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Capítulo Sete

Joseph Mull:

Falar aquelas coisas para o Rogério foi como se eu sentisse as memórias que tanto escondi nos últimos anos quando estou acordado voltando para mim. Meu coração apertou dolorosamente, e tive que me apoiar contra a parede para me manter em pé. Suspirei e mantive-me em pé. Não vou deixar que isso me abale novamente.

Fui almoçar em silêncio, acho que todos notaram assim que me sentei com a bandeja na mesa, ficaram um pouco atentos demais. Debi se sentou ao meu lado em silêncio também.

Durante a refeição, o ambiente permaneceu tenso, e o silêncio pairava entre nós. Todos pareciam cientes da atmosfera carregada, enquanto eu tentava disfarçar a turbulência interna. Debi permaneceu ao meu lado, também em silêncio, como se respeitasse meu estado de espírito.

À medida que os minutos passavam, a tensão parecia aumentar, e a troca de olhares discretos indicava que as palavras não ditas pesavam sobre todos nós. Comi minha refeição em um esforço para encontrar alguma normalidade, mas a sensação de desconforto persistia.

Após o almoço, levantei-me sem dizer uma palavra e deixei a mesa, voltando para o escritório. Queria apenas trabalhar em silêncio até a hora de ir embora. A necessidade de concentrar-me nas tarefas diárias tornou-se uma fuga temporária da tensão presente no ambiente. No silêncio do escritório, mergulhei nas responsabilidades profissionais, buscando uma pausa momentânea das emoções tumultuadas. O tempo passava, e a rotina laboral proporcionava um refúgio temporário, permitindo-me adiar a confrontação com as complexidades pessoais que exigiam atenção.

Meu celular tocou, e vi o nome da Agatha no visor. O que minha irmã iria querer neste instante?

Atendi a ligação.

— Oi, o que aconteceu? — perguntei.

— Oi, sabia que você tem um compromisso daqui dois dias? — Agatha disse. — Está falando no jornal nesse momento sobre o evento que reúne todos os empresários da cidade. Estou incrédula que isso faz parte do noticiário e ainda mais que você nunca participou de nenhuma dessas coletivas desde que abriu a empresa com o Edu.

— Só recentemente comecei a me envolver com essas coisas, e, além do mais, a empresa está crescendo nos últimos meses para ter uma boa recepção do público — falei. Afinal, era a mais pura verdade, considerando tudo o que aconteceu desde que assumi a empresa em Nova York.Demorou bastante para eu e o Edu conseguirmos fazer alguém se associar conosco depois do que aconteceu. Fizemos uma exposição sobre as ações de Dener Robinson para enganar cada um de seus sócios, contando com a ajuda de inimigos. — Eu tinha esquecido que iria participar desse evento, mas não é importante.

Ela derrubou alguma coisa quando terminou de falar, e isso me deixou surpreso. Logo em seguida, sua risada parecia uma incrível risada maníaca, o que me fez pensar que minha irmã se fundiu com um escapamento de moto.

— Agatha, você está bem? O que aconteceu? — perguntei, preocupado com o estranho comportamento dela.

— Ah, nada demais, só tropecei em algumas coisas aqui em casa. Estou animada com o evento, sabia? Será uma ótima oportunidade para a empresa e para você se destacar. — Agatha respondeu com entusiasmo, mas sua risada ainda continha uma pitada de excentricidade. — Como você não quer ir? Isso vai ser o melhor para você, e ainda sabe como vai chover gostoso na sua horta — Agatha insistiu, tentando me convencer.

— Agatha, eu entendo a importância do evento, mas estou lidando com algumas coisas pessoais agora. Não sei se é o momento certo para isso. — Respondi, tentando explicar minha relutância.

— Você precisa se mostrar forte, principalmente depois de tudo o que aconteceu. Além disso, vai ser bom para a empresa. Pense nisso como uma oportunidade de renovação e reconstrução. — Agatha argumentou, buscando me convencer com razões práticas.

