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Capítulo 11

5037 palavras

"Ao me perder em um abismo de desejo e dor, descobri que a queda não era apenas física, mas um mergulho profundo na confusão de meu próprio coração."

Quando minhas costas desabaram na cama, um longo suspiro escapou dos meus lábios, como se o peso de tudo finalmente cedesse. O colchão frio me envolveu, e por um breve momento, me deixei afundar na sensação de alívio que ele proporcionava. Fiquei ali, imóvel, com os braços sob a cabeça, meus olhos fixos no teto branco e sem vida. A euforia do que havia acabado de acontecer ainda pulsava em meu corpo, provocando um sorriso involuntário que logo se desfez quando a realidade me atingiu. Não foi nada especial. Nada que merecesse minha atenção.

Devagar, me levantei, sentando na beira da cama. Meu olhar se fixou na janela acima da mesinha velha de madeira, já desgastada pelo tempo. A chuva caía pesada contra o vidro, o som repetitivo e familiar despertando uma memória que eu preferia manter enterrada. Dias chuvosos sempre me lembravam dele. Meu pai adorava o som da chuva batendo nas janelas. Ele sempre colocava um filme antigo na TV, e nós nos aninhávamos no sofá, dividindo um cobertor e uma tigela de pipoca ainda quente. Eu quase podia sentir o cheiro amanteigado que permeava a sala, quase podia ouvir seu riso despreocupado ecoando em minha mente. Aqueles momentos, tão simples, eram onde eu encontrava meu lar.

Mas agora, tudo parecia vazio. Ele se foi, e com ele, levou o calor que tornava o mundo um pouco mais suportável. A saudade apertava meu peito, uma dor que eu não sabia se algum dia desapareceria. Eu me sentia como um fantasma, vagando por memórias que só me traziam mais solidão. O que restava era um silêncio gélido e cortante, uma sensação de estar perdida em um lugar onde eu não pertencia mais.

Um trovão rasgou o silêncio, tão alto e inesperado que meu coração disparou, e meu corpo reagiu instintivamente, pulando. Pisquei, desorientada, até perceber que o som vinha da tempestade lá fora. A chuva caía com uma intensidade que fazia o dia parecer noite, o céu escuro e pesado como se o próprio mundo estivesse lamentando algo.

Olhei para o relógio na parede — 6:00 da manhã. Mas não parecia dia. A cada ano, o clima se tornava mais estranho: dias eternamente cinzentos, um frio que não deixava o corpo e tempestades violentas que não davam trégua. Ninguém sabia ao certo o que estava acontecendo. Talvez o vírus Khaos1 tenha mudado mais do que imaginávamos. Talvez algum ser superior, cansado de nossa existência, estivesse decidido a começar tudo de novo. Ou talvez... talvez fosse apenas a forma do mundo refletir a tristeza que agora parecia envolver tudo.

Esses pensamentos ecoavam em minha mente, e tudo o que restava era um desejo profundo de me perder naquela memória, naquele calor que um dia chamei de lar. Mas o calor se foi, e eu, sozinha, só podia abraçar o vazio que ele deixou.

Passei a manhã inteira no escritório de Levi, mergulhada entre pilhas de documentos que ele sempre me deixava para revisar. Trabalho burocrático e enfadonho, que ele fazia questão de delegar a mim. Desde o incidente, eu não tinha visto Jean. Quando saí do refeitório mais cedo, os soldados já tinham dispersado, e isso foi um alívio. Eu ainda não estava pronta para encarar ninguém, especialmente Jean. Queria apenas fugir dessas complicações.

Caminhava pelo corredor movimentado, tentando não demonstrar a pressa que sentia. Estava quase atrasada para uma reunião com Erwin Smith, o líder do distrito. Meus passos eram largos, ignorando os olhares e cumprimentos dos soldados. Não tinha tempo para conversas.

Foi quando ouvi vozes familiares ao final do corredor.

— Eu vou falar com ela.

