Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 7

2438 palavras

"A dor e a raiva se tornam minhas aliadas, e cada golpe de lâmina é um reflexo da luta interna que travei contra mim mesma."

Fragmentos de consciência começam a retornar, como se eu estivesse emergindo de um pesadelo nebuloso. O cheiro familiar e reconfortante de chá de hortelã chega a mim, uma fragrância que sempre me acalma, mas agora parece distante. Sinto braços fortes e firmes me sustentando, e, ao longe, vozes embaralhadas tentam atravessar a névoa densa que cobre minha mente.

— Ela está pálida... Precisamos levá-la para a enfermaria. — Reconheço a voz grave e autoritária, mesmo com a confusão que me envolve. É o comandante Levi.

Tento abrir os olhos, mas tudo que consigo ver são borrões de luz e sombra, contornos indistintos que aumentam a sensação de desorientação. Minha cabeça lateja, como se estivesse sendo golpeada por dentro.

Sinto o movimento rítmico do corpo que me carrega, o leve balançar que me lembra estar em um barco à deriva. Tento falar, forçar as palavras a saírem, mas minha garganta está seca e dolorida, e tudo que consigo emitir é um gemido fraco e sufocado.

— Fique acordada, Amelie. — A voz de Levi está próxima, firme e quase imperativa. Sinto sua respiração quente e constante perto do meu rosto enquanto ele avança com passos decididos.

Luzes fluorescentes da enfermaria passam rapidamente acima de mim, criando padrões de luz e sombra que dançam por trás das minhas pálpebras fechadas. O frio cortante da maca atinge minhas costas quando sou colocada sobre ela, e então mãos diferentes, profissionais e rápidas, começam a me examinar. As vozes ao meu redor falam em termos médicos que se misturam em um zumbido distante.

— Febre alta... Desidratação... — alguém murmura, e o pânico que tento suprimir ameaça emergir.

Uma mão segura a minha, apertando-a com uma força reconfortante que me ajuda a agarrar os fios frágeis da consciência. Tento abrir os olhos novamente, e desta vez vejo o rosto de Levi, sério e concentrado, seus olhos cinzas como tempestades de inverno fixos em mim.

— Você vai ficar bem — ele diz, mas suas palavras soam vazias, perdendo-se enquanto a escuridão me envolve outra vez.

Quando acordo mais tarde, ainda na enfermaria, a dor de cabeça diminuiu, mas meu corpo continua fraco, como se tivesse sido drenado de toda energia. Olho ao redor e vejo Levi encostado na parede, os braços cruzados, me observando com uma intensidade que faz minha pele formigar.

— Você desmaiou no campo de treinamento — ele diz, sua voz cortante, sem traço de compaixão.

Levi se aproxima, seus olhos perfurando os meus, exigindo uma resposta.

— Você já se sentia mal pela manhã? — A pergunta é quase um rosnado, carregada de uma impaciência gelada.

Olho para minhas mãos, que tremem ligeiramente, sentindo a culpa e o medo se entrelaçarem em meu peito. Demoro a responder, lutando contra o medo da reação dele. Finalmente, respiro fundo, tentando manter a voz firme.

— Sim, eu já não me sentia bem hoje cedo... Me desculpe, senhor.

Ele se aproxima ainda mais, invadindo meu espaço pessoal, e pela primeira vez percebo uma emoção nos olhos dele. Mas não é preocupação ou piedade; é raiva, uma raiva gelada e implacável que faz meu coração acelerar.

— Você tem noção do que poderia ter acontecido com os outros se estivesse contaminada, Amelie? — Sua voz é baixa, mas cortante como uma lâmina, o peso das palavras fazendo meu estômago se revirar.

— Eu... eu estava com medo — sussurro, sentindo a pressão das lágrimas ardendo em meus olhos, prestes a transbordar.

Ele bufa com desdém, seus olhos brilhando de frustração.

