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Capítulo 4 - 𝕷𝖆ç𝖔𝖘 𝖉𝖊 𝕱𝖆𝖒í𝖑𝖎𝖆

Você acredita em destino? Acredita que aquilo que é para ser seu, ninguém tira de você? Por mais que a vida nos guarde presentes incríveis, também precisamos dar uma mãozinha para que os sonhos se concretizem.


— Isabela! — Paola chamou, abrindo a porta do quarto da filha. — Você vai se atrasar para a escola se não acordar logo!

Ela sempre respeitara os pedidos de privacidade da filha e raramente entrava no quarto, entretanto sabia que, depois de tudo o que acontecera na noite anterior, uma simples batida na porta não seria suficiente para acordar Isabela. Ela olhou em volta e viu, ali estampado, aquele momento da menina-moça, da criança e da mulher. Inúmeros posters de estrelas do rock brigavam por um espaço na parede, enquanto na estante os animais de pelúcia estavam espremidos entre álbuns e discos de cantores da moda; mais além, na cômoda, avistou um pacote de cigarros que fingiu ignorar.

Sabia que deveria ser mais rígida e chamar a atenção da filha para os perigos de fumar cigarros em uma idade tão jovem, mas Isabela estava cada vez mais rebelde e não a ouvia mais. Sua filha tinha outras prioridades agora, e isso era uma briga constante entre as duas, pois Isabela acreditava que suas amizades eram confiáveis.

A garota parecia dormir como uma pedra, então, sem hesitar, Paola apertou um botão prateado do aparelho de som e o estrondo de um rock pesado invadiu o quarto silencioso.

Isabela murmurou algumas palavras incoerentes e virou-se para a parede, colocando o travesseiro sobre a cabeça.

Com passos firmes, Paola dirigiu-se à janela e puxou as cortinas negras, deixando que o sol penetrasse intensamente. Depois, puxou o travesseiro da cabeça de Isabela.

— Levante-se agora mesmo! — Repetiu, com firmeza.

— Não posso ir à escola. — Isabela cobriu os olhos com as mãos. — Estou doente.

— Você não está doente. Está é de ressaca por causa do exagero que cometeu ontem à noite! — Paola a lembrou. — Se você perder mais um dia de aula não vai poder se formar daqui a poucos meses.

— Do modo como estou me sentindo agora, nem me importo com isso.

— Mas eu me importo! — Paola falou quase gritando.

— Está bem! Eu já vou. — A garota irritou-se. — Mas, por favor, pare de gritar. Minha cabeça está doendo, parece que tem diversos sinos badalando ao mesmo tempo dentro dela. — Vagarosamente, ela se levantou, colocando uma das mãos sobre a testa e estendendo a outra como se tateasse no escuro.

Depois de duas aspirinas e de um bom banho, Isabela resolveu enfrentar a situação, parecendo uma jovem garota inocente, muito diferente da sereia com que se assemelhava na noite anterior. Sabia que sua aparência seria sua única defesa. Havia escovado os cabelos cuidadosamente, prendendo-os depois com uma fita branca no alto da cabeça; seu rosto estava sem nenhuma maquilagem, exceto o blush discreto que disfarçava um pouco sua palidez. Usava um leve vestido azul marinho que sua mãe fizera especialmente para ela, um estilo que Isabela achou juvenil demais, mas que dentro das atuais circunstâncias servia como uma luva.

Ela teria que usar o seu dom de manipulação para sair da encrenca que havia entrado. E bancar a garota ingênua e doce com sua mãe era a solução mais rápida. A escolha da roupa cairia perfeitamente nessa caso também.

Assim que avistou o chão da cozinha cheio de água e sabão, e viu a mãe às voltas com panos e vassouras, Isabela convenceu-se de que havia feito a escolha certa.

As pessoas tinham diferentes modos de descontar sua raiva e o de Paola era limpar a casa. Só poderia ser esta a razão para que sua mãe lavasse o chão pela terceira vez naquela semana. Isabela esperou até que a mãe secasse o piso e então entrou na cozinha, escolhendo cautelosamente as palavras que diria.

— Você não vai se atrasar para o trabalho, mamãe? — Ela procurou não a encarar.

— Avisei que chegaria mais tarde hoje, tenho que pegar o carro na oficina. Achei que você não iria querer café da manhã, não preparei nada de especial.

— Eu não quero mesmo, não estou com fome. — Isabela sorriu. — Além disso, não quero perder o ônibus da escola.

— Acho que é melhor termos uma conversa antes de você sair.

— Mas... eu chegarei tarde. — Ela protestou, esquecendo-se de sua indiferença anterior quanto a ir para a aula.

— Telefonei para a senhora Scorsese e ela me assegurou de que você poderia chegar um pouco atrasada desde que repusesse o tempo perdido assistindo a uma aula extra hoje depois do seu período. — Paola explicou, indiferente.

