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Capítulo 19

2524 palavras

"A frustração não surge da falta de respostas, mas da ausência de controle sobre o que não podemos mudar."

Estávamos na sala de interrogatório, um espaço abafado e opressivo, com o cheiro de mofo impregnado no ar. A única mobília consistia em uma mesa e duas cadeiras, estrategicamente posicionadas no centro da sala. Apenas Eren e eu estávamos presentes, e embora a raiva que eu havia sentido anteriormente tivesse diminuído, a tensão ainda pairava no ambiente enquanto aguardávamos a chegada de Erwin e Levi. Eren estava prestes a ser interrogado, e eu permanecia em pé ao lado da porta, com o olhar fixo na parede oposta, sentindo o peso de seu olhar sobre mim.

— Amelie, eu sinto muito. Pensei que ele ia atacar você — disse Eren, sua voz carregada de arrependimento.

Virei-me para encará-lo, respirando fundo para não desferir um soco nele naquele instante.

— Não diga mais nada até o interrogatório começar — respondi, com uma frieza calculada.

Ele pareceu não ouvir ou optou por ignorar minha ordem.

— Mikasa está bem?

Com uma rapidez irritada, aproximei-me e bati as mãos na mesa com força. O som ecoou na sala, fazendo Eren recuar com um sobressalto.

— Você é um soldado treinado, Yeager. Treinado o suficiente para distinguir quando alguém está prestes a atacar ou não. Ambos sabemos que ele não tinha intenção de me atacar. Portanto, a menos que você revele o verdadeiro motivo por trás de sua ação, cale a sua maldita boca. Me entendeu?

Eren assentiu, seu olhar frio fixo nos meus olhos.

A porta se abriu, e eu imediatamente adotei uma postura mais adequada.

— Algo errado, capitã? — Erwin perguntou, observando a cena entre mim e Eren com curiosidade.

— Não, senhor Erwin — respondi, mantendo a compostura. Levi, de pé ao seu lado, observava em silêncio.

— Então vamos começar — Erwin disse, acomodando-se na cadeira de frente para Eren.

Voltei à minha posição ao lado da porta. Erwin se ajustou na cadeira, pronto para iniciar o interrogatório.

— Antes de tudo, gostaria de saber o motivo da sua visita à fazenda, capitã Amelie — Erwin perguntou, olhando diretamente para mim.

— Na primeira vez que estive lá, Egner não me permitiu verificar o banheiro, alegando desculpas esfarrapadas. Quando o comandante me informou que ele havia sido liberado e a casa não havia sido revista, decidi ir. Eu sabia que ele estava escondendo algo, senhor Erwin.

— Pensei que ele não estivesse mais sob investigação, comandante Levi — Erwin comentou, voltando-se para Levi.

— Sim, mas a investigação foi superficial. Uma mulher estava sendo torturada lá — interrompi, a frustração evidente na minha voz.

Erwin despertava em mim uma rebeldia pura e sólida.

— Muito bem observado, capitã. No entanto, agora temos um soldado esfaqueado, um homem morto por um de seus soldados e uma sessão de interrogatório — Erwin falou com sarcasmo, seu tom claro. Não respondi.

— Então você não convocou Eren Yeager para ir à fazenda? — Erwin perguntou, direto ao ponto.

— Não, senhor — respondi firmemente.

Erwin assentiu e voltou-se para Eren.

— Se não foi chamada, o que estava fazendo lá? — Erwin perguntou.

— Eu ouvi a capitã combinando algo com Mikasa durante o almoço. Segui Mikasa quando ela saiu do refeitório e fui até a fazenda. Não tive a intenção de matar ninguém, apenas queria proteger — Eren explicou, sua voz calma, mas determinada.

— Ele não ia atacar. Ele era a única testemunha que tínhamos, o único que sabia mais do que qualquer um nesta sala, e você o matou. Por quê? — perguntei, a frustração fazendo minha voz tremer.

Eren olhou para mim com uma frieza perturbadora.

— Mikasa foi ferida por sua decisão, capitã. — A acusação era clara em seu tom.