— Medo? — Levi inclina-se ainda mais, o tom de voz caindo para algo perigosamente próximo a um sussurro. — Você deveria ter medo agora, porque se aquele teste tivesse dado positivo, eu não hesitaria em te matar.

Sinto o sangue drenar do meu rosto. As palavras dele atingem como um soco no estômago, roubando o pouco ar que me resta. Não consigo mais conter as lágrimas; elas escapam, quentes e dolorosas, enquanto um soluço treme em minha garganta.

— Eu... eu sinto muito — balbucio, minha voz fraca e quebrada.

Levi não responde imediatamente. Ele apenas fica ali, me observando com uma expressão que mistura desaprovação e algo mais... algo que eu não consigo decifrar. Finalmente, ele dá um passo para trás, seus olhos duros como aço.

— Agora descanse, cadete — ele ordena, sua voz fria. — Mas não se esqueça: quando você voltar, farei questão de te levar ao limite do esgotamento. Considere isso uma lição.

Com essas palavras, Levi vira as costas e sai da enfermaria, seus passos firmes ecoando enquanto ele se afasta, deixando-me sozinha com meus soluços abafados e a exaustão que pesa sobre mim como uma pedra. Não sei o que o futuro me reserva, mas sei que Levi não vai facilitar as coisas para mim.

O dia se arrastou, cada minuto parecendo uma eternidade. A solidão na enfermaria era sufocante, um peso invisível que apertava meu peito a cada batida do relógio. Ninguém veio me visitar, e embora eu soubesse que não podia culpá-los, a ausência de qualquer rosto familiar transformava a solidão em algo mais sombrio. Era como se eu estivesse isolada em uma ilha distante, esquecida por todos.

Quando a noite finalmente caiu, uma enfermeira trouxe meu jantar. Era uma refeição simples, sem sabor, que mal toquei. O silêncio da enfermaria era perturbador, quebrado apenas pelo zumbido distante das lâmpadas fluorescentes. O sono me escapou por boa parte da noite; quando fechava os olhos, imagens distorcidas de rostos conhecidos se misturavam com sombras, e a voz fria de Levi ecoava em minha mente, me acusando, me condenando.

O sol finalmente nasceu, sua luz invadindo o quarto através das cortinas entreabertas, mas não trouxe nenhum conforto. Levantei-me de forma mecânica, meus movimentos quase automáticos. Eu deveria estar agradecida por Hange ter deixado algumas roupas para mim na noite anterior, mas até isso parecia uma formalidade vazia. Vesti-me com uma indiferença que beirava o desprezo; as roupas pareciam pesar mais do que o normal, como se carregassem um fardo invisível.

O refeitório me esperava, e eu bocejei enquanto caminhava na direção dele, o cansaço acumulado da noite anterior me arrastando para baixo. Não era apenas o corpo que estava exausto; era minha mente, minha alma. A sensação de que tudo isso — os treinos, as ordens, a rotina rígida — era um ciclo sem fim, um loop onde eu me via presa, sem esperança de escapar. Eu estava apenas seguindo o fluxo, movendo-me de um ponto ao outro porque era o que se esperava de mim.

Ao entrar no refeitório, senti os olhares dos cadetes. Eles pararam o que estavam fazendo, seus olhos me observando com uma curiosidade que logo se transformou em indiferença. Eu era apenas mais uma entre eles, mas, ao mesmo tempo, completamente separada. Uma estranha entre iguais. Não havia sorrisos, não havia gestos de boas-vindas. Talvez fosse melhor assim. Eu já estava acostumada a ser invisível, a passar despercebida, a me esconder nas sombras de uma vida que não parecia minha.

Os pensamentos de isolamento cresceram em minha mente como raízes de uma árvore moribunda, afundando-se cada vez mais fundo, até que quase me convenci de que essa solidão era o meu destino. Afinal, talvez fosse isso que eu merecia. Ser uma peça descartável em um jogo maior, onde meus sentimentos e minha dor eram insignificantes.