— Você ligou para a diretora? — Isabela indignou-se, esquecendo-se por completo de que havia decidido parecer uma boa garota naquele dia. — Isso é terrível! Todo o pessoal vai para a lanchonete do Shop, para ouvir música e conversar depois da aula, e eu terei de assistir a mais uma aula com meia dúzia de idiotas simplesmente porque minha mãe quer conversar comigo.

— Eu diria que esse castigo é pequeno demais depois de tudo o que fez na noite passada, —Paola acusou-a, enquanto movia-se de um lado para o outro, guardando os pratos que acabara de lavar.

Isabela pareceu um pouco tímida.

— Posso explicar tudo sobre a noite passada.

— Que explicação vai poder justificar a sua presença num bar como aquele, ou o fato de ter permitido que um estranho, com idade suficiente para ser seu pai, a levasse para um quarto de hotel? — Paola parou em frente à garota, com as mãos na cintura.

— Não foi bem assim. — Isabela protestou.

— Então me conte como foi.

— Por favor, mamãe, tente me entender. — Ela pousou uma das mãos sobre o braço da mãe. — Sara e eu queríamos somente dançar em algum lugar que tivesse uma banda de rock ao vivo e não músicas gravadas. Eu tenho quase dezoito anos agora.

— Ainda não tem idade para beber. E só terá dezoito anos daqui à três anos ou se esqueceu disso também?... — Paola foi para a sala, seguida da filha, e sentou-se no sofá.

— Está certo. Eu não devia ter bebido tanto, mas não sabia que duas cervejas me fariam tanto mal. Além disso, eu queria conhecer outro tipo de rapaz com quem pudesse ter uma conversa normal. Honestamente, mamãe, os garotos de minha escola são todos imaturos e chatos. Bem, como disse, a cerveja me afetou mais do que devia e Turner resolveu me livrar de um homem que estava me importunando.

— Turner é o homem com o qual eu a encontrei naquele quarto?

Isabela confirmou com um gesto de cabeça.

— Eu lhe disse que não estava me sentindo bem e ele se ofereceu para me levar a algum lugar onde pudesse beber um café bem forte e me sentir melhor. Eu não sabia que ele estava se referindo ao seu quarto, no hotel. Mentiu descaradamente, pois imaginava que jamais voltaria a ver aquele homem outra vez.

— Não foi bem isso que Sara me contou.

— Ora, mamãe, Sara sempre fantasia muito as coisas. Afinal, onde ela foi parar?

— A mãe dela veio pegá-la hoje bem cedo.

— Você não lhe contou sobre ontem à noite, contou? — Isabela perguntou, preocupada.

— É claro que contei. Você me disse que iria dormir na casa de Sara e Sara disse à mãe dela que dormiria aqui. Nenhuma das duas falou a verdade. Ambas mentiram e acreditam que vão escapar ilesas sem nenhuma consequência.

— Se eu lhe dissesse que iria dormir na casa da irmã dela você não me deixaria ir, não é mesmo?

— E por isso resolveu me enganar, golpeando-me pelas costas, não? Estou ficando cansada de suas mentiras, mocinha.

— Desculpe-me, mãe. Eu só queria me divertir um pouco. Não pensei que as coisas acabariam daquele modo. Eu achei que tinha tudo sobre o meu controle.

— Você não sabe como me assustei ontem à noite. Quando penso no que poderia ter acontecido... — Paola colocou a mão na cabeça num gesto de quase desespero.

— Não aconteceu nada, mamãe! — Isabela enfatizou as três primeiras palavras com firmeza. — Afinal, tenho dezessete anos e não onze! Além disso, Turner não tinha intenções de me seduzir.

— Os homens pegam garotas em bares por uma razão apenas, Isabela, e as garotas que concordam com eles sem hesitar ganham a fama de serem mulheres fáceis.

Isabela riu sarcasticamente.

— Mulheres fáceis? Mãe, nós não estamos na idade média. Suas ideias do que as garotas honestas devem ou não devem fazer são totalmente antiquadas. Os tempos mudaram muito desde quando tinha a minha idade.

— Não acho que se deva chamar de antiquado, mas sim de bom senso, o fato de uma mulher não aceitar ir para um hotel com um estranho. Uma pessoa que você não conhece é sempre perigosa, pode ser um raptor, um assassino ou um traficante de drogas.

— Turner não é nada disso. Ora, mãe, acredite no meu julgamento. Você não soube desde o primeiro instante que encontrou papai que ele era uma pessoa confiável e honesta? E você era ainda mais jovem do que eu.

— Sim, concordo, mas as circunstâncias eram totalmente diferentes. Nós não corremos para um hotel na primeira noite em que nos conhecemos. Você parece não querer entender as consequências de seus atos.

— Oh, mamãe! — Isabela suspirou, exasperada. — Eu já lhe disse que não fui ao quarto dê Turner para dormir com ele.

— Mas parece que ele tem certeza de que era exatamente isto que você tinha em mente.

— Por quê? O que ele disse? — Isabela arregalou os olhos, num misto de espanto e curiosidade.