Eu não podia negar. A culpa era minha, sem defesa.

— Isso não muda o fato de que você o matou, Yeager — Levi interveio, a dureza em sua voz era inegável.

— Ele estava com uma faca. Vocês duas poderiam estar mortas agora — Eren insistiu.

— Ele disse algo importante antes? — Erwin perguntou, mudando o foco.

— Disse que foi forçado a fazer isso, a deixar o gado doente, que foi coagido a colocar algo no meu chá e que fizeram aquilo com a mulher dele — respondi, revivendo as palavras de Egner em minha mente.

— Ele esfaqueou Mikasa. Por que acha que não faria o mesmo com você, capitã? — Erwin questionou.

Parei para refletir. Não havia certeza de que ele não me atacaria.

— Não tenho certeza, senhor. Talvez ele planejasse me atacar, ou talvez se entregasse — admiti, com a voz baixa e hesitante.

— Ele não parecia alguém sem nada a perder. Sua motivação deve ter sido o medo. Yeager está liberado. Suas ações foram em defesa dos seus companheiros — Erwin decretou, sua voz firme. — Eren Yeager deverá passar por uma medida disciplinar, capitã.

— Sim, senhor. Eren passará três dias preso — concordei.

— O quê? Eu salvei você — Eren protestou, sua frustração evidente.

— E eu agradeço, mas você descumpriu minhas ordens, resultando em uma morte. Se três dias não forem suficientes, aumentarei para uma semana.

— Três dias estão bons, capitã — Eren cedeu, relutante.

Assenti. Erwin levantou-se e se dirigiu à porta.

— Nile Dok, leve Eren Yeager até as celas e informe que ele passará três dias lá.

O oficial Dok entrou na sala e levou Eren, que saiu sem resistência.

— Espero vocês no laboratório de Hange — Erwin anunciou antes de sair, deixando-me sozinha com Levi.

O desconforto no ar parecia aumentar a cada segundo, uma lembrança cruel da minha declaração imprudente para Levi. A tensão era quase palpável, a sala de interrogatório agora parecia um labirinto apertado e sufocante. Levi se dirigiu à porta e a trancou com um estalo que ecoou na sala vazia. Meu coração acelerou com a expectativa de que ele fosse simplesmente sair e me deixar sozinha com a frustração e o medo que me consumiam. Mas, em vez disso, ele se virou para mim e avançou com uma determinação silenciosa.

Eu recuei até sentir a mesa atrás de mim, o espaço entre nós diminuindo de forma ameaçadora. Ele estava tão perto que eu podia sentir a intensidade de sua respiração, um calor quase elétrico que me fazia tremer. Seu olhar, geralmente frio e implacável, agora estava carregado de uma emoção que eu não conseguia definir.

Levi segurou meu queixo com firmeza, erguendo meu rosto para encontrar os olhos dele. A suavidade inesperada de sua voz me pegou de surpresa.

— Você se machucou?

Eu fiquei atônita, as palavras presas na minha garganta, enquanto ele continuava a me examinar. A pergunta estava carregada de uma preocupação genuína que parecia desarmar todas as minhas defesas. Eu apenas consegui balbuciar:

— Não, eu estou bem.

Minha voz soou estranha, distante, como se eu estivesse tentando convencer a mim mesma. Eu olhei para baixo, fixando os olhos em uma linha invisível no chão, enquanto o silêncio constrangedor preenchia o espaço entre nós. Levi não se afastava; sua presença era esmagadora e inescapável.

— Preocupado comigo, comandante? — minha pergunta saiu mais desafiadora do que eu pretendia.

— Não.

A resposta direta me fez sentir um misto de frustração e alívio. Eu continuava a olhar para o chão, meu coração martelando no peito. Levi suspirou, o som carregado de uma resignação que eu não conseguia compreender.

— Eu sei que você lidaria bem se a situação fosse pior.

Eu levantei o olhar, sentindo uma onda de raiva e desamparo. O que ele estava tentando dizer? A missão havia sido um desastre, e a frieza dele só aumentava a minha angústia.

— Mikasa foi esfaqueada, Egner está morto, e Eren foi o responsável pela morte. Você considera isso "lidar bem com a situação"?