Meu rosto se virou instintivamente na direção da voz. Sasha, Connie e Jean estavam próximos às escadas que levavam ao terceiro andar, discutindo acaloradamente. Connie tentava impedir Sasha de avançar, segurando seu braço. Eu diminui o passo, quase parando, mas não foi o suficiente para escapar. Sasha se desvencilhou de Connie e marchou em minha direção, com o rosto contorcido em raiva.

Droga. Eu sabia exatamente sobre o que ela queria falar. Tentei calcular se conseguiria passar direto até as escadas, mas antes que pudesse decidir, Sasha já estava na minha frente, me empurrando com força contra a parede. Suas mãos agarraram a gola do meu uniforme, e seus olhos, cheios de ódio, se cravaram nos meus. Ela era mais alta, e sua presença agressiva me forçava a encará-la de baixo.

Que porra ela pensa que está fazendo?

Connie e Jean chegaram logo atrás, tentando afastá-la de mim, mas Sasha se manteve firme, os olhos brilhando de raiva. Permaneci imóvel, mantendo minha expressão neutra, enquanto o medo e a tristeza se misturavam dentro de mim. Sasha sempre foi minha amiga. Ou era. Agora, ela só via vermelho.

— Jean quase morreu por sua culpa! Eles poderiam ter matado ele, sua desgraçada! — A voz dela era afiada como uma lâmina, cada palavra um golpe. Senti respingos de saliva no meu rosto, mas não reagi. Apenas encarei.

— Sasha, Amelie é nossa capitã. Pare com isso. — Jean tentou, com a voz tensa, mas ela nem se deu ao trabalho de olhá-lo.

— Foda-se. Ela poderia ser a dona do mundo que eu não daria a mínima. — Sasha rebateu, os olhos ainda fixos nos meus, como se quisesse me despedaçar ali mesmo.

Segurei as mãos dela, apertando com força até que ela soltasse meu uniforme. Empurrei-a para longe, criando uma distância segura entre nós.

— Eu entendo o que você sente, Sasha. Mas eu segui o protocolo. Jean está bem, nada aconteceu com ele. Não vejo por que você está fazendo isso. — Mantive minha voz firme e fria, cada palavra cuidadosamente calculada. Eu precisava parecer inabalável, mesmo que por dentro estivesse desmoronando. Cada acusação dela cortava como uma faca, mas eu não podia demonstrar.

Sasha soltou uma risada amarga.

— Não seja hipócrita, Amelie. Ou você já esqueceu da vez em que quase matou todos nós por ser uma covarde? Por que você não seguiu o protocolo naquela vez? Quando desmaiou no meio do treinamento? — Ela se aproximou de novo, o rosto distorcido em pura fúria.

Fiquei calada. Ela tinha razão. Eu sou hipócrita. E uma covarde egoísta. Não queria estar nessa discussão agora, não no meio de um corredor cheio de soldados. Se ela não parasse...

— Ele é seu amigo, Amelie. — A voz dela baixou um pouco, como uma acusação pesada.

Eu assenti.

— Sim, ele é.

Desviei o olhar para Jean, que me observava com uma expressão triste. Era um golpe ver a decepção estampada no rosto dele. Não fui uma boa amiga para eles, e talvez nunca consiga ser. A verdade é que eu os machuquei, e isso doía mais do que eu estava disposta a admitir.

— Mas também sou a capitã de vocês. Ontem à noite, eu não estava ali como amiga. Estava como capitã, com ordens a cumprir e protocolos a seguir. — Minha voz soou firme, mas cada palavra era uma máscara fria para esconder a dor que aquilo me causava.

Ela balançou a cabeça em descrença, os olhos agora repletos de desprezo.

— E se te mandassem matá-lo? Você faria isso? — Ela desafiou.

— Ordens são ordens. — Respondi sem hesitar, minha expressão fria enquanto tentava ignorar a angústia que essas palavras me traziam.

— E como você iria ao funeral dele? Como capitã ou como amiga? — Ela cuspiu a pergunta, o ódio escorrendo em sua voz.

— Você sabe que não há mais funerais. O corpo dele seria incinerado na fornalha, junto dos outros. — Respondi, maliciosamente, Sasha já estava me irritando.