— Ora, foi um grosseiro o tempo todo. — Paola não queria aprofundar-se nas explicações.

A filha acenou a cabeça numa negativa.

— Ele foi um perfeito cavalheiro comigo. Não pode imaginar como cuidou bem de mim quando me senti mal.

Enquanto Paola se perguntava se ambas estavam falando do mesmo homem, Isabela recriminava-se por ter bebido tanto, se não fosse isso, não estaria naquela encrenca.

— Oh, Isabela, você é tão ingênua! Eu vi esse tal de Turner e, acredite-me, ele não estava simplesmente procurando uma garota para ter uma conversa agradável. É bem mais velho, experiente. E se for casado?

— Ele disse que não era.

— Duvido que algum homem de negócios, longe de casa, vá até a um bar usando uma aliança enorme no dedo e anuncie á todos que tem um casamento feliz.

— Bem, que diferença isso faz agora? — Isabela argumentou. —Vai ser difícil vê-lo de novo depois de minha mãe ter invadido o quarto dele e lhe ter dito milhões de coisas que não merecia ouvir. Está tudo acabado e, além do mais, nada aconteceu.

— Muita coisa aconteceu sim. — Paola replicou. — Você mentiu para mim e andou bebendo, e agora não sei se daqui para frente poderei acreditar no que diz.

— Oh, mamãe, não diga isso! — Isabela pediu, sentando-se ao lado da mãe no sofá e envolvendo-a pelo ombro.

— Você não vai poder dirigir durante dois meses e às dez horas vai ter que estar em casa. Sem saídas com seus amigos, sem encontros em lanchonetes ou sorveterias, e principalmente sem festas de qualquer espécie.

— Dez horas? Deve estar brincando! Na semana que vem vai haver um concerto de rock e prometi aos meus amigos que os levaria de carro. Oh, mãe, por favor! Não pode fazer isso comigo. — Uma lágrima espessa brotou no canto dos olhos e rolou pelo rosto jovem. Logo, Isabela chorava como uma criança. Ela sabia que se chorasse bastante e mostrasse que estava arrependida a mãe quase sempre voltava a trás em sua palavra.

Paola sentiu que seu coração se apertava, mas a imagem de sua filha na cama de um desconhecido não lhe saía da memória.

— As lágrimas não vão mudar nada, Isabela.

Tentando enxugar o rosto com as mãos, a garota soluçou sonoramente e outras lágrimas rolaram.

— Aposto que, se papai estivesse aqui, não seria tão duro comigo. Com certeza ele me entenderia e até me incentivaria a experimentar a vida intensamente. Meu sim, ficaria do meu lado e confiaria em mim! — Ela se levantou, dirigiu-se até a estante e pegou um retrato de Philip Andrews, apertando-o contra o peito. — Você está tão preocupada que eu possa cometer algum erro terrível que não quer me dar liberdade. Mãe, você não pode me impedir de crescer. Eu sei que agi errado na noite passada e sinto muito por isso, mas será que você não pode aceitar o fato de que não sou mais uma criança? — Ela recolocou o retrato em seu lugar e sentou-se novamente ao lado da mãe, abraçando-a. — Você pode confiar em mim, mãe. Eu prometo que não farei de novo.

Talvez se a imagem da noite anterior não estivesse tão viva: em sua memória, Paola tivesse cedido um pouco, tornando o castigo mais leve. No entanto, muitas vezes já se deixara comover pelas lágrimas da filha e em todas elas acabara se desapontando.

Tentou evitar o olhar suplicante de Isabela e levantou-se com determinação.

— Preciso me arrumar para o trabalho. Nossa conversa acaba aqui! — Disse, aparentando calma. — Se quiser me acompanhar até o atêlie, eu lhe darei uma carona até a escola.

— Prefiro pegar um ônibus! — Isabela disse com a voz firme e carregada de raiva.

— Você é quem escolhe.

— Quer dizer que posso tomar essa importantíssima decisão? — A garota ironizou desafiando o olhar de sua mãe.

Paola ignorou a observação da filha e foi para o quarto. Quando já estava pronta para sair, lembrou-se de que ainda havia uma recomendação a fazer-lhe.

— Há mais uma coisa. É melhor que pare de pedir a Alessandra que reforme as amostras rejeitadas pelas modelos para você. Com isso você pode perder a oportunidade de ser uma modelo da Madame Thérèse Bardier e também fazer com que Alessandra seja despedida.

— Eu não sei qual o problema. Ela apenas pega os modelos que não vão servir mais para nenhum desfile ou cliente. — Isabela argumentou.

— O problema é simplesmente que isso é contra as regras da Maison. E, além disso, aquele vestido vermelho era da coleção da Madame Bardier; não foi criado para uma adolescente.

— Ora, Alessandra o modificou completamente.

Paola suspirou, nervosa.

— Quando chegar da escola, pegue a comida da geladeira e coloque no forno. — Sem esperar por objeções, Paola dirigiu-se à porta e saiu sem se despedir.

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