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Capítulo Dezesseis

Rogério Oliveira:

Levei Joseph até o apartamento dele, que estava envolto em silêncio após tudo o que aconteceu. Meu coração apertou diante dessa atmosfera. Tirei a chave do bolso dele e entramos, com Matilde à nossa frente e Coco já se encaminhando para o seu lugar.

Conduzi Joseph até o quarto e o coloquei na cama gentilmente. Foi então que Matilde surgiu e abraçou o pai, seguida por Coco. A cena revelou um momento de ternura e reconforto após as experiências vividas. Sentei-me na beirada da cama e segurei sua mão com firmeza por um momento. Ele ergueu os olhos na minha direção e ambos permanecemos em silêncio, compartilhando um instante de conexão profunda, onde as palavras pareciam desnecessárias diante da intensidade do que havíamos vivido. Agatha apareceu alguns instantes depois, pedindo uma chave. Para não incomodar Joseph, fui procurar e foi fácil encontrá-la. Entreguei a chave a Agatha, que a recebeu enquanto observava Joseph com um semblante perturbado antes de se virar e sair.

Permaneci no apartamento dele, ou melhor, ainda na porta do quarto, atento para garantir que Joseph não precisasse de mais alguma coisa.

Quando ele se ergueu da cama, simplesmente me fitou antes de dirigir-se à cozinha. Matilde dormia tranquilamente em sua cama, e eu imaginava que estivesse exausta. Coco a seguia, mas saltou da cama assim que ouviu Joseph se movimentar.

— Se quiser, pode ir para o seu apartamento. Vou ficar bem — disse ele, após tomar um gole d'água, encarando-me. Talvez eu estivesse seguindo o mesmo caminho.

O olhar do cachorro concordou, e eu retribuí.

— Sei que ficará bem com essa proteção incrivelmente fofa, mas não vou embora até que esteja melhor — declarei, deixando claro que minha presença era mais do que uma simples formalidade, era um compromisso emocional.

Joseph se sentou à mesa da cozinha, perdido em seus próprios pensamentos. Enquanto Coco se acomodava ao lado dele, eu permaneci ali, naquele limiar entre o quarto e a cozinha, como um guardião silencioso.

— Você não precisa ficar, sabe? — ele falou, ainda encarando o copo vazio em suas mãos. Sua voz carregava uma melancolia que transcendia as palavras.

Respirei fundo antes de responder:

— Eu sei que não preciso, mas quero estar aqui. Não é apenas uma questão de cuidados físicos, Joseph. Eu disse que vou fazer de tudo por você porque eu te amo mais que tudo, já deixei isso claro.

Ele assentiu levemente, talvez encontrando conforto nas palavras ou na simples presença. Ainda havia muitos sentimentos não ditos pairando no ar, e eu estava ali para testemunhar cada um deles, oferecendo meu apoio silencioso enquanto a vida se desdobrava diante de nós.

O silêncio pairava no ar, pesado como uma pedra sobre nossos ombros. Sentei-me ao lado de Joseph, meu coração apertado em solidão por ele. Seus olhos estavam fixos no vazio, perdidos em pensamentos que eu só podia imaginar. A notícia do pai que nunca conhecera o abalara profundamente, e eu me sentia impotente para aliviar sua dor.

Com a voz hesitante, rompi o silêncio:

— Como você está se sentindo depois de tudo isso?

Ele me olhou de soslaio, seus olhos cheios de mágoa e raiva. Uma onda de fúria reprimida emanava dele, e eu pude sentir a tempestade que se desenrolava em seu interior.

— Se acha que estou bravo com a minha irmã? Está certa. Quero saber o porquê de ela ter me escondido isso por tanto tempo. Qual era o motivo? O que ela tinha a ganhar com essa mentira? — ele desabafou, mordendo o lábio com força.

De repente, sua expressão se suavizou, dando lugar a uma tristeza profunda.

— Mas aquele homem... ele parecia tão abalado só de me ver. Imagino o que se passou na cabeça dele ao descobrir a existência de um filho que nunca conheceu. A dor que ele deve ter sentido...

Um aperto no coração me dominou ao pensar na dor que ambos os homens carregavam. Joseph, privado do amor paterno, e seu pai, vivendo uma vida inteira sem saber da existência de um filho.

Envolvi Joseph em um abraço apertado, desejando que meu calor pudesse amenizar sua dor. Naquele momento, as palavras eram inúteis. Apenas o silêncio e o toque humano poderiam oferecer algum conforto.

Senti ele me apertando no braço e se aconchegando contra mim. Abracei-o com mais força, acolhendo-o em meu calor e oferecendo-lhe o que mais precisava naquele momento: um porto seguro.

*******************************

Quando Agatha e os outros retornaram, Joseph já demonstrava uma melhora. Em um impulso, Agatha atirou um livro no colo do irmão.

Olhei intrigado.

— Joseph, este é o diário da nossa mãe — Agatha revelou, enquanto Joseph observava o livro com sua capa envelhecida. — Você pode ficar bravo comigo por não ter dito nada sobre seu pai biológico durante todos esses anos, mas apenas leia.

— Agatha... — Joseph começou, mas logo se voltou para o diário, mergulhando em seu conteúdo. Por alguns segundos, o silêncio reinou, até que ele começou a chorar. — Ela realmente o amava de verdade! Só foi embora porque o ameaçaram e a nós também.

Agatha assentiu para Joseph, seus olhos cheios de determinação.

— Liguei para esse cara depois que encontrei o diário. Ele me confirmou tudo sobre essa mulher. Parece que ela era uma louca obcecada pelo Jonathan, seu pai. Ela nunca conseguiu nada com ele e, quando viu nossa mãe, deve ter ameaçado tudo que era possível. Ela quase fez com que ele... Jonathan... sofresse um acidente. Ela queria se casar com ele para ter o dinheiro da família — Agatha disse, sua voz tensa e cheia de raiva. — Essa mulher está presa agora. Parece que ela tentou fazer algo similar com um primo do Jonathan recentemente, mas foi descoberta a tempo de algo pior acontecer. Ela era uma empregada da família dele e confundiu gentileza com paixão. A internaram à força.

Joseph suspirou, fechando o diário com cuidado.

— Isso é muita coisa para processar de uma só vez — ele disse, e tive que concordar. — Preciso de tempo antes de vê-los, e ainda organizar minhas ideias.

— Isso inclui a mim também? — Agatha perguntou baixinho ao irmão.

— Não estou bravo com você por esconder que eu tinha um pai, ou por sermos meio-irmãos — Joseph disse, e isso me fez rir quando ele ficou bravo. Ele me olhou com reprovação, e me calei. — Agatha, você sempre vai ser minha irmã e melhor amiga, não importa a situação.

Isso fez Agatha desabar ainda mais à nossa frente. Ela abraçou o irmão com bastante força, e pude ver realmente como eles são unidos até o final. Joseph esfregou as costas da irmã com calma, e isso me fez perceber que era hora de sair de cena e ir para o meu apartamento. Já havia sido seu apoio até que Joseph estivesse melhor.

Então senti os olhos deles se virando para mim. Havia um brilho de alegria nos olhos de Joseph.

— Obrigado — ele disse como um murmúrio em minha direção.

Sorri e levantei do sofá com calma. Assenti e abri a porta com cuidado, fechando-a atrás de mim. No corredor, senti meu coração pulando de alegria. Ele me deixou entrar um pouquinho em seu coração.

Fui saltitando até meu apartamento e, ao abrir a porta, me deparei com uma cena constrangedora: minha irmã mais nova, Sky, beijando seu ficante, Tom, com tanto fervor que ele caiu sentado no chão.

— Não façam isso no meu sofá! — Falei, fechando a porta atrás de mim. — A Débora não estava com vocês?

— Ela teve que ir para casa resolver uns assuntos — Sky disse, com um sorriso malicioso. — Acho que ela não quis ficar segurando vela.

— Quem gosta de segurar vela, né? — Respondi, rindo. — E aí, Tom?

— Oi — Tom disse, se levantando um pouco, ainda vermelho. Não saberia dizer se era pela vergonha de serem pegos ou por estar sem fôlego, tamanha a intensidade dos beijos.

Sky deu uma risadinha boba e se jogou no sofá ao lado de Tom, que ajeitou a roupa meio sem jeito.

— Enfim, a sós! — brincou Sky, dando uma cutucadinha no braço dele.

— Acho que devo um pedido de desculpas pelo sofá — murmurou Tom, coçando a nuca.

— Relaxa, Tom. Entendo o que é ser pega no flagra — respondi, me jogando na poltrona em frente a eles. — Aliás, como vai a vida de rockstar amador?

Tom soltou uma risada.

— Ah, segue o baile. Rolando de show em show, conquistando multidões... bem, pelo menos a multidão da Sky.

Sky deu um tapa brincalhão no ombro dele.

— Convencido.

— É só a verdade, meu amor — retrucou Tom, piscando para ela.

Senti uma pontada de inveja. Era bom ver Sky feliz, mas ao mesmo tempo, me sentia sozinho. Queria ter Joseph em meus braços e poder mimá-lo como meu amorzinho.

Era reconfortante, mas não era o que meu coração realmente desejava. Sorri para Sky e Tom, forçando uma alegria que não sentia por completo.

— Vocês parecem tão felizes juntos. É contagiante.

Sky deu uma gargalhada.

— Ah, é mesmo? Então vai fazer algo com o Joseph! Dê uma ideia de onde ele pode querer ir com você.

Tom fingiu desmaiar dramaticamente no sofá, pondo a mão no peito.

— Sky é demais para mim aguentar sozinho. Preciso de reforço!

Ri junto com eles, a pontada de inveja diminuindo um pouco. Talvez o amor não estivesse batendo na minha porta ainda, mas era bom ter minha irmã comigo e suas loucuras. E talvez, só talvez, Joseph precisasse de um tempo para processar tudo, para abrir um espacinho no coração dele para mim também. Por enquanto, o ajudaria a se reconectar com a família.

Enquanto a noite seguia com piadas e conversas, percebi que a felicidade de Sky não diminuía. Havia algo genuíno e contagiante em sua alegria, e isso me fez sorrir de verdade.

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Até a Próximo 😘

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