória.

Assim que voltaram ao estúdio, Bardier monopolizou a atenção de Felipe. Paola discretamente os deixou, dando graças a Deus por se livrar da presença incômoda de Turner.

Felipe sentou-se em frente a Marcus Bardier, no escritório, comentando sobre tudo o que vira nas últimas horas. Confessou estar surpreso com a criatividade das coleções que estavam no Centro de Modas. O grupo que fazia parte do atêlie era realmente qualificado, não tinha dúvidas quanto a isso. Ficara muito impressionado com a linha sedutora que marcava os vestidos.

— E então, a que conclusão chegou? — Marcus mal podia esperar pela resposta.

— Tenho de admitir que estou muito surpreso. — Felipe falou, num tom moderado.

— No entanto, não estou certo de que a srta. Mello seja a mulher ideal para os eventos promocionais.

— Tenho certeza de que o seu pessoal adoraria trabalhar com ela. Paola não é nem um pouco temperamental, é muito calma e dedicada ao trabalha. — Marcus disse, pensativamente, analisando a expressão do homem à sua frente. — Mas é claro que eu desenharei a coleção, Paola será apenas minha assistente; nenhuma decisão é tomada sem minha aprovação. Não precisa ficar preocupado quanto a isso, meu caro.

— Não estou questionando o talento da Maison. Estou preocupado é com a imagem promocional. Nós não vamos promover lingerie especificamente, mas pelo que observei nas roupas íntimas, há uma certa sensualidade, um quê sugestivo que se aproxima muito da imagem que estamos procurando. Se você me apresentasse o desenhista responsável por esse ar exótico, poderemos acertar o negócio. Marcus encolheu os ombros.

— Mas você já conhece. Essa coleção a que você está se referindo pertence exclusivamente a Paola e a mim.

— À srta. Mello? — Felipe moveu-se na cadeira, surpreso.

Marcus assentiu.

— Estou tentando convencê-la a transferir algumas daquelas ideias para os seus próprios vestidos, mas ela não quer desistir do estilo clássico. Talvez por ter sido uma costureira durante tantos anos e também por ser um pouco conservadora, ela insiste em manter a profissão separada dos hábitos pessoais.

— Acho que podemos defini-la como um paradoxo, não? — Felipe concluiu. — A julgar por sua aparência, nunca alguém esperaria dela uma imaginação tão rica. Suas peças tem uma sensualidade for ado comum.

— Não deixe que a modéstia de Paola o confunda. Como lhe disse, ela é uma desenhista maravilhosa e uma verdadeira jóia de pessoa. Apenas se fechou totalmente para vida.

— Modéstia, no entanto, não combina com nossa campanha promocional.

— Um pouco de maquilagem e o penteado certo podem fazer milagres numa mulher que já é linda naturalmente. — Marcus sugeriu.

— Certamente você compreende que uma decisão como esta deve exigir muitas considerações. — Felipe se levantou.

Marcus levantou-se também e, observando a preocupação no rosto de Felipe, percebeu que o contrato não seria tão fácil de conseguir quanto Allan o fizera acreditar.

— Allan ficou muito impressionado com a coleção de outono da Maison. — Marcus tentou fazê-lo lembrar-se das opiniões do primo.

— Eu sempre respeitei as opiniões de Allan. Ele realmente possui um faro para moda, é por isso que é um comprador de tanto sucesso para nossas lojas. Mas voltarei a falar com você, depois de ter uma conversa com ele. — Felipe parou, perto da porta.

— Essa Paola Mello... ela é casada?

— Viúva. Infelizmente a pobre perdeu o marido na guerra.

— Realmente perdemos muitos homens bons nessa época.

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