Levi olhou para mim com uma expressão contemplativa, quase distante. A forma como ele olhava para mim, com seus olhos cinzentos profundos, parecia estar em busca de algo que eu não entendia. A pergunta que eu realmente queria fazer era sobre o que ele realmente sentia, mas não tive coragem.

— Desde quando meu bem-estar é tão crucial para o sucesso de uma missão, comandante?

Levi me observou com um semblante sereno, mas havia algo mais por trás de seus olhos. Sua expressão não era raiva ou desdém, mas uma espécie de introspecção sombria. Ele não parecia bravo ou chateado; parecia mais perdido em pensamentos, lutando contra alguma batalha interna.

— Mas eu não disse que era.

Não sabia como reagir a isso. O silêncio voltou a dominar a sala, criando uma atmosfera opressiva. Então, senti a mão de Levi em meu rosto. Seus dedos eram quentes e suaves enquanto tocavam meu queixo, deslizando até a minha boca. Ele gentilmente colocou uma mecha solta de cabelo atrás da minha orelha, o gesto tão íntimo que me fez estremecer.

Os sentimentos conflitantes se misturavam dentro de mim — uma mistura de desejo e vulnerabilidade. Olhei para Levi, e para minha surpresa, ele também parecia hipnotizado. Seus olhos, que normalmente eram frios e impassíveis, agora estavam cheios de uma profundidade que me fazia sentir como se estivéssemos flutuando em um espaço sem gravidade.

Ele se inclinou para mim, e, antes que eu pudesse processar completamente o que estava acontecendo, seus lábios tocaram os meus com uma urgência feroz. O beijo era intenso e carregado de desejo, cada toque e cada movimento parecia uma declaração de tudo o que não podíamos dizer em palavras. Levi me ergueu, colocando-me sobre a mesa, e a proximidade dos nossos corpos era quase desafiante às leis da física. Suas mãos apertavam minha cintura, me puxando para mais perto, enquanto minhas mãos se enterravam em seus cabelos macios, o toque um consolo em meio ao caos.

Os beijos continuaram com uma ferocidade que era ao mesmo tempo desesperada e apaixonada. Nossos corpos estavam tão próximos que o calor de nossos corpos misturava-se, e a sensação era quase inebriante. Quando Levi finalmente cessou o beijo, suas testas se encostaram, ambos com os olhos fechados e respirando pesadamente. Havia uma fraqueza, uma vulnerabilidade em seus olhos que eu nunca tinha visto antes.

Ele endireitou seu corpo e me olhou com uma expressão que eu não conseguia decifrar — talvez decepção, tristeza, ou algo mais. Sua mão voltou a tocar meu rosto, acariciando minha bochecha com um cuidado que parecia quase gentil.

— Amelie.

A voz dele era suave, mas a maneira como ele disse meu nome carregava uma profundidade que me fez sentir ainda mais perdida. Com um suspiro pesado, ele se afastou e saiu da sala sem mais uma palavra, deixando-me sozinha, sem nenhum consolo, apenas o eco de seu toque e o vazio de sua ausência.

Ao entrar no laboratório, encontrei Erwin e Levi presentes, ambos com expressões sombrias e uma atmosfera carregada que me deixou inquieta. Hange estava visivelmente perturbada, suas mãos inquietas e o olhar ansioso enquanto se aglomeravam ao redor de uma cama de enfermaria. Ao me aproximar, a visão de Florencia deitada ali me congelou. Seus olhos estavam fixos no teto, vazios e sem emoção, um contraste cruel com a situação. O silêncio na sala era quase palpável, até que Florencia me olhou diretamente. Senti um calafrio percorrer minha espinha, e, tentando ignorar seu olhar penetrante, me voltei para Hange.

— Você fará experimentos com ela? — perguntei, quebrando o silêncio tenso que pairava sobre nós.

— Sim, é necessário. Egner te contou o que fizeram com ela? — Hange respondeu, sua voz grave e carregada de preocupação.

— Não.