— Cala a porra da boca! — Sasha explodiu, seu rosto se tornando ainda mais vermelho. — Eu odeio quando você age assim, como ele. — Ela se referia a Levi, e a comparação me atingiu mais do que eu gostaria de admitir. Mas ela não estava totalmente errada. Aprendi com Levi que é mais fácil suportar a dor quando você finge não sentir nada.

— Novamente, eu repito: estava apenas cumprindo ordens. Aprenda a lidar com isso. — Mantive a frieza na voz, cada vez mais distante do que eu realmente sentia.

— Puta merda, você deveria estar de joelhos pedindo desculpas a Jean, implorando perdão. Eles poderiam ter economizado um teste e executado ele. E você está aqui falando sobre cumprir ordens? — Ela praticamente gritou.

— Sasha, já chega. Vamos. — Connie interveio, mas ela o ignorou completamente.

— Vou interpretar isso como um descontrole emocional, o que justifica essa insubordinação, soldado. É por isso que ainda estou sendo paciente. — Disse, adotando o tom mais frio e autoritário que pude.

— Insubordinação? Descontrole emocional? — Ela riu de novo, o som carregado de sarcasmo. — Não acredito no que estou ouvindo.

— Me empurrar contra a parede e gritar comigo se enquadra como insubordinação, Sasha. — Respondi, com um tom cortante, desafiando-a a ir mais longe.

— Quanto mais você fala, mais vontade eu tenho de enfiar uma bala na sua cabeça, Amelie. — Agora ela foi longe demais.

Em um movimento rápido, segurei seu braço, girando-a de costas para mim e a derrubei no chão, imobilizando-a. Senti o peso do olhar de Jean sobre mim, cheio de súplica.

— Amelie, por favor. — Ele murmurou, quase implorando.

— Devo incluir ameaça de morte contra um superior no relatório, soldado? Ou talvez te largar numa cela, trancada com direito a água e pão mofado? — Minhas palavras cortaram o ar com uma frieza calculada, como se desafiasse Sasha a cruzar a linha mais uma vez.

Ela finalmente parou de se debater, permanecendo em silêncio, mas o olhar ainda queimava de raiva. Connie, claramente nervoso, se apressou a intervir.

— Nos desculpe, capitã. Você tem razão. Ela não está bem hoje, por favor. — Ele implorou, tentando evitar que as coisas piorassem. Sasha continuava com a respiração pesada, o olhar fixo no chão, ainda carregado de ódio.

— Que isso não se repita. — Respondi, soltando o aperto em seu braço. Eles a ajudaram a se levantar, enquanto eu me afastava, ajeitando minha postura. — Graças a você, estou atrasada para a reunião. — Disparei, sem olhar para trás, minha voz tingida de sarcasmo e desprezo.

Me virei, caminhando em direção às escadas, deixando-os para trás, atordoados e decepcionados. O som das botas contra o piso ecoava pelo corredor vazio, enquanto a chuva do lado de fora tamborilava no vidro. Cada passo parecia ressoar no vazio do meu peito.

Por fora, mantive a fachada impenetrável, dura como pedra. Mas por dentro, meus pensamentos eram um caos. Meu coração estava pesado com a culpa e a tristeza que eu tanto me esforçava para esconder. Odeio o que me tornei diante deles — distante, fria, cruel até. Eles eram meus amigos, pessoas com quem eu compartilhava risos e segredos, mas agora me veem como um obstáculo, uma sombra do que eu já fui.

A verdade é que me dói cada vez mais ter que agir assim, como uma máquina sem sentimentos. Mas nesse mundo quebrado, fraqueza é um luxo que não posso me permitir. Eu preciso ser forte, como Levi. Mesmo que isso signifique me afastar deles, mesmo que eles me odeiem por isso.

Enquanto subia as escadas, o cheiro úmido e metálico do corredor se misturava ao odor rústico de madeira antiga e suor seco. Aquele lugar parecia impregnado de desesperança, o ambiente carregando uma energia opressora que pesava sobre meus ombros, lembrando-me do fardo que carrego.