Enquanto ela continuava a argumentar, eu ponderava sobre a decisão, ciente da importância do evento para a empresa e minha própria jornada de superação. — Jo, você tem que se divertir e esquecer esse assunto de ser sozinho e viver se isolado.

— Certo, entendi. Bem, obrigado por me lembrar do meu jeitinho. Vou ver se eu posso ao menos ir por alguns segundos. — Eu disse, tentando ignorar a bizarra risada anterior ou como ela estava me intimando a ir.

— Ao menos tente se divertir e deixe-me escolher seu modelito — Agatha disse. — Tem que ser do jeito mais deslumbrante quando estiver entrando em um espaço.

Agatha ficou divagando por um tempo sobre roupas até que se despediu, ainda rindo de forma peculiar que me fez lembrar da nossa infância, arrancando uma risada minha. Deixando-me intrigado com sua mudança repentina de humor, hesitei por um momento, pensando se deveria questionar mais, mas decidi focar na preparação para o evento que se aproximava.

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Quando peguei Matilde na escola, ela me olhou com os olhinhos brilhantes e soltou um risinho.

— Papai, você sabia que o tio de ontem está nos seguindo? — Matilde disse, e eu olhei para trás, vendo Rogério ali, tentando se esconder atrás de um poste de forma bastante inadequada.

Alguns pais passaram por ele, olhando de maneira estranha, e então direcionaram o olhar na direção que ele estava vendo, onde eu e Matilde estávamos. Ficaram surpresos ao perceberem que ele estava observando minha filha, ou talvez notando que ela era uma cópia idêntica dele.

— Já vimos você — falei, dirigindo-me a Rogério com um tom firme.

Rogério, claramente desconcertado, tentou disfarçar, mas era evidente que havia sido pego em flagrante. Alguns pais começaram a cochichar entre si, enquanto eu mantinha meu olhar firme nele.

— O que você está fazendo aqui, Rogério? — perguntei, cruzando os braços, enquanto Matilde me olhava confusa.

Rogério gaguejou por um momento antes de tentar se explicar, mas suas palavras pareciam desconexas e sem sentido. Os pais ao redor começaram a se afastar, observando a situação com interesse.

— Você precisa parar com isso. Está nos causando constrangimento. — Continuei, frisando a gravidade da situação.

Rogério, finalmente cedendo à pressão, balançou a cabeça em concordância. Enquanto ele se afastava, os olhares curiosos dos pais persistiam, e eu percebia que essa situação tinha potencial para se tornar mais complicada do que eu imaginava.

— Papai, isso foi maldade com o tio — Matilde disse balançando a cabeça. — Ele é divertido.

— Querida, ele é... — Parei de falar, tentando encontrar a melhor forma de descrever Rogério naquele momento. — Que tal a gente ir tomar um pouco de sorvete?

— Quero o de sabor unicórnio! — Matilde gritou, fazendo-me rir.

Decidimos deixar a situação com Rogério para trás e nos dirigimos até a sorveteria. Enquanto saboreávamos nossos sorvetes, Matilde estava radiante com seu sabor "unicórnio", cheio de cores e purpurina comestível.

— Papai, eu estava pensando... por que o tio Rogério apareceu agora? Também notei que ele te olha de um jeito especial e fez isso na frente da escola antes de ir embora — Matilde perguntou, curiosa.

Tomei um momento para escolher minhas palavras antes de responder.

— Tem coisas que causaram problemas entre mim e ele — expliquei, tentando transmitir uma lição de empatia para minha filha.

Matilde assentiu, parecendo entender.

— Será que ele sabe que é o meu outro pai? Por que será que ele foi embora? — Matilde disse, e isso me fez engasgar.

Engoli em seco, processando a pergunta inesperada de Matilde. Olhei para ela, vendo a curiosidade inocente em seus olhos.