Mesmo enquanto eu caminhava para pegar meu café da manhã, não conseguia afastar a sensação de que, não importava o que eu fizesse, nunca seria suficiente. Levi havia deixado isso claro. Eu era uma falha, um risco, e talvez ele tivesse razão. Talvez eu não passasse de um fardo, algo que devia ser suportado, mas nunca aceito.

Sentando-me sozinha em uma mesa, mexi na comida sem realmente comer, meus pensamentos voltando para as palavras cortantes de Levi, para o peso de seus olhos enquanto ele me julgava, e para a certeza inabalável de que, a qualquer momento, tudo poderia desmoronar. E eu estaria sozinha para enfrentar as consequências. Como sempre estive.

— Bom dia, você se sente melhor? — Sasha foi a primeira a perguntar.

— Sim, estou bem — respondi, forçando um sorriso.

— Você nos deu um susto quando caiu daquele jeito. Jean quase enfartou — Connie falou, rindo enquanto olhava para Jean, que estava mortificado ao seu lado.

— Eu... eu... não foi assim. Todos ficamos preocupados — ele falou gaguejando. Foi engraçado vê-lo daquele jeito. Ele era sempre tão cheio de confiança, e agora estava nervoso.

— Tudo bem, foi só um susto... — comecei a falar, mas fui interrompida.

— Você foi irresponsável. Poderia ter sido bem pior para você e para nós — Mikasa me interrompeu, falando seriamente, seu tom sempre entediado como o do comandante. Devia ser de família.

Todos na mesa se calaram, o ar pesando com a gravidade das palavras dela.

— Eu sinto muito. Me desculpem, não acontecerá novamente — falei, baixando a cabeça e olhando para a comida, que de repente perdeu todo o seu sabor.

— Tudo bem, Amelie. Ninguém está com raiva de você — Armin disse, oferecendo um sorriso empático que eu não consegui devolver.

Estávamos indo em direção ao campo de treinamento quando senti alguém me cutucar. Ao me virar, vi Eren. Franzi as sobrancelhas, esperando que ele falasse algo ou me deixasse ir.

— Me desculpe, Amelie. Eu não percebi que você não estava bem. Se eu tivesse...

— Tudo bem, Eren. A culpa foi mais minha do que sua — respondi com um sorriso gentil, tentando afastar a sombra de culpa que parecia querer envolvê-lo também. Ele me olhou, sorrindo de volta. Conversamos enquanto nos juntávamos aos outros cadetes. Mikasa, com um olhar fechado, lançava olhares frios para Eren. Ciúmes? Um arrepio percorreu meu corpo ao ver o comandante nos esperando. Suas palavras me vieram à mente, e um frio na espinha fez com que eu rezasse para não ser chamada.

— Moreau, à frente agora. — Ótimo, não seria fácil, não é? Suspirando, me dirigi para a frente.

Ao lado do comandante havia um suporte com várias lâminas. Espadas? A ideia de lutar com lâminas me deixou tensa. Olhei para ele, esperando suas ordens.

— Escolha uma lâmina, cadete — ordenou ele, impassível.

Fui até o suporte e peguei um par de adagas que chamaram minha atenção. Voltei para o lugar, nervosa e suando. O calor do sol, intensificado pela falta de nuvens, era quase insuportável.

— Ackerman. — O comandante chamou. Mikasa avançou e escolheu um par de espadas. Ela parecia me detestar hoje; seus olhos brilhavam com uma fúria que eu não conseguia ignorar. O medo começou a me dominar.

— Lutem — o comandante ordenou com um tom que não admitia discussão.

Mikasa e eu nos encaramos. Era minha primeira vez lutando com lâminas, e o comandante não parecia se importar em me testar. Mikasa avançou com velocidade surpreendente, suas espadas cortando o ar em minha direção. Desviei por pouco e contra-ataquei com um chute nas suas costas. Ela se virou rapidamente, seus olhos ardendo em fúria. Sem me dar tempo para respirar, avançou novamente. Desta vez, fui lenta demais. Senti a lâmina fria rasgar meu braço direito e um grito de dor escapuliu de meus lábios. Pressionei o ferimento, tentando ignorar a dor que pulsava.