Lá fora, os trovões continuavam a rugir, como se ecoassem a tempestade dentro de mim. A raiva e o ressentimento de Sasha, a decepção no olhar de Jean, o desespero velado de Connie... Tudo girava na minha mente como uma corrente interminável de pensamentos sombrios. Por mais que tentasse me manter firme, uma parte de mim gritava por dentro, pedindo para parar, para voltar atrás. Mas não posso ceder. Tenho que manter essa máscara. Se eu desmoronar de novo, talvez ninguém consiga me consertar.

Ao chegar ao terceiro andar, fechei os olhos por um segundo, respirando fundo. É melhor assim. Eles precisam de uma líder, não de uma amiga. Se isso significa ser odiada, então que seja. Dei mais alguns passos, cada vez mais distante deles, cada vez mais distante de quem eu costumava ser.

Caminhei apressada até a sala de reuniões, onde um soldado fazia guarda na entrada. Marco Bodt.

— Boa tarde, capitã — ele me cumprimentou, mantendo a postura firme.

— Boa tarde. Já estão todos aí? — perguntei, torcendo para que alguém mais estivesse atrasado. Mas claro que minha sorte não era tão boa.

— Sim, capitã. O comandante Ackerman chegou há 20 minutos, acompanhado da comandante Zoe e do soldado Berner. Zacharius e Nifa chegaram logo em seguida. O líder Erwin Smith foi o primeiro a chegar.

Ótimo, só faltava eu — e atrasada.

— Obrigada, Bodt. — Ele abriu caminho para eu entrar. Marco sempre teve uma aura tranquila e educada, mesmo que não o conhecesse bem.

— À disposição, capitã.

Assim que entrei, o ambiente mergulhou em um silêncio tenso. Todos os olhares se voltaram para mim — exceto o de Levi. Merda.

— Peço desculpas pelo atraso. Tive um imprevisto. — Falei, dirigindo-me à cadeira ao lado de Levi, que ainda mantinha os olhos fixos em qualquer lugar, menos em mim.

Erwin retomou a fala como se nada tivesse interrompido.

— Como eu estava dizendo, capitã Moreau, prepare sua equipe para uma nova expedição fora dos muros.

Minha frustração ferveu instantaneamente.

— O quê? Minha equipe acabou de voltar de uma missão e você já quer nos enviar para outra? — As palavras escaparam com um tom ácido, minha raiva claramente transbordando. Para Erwin, éramos apenas números descartáveis. Levi finalmente me olhou, mas o olhar era uma faca fria e afiada. Ignorei, mantendo o foco em Erwin. — Essas expedições são inúteis...

— Cale a boca, capitã. — Levi cortou minha fala com uma voz gélida, controlada.

— Mas, Levi, você sabe que isso é...

— Já mandei calar a boca. — A aspereza em sua voz aumentou, quase como um tapa. Virei o olhar para Erwin, que observava a troca em silêncio, analisando como sempre faz.

— Adicionarei os soldados Zacharius e Nifa à sua equipe. Vocês partirão amanhã ao amanhecer. Nossos suprimentos estão se esgotando rapidamente. Espero que compreenda, capitã. Isso é pelo bem do que restou da humanidade — Erwin afirmou, sua voz firme, sem espaço para questionamentos.

Eu o encarei, tentando digerir a ordem, lutando para não deixar a frustração tomar conta. Não havia escolha.

— Sim, senhor Erwin, entendo. — Concordei, percebendo que seria inútil continuar insistindo agora.

— Ótimo. Procurem o máximo de recursos possíveis. Vasculhem as cidades.

— Nas cidades? Você tem noção de como elas estão? O risco de contágio lá é altíssimo. Isso é uma loucura... — Minha voz foi ganhando força até Levi intervir novamente.

— Moreau. — O aviso estava claro no olhar cortante que ele lançou. Engoli em seco, entendendo que desobedecer Erwin seria uma sentença. Levi jamais permitiria.

— As cidades ainda têm farmácias com medicamentos que podem ser decisivos para nós. Entre outros suprimentos. Estejam prontos. Reunião encerrada. — Erwin finalizou sem dar margem para discussão.

Eu fui a primeira a me levantar, sentindo a tensão pulsar em cada músculo. Hange continuou sentada, em um silêncio estranho, não me dirigindo uma única palavra desde que entrei. Talvez estivesse preocupada com algo, ou fosse mais uma descontente com o desperdício do teste. Seja como for, a realidade me atingiu em cheio: vou sair em expedição com uma equipe que provavelmente me despreza. Excelente.

Levi passou por mim sem diminuir o passo, sua presença imponente preenchendo o espaço. Sua voz foi como um comando severo:

— Na minha sala, agora.

Levi entrou na sala, seus passos pesados ecoando pelo ambiente enquanto eu o seguia, o peso do dia acumulando nos meus ombros. A chuva torrencial lá fora parecia refletir a tempestade interna que eu carregava. Levi se acomodou na cadeira de couro, o som do estofado se acomodando sob seu peso era quase um murmúrio sutil, enquanto eu permanecia em pé, olhando a chuva que escorria pelas janelas, tentando me recompor.

— Por que chegou atrasada na reunião? — sua voz era firme e desafiadora, carregada de uma autoridade que quase podia ser tocada. Seu olhar, frio e implacável, parecia penetrar a alma.

— Tive um problema com meus soldados, senhor — respondi, minha voz um pouco trêmula, mas mantendo a postura rígida. Sentia a tensão crescer dentro de mim, como uma tempestade iminente.

— Que tipo de problema? — insistiu, seus olhos fixos em mim, desafiadores e aguçados.

Suspirei, desejando que a conversa não fosse sobre isso. Mas sabia que não podia escapar.

— Sasha me confrontou sobre o que aconteceu com Jean ontem.

— E o que você fez? — a impaciência em sua voz era quase palpável, um corte afiado em meio ao silêncio tenso.

— O problema já foi resolvido, senhor — respondi, tentando desviar o foco. A chuva continuava a tamborilar contra as janelas, um som quase hipnótico.

Levi balançou a cabeça lentamente, um sinal de descontentamento. Seu olhar se tornou mais severo, como se estivesse pesando cada palavra minha.

— Está chovendo muito. A minha equipe...

— Você e sua equipe devem cumprir as ordens que lhes foram dadas, e nada mais — cortou ele, sua voz não dando margem para discussão, um comando definitivo.

— Claro, somos descartáveis, não é, senhor? — A ironia escorreu da minha voz, uma tentativa de mascarar minha frustração e descontentamento.

Seus olhos estreitaram-se, um aviso claro de que havia ultrapassado um limite, como se estivesse a um passo de explodir.

— Ninguém a obrigou a se alistar, capitã. Se não gosta de como as coisas funcionam, você sabe onde fica a porta — sua frieza era cortante, e eu senti a amargura subir pela garganta, mas tentei manter a compostura, a tensão no ar quase elétrica.

— Sim, Levi — respondi, o formalismo disfarçando o desagrado. Meu coração batia acelerado, um tambor impiedoso no peito.

Ele me olhou com um olhar que parecia penetrar a alma, seu olhar intenso como um farol em uma noite escura.

— O que te faz pensar que pode me chamar pelo meu nome?

Eu não estava preparada para isso e fiquei sem resposta por um momento. A provocação estava na ponta da língua, como um veneno prestes a ser liberado.

— Pensei que fôssemos íntimos, Levi — falei provocativamente, meu tom desafiador, a tensão entre nós quase visível.

— Não, você não pensa, Amelie. Eu sou seu comandante, não um dos seus colegas de brincadeira. Lembre-se disso — a voz dele estava carregada de desprezo, quase esmagadora. Suas palavras tinham um peso que parecia ressoar no fundo do meu ser.

A provocação se formou em mim novamente, uma chama de desafio que não conseguia apagar.

— Sim, Levi. Me desculpe — respondi, o tom desafiador ainda presente. Eu estava em pé no limite, o desejo misturado com a frustração.