— Querida, é uma situação complicada de explicar — Tentei escolher palavras cuidadosas para abordar o assunto delicado.

Matilde assentiu, mas seus olhos ainda exibiam uma expressão de confusão.

— Às vezes, as relações mudam, e precisamos aprender a lidar com essas mudanças da melhor maneira possível. O importante é que você é amada e cuidada — Concluí, esperando que minhas palavras transmitissem a ela um pouco de compreensão.

— Papai, ele te machucou, não foi? — Matilde disse.

— É complicado — Falei, e meu coração se apertou quando ela pegou sua mãozinha e apertou a minha, dando um sorriso.

Matilde sorriu, e continuamos saboreando nossos sorvetes, aproveitando o momento de leveza após a situação anteriormente tensa. Eu sabia que ela perceberia a semelhança entre eles à medida que crescesse, mas o modo como ela me olhou como se visse por completo minha dor, que tanto escondi, mostrou que minha filha realmente é uma criança muito perspicaz e amorosa.

Voltamos para casa com ela cantarolando. Ao chegarmos na frente do prédio, deparamos com um caminhão e inúmeras caixas caindo. No meio delas, estava Rogério, conversando com os entregadores.

— Papai, achei que ele tinha terminado de se mudar ontem — Matilde disse. Olhei para ela quando Rogério se aproximou lentamente.

— Joseph, podemos conversar só por alguns minutos? — Rogério perguntou. Matilde entrou na minha frente com os bracinhos em pé.

— Não vou deixar você fazer nada para machucar o meu papai — Matilde disse, desafiando-o.

— Matilde, está tudo bem. Vamos conversar um pouco — falei, tentando acalmar minha filha.

Matilde lançou um olhar desconfiado a Rogério, mas se afastou permitindo que conversássemos. Rogério parecia tenso, e eu mantive uma postura firme.

— O que você quer, Rogério? Já deixamos claro que as coisas mudaram entre nós — disse, buscando clareza.

Rogério respirou fundo antes de falar.

— Eu sei, Joseph. Não estou aqui para causar problemas. Eu só quero saber se posso compensar a Matilde. Ela é parte da minha... — Ele me olhou e desviou o olhar. — Só quero dar a ela o que merece, estive sete anos longe.

Olhei para Matilde, que permanecia ao nosso lado, e senti a complexidade emocional que Rogério transmitia. Ele havia se deixado enganar por algo que ele próprio criou na mesma mente. Me agachei, ficando na altura de Matilde, que olhou desconfiada para Rogério, mas depois sorriu na minha direção.

— Querida, se quiser pode conhecê-lo como seu pai — falei.

— Papai — ela começou, mas olhou para mim em busca de orientação, e pude sentir que ela estava curiosa para conhecer o outro pai. Decidi dar uma chance para a relação deles, se minha filha quiser.

— Se quiser, pode conhecê-lo — falei.

Ela olhou para Rogério e passou desconfiada, pegando a mão dele.

— Promete não nos abandonar novamente? — perguntou.

Rogério olhou para Matilde com sinceridade em seus olhos.

— Prometo, Matilde. Nunca mais vou te abandonar — disse ele, segurando a mão dela com firmeza.

Matilde ponderou por um momento, mas depois sorriu.

— Tudo bem, tio. Podemos ser amigos — disse ela, surpreendendo a todos com sua compreensão infantil da situação.

Eu troquei um olhar com Rogério, reconhecendo que esta era uma oportunidade para curar antigas feridas e construir um caminho para uma convivência mais harmoniosa. Matilde, com sua sabedoria inocente, abriu a porta para uma nova fase em nossas vidas.

Concluímos o dia com um misto de sentimentos, mas a esperança de um recomeço estava presente. Enquanto caminhávamos juntos em direção ao prédio, sabíamos que o futuro reservava desafios, mas também a chance de construir laços familiares mais fortes.

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Até a Próximo 😘

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