— Então essa é mais uma razão para testá-la. Com base nas feridas e na perda massiva de sangue, ela deveria estar morta, mas continua respirando — explicou Hange, a expressão dela uma mistura de inquietação e determinação.

— É melhor matá-la de uma vez. Ela já sofreu demais para passar por mais experimentos — argumentei, a repulsa crescendo enquanto o odor pútrido de Florencia se tornava quase insuportável.

— Está enganada — disse Erwin, sua voz firme e implacável.

— O quê? — perguntei, sem compreender a lógica por trás de suas palavras.

— Ela não sente dor, capitã — Levi respondeu, seu tom carregado de frieza.

— Como assim ela não sente dor? — Minha mente lutava para processar a informação.

— Ela não sente dor, e por isso precisamos continuar os testes. Quero entender o motivo disso — Hange explicou, a preocupação evidente em sua voz.

— Formei uma equipe para ir ao Distrito Maria, capitã Amelie — Erwin declarou, sua calma perturbadora apenas intensificava minha frustração.

— Está louco? Não podemos ir lá, não sabemos o que há naquele lugar — protestei, minha voz elevada pela inquietação.

— Amelie — Levi interveio, o tom de repreensão em sua voz era claro, mas eu estava tão perturbada que não consegui me conter.

— Precisamos saber o que está acontecendo lá.

— Você quer nos colocar em perigo só para satisfazer sua curiosidade? — rebati, sentindo meu sangue ferver.

— A equipe já está formada. Vocês partirão amanhã — anunciou Erwin, sem sequer me olhar.

— O que você deveria fazer era fechar o portão desse distrito, em vez de nos mandar em missões inúteis e suicidas. — Olhei para Hange, buscando apoio, mas ela simplesmente balançou a cabeça. Eu não teria o apoio dela, e também não tentaria com Levi. — Senhor. — Me dirigi a Erwin novamente, em um tom apelativo.

— Fecharei o portão. — Sorri para ele, agradecida, acreditando que finalmente ele me ouviria.

— Mas vocês ainda irão para o Distrito Maria amanhã.

A confusão e a frustração tomaram conta de mim. O Distrito Maria estava cheio de pessoas estranhas e canibais? Erwin estava nos mandando para um território desconhecido e perigoso.

— E acrescento que, se você me contestar mais uma vez, será expulsa desta instituição por insubordinação.

A raiva fervia em minhas veias; aquele homem egoísta estava me empurrando ao limite.

— Já chega, Amelie. — Levi falou então, sua voz uma mistura de firmeza e frieza. Olhei para ele, e ele acrescentou: — É uma ordem.

Claro que era. Olhei para todos no local e, sem mais palavras, saí do laboratório. Não havia como competir com a autoridade de Erwin, nem com a lealdade que Levi e Hange tinham por ele. Caminhei pelo corredor vazio, desejando bater em alguém ou, pelo menos, gritar com todas as minhas forças como um desabafo.

— Amelie, pare. — Levi me alcançou no corredor, segurando meu braço e me fazendo parar. Virei-me para ele, a raiva estampada no rosto.

— Onde pensa que está? Quem você pensa que é para desafiar a autoridade do líder do distrito assim?

— E você, Levi? Você mesmo disse que não iríamos para esse distrito, e agora está cedendo à decisão de Erwin.

— Somos subordinados dele, Amelie. Não há o que fazer. Já falei que, se não está satisfeita, é livre para ir.

Ir? Para onde eu iria? Toda a minha vida estava resumida a este quartel; meus amigos, Levi, tudo estava aqui. Eu não ganharia nada indo embora.

— Por que está sempre falando isso? Por que está sempre me dizendo para ir embora? — Ele me olhou, seu semblante impenetrável. Soltei uma risada curta, isso tudo parecia tão patético. — Não sairei desta instituição, Levi. Se minha presença te incomoda tanto, então que saia você.

Me virei e saí, ele não tentou me impedir, não me chamou de volta. Era tão frustrante. Fui em direção aos dormitórios e me tranquei no quarto, a raiva e a frustração borbulhando dentro de mim, cada pensamento uma tempestade que eu não conseguia acalmar.

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