Ele se levantou, seus passos firmes e lentos se aproximando de mim. O olhar dele estava cheio de uma raiva controlada, e eu senti a tensão se intensificar no ar. Ele parou tão perto que podia sentir o calor de seu corpo misturado com o aroma de sua colônia — uma mistura de hortelã e madeira, que parecia invadir minhas narinas e misturar-se com a intensidade do momento.

— Você acha que pode brincar comigo, Amelie? — A voz dele era um sussurro baixo e ameaçador, quase carregado de uma urgência selvagem. Seu cheiro, a colônia misturada com o odor da chuva e do couro, era intoxicante.

Um arrepio percorreu minha espinha, e o medo misturado com excitação cresceu dentro de mim. Antes que pudesse recuar, soltei:

— E se eu quiser brincar, Levi? — minha voz saiu trêmula, mas eu não dei um passo atrás.

Os olhos dele se estreitaram ainda mais, o silêncio entre nós se tornando quase palpável, como uma tensão que parecia prestes a estourar. Vi o desejo se acender em seu olhar, misturado com uma fúria latente, como uma tempestade prestes a desabar.

— Você realmente quer isso? — Ele perguntou, sua voz carregada de uma urgência animal, um tom que fazia meu coração bater mais rápido.

Eu não precisei responder com palavras. Fechei a distância entre nós e o beijei com força, despejando toda a frustração e desejo naquele ato. Levi imediatamente me puxou contra ele, suas mãos rudes explorando meu corpo com uma possessividade feroz. Seus dedos apertavam minha carne, quase como se quisesse me marcar. O beijo se tornou uma disputa feroz, com nossas línguas se envolvendo e nossos dentes se raspando com urgência, um jogo de dominação e rendição.

Levi se afastou momentaneamente, seus olhos fixos nos meus com uma mistura de luxúria e domínio, sua respiração quente contra a minha pele.

— Diga que você quer isso, que quer ser fodida por mim — ele exigiu, sua voz sombria e dominadora, quase como um comando imperativo.

— Eu quero, Levi — sussurrei com urgência, o desejo queimando em cada palavra. — Quero você dentro de mim.

Um sorriso perverso curvou seus lábios antes dele rasgar minha blusa com um movimento brusco, o som do tecido rasgando ressoando na sala. Suas mãos ágeis se apoderaram dos meus seios, apertando-os com força, enquanto eu lutava para abrir a calça dele. Meus dedos tremiam de desejo e nervosismo, o calor do momento quase insuportável. Em pouco tempo, nossas roupas estavam espalhadas pelo chão, e o ar frio foi substituído pelo calor febril que emanava de nossos corpos, como uma chama que se alimentava da nossa urgência.

Sem hesitar, Levi me pegou pelos quadris e me colocou sobre a mesa, o contato frio da superfície contra minha pele exposta fazendo-me estremecer. Ele abriu minhas pernas com uma brutalidade controlada, seus olhos fixos nos meus enquanto se posicionava entre minhas coxas. O primeiro toque de sua língua na minha boceta foi imediato e devastador, uma sensação quente e úmida que me fez arquear o corpo em busca de mais. Ele sugou meu clitóris com um ritmo voraz e implacável, seus movimentos rápidos e intensos fazendo-me soltar um gemido alto e desesperado. Minhas mãos se enterraram no cabelo dele, apertando-o com força.

A cada movimento de sua língua, meu corpo se contorcia e se esticava, buscando mais prazer, mas ele interrompeu o ritmo de forma cruel e abrupta.

— Levi... — implorei, ofegante, a frustração evidente na minha voz, um misto de desejo e desespero.

Ele se levantou, acariciando minhas coxas com um sorriso perverso, os olhos brilhando com uma mistura de satisfação e desejo insaciável.

— Ainda não, Amelie — ele disse, e eu revirei os olhos, irritada com a provocação. A sensação de estar à beira do prazer, mas sem alcançá-lo, era quase torturante.

Num instante, Levi agarrou meu rosto com força, fazendo meus lábios se comprimirem, sua expressão feroz e dominadora.