Mikasa avançou para um novo ataque. Com esforço, dei uma rasteira nela, derrubando-a no chão. Ela gemeu de dor e, quando se levantou, corri em sua direção, agarrando-a por trás e colocando a adaga em seu pescoço. Não pressionei muito, apenas o suficiente para demonstrar a ameaça. Mikasa, no entanto, era rápida; com um movimento ágil, agarrou meu braço e me jogou por cima, me derrubando. Ela veio para cima de mim com as espadas, uma delas ameaçando meu rosto. A luta estava se tornando pessoal. Com dificuldade, tirei-a de cima de mim e tentei me levantar, mas Mikasa foi mais rápida, cortando minha perna com a lâmina.

— Merda! — Gritei, a dor me forçando a soltar um grito agudo. Olhei para ela, a raiva substituindo a dor em meus olhos. Já havia passado dos limites. Corri para Mikasa, minha perna sangrando, e passei uma das adagas pelo punho dela. Ela deixou cair uma das espadas, surpresa. Aproveitei a distração e ataquei com um cotovelo em seu rosto, seguido por um chute na coxa. Mikasa caiu de joelhos. Respirei com dificuldade, exausta. Quando ela se levantou, dei outro chute em sua mão, e a outra espada caiu.

Mikasa me encarava com uma fúria crescente. Levantei uma sobrancelha para ela, e ela assumiu uma nova posição de combate. Merda, ela parecia determinada a me derrotar. Soltei as adagas e os murmúrios e suspiros dos cadetes ao redor se espalharam. Recomecei a luta. Mikasa avançou com um punho cerrado. Desviei e acertei com o cotovelo na lateral do rosto dela novamente. Ela reagiu rapidamente, desferindo um chute na minha perna ferida. Caí de joelhos, a dor aguda me paralisando por um momento. Ela se preparava para dar outro chute quando segurei sua perna, derrubando-a e indo para cima dela, desferindo socos em seu rosto. A raiva estava me dominando completamente. Mikasa tentava se defender com as mãos, e eu estava prestes a desferir um golpe final quando uma mão forte me agarrou.

— Já chega. Parabéns, cadete — disse o comandante, sua voz cortando o caos.

Meu coração deu um salto ao ouvir isso. Levantei-me com dificuldade, a dor na perna me fazendo mancar.

— Vá para a enfermaria. Depois, voltem para cá, as duas.

O caminho para a enfermaria foi silencioso. Minha perna doía e eu mancou, mas a euforia de ter vencido meu primeiro combate, especialmente contra Mikasa, era quase intoxicante. Felizmente, meus cortes não precisaram de pontos; foram apenas enfaixados. Mikasa também teve ferimentos menores — um arranhão no pescoço e um corte no lábio. Ela ainda não tinha olhado para mim.

— Mikasa? — Chamei, e ela me encarou com uma expressão neutra, sua frieza me lembrando do comandante Levi.

— Está tudo bem? — Perguntei, tentando ver além da sua máscara de indiferença.

— Sim — respondeu ela, desviando o olhar.

— Tem certeza? Eu só queria dizer que... Eren não disse nada demais. Ele apenas pediu desculpas.

Ela me interrompeu, seu tom ríspido cortando a conversa.

— O que faz você pensar que a relação entre você e Eren me afeta? — Perguntou, sua voz carregada de desdém.

— A luta de hoje já diz muito.

O rosto de Mikasa ficou vermelho como um tomate. Suspirei e me levantei, desafiando-a com meu olhar.

— Não vou contar para ninguém, Mikasa. Mas fique atenta, não vou tolerar seus chiliques de ciúmes. — Falei, indo em direção à porta da enfermaria e esperando por ela.

Voltamos ao campo em silêncio. Felizmente, o resto do dia foi dedicado ao tiro ao alvo, uma pausa bem-vinda para minha perna ferida.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro