Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 26

3300 palavras

"A fúria como um vulcão, dilacera a calma em uma tempestade de violência, onde o desespero e o ódio se tornaram uma força primitiva, incapaz de ser domada."

Os dias passaram arrastados, pesados como correntes presas aos meus tornozelos. A cada noite, os pesadelos se repetiam, me puxando para abismos sem fim, onde a escuridão me sufocava e as vozes distantes me acusavam, zombando da minha existência. Acordava suada, os lençois encharcados, e a luz acesa no meu quarto não trazia a segurança que eu tanto buscava. Meu corpo estava em constante alerta, o medo cravado na minha carne como um espinho impossível de arrancar.

Meu pé, pelo menos, havia melhorado. Abandonei as muletas e voltei a usar meus coturnos habituais, ainda mancando um pouco, mas sem grandes dificuldades. Era como se, ao colocá-los novamente, eu pudesse fingir que tudo estava voltando ao normal. Mas eu sabia que essa normalidade era apenas uma fachada, uma máscara prestes a se romper.

Hange me chamou ao laboratório, e o caminho até lá foi marcado por um pressentimento sombrio, como uma sombra me acompanhando. A atmosfera no laboratório estava densa, carregada, como se o ar estivesse saturado de tensões não ditas. Quando entrei, percebi de imediato a expressão de Hange: algo estava profundamente errado.

Petra estava ali, como sempre, cantarolando enquanto limpava o laboratório. O som agudo da sua voz era como unhas arranhando uma lousa, irritando meus nervos já à flor da pele. Por que ela parecia tão despreocupada? Engoli em seco, sentindo o gosto amargo do medo subir pela minha garganta.

— Amelie, obrigada por vir — Hange começou, mas sua voz estava tensa, carregada de um peso que fez meu estômago revirar.

— O que aconteceu, Hange? — perguntei, tentando manter a calma, mas o tremor na minha voz traía a ansiedade que me corroía por dentro.

Hange olhou para mim, seu rosto normalmente animado agora estava pálido, e suas mãos tremiam levemente enquanto as pousava sobre a bancada. Cada segundo de silêncio parecia se arrastar por uma eternidade, até que ela finalmente falou.

— Amelie, preciso te contar algo... algo muito sério. — Sua voz era baixa, quase um sussurro. — Fizemos novos testes com sua amostra de sangue.

Meu coração começou a bater mais rápido, uma batida pesada e irregular, como se a qualquer momento ele fosse explodir. Cada palavra dela era como um golpe, e eu podia sentir o chão sob mim começando a se dissolver.

— O que você descobriu? — Minha pergunta saiu trêmula, quase inaudível.

— Amelie, você está infectada. — Hange finalmente soltou, como se as palavras tivessem sido arrancadas à força de sua garganta.

Por um momento, o mundo ao meu redor parou. O chão que antes ameaçava se dissolver agora parecia desmoronar completamente. Meus joelhos fraquejaram, e eu me segurei na bancada, tentando evitar a queda iminente. As palavras de Hange ecoavam em minha mente como uma sentença de morte. "Infectada." O que isso significava? Que eu me transformaria em uma dessas criaturas? Que eu perderia a razão, a humanidade? O laboratório começou a rodar ao meu redor, girando em um turbilhão de desespero.

Risos histéricos ecoaram pelo laboratório, vindos de além da cortina que separava a sala. A risada de Faye Yeager, como se ela tivesse acabado de ouvir a piada mais engraçada de toda a sua maldita existência. A ideia de me tornar um experimento, de perder tudo o que eu era, tomou conta de mim, sufocando qualquer vestígio de racionalidade.

— Amelie, estou tentando encontrar um antídoto... algo que possa controlar isso — Hange continuou, sua voz agora soando como uma súplica, desesperada para me oferecer alguma esperança.

— Acha que vou me transformar em um espectro? Hange, você vai me amarrar a uma maca e fazer experimentos comigo? — A dor na minha voz era nítida, cortante, o desespero se tornando uma sensação conhecida, como uma velha amiga indesejada.

— Amelie, eu não vou prender você... Mas preciso que me diga, você já sentiu vontade de... comer carne humana? O sangue te traz algum desejo? — As palavras de Hange saíram hesitantes, como se ela tivesse medo da resposta.

Senti o estômago revirar de nojo, a repulsa queimando em meu peito.

— Não, Hange... Eu não sou... — As palavras morreram na minha boca, sendo engolidas pelo terror crescente. Infectada. Sou um monstro, como eles.

Hange parecia absorver cada uma das minhas reações com uma preocupação crescente, seu olhar analítico tentando decifrar o que estava acontecendo comigo.

— Isso é... interessante. A infecção já está avançada, o que nos permitiu detectá-la, mas você não se parece com eles. É como se o vírus agisse de maneira diferente em seu corpo — Hange murmurou, mais para si mesma do que para mim.

— Eu não entendo, Hange. O que isso significa? — Minha voz era um fio, presa entre o medo e a confusão.

Hange não me respondeu imediatamente, como se estivesse lutando contra as palavras que precisava dizer, até que, finalmente, com uma expressão de quem carregava o peso do mundo nas costas, ela continuou.

— Amelie... — Hange hesitou, seu rosto ficando ainda mais pálido. — Há mais uma coisa que você precisa saber.

Meu coração, já em ritmo frenético, parou por um segundo. O que poderia ser mais grave do que o que ela já havia me contado?

— O que é, Hange? — Minha voz mal passou de um sussurro. O terror em mim era palpável, crescendo a cada segundo.

Hange respirou fundo, como se estivesse se preparando para dar outro golpe, o golpe final.

— Você... está grávida.

O mundo girou. Minha visão ficou turva, o laboratório ao meu redor virou uma confusão indistinta de formas e cores. Meu corpo inteiro começou a tremer, e um som rouco escapou da minha garganta. Grávida? Como isso podia ser verdade? Isso era um pesadelo, só podia ser. Em algum momento, eu iria acordar na minha cama, e tudo isso não passaria de uma alucinação. Mas o terror que me envolvia era real, e não havia como escapar.

O laboratório parecia se fechar ao meu redor, as paredes avançando, enquanto o som ensurdecedor do sangue pulsando em meus ouvidos me isolava de qualquer outra coisa. A risada de Faye, aquela risada infernal, ecoava na minha mente, escarnecendo do meu destino, zombando de tudo que eu achava que era. Grávida. Infectada. A realidade desabava sobre mim como uma avalanche de horror e desespero.

O medo se transformou em algo mais primitivo, em uma raiva selvagem que queimava em minhas veias como fogo. Minha pele ardia, o calor da fúria me consumia por dentro. O mundo ao meu redor se dissolveu em uma névoa vermelha, e antes que eu pudesse pensar, meu corpo agiu por puro instinto, movido por um ódio cego e absoluto.

— Cala a boca! — gritei, avançando em direção à cortina que separava Faye do resto do laboratório.

Minha voz, impregnada de fúria, reverberou pelas paredes do laboratório, quase tão alta quanto a risada insuportável de Faye. Eu não conseguia mais suportar. Aquela risada, aquele som que parecia estar gravado em minha alma, foi a última gota. Com um impulso de força desesperada, chutei a maca onde ela estava deitada, virando-a com um estrondo que ecoou pelo ambiente.

O impacto no chão silenciou momentaneamente sua risada, mas não foi suficiente. A raiva que rugia dentro de mim não poderia ser apaziguada tão facilmente. A frustração e o ódio, alimentados pelo desespero que corroía minha sanidade, exigiam mais. Sem pensar, agarrei Faye pelos cabelos, puxando-a para cima com uma força que parecia sobrenatural, e comecei a bater sua cabeça contra o chão.

Cada impacto era abafado, mas a visão do sangue começando a manchar o piso alimentava minha sede de violência. Faye, mesmo com o rosto começando a se desfigurar, continuava a rir, um riso agudo e frenético que parecia vir das profundezas do inferno. O som era uma faca cravada em minha mente, cortando minha última gota de racionalidade. Eu não podia parar, não queria parar. Cada golpe era uma tentativa desesperada de silenciar aquela risada, de aliviar o peso insuportável que me esmagava.

— Você não entende! — gritei, minha voz embargada pelas lágrimas e pelo ódio, enquanto levantava a cabeça dela mais uma vez, forçando-a a me encarar.

O rosto de Faye estava quase irreconhecível, o sangue escorrendo de feridas abertas, alguns dentes caídos pelo impacto dos golpes. Mas mesmo assim, ela ainda ria, como se minha violência fosse uma piada. Como se a dor, a dor que eu tanto queria infligir, não tivesse qualquer efeito sobre ela. Um espectro não sente dor. Mesmo assim, seu riso finalmente começou a desaparecer, a expressão risonha se desmanchando em algo mais cruel, mais zombeteiro, quando se soltou de mim com uma facilidade assustadora. Ela me empurrou para longe como se eu não fosse nada, como se o que eu acabara de fazer não tivesse importância.

Levantei-me, trêmula, mas determinada a continuar. Antes que pudesse avançar novamente, senti um golpe no rosto que me fez cambalear para trás. O choque da dor trouxe um lampejo de clareza, mas a fúria ainda dominava cada fibra do meu ser. Respirei fundo, o ar entrando em meus pulmões como brasas, enquanto ambas respirávamos pesadamente, o ódio entre nós pulsando como uma entidade viva, faminta.

— Você é uma aberração, Amelie! — Faye gritou, o sangue escorrendo por seu rosto deformado.

"Aberração." Aquela palavra rasgou meu ser mais profundamente do que qualquer lâmina poderia. Não pensei, apenas agi. Avancei sobre ela novamente, a visão turva de raiva e dor. Mas antes que pudesse tocá-la, senti mãos fortes me segurando, me puxando para trás com uma força inabalável. Virei-me, meu corpo tremendo, e vi Levi. Seu rosto impassível era como uma máscara de pedra, seus olhos, frios e duros, refletiam a fúria que ele segurava dentro de si.

— Chega! — Sua voz cortou o ar como uma lâmina afiada, o comando não permitindo contestação.

Petra, Hange e Moblit correram para imobilizar Faye novamente na maca, seus movimentos eram rápidos e precisos, quase desesperados. Levi ainda me segurava, seus dedos como garras de ferro nos meus ombros, enquanto Faye, amarrada de volta à maca, continuava a rir. Era uma risada histérica, um som distorcido que parecia vir de um pesadelo.

Minha respiração estava descontrolada, o ódio ainda fervilhava dentro de mim, queimando minha garganta como ácido. Me forcei a me soltar de Levi, lutando contra seu aperto até que finalmente ele me soltou. O laboratório estava em ruínas, assim como minha sanidade. Hange me olhava, sua expressão era uma mistura de preocupação e pena, uma pena que eu não podia suportar.

— Amelie... — ouvi a voz de Levi, mas não podia ouvir agora, não queria ouvir sua voz. Não queria que ele me visse assim, não queria que ele soubesse o que eu estava me tornando.

Eu me virei e saí, ignorando os chamados dele, daquelas pessoas. Eu mal consegui fechar a porta do quarto antes que meu corpo desabasse. Minhas pernas fraquejaram, e caí no chão com um baque surdo. O choque frio do piso contra meus joelhos foi seguido por uma onda de terror que tomou conta de mim, paralisando meus membros. Meu coração batia tão rápido que cada pulsação parecia uma bomba prestes a explodir. O ar, de repente, se tornou rarefeito, como se estivesse sendo sugado para fora da sala, e minhas mãos começaram a tremer incontrolavelmente.

Era como se uma garra invisível estivesse apertando meu peito, esmagando cada resquício de ar. Tentei respirar, mas o ar não entrava. Cada tentativa resultava em ofegos curtos e desesperados, como se eu estivesse me afogando, mesmo estando em terra firme. O pânico se espalhou como veneno nas minhas veias, e a sensação de sufocamento me fez arquear o corpo, tentando encontrar algum alívio, algum respiro.

Minhas mãos se fecharam em punhos, unhas cravando nas palmas, enquanto meus olhos procuravam algo, qualquer coisa, que pudesse me salvar. As paredes ao meu redor começaram a se aproximar, o quarto se encolhia, se torcia, até que tudo o que restava era uma caixa apertada e escura. O som do meu próprio coração martelava nos meus ouvidos, abafando qualquer outro ruído, qualquer sinal de vida além do meu desespero.

