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Capítulo Dez

Rogério Oliveira:

Posso dizer que sou um grande idiota por completo que até consigo reparar no olhar que as pessoas me mandaram assim que viram, Joseph indo embora do salão deste evento após apenas ter me visto e comigo querendo conversar.

Desde que o encontrei novamente na cidade faço o possível para me aproximar sem que ele queira fugir ou me ignorar ao máximo estou querendo fazer até o possível para que ele me dê um soco só por falar com ele por alguns segundos.

Suspirei e decidi voltar para casa que já estava sem clima para nada desse lugar, ainda mais com os olhares curiosos que lançavam em minha direção.

Quando cheguei em casa, me joguei na cama, pois estava me sentindo um enorme idiota. A cara doeu, mas eventualmente adormeci. No entanto, ao refletir sobre os eventos do dia, percebi que precisava entender melhor a situação. Afinal, não queria repetir os mesmos erros.

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Quando acordei na manhã seguinte, foi com alguém cantarolando na cozinha. Saí para ver minha irmã lá, que estava fritando um ovo e bacon ao mesmo tempo em que preparava uma vitamina.

— Sky, que bosta é essa? Poderia ter pego só um suco que tem na geladeira — disse. — Está fazendo barulho demais.

— Estou fazendo o café da manhã — ela respondeu como se fosse óbvio. — Vitamina faz bem para me ajudar no estudo, ainda mais que estou experimentando uma receita que uma amiga me passou. — Em segundos, desligou a frigideira, virou nos próprios calcanhares e colocou todo o conteúdo em um prato. Voltou na direção da vitamina, começando a bater. — Então, como foi ontem à noite naquela festa?

— Como acha que foi só de ver a minha cara? — devolvi a pergunta, fazendo com que ela me analisasse de cima a baixo.

— Devo dizer que vocês não chegaram a conversar nem um segundo sequer — ela disse com um enorme sorriso. — Mas isso era algo que eu sabia que iria acontecer, Rogério. Você não está demonstrando nada para o Joseph e está caindo em cima dele como se fosse uma árvore desabando no chão.

Senti-me meio ofendido por ser comparado com isso, mas ela apenas deu de ombros.

Me joguei na cadeira soltando um suspiro.

— Ele realmente me odeia. Só ficou no mesmo espaço que eu — falei enquanto Sky passava-me um copo com sua vitamina, e eu olhei desconfiado antes de beber um pouco. — Só ficou aquele dia aqui por causa da Matilde .

O aroma do café invadia a cozinha, misturando-se com a fragrância do ovo e do bacon. Enquanto tomava a vitamina, Sky continuava a falar:

— Acho que você precisa ser mais sutil, Rogério. Joseph mudou nesses anos, tornou-se diferente das pessoas que você conheceu, e chegar com tudo em cima dele vai ser uma confusão sem igual.

Revirei os olhos, resignado.

— Eu sei que ele é diferente da sua versão que conheci sete anos antes.

Sky sorriu, como se tivesse uma revelação.

— Talvez você só precise de um empurrãozinho para conseguir começar a conversar — ela disse isso, e notei seus olhos brilhando perigosamente, algo que acontece todas as vezes que ela tem uma ideia que vai colocar em prática.

Terminei a vitamina, ainda cético em relação aos conselhos da minha irmã.

— Veremos. De qualquer forma, preciso me aprontar para o dia. Vai ser uma longa semana.

Enquanto me levantava, Sky continuou a preparar o café da manhã. Deixei a cozinha pensando nas palavras dela. A verdade é que eu não sabia ao certo como abordar Joseph, e a ideia de ser mais "evidente" me deixava desconfortável.

O dia seguiu com sua rotina, mas a conversa com Sky permaneceu na minha mente. Quando a noite chegou, decidi tentar algo diferente. Encontrei Joseph esperando na porta do prédio.

— Ei, Joseph, podemos conversar? — chamei, tentando não parecer muito estranho.

Ele olhou para mim, surpreso, mas concordou com um pouco de relutância.

— Pode ser aqui, estou esperando a comida mexicana chegar — Joseph disse, e olhei surpreso na sua direção, ele deu de ombros. — Aprendi a gostar com o passar dos anos, e a Matilde  gosta bastante. O estranho é que comemos na semana passada, e ela não gosta de repetir a mesma comida — Os olhos dele faiscaram e me olhou com raiva. — Você fez a minha filha insistir nisso para que eu viesse na portaria esperar a conversa e me pegar desprevenido.

— O que? Eu nunca faria uma coisa dessas. Estou também vindo para esperar o meu pedido, minha irmã quis que pedisse comida japonesa — Respondi. — Mas sei quem seria capaz de fazer isso.

Olhei para as escadas a tempo de ver Sky e Matilde  se esconderem.

— Sky, você não acredita em mim? — gritei em direção às escadas, mas ela apenas riu.

Joseph cruzou os braços, visivelmente irritado.

— Você e sua irmã estão tramando algo, não é?