— Não revire os olhos para mim, entendeu? — ele rosnou, e eu assenti, sem voz, completamente subjugada à sua vontade.

Ele começou a deslizar as mãos pelo meu corpo, explorando cada centímetro da minha pele com uma mistura de desejo e crueldade. A sensação de seus dedos quentes e ásperos contrastava com o frio da mesa sob mim. Quando finalmente se posicionou entre minhas pernas, alinhou o pênis grosso e rígido na entrada da minha boceta pulsante. Com um movimento firme e quase possessivo, ele me penetrava completamente, arrancando de mim um grito abafado. A dor misturava-se com o prazer de forma avassaladora, e eu tentei me ajustar ao tamanho dele, meu corpo tremendo sob a pressão.

Levi não se moveu de imediato, seus olhos fixos nos meus enquanto meu corpo tremia, lágrimas ameaçando cair dos meus olhos.

— Quer que eu pare? — ele perguntou, sua voz surpreendentemente suave, um contraste com a intensidade do momento. Ele afastou uma mecha de cabelo do meu rosto com uma ternura inesperada.

— Não — sussurrei, envolvendo meus braços ao redor do pescoço dele, me entregando completamente.

Levi começou a se mover, o ritmo das estocadas variando entre lentas e profundas, cada uma se aprofundando com uma precisão implacável. A sensação era ao mesmo tempo intensa e sublime, a pressão crescente e as ondas de prazer que se formavam em meu corpo eram quase insuportáveis. Seus lábios, quentes e macios, vagavam pelo meu pescoço e seios, mordendo e chupando minha pele com uma ferocidade que parecia consumir todas as minhas faculdades mentais. Eu gemia alto, o som de minha voz misturando-se com o ruído da chuva, cada gemido um reflexo da urgência e do desejo que dominavam meu ser.

O calor do momento se intensificava com cada movimento dele, o contraste entre o frio da mesa e o calor de seus toques tornando a experiência ainda mais vívida. Suas mãos, com dedos ásperos e possessivos, apertavam minhas coxas com uma força que me fazia sentir como se estivesse sendo moldada à sua vontade. Ele acelerou o ritmo, as estocadas se tornando mais rápidas e intensas, cada uma arrastando um gemido rouco e desesperado de mim. Eu me segurava nele com uma força crescente, minhas unhas cravando-se nas costas dele, tentando segurar o que parecia ser uma avalanche de prazer que estava se acumulando em minha barriga.

A cada movimento, o ar ao nosso redor parecia vibrar com a intensidade do nosso desejo. As estocadas de Levi se tornaram um ritmo implacável e avassalador, sua presença dominadora preenchendo cada espaço ao redor. O calor do seu corpo misturado com o aroma de sua colônia — uma combinação intoxicante de hortelã e madeira — envolvia meus sentidos, criando uma experiência quase alucinante. O perfume, fresco e picante, misturado com o suor de nossa atividade, parecia intensificar cada toque, cada suspiro.

Quando finalmente gozei, meu corpo inteiro se contorceu em espasmos violentos, a sensação de liberação esmagadora. O prazer explodiu em mim, um mar de sensações intensas que me fizeram perder o controle. Levi continuou a me segurar com uma força quase possessiva, seus próprios gemidos abafados ressoando na minha orelha, um som que misturava satisfação e exaustão. Ele gozou logo em seguida, derramando o prazer quente e viscoso na minha barriga, o calor se espalhando por minha pele e intensificando a sensação de prazer.

Ainda deitada sobre a mesa, tentando recuperar o fôlego, senti o toque gentil e inesperado de Levi passando um pano sobre minha pele. O pano era macio e fresco, contrastando com o calor do momento. Levantei a cabeça e o vi, um olhar sério e quase introspectivo em seu rosto enquanto limpava minha barriga. O movimento era cuidadoso.