O quarto, que antes era apenas um espaço, agora se tornava uma armadilha. O chão parecia oscilar sob mim, como se estivesse prestes a se abrir e me engolir. As sombras nas paredes começaram a se esticar, distorcendo-se em formas que meu cérebro, em pânico, não conseguia compreender. Eu estava presa, não apenas no quarto, mas dentro de mim mesma, em um corpo que se recusava a obedecer, a funcionar.

Então veio a queimação. Minha garganta ardia, o ar que eu conseguia puxar parecia ácido, queimando-me por dentro. As lágrimas vieram em seguida, caindo sem controle, misturando-se ao suor que já escorria pelo meu rosto. O desespero me consumia por completo, uma sombra densa que se espalhava pelo meu ser, apagando qualquer luz de esperança.

Foi então que uma voz cortou a escuridão. No início, era distante, abafada, como se viesse de outro mundo. Mas aos poucos, a voz se tornou mais clara, mais próxima. Levi. Ele estava lá, mas parecia tão longe, sua voz se distorcendo como um eco através da névoa que envolvia minha mente.

— Respire... Amelie, respire.

Tentei. Queria obedecer, mas meu corpo estava em guerra comigo. A respiração, um ato tão simples, agora era uma batalha impossível. Eu estava em pedaços, uma confusão de tremores, lágrimas e medo. As paredes continuavam a se fechar, o chão continuava a balançar, e o terror continuava a apertar seu punho ao redor do meu peito.

— Olhe para mim! — a voz dele insistiu, agora mais próxima, mais urgente.

Com esforço hercúleo, consegui focar minha visão turva. Ele estava ali, ajoelhado ao meu lado, seus olhos cinzentos encontrando os meus. Sua mão firme agarrou meu ombro, uma âncora em meio à tempestade que me consumia, puxando-me de volta ao presente.

— Respire comigo, devagar.

Ele exagerou a respiração, puxando o ar de forma profunda e lenta, tentando me guiar. Eu forcei meus pulmões a obedecerem, tentando imitar o movimento dele, mas ainda era difícil, quase impossível. O pânico ainda estava lá, uma presença pulsante e implacável.

Mas então sua mão se moveu para minha nuca, pressionando levemente, oferecendo uma sensação de segurança em meio ao caos. Seguir o ritmo da respiração dele era minha única opção, minha única esperança de escapar do abismo que me puxava para baixo. Aos poucos, muito lentamente, o aperto no meu peito começou a afrouxar. As batidas frenéticas do meu coração desaceleraram, e eu consegui, finalmente, puxar uma respiração mais profunda, menos rasgada.

As lágrimas continuaram a cair, agora menos violentas, transformando-se em soluços suaves. Levi permaneceu ali, respirando comigo, sua mão nunca deixando minha nuca, um toque constante que me mantinha ancorada à realidade.

Finalmente, o sufocamento diminuiu, e meu corpo relaxou, exausto. Levi me puxou para mais perto, envolvendo-me em um abraço firme, oferecendo a força que eu tanto precisava. E foi nesse momento que eu desmoronei completamente. As lágrimas se transformaram em uma torrente, um grito silencioso de tudo o que eu havia perdido e tudo o que ainda temia perder.

Levi não disse nada, apenas me segurou enquanto eu desabava, uma presença sólida em meio ao caos que ainda rugia dentro de mim.

Enquanto os soluços diminuíam, a realidade me atingiu como um soco no estômago. O terror da minha própria situação me sufocava, e a proximidade de Levi, que antes era uma âncora, agora se tornava uma ameaça. Eu estava infectada. Eu era um risco, uma bomba-relógio prestes a explodir. E se Levi descobrisse?

Apenas o pensamento fez o pânico retornar com força total, mas desta vez, ele não era apenas uma sensação sufocante; era uma certeza esmagadora. Levi... Ele é um soldado. Ele faz o que precisa ser feito, sem hesitação. E eu? Eu sou uma ameaça agora. Se ele souber, se ele perceber o que eu me tornei... Ele vai me matar.