— Não, não estamos! — insisti, tentando parecer convincente. — Sky, Matilde parem de se esconder e venham aqui!

As duas apareceram, rindo entre si.

— Vocês dois são péssimos atores. Mas foi uma boa tentativa, Rogério — disse Sky, ainda rindo.

— Eu sabia que tinha dedo da Sky nisso! — exclamou Joseph, apontando para ela.

Matilde, por sua vez, olhou para mim com uma expressão divertida.

— Desculpe, papai, mas você não quer conversar com o Papai Rogério de jeito nenhum.

Joseph suspirou, percebendo que não era nada sério.

— Tudo bem, mas da próxima vez, não usem a comida como desculpa. — Ele disse e olhou para Sky. — Estou de olho em você, que está corroendo minha filhinha.

— Não se preocupe, sou uma ótima companhia. Ela só saiu para me acompanhar no que eu iria fazer aqui vendo essa cena — Sky disse e pegou na mãozinha de Matilde , e ambas saíram correndo para as escadas, imagino que voltando para o apartamento dele.

Isso me deixou surpreso.

— Você está conversando com a minha irmã? — Perguntei.

— Sim, estou e com os seus pais também, por insistência da Matilde , mas também porque eles não fizeram nada contra mim e meio que estava com saudades deles nesses anos — Joseph disse, e isso me deixou um pouco feliz em saber que minha filha quis conhecer os avós e a tia. — Então, sobre o que quer conversar?

— Apenas me permita... — Olhei nos olhos dele e travei no lugar, tentando encontrar as palavras certas. Só havia indiferença para mim, e eu me questionava sobre o que ele realmente queria nessa questão. — Já falei que quero fazer parte da vida da Matilde , mas também quero mudar as coisas entre a gente de uma vez por todas, algo que não consegui fazer no passado.

Meu coração batia mais rápido, e eu podia sentir a tensão no ar. Cada palavra que eu pronunciava carregava o peso dos anos de distância. Eu ansiava por uma resposta, por uma chance de consertar o que estava quebrado entre nós.

Joseph permaneceu em silêncio por um momento, seus olhos fixos nos meus. A tensão era palpável, e o peso da história entre nós pairava no ar. Respirando fundo, ele finalmente quebrou o silêncio.

— Não sei, Rogério. As coisas mudaram, as pessoas mudam. O passado não pode ser apagado. — Ele falou com uma voz calma, mas percebi uma nota de resignação.

Meu coração afundou, mas eu não desisti.

— Eu entendo que as coisas não podem voltar ao que eram. Só estou pedindo uma chance de recomeçar, de ser parte da vida da Matilde  — Tentei transmitir toda a sinceridade nas minhas palavras, pelo menos uma parte delas.

Não quero apenas a minha filha comigo, mas quero o pai dela também ao meu lado e dar o que nenhum dos dois nunca teve de mim de corpo e alma. Isso que ambos merecem.

Joseph suspirou, parecendo ponderar minhas palavras.

— A Matilde  merece ter o pai dela por perto, isso é verdade. E eu não quero privá-la disso. Mas, Rogério, você precisa entender que as coisas não serão como antes. Haverá limites, principalmente entre a gente.

Concordei com a cabeça, reconhecendo a validade das suas preocupações.

— Eu aceito os limites, Joseph. Só quero estar presente na vida dela, de uma maneira que funcione para todos nós.

Houve outro momento de silêncio antes de Joseph assentir lentamente.

— Veremos como as coisas se desenrolam. Mas se ousar machucar a Matilde , vou fazer com que você sinta duas vezes mais essa dor — Joseph disse friamente, e estremeci com seu olhar sobre mim. — Isso é o seu aviso principal. Machuque-a de qualquer forma, e verá do que sou capaz.

Assenti com seriedade, agradecendo pela oportunidade enquanto um fio de esperança se acendia em mim.

Ficamos ambos esperando, comigo puxando assunto e tentando soar engraçado, até que o mesmo me olhou.

— Sabe que você não é bom com piadas — Joseph disse.

— Pode até ser, mas isso fez você olhar para mim só para dizer que sou péssimo com piadas — Respondi, e o mesmo me olhou como se fosse um idiota.

— Você... — As palavras dele foram cortadas quando ouvimos um barulho de duas motos, descemos e pegamos a dele e eu o meu, pagamos, voltando para a mesma direção em silêncio.

A tensão pairava no ar enquanto pilotávamos lado a lado. Eu podia sentir que algo estava prestes a acontecer. Passamos por ruas familiares e um silêncio desconfortável persistia entre nós.

— Joseph, eu sei que há muita coisa não resolvida entre nós, mas eu estou disposto a... — comecei a dizer, mas fui interrompido por uma buzina do lado de fora do prédio.

Ele virou para mim, seus olhos refletindo uma mistura de emoções.

— Rogério, vamos deixar isso para outro momento. —  Ele disse e saiu rápido para o apartamento dele.

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Gostaram?

Até a Próximo 😘

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