— Fiz a bagunça, então limpo — Levi disse com uma simplicidade inesperada. Sua voz, que normalmente era fria, carregava agora um tom quase gentil que me surpreendeu. Levi se aproximou lentamente, seus olhos fixos em mim, nua e vulnerável sobre a mesa. O som da chuva que batia contra a janela era um tamborilar constante, quase hipnótico, e o ar estava carregado com um odor metálico e úmido. Ele parecia calmo e controlado, mas havia uma intensidade latente em cada movimento seu. Com uma delicadeza inesperada, ele afastou meu cabelo para trás, expondo completamente meu pescoço e peito. Suas mãos, que eram firmes e decididas, agora exploravam minha pele com um toque leve e quase reverente. Elas deslizavam entre meus seios, indo lentamente em direção ao meu pescoço, até que pararam em um ponto específico.

Senti um aperto no peito quando seus dedos tocaram a cicatriz, um feia e irregular em alto relevo, com marcas de dentes, uma cor pálida e estranha. Suas mãos eram quentes contra minha pele fria, e a sensação das suas pontas dos dedos traçando o contorno da cicatriz me fez estremecer. A cicatriz, um lembrete doloroso do passado, parecia brilhar sob sua atenção.

— Quem fez isso? — a pergunta saiu de seus lábios com um tom de curiosidade sombria. Seus olhos estavam fixos na cicatriz, mas eu sentia seu olhar penetrar em mim, forçando-me a confrontar algo que preferia esquecer.

Engoli em seco, tentando manter a voz firme. A lembrança era um fantasma sombrio que me assombrava, e agora estava sendo desenterrado com uma precisão cruel.

— Um homem. Eu tinha 13 anos — respirei fundo, tentando esconder o tremor em minha voz. — Meu pai chegou a tempo, o desgraçado está morto, mas me deixou algo para lembrar dele.

Tentei forçar um sorriso, mas o desejo de chorar era quase insuportável. Levi manteve o olhar fixo na cicatriz, o seu rosto ainda próximo ao meu pescoço. Seus lábios, que até então estavam rígidos e frios, agora começaram a tocar minha pele com uma suavidade inesperada. Ele depositava beijos lentos e delicados em meu pescoço, seu hálito quente contrastando com a umidade do ambiente.

A sensação desses beijos era uma mistura de dor e prazer, e eu me sentia confusa, perdida em uma tempestade emocional. Cada toque dos lábios de Levi na minha pele era como um choque elétrico que fazia meu corpo reagir de maneira instintiva. Sua presença, antes opressiva e dominadora, agora parecia carinhosa e quase protetora, e isso me confundia ainda mais. Sentia-me como se estivesse caindo em um abismo profundo e sem fim, sem ter onde se segurar, e a sensação de estar se apaixonando por ele era agonizante, como se estivesse sendo puxada para um vórtice de dor e desejo.

A combinação de sua rudeza e a gentileza inesperada ao lidar com a minha cicatriz me fazia sentir um aperto no peito, uma mistura de fascínio e desespero. Eu sabia que deveria recuar, que deveria me proteger, mas o contraste entre sua brutalidade e esse carinho quase cruel fazia com que eu me sentisse completamente desorientada. Era um turbilhão de sentimentos que me fazia querer afastá-lo e, ao mesmo tempo, me agarrar a ele desesperadamente.

Finalmente, Levi se afastou, e a mudança abrupta foi como um balde de água fria. Seu olhar voltou a ser impassível, a frieza e o distanciamento que ele sempre demonstrou retornaram com uma intensidade que quase doía.

— Vá embora, Amelie — sua voz estava fria e implacável, sem qualquer vestígio da ternura que ele havia demonstrado antes.

Senti um nó na garganta enquanto me levantava da mesa, o calor dos nossos corpos ainda pairando no ar, mas agora havia um espaço gélido e impenetrável entre nós. Caminhei em direção à porta, sentindo a umidade da chuva como um contraste cruel à intensidade do momento que acabara de vivenciar. Quando a porta se fechou atrás de mim, o som abafado da chuva se tornou o único testemunho da tempestade interna que eu carregava, a sensação de queda livre se intensificando com cada passo que dava em direção ao desconhecido.

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