O medo me consumiu por completo, uma paranoia que se infiltrava em cada pensamento, cada batida do meu coração. Eu conseguia sentir meu corpo inteiro tremer, mas desta vez não era só o pânico. Era o medo dele, do que ele faria se descobrisse. A imagem de Levi, com seus olhos frios e determinação implacável, surgia em minha mente, e tudo o que eu conseguia pensar era que eu precisava afastá-lo. Agora.

— Levi, saia... — Minha voz saiu trêmula, quase um sussurro. — Vá embora.

Ele me segurou um pouco mais firme, confuso com minha mudança repentina. — Amelie, calma, está tudo bem. Só respire...

— Não! — Gritei, me afastando dele com tanta força que minhas costas bateram contra a parede do quarto. O medo estava escrito em cada linha do meu corpo, minha mente presa em um turbilhão de pensamentos paranoicos. — Eu... eu preciso que você saia. Agora.

Levi me olhou, a confusão estampada em seu rosto. Ele estava prestes a dizer algo, mas eu não podia deixá-lo falar, não podia arriscar.

— Por favor... — Implorei, a voz quebrando em um soluço. — Você precisa sair daqui, Levi.

Ele ficou parado por um momento, seus olhos fixos nos meus, tentando entender o que estava acontecendo. Eu podia ver a preocupação se transformando em algo mais, talvez uma compreensão assustadora. Ele era perspicaz demais, e eu sabia que, se ele percebesse a verdade, ele não hesitaria.

— Amelie, o que está acontecendo? — A voz dele estava calma, mas havia um tom de comando nela que só aumentava meu pânico.

Eu me afastei ainda mais, meu corpo encostando na parede como se eu pudesse me fundir a ela, como se isso pudesse me esconder da realidade. — Não... Não chegue perto de mim. Apenas vá embora, Levi, por favor.

O olhar dele ficou mais duro, os olhos cinzentos estreitados enquanto ele tentava decifrar o que estava acontecendo. Cada segundo que passava, meu medo crescia. Eu não podia permitir que ele descobrisse, eu não podia arriscar. A imagem dele me matando, a expressão fria e decidida em seu rosto, estava cravada na minha mente.

— Eu não vou a lugar nenhum até você me dizer o que está acontecendo. — A determinação em sua voz era inabalável, mas eu estava muito apavorada para deixá-lo ficar.

— Levi, por favor! — Meu grito ecoou no quarto, minhas mãos levantadas como se pudessem impedir que ele chegasse mais perto. Eu estava aterrorizada, cada fibra do meu ser dominada pelo medo dele, pelo que ele poderia fazer. — Você não entende... Eu... Eu não posso... Eu não posso estar perto de você!

Ele deu um passo na minha direção, e o pânico me tomou completamente. Eu caí de joelhos, os olhos arregalados de puro terror.

— Por favor, não me machuque... — Eu sussurrei, as lágrimas escorrendo pelo meu rosto novamente, meu corpo tremendo descontroladamente. — Eu só... Eu só preciso que você saia daqui...

Levi parou, a expressão em seu rosto endurecendo, mas havia algo mais em seus olhos, algo que eu não conseguia decifrar. Ele parecia hesitar por um momento, avaliando a situação, e então, lentamente, ele deu um passo para trás.

— Amelie... — Ele começou, mas sua voz estava diferente agora, mais suave, como se estivesse tentando alcançar algo em mim.

— Por favor... — Foi tudo o que consegui dizer, minha voz um fio frágil prestes a se romper.

Ele me observou por mais alguns segundos, seus olhos fixos nos meus, como se tentasse entender o que estava acontecendo. Eu não conseguia suportar aquele olhar, aquele peso de sua percepção. Finalmente, ele suspirou, um som baixo e resignado.

— Estarei do lado de fora — disse ele, sua voz quase inaudível.

E então, ele saiu, fechando a porta atrás de si. Mas a tensão não me deixou. Eu fiquei no chão, meu corpo ainda tremendo, meus pensamentos ainda girando em um redemoinho de paranoia e medo. A realidade era clara e cruel: eu estava sozinha. E se Levi descobrisse, ele faria o que fosse necessário. Ele sempre faz. E isso era o que me aterrorizava mais do que qualquer outra coisa.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro