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Capítulo 10

4985 palavras

"Me perdi na esperança de ser vista."

As horas se arrastavam intermináveis. Minha cabeça pulsava com o excesso de papelada; detestava a sensação de estar confinada a um escritório. Quando a noite caiu, eu estava tão absorta no trabalho que operava em piloto automático. No escritório de Levi, cercada por pilhas de relatórios, a porta se abriu com um estalo abrupto. O comandante entrou, e eu me levantei imediatamente.

— Os relatórios estão concluídos, senhor — declarei com um tom monótono, forçando uma expressão neutra. Jean ainda permanecia um mistério em termos de punição.

— Excelente. Espero que tenha absorvido a lição — ele respondeu, retirando o casaco do uniforme e revelando sua blusa branca de mangas longas e calça preta.

— Sim, senhor — respondi, revirando os olhos de forma quase imperceptível.

Levi fixou seu olhar em mim, e o peso de sua presença se tornou palpável. Sua expressão endureceu.

— Parece que você precisa passar a semana inteira mergulhada em relatórios para aprender a se comportar adequadamente.

A irritação se acumulava dentro de mim, mas eu lutava para manter a calma.

— É mesmo? Ótimo, senhor. Que tal me manter aqui o mês inteiro, então? — disse, dirigindo-me para a porta, sem esconder minha impaciência.

— Está me desafiando, Amelie? — Sua voz era um rosnado baixo, carregado de ameaça.

— De forma alguma, comandante — minha resposta soou mais irônica do que eu pretendia. Senti a mão de Levi agarrando meu braço com firmeza. Ele me virou para encarar seus olhos cinzentos, cortantes como lâminas.

— Peço desculpas, senhor.

Ele permaneceu em silêncio, o olhar fixo e implacável. O ambiente entre nós estava carregado de tensão, como se o ar estivesse prestes a se incendiar. Eu podia sentir a frustração e a raiva emanando dele, quase palpáveis.

— Você realmente precisa aprender a respeitar a hierarquia, Amelie — disse ele, com uma voz baixa e ameaçadora. — Não é apenas sobre obedecer ordens. É sobre entender seu lugar e a importância das regras.

Um sorriso desafiador escapou dos meus lábios, cheio de desdém.

— Mas quanta hipocrisia, não é, comandante? Ontem você estava me beijando, e hoje vem me ensinar sobre hierarquia — respondi, com um toque de ironia.

— Isso não está em discussão. O que está em questão é sua atitude — ele falou, finalmente soltando meu braço. — E isso é algo que você precisa corrigir, ou enfrentará consequências mais graves.

Assenti, ciente de que discutir não levaria a lugar algum. A frustração e a raiva ainda fervilhavam dentro de mim, mas eu reprimi qualquer resposta adicional. Levi me observou por um momento, como se estivesse avaliando minha reação.

— Está dispensada por hoje. Volte amanhã para continuar o trabalho — ele disse finalmente, voltando para sua mesa.

Saí do escritório, a sensação sufocante de tensão e frustração ainda pairando sobre mim. O ar frio da noite não fez nada para aliviar meu estado emocional. Eu precisava de espaço, de ar, e, acima de tudo, precisava entender o que estava acontecendo entre mim e Levi.

A semana parecia arrastar-se interminavelmente, cada dia mais extenuante que o anterior. Levi se dedicou a me afogar em relatórios, e eu estava tão imersa em meu trabalho que mal consegui manter contato com meus amigos. A única notícia que recebia era que Jean estava lavando todos os banheiros do quartel, uma tarefa que me fazia desejar estar em qualquer outro lugar que não fosse aquele escritório claustrofóbico.

Quando a noite caiu novamente, Levi entrou em seu escritório com a mesma rotina fria. Eu me levantei, esgotada, preparada para deixar o local.

— Amelie — a voz de Levi soou como um peso extra sobre meus ombros cansados.

O cansaço pesava sobre mim como uma manta pesada. Virei-me para encará-lo, tentando disfarçar o desalento que me consumia.

— Sim, senhor? — minha voz estava carregada de uma frustração que mal conseguia esconder.

Levi se aproximou da mesa, seus olhos fixos nos meus, e a tensão entre nós parecia crescer a cada segundo. Cada encontro, cada palavra trocada estava carregada de um subtexto que eu lutava para entender.

— Como estão os relatórios? — ele perguntou, sua voz imperturbável e controlada.

— Estão todos em dia, senhor — respondi, esforçando-me para manter a irritação fora da minha voz. — Há algo mais que precisa ser feito?

Levi me observou com uma intensidade que parecia pesar no ar. Finalmente, ele suspirou, como se estivesse fazendo um grande esforço para revelar seus pensamentos.

Eu engoli em seco, tentando manter a calma apesar da crescente frustração.

— Se é só isso, senhor, vou me retirar — disse, minha voz firme e minha paciência esgotada.

Ele assentiu, mas seus olhos carregavam um brilho intenso e enigmático que me deixou inquieta.

Comecei a me afastar, meus passos lentos em direção à porta, quando ouvi um suspiro seguido dos passos rápidos de Levi vindo atrás de mim. Antes que pudesse entender o que estava acontecendo, ele ergueu o braço e fechou a porta com um estrondo. Virei-me para ele, confusa, e seus lábios encontraram os meus em um beijo feroz e exigente, como se estivesse tentando satisfazer uma necessidade primordial.

Me entreguei ao beijo como se fosse uma caçada, meus lábios se abrindo para sua língua, que explorava a minha com uma urgência desesperada. O calor de seu corpo era quase esmagador, suas mãos firmes em minha cintura, emanando um desejo quase palpável. Ele me pressionou contra a parede, seu corpo quente e musculoso esmagando o meu, como se quisesse me prender ali para sempre. Ele interrompeu o beijo para respirar, nossas testas se tocando, e seu olhar era um fogo intenso que parecia consumir-me. Minhas mãos deslizaram suavemente para seu rosto, enquanto suas mãos permaneciam firmemente em minha cintura, provocando um tremor de antecipação a cada toque.

Iniciei outro beijo, e ele me levantou, minhas pernas se enrolando em torno de sua cintura enquanto ele segurava minhas coxas com firmeza. Levi me carregou até o sofá, nossos lábios ainda colados, o desejo crescendo entre nós como uma chama incontrolável. Ele me deitou suavemente, seu corpo pressionando o meu com uma força irresistível, suas mãos explorando minha cintura e subindo lentamente, provocando um tremor de antecipação a cada toque.

Então, uma batida na porta interrompeu o momento, fazendo meu coração disparar.

— Porra — Levi murmurou, claramente irritado.

Levantamo-nos rapidamente, tentando recuperar a compostura. Levi não me olhou, indo em direção à porta com uma expressão impassível. Hange entrou, com um sorriso travesso, seus olhos piscando curiosos entre nós.

— Desculpe, estou interrompendo?

— Não, Amelie já estava indo — Levi se afastou, voltando para sua mesa sem lançar um olhar na minha direção, como se eu fosse uma presença invisível.

— Foi bom ver você, Hange — disse, saindo para o corredor.

A porta se fechou atrás de mim, me deixando sozinha naquele corredor mal iluminado. O frio do ambiente parecia intensificar a sensação de vazio e desconexão que me consumia. Cada passo ecoava meu estado de espírito, e eu lutava para entender o que estava acontecendo entre mim e Levi. A mente girava em torno do beijo e da sensação de ser ignorada, como uma sombra que se dissolve no escuro, deixando um eco de desamparo.

O final de semana arrastou-se como uma sombra interminável, um vazio que parecia não ter fim. Evitei Levi e Jean com a determinação de alguém que se afasta de um fogo que ameaça consumir tudo ao seu redor. Embora soubesse que não poderia fugir deles para sempre, naquele momento, o refeitório parecia ser a última fortaleza segura.

Passei pelas mesas dos oficiais com uma determinação quase feroz, ignorando a presença de Levi com a mesma firmeza com que se evita o olhar de um predador. O ambiente parecia carregado de uma tensão palpável, e eu me dirigi rapidamente ao local onde meu esquadrão estava reunido.

Sasha me cumprimentou com um sorriso caloroso, um raio de luz em meio à tempestade emocional que me cercava. Seu gesto foi um alívio bem-vindo, um pequeno refúgio no mar de tensões e incertezas que pairavam sobre mim.

Jean chegou pouco depois, seu semblante carregado de um silêncio opressor. Sentou-se à mesa com uma expressão fechada, e o ambiente ao nosso redor parecia absorver o peso não dito, como se o próprio espaço estivesse consciente da tensão.

— Amelie, precisamos conversar — Jean sussurrou ao meu lado, sua voz revelando uma urgência contida. — Em outro lugar.

Não havia como evitar essa conversa, então decidi enfrentá-la rapidamente.

— Sim, vamos — concordei, levantando-me com uma frieza calculada. Jean me acompanhou em silêncio até a arquibancada do campo de treinamento. O céu claro parecia um contraste cruel com o peso que carregávamos.

— Sobre aquela noite, Amelie... — Jean começou, mas eu o interrompi antes que pudesse aprofundar a questão.

— Jean, não precisamos falar sobre isso. Aquela noite foi apenas um impulso momentâneo, uma falha em um ambiente que parecia propício para isso. — A frieza na minha voz era deliberada, como uma lâmina cortante, mas o peso das minhas palavras me cortava por dentro.

— Para mim, não foi assim, Amelie. Eu...

Eu sabia exatamente o que ele estava prestes a dizer, e precisava cortar isso pela raiz.

— Jean, por favor, não continue. Se eu fiz você acreditar que havia algo mais entre nós, lamento profundamente. Esqueça aquela noite. — Meus olhos evitavam os dele, a dor e o arrependimento se misturando com a determinação fria que eu precisava exibir.

Levantei-me abruptamente, interrompendo qualquer resposta que ele pudesse oferecer, e saí apressadamente. O peso no meu peito era um fardo esmagador, uma dor silenciosa que me consumia por dentro. Eu não via Jean além de um amigo, e era isso que eu precisava que ele entendesse, mesmo que isso significasse ferir seus sentimentos no processo.

Naquela noite, enquanto esperava Jean no portão do quartel, o céu estrelado e a lua brilhante mal conseguiam aliviar o nó de tensão em meu estômago. O vento suave passava pelas árvores, trazendo um sussurro inquietante que parecia carregar um presságio sombrio.

Jean se aproximou com passos pesados, o silêncio entre nós era denso e palpável. O estrondo dos portões do quartel se fechando ecoava na noite calma, acentuando a sensação de desconexão que pairava no ar.

— Vamos? — perguntei, tentando manter minha voz neutra, apesar da ansiedade crescente.

— Humrum — Jean respondeu com um som de frustração contida. O afastamento entre nós parecia uma barreira quase física, um muro invisível que nos separava.

Nossa tarefa era verificar a segurança do distrito, monitorar a cidade e identificar possíveis infectados. Era um trabalho árduo, exigindo vigilância constante. Após horas patrulhando sem encontrar sinais de infecção, retornamos ao quartel, o silêncio entre nós ainda permanecia sólido e desconfortável.

No entanto, quando estávamos prestes a entrar, Jean começou a tossir violentamente. O som era cortante e alarmante, uma tosse seca e raspante que fazia meu coração afundar em pânico.

— Jean! — Minha voz tremia, o medo se transformando em uma ameaça iminente. Não podia ser, não com ele.

— Amelie, eu... — Ele tentou falar, mas a tosse era quase incapacitante. Peguei a arma do meu cinto, o metal frio contra minha pele. Ele viu o movimento e tentou avançar, mas eu levantei a arma, a ponta apontando diretamente para ele.

— Não se mova. Fique onde está. — Minha voz era firme, mas o tremor em minha mão traía o tumulto interior. O cheiro da noite misturava-se com o aroma de suor e o som da tosse de Jean, criando um cenário de pavor crescente.

As memórias dolorosas retornaram com uma intensidade esmagadora: meu pai doente, a garotinha com o urso boiando em sangue. A partir de agora, Jean não era um amigo; ele era um possível infectado, e nada mais.

Meu coração acelerou quando apertei o botão do meu fone de ouvido, conectando-me ao controle de infecção. A voz do operador do controle soou no meu ouvido, quebrando o silêncio opressor.

— Capitã Amelie falando. Temos um possível infectado aqui.

— Localização?

— Próximo ao quartel, no portão de entrada. Precisamos de um teste imediato. É um soldado.

— Estamos a caminho.

A chamada terminou e o tempo parecia arrastar-se com uma lentidão agonizante. A cada segundo, a tensão aumentava, a respiração ofegante de Jean misturava-se com a minha preocupação reprimida. Finalmente, os passos apressados do controle de infecção se aproximaram.

Moblit, com sua máscara de respiração e macacão branco, chegou rapidamente e se aproximou de Jean. A luz fria das lanternas noturnas refletia em seu traje, criando um brilho quase irreal.

— Faça o teste — ordenei, meu tom não deixando espaço para discussão.

Moblit se aproximou de Jean com um dispositivo semelhante a uma caneta. Ele solicitou a mão de Jean, que a estendeu com relutância. O clique do dispositivo parecia amplificado na quietude da noite. A tela piscava com uma expectativa insuportável. Eu prendia a respiração, rezando silenciosamente para que o resultado fosse negativo.

Quando o resultado apareceu, o alívio veio como um peso levantado do meu peito.

— Negativo — disse Moblit, a confirmação clara.

— Negativo — repeti, a mistura de alívio e culpa girando em um turbilhão de emoções. Jean estava seguro, mas o custo emocional foi alto.

— Ele não está infectado — explicou Moblit, seu tom revelando a frustração. — Você nos fez desperdiçar um teste com um alarme falso.

— Mas...

Antes que eu pudesse responder, Moblit e sua equipe começaram a se afastar, e a sensação de falha e culpa era quase palpável.

— Que porra foi essa, Amelie? — Jean gritou, a raiva evidente em sua voz, os punhos cerrados ao lado do corpo. — Você tem ideia do que poderiam ter feito comigo?

— Sinto muito, Jean, mas eu estava apenas seguindo o protocolo. — A culpa me consumia, mas eu sabia que havia agido conforme as regras.

Jean puxou o cabelo, visivelmente lutando para manter o controle.

— Eu poderia ter morrido, porra! Sou seu amigo!

— Amigo? — A risada seca escapou dos meus lábios, uma mistura de dor e ironia. — Até pouco tempo você nem me olhava direito. — Ele me encarou, buscando palavras que não vinham. Um suspiro escapou de mim. — Tudo bem, isso não importa. Se coloque no meu lugar: você começou a tossir sem parar. O teste deu negativo, você não se feriu.

— E se eles simplesmente não tivessem feito o teste? E se eles já viessem para me executar? Isso já aconteceu. Você já fez isso.

Suspirei profundamente, o peso da situação pairando sobre nós como uma nuvem densa.

— Jean, eu...

— Foda-se! Que amiga você é.

— Neste momento, sou sua capitã. Você deve entender isso e saber seu lugar. — Meu tom era impiedoso, a indignação queimando em mim. Ele não respondeu, sua frustração e mágoa visíveis em seu rosto.

A noite se arrastava, e o céu estrelado parecia indiferente ao tumulto interno que eu carregava. Caminhando pelos corredores vazios do quartel, Jean ainda ao meu lado, o silêncio que nos envolvia era palpável e carregado pela tensão dos eventos recentes. As lâmpadas fracas lançavam sombras longas e distorcidas, acentuando o ambiente sombrio e pesado. Eu sabia que precisava relatar o alarme falso para o comandante Levi, ciente de que ele ficaria furioso com o desperdício do teste. Chegamos às portas do escritório de Levi, e o silêncio parecia se estender até o ponto de ser quase opressor. Respirei fundo e bati na porta, o som quase inaudível. A voz distante de Levi nos autorizou a entrar.

Levi estava de pé ao lado da janela, o vento frio balançando levemente seu cabelo. O contraste entre o calor da sala e o frio lá fora apenas acentuava a tensão que pairava no ar. Ele se virou para nós, seu olhar incisivo e implacável.

— Podem me explicar o que aconteceu? — Sua voz era um golpe seco e autoritário.

— Comandante, nós... eu... — Jean começou, mas Levi o interrompeu com um gesto impaciente.

— Quero que a capitã explique.

— Comandante... — Minha voz saiu hesitante, quase falhando. Limpei a garganta, tentando recuperar a compostura antes de prosseguir. — Estávamos voltando da ronda pelo distrito quando, ao chegarmos em frente ao quartel, Jean começou a tossir incessantemente. Decidi chamar o controle de infecções para um teste.

— O teste deu negativo, correto? — Levi perguntou, seus olhos percorrendo-me com um olhar implacável.

— Sim, senhor — Jean respondeu, o nervosismo claro em sua voz trêmula.

— E o que era, então?

— Eu... me engasguei, senhor — Jean admitiu, visivelmente envergonhado.

A resposta parecia fraca e insuficiente. Levi fechou os olhos por um momento, frustrado, passando uma mão pela testa.

— E você, Moreau, não poderia ter aguardado uma explicação de Kirstein? Eu não a coloquei como capitã para que você tomasse decisões impulsivas. Cada teste desperdiçado significa que menos civis serão salvos. Não treinei você para ser imprudente. Sua incompetência é inaceitável.

O golpe das palavras de Levi era cru e cortante. Sentia-me como uma peça falha em um maquinário quebrado. A vergonha e a frustração se misturavam em meu peito. Queria me encolher no chão e desaparecer.

— Peço desculpas, senhor. Isso não acontecerá novamente — falei, abaixando a cabeça para evitar o olhar penetrante dele.

— Não, Kirstein. Saia agora.

Jean saiu da sala com pressa, quase correndo. Fiquei sozinha, imóvel, enquanto Levi se virava para fechar a janela. A chuva do lado de fora fazia o som da noite fria ainda mais presente.

— Comandante — quebrei o silêncio com um tom carregado de tristeza amarga.

Levi se virou para mim, mas eu estava sem palavras. O silêncio se estendeu, pesado, até que Levi falou com um gelo na voz.

— Hange está furiosa. Nossos suprimentos estão acabando. Logo, não teremos mais testes disponíveis. Nossa única opção será a quarentena e o fuzilamento em massa. Nosso dever é adiar esse futuro o máximo possível.

Eu me sentia como uma peça falha em um maquinário quebrado. Imaginar esse futuro horrível era aterrorizante.

— Mais uma vez, sinto muito, comandante. Mesmo que eu tivesse dado tempo para Jean se explicar, ele poderia estar mentindo. Eles sempre mentem.

Levi ponderou por um momento, sua expressão implacável.

— Então, da próxima vez, use uma munição em vez de um teste.

Engoli em seco. A ideia de ter que recorrer à violência em vez de testes era aterrorizante. O cheiro de hortelã da respiração de Levi era um contraste quase reconfortante no meio da tensão.

— Se você acha que não conseguirá quando o momento crítico chegar, Amelie, então desista — ele me olhou com uma intensidade que queimava, sua presença um desafio silencioso. Desistir não era uma opção. Eu não tinha o direito de me render.

Um sorriso de escárnio escapuliu dos meus lábios, um misto de dor e ironia.

— Você adoraria isso, não é, comandante? Provar que sempre esteve certo, que eu sou a fracassada. Não, você está errado.

Levi parecia confuso por um momento, o desprezo em seus olhos era quase tangível.

— Eu não me importo com você, Amelie. Não tenho tempo para isso. Apenas faça seu trabalho corretamente. Fui claro?

— Cristalino, comandante — respondi com um tom ácido.

Levi agarrou meu braço com uma força inesperada e se inclinou até ficarmos na mesma altura. Seus olhos estavam perigosamente próximos dos meus. Eu esperava que ele se aproximasse para um beijo, mas não aconteceu. O cheiro de hortelã em sua respiração era um contraste quase sedutor.

— Seja boazinha, Amelie, e eu considerarei recompensá-la.

Eu o encarei, o desejo quase insuportável em mim. O calor do seu toque era uma chama que acendia um desejo que eu não podia ignorar.

— Não sou um cachorro para adestrar.

Um sorriso perverso apareceu em seus lábios, um traço de malícia que fez meu coração acelerar.

— Eu não disse que você é, Amelie — seu tom era suave, quase sedutor, e isso me fazia tremer. A proximidade dele, o toque quase quente, era irresistível. Seu toque era como uma chama, acendendo um desejo que eu não podia ignorar.

Sem qualquer aviso, Levi me puxou para um beijo que não tinha nada de gentil. Era brutal, possessivo, carregado de uma fome animalesca. Sua boca devorava a minha com uma intensidade desesperada, como se quisesse me consumir por inteiro. O calor entre nós aumentava, e eu sentia a necessidade dele pulsar em cada toque, cada movimento. Suas mãos exploravam meu corpo com uma firmeza que marcava território, enviando ondas de calor por cada centímetro da minha pele.

Antes que eu pudesse reagir, ele me empurrou contra a parede, meu corpo colado ao concreto frio, enquanto o calor do dele me envolvia como uma chama. Minhas mãos se enterraram em seu cabelo, sentindo a textura densa entre meus dedos, enquanto eu lutava para lidar com a intensidade do toque. Levi interrompeu o beijo abruptamente, agarrando meu punho com força e me arrastando até o sofá, seus movimentos decididos, quase como se estivesse lutando contra o desejo de rasgar minhas roupas ali mesmo.

Ele me deitou no sofá com uma delicadeza surpreendente, um contraste com a fúria que eu via em seus olhos. Era como se ele estivesse me tocando com uma ternura insuportável, mas sua expressão estava repleta de desprezo. Sua mão subiu pela minha cintura, acariciando minha pele até chegar ao meu rosto. Por um momento, quase acreditei que havia um resquício de carinho ali, mas o conflito nos olhos dele era claro: ele me queria, mas ao mesmo tempo, me odiava por isso.

Levi começou a desabotoar meu cinto com uma precisão fria, seus movimentos meticulosos fazendo meu coração acelerar. Quando ele abriu minha calça e a puxou com uma determinação calculada, senti uma onda de desejo misturada com medo. Tentei segurar suas mãos, meus dedos encontrando os dele em uma tentativa desesperada de interromper o que estava prestes a acontecer. Ele parou, me encarando com um olhar que misturava luxúria e crueldade.

— Você quer que eu continue? — Sua voz era baixa e rouca, carregada de uma tensão ameaçadora. Meu corpo estava em chamas, mas minha mente gritava que isso era um erro. "Você vai se magoar, Amelie," minha consciência repetia. — Fala logo, Amelie. — A impaciência em sua voz me fez quase implorar com o silêncio que ele deixava ao se afastar.

— Entendi — ele disse friamente, se virando para a janela. — Bata a porta quando sair.

Ele me deixou ali, congelada, lutando contra a guerra dentro da minha cabeça. Eu o observava, consciente das consequências, mas incapaz de parar as palavras que escaparam da minha boca.

— Comandante...

Ele olhou por cima do ombro, com uma expressão dura e desdenhosa.

— Por favor... — Minha voz saiu fraca, quase patética. Levi franziu o cenho, hesitando por um momento antes de caminhar de volta na minha direção.

— Por favor o quê? — A malícia em seu tom fez meu estômago revirar. Eu estava tão desesperada que sentia a vergonha consumir cada fibra do meu ser.

— Eu quero que você me toque... — sussurrei, minha voz tremendo com o desespero. A vergonha era palpável, mas eu precisava de seu toque.

Ele se aproximou, sua presença pairando sobre mim como uma sombra ameaçadora.

— E por que diabos eu faria isso? — Suas mãos deslizaram provocativamente pela minha perna, me fazendo ofegar. Ele colocou as mãos sobre meus joelhos, abrindo minhas pernas lentamente, torturando cada desejo reprimido.

— Levi, por favor — implorei, minha voz um lamento lamacento. Era humilhante, mas a necessidade dele era esmagadora.

No instante em que o chamei pelo nome, ele recuou, seu olhar irônico e cruel.

— Dirija-se a mim corretamente. — ordenou, a voz firme e impiedosa. — Aí, talvez eu considere isso.

Eu o odiei por isso, mas ao mesmo tempo, o desejo só aumentava.

— Comandante, me desculpe... — murmurei, a humilhação queimando em meu peito. Nunca imaginei que imploraria para Levi me tocar. Ele sorriu satisfeito, e voltou a agir com uma precisão calculada. Seus dedos deslizaram pela minha coxa, subindo lentamente, provocando cada nervo exposto. Soltei um suspiro silencioso, meu corpo à beira do abismo.

— Você esteve pensando nisso, não é? — ele sussurrou no meu ouvido, seus dedos pressionando contra minha calcinha encharcada. — Eu mal te toquei, e você já está molhada pra caralho.

Seu polegar pressionou meu clitóris, e eu mordi o lábio, tentando reprimir um gemido. — Responde, Amelie. — Ele continuou com movimentos lentos e circulares, me torturando.

— S-sim... — balbuciei, a vergonha me consumindo. Porra, estou implorando como uma miserável.

Ele manteve o ritmo agonizantemente lento, cada segundo se arrastando. Meu desejo era insuportável, e eu não conseguia mais controlar a necessidade que queimava em mim.

— Porra, Comandante, por favor, me toque de verdade. Eu imploro! — A vergonha era esmagadora, mas o desejo era maior. O sorriso malicioso nos lábios dele era um eco de seu poder sobre mim.

— Vai ter que prometer ficar quieta — ele murmurou, uma ameaça velada em seu tom. Ele puxou minha calcinha para baixo com uma precisão deliberada, deixando minha intimidade exposta ao olhar faminto dele. Senti o tecido escorregar até o chão, e Levi desabotoou minha blusa, revelando meu sutiã. Ele se abaixou, seus olhos fixos em cada detalhe da minha nudez.

A vergonha de estar tão vulnerável desapareceu quando ele começou a tocar minhas dobras encharcadas. Seus dedos esfregavam para cima e para baixo, espalhando meus fluidos enquanto ele me observava intensamente. Seus olhos gravavam cada reação minha, e eu sentia seu prazer no controle absoluto que ele tinha sobre mim.

Ele passou o polegar sobre meu clitóris, pressionando com força suficiente para arrancar um gemido baixo da minha garganta. Seu olhar subiu até meu rosto, absorvendo cada expressão minha enquanto circulava meu clitóris com precisão torturante. Meus quadris se arqueavam, buscando mais contato, ansiando por alívio.

Ele continuou assim até que senti um dedo provocando minha entrada, deslizando lentamente para dentro.

— Merda... — murmurei, a sensação era avassaladora.

Levi aumentou o ritmo, enfiando e retirando o dedo com uma cadência constante, seus olhos observando cada movimento. Outro dedo se juntou, esticando minhas paredes, e eu gemi alto, meus quadris buscando mais fricção. Sua mão livre subiu até meu peito, puxando o sutiã para baixo e expondo meu seio. Ele apertou meu mamilo com força, enviando ondas de prazer direto ao meu núcleo.

Fechei os olhos e inclinei a cabeça para trás, mordendo o lábio para abafar qualquer som. Mesmo sem olhar para ele, eu podia sentir o olhar queimando minha pele, devorando cada reação. Ele curvou os dedos dentro de mim, atingindo o ponto exato que me fez gritar de prazer, abafando o som com a mão.

— Porra, desculpa... — tentei engasgar uma desculpa enquanto ele acelerava o ritmo, os dedos se movendo com habilidade. Meu corpo tremia, a tensão se acumulando insuportavelmente.

— Porra, Comandante, você é tão...

Ele atingiu o ponto novamente, e minhas pernas fraquejaram, o prazer era devastador. Eu tentei reprimir os gemidos, mas era inútil.

— Bom? — Ele perguntou com ironia.

— Tão bom... Não para, por favor... — implorei, mal conseguindo pensar. Ele continuou a investir, os dedos me levando ao limite, enquanto eu mordi o lábio até sentir o gosto de sangue. Eu estava à beira do colapso.

— Comandante... Eu vou... — minha voz mal se formava, um aviso ofegante.

Ele se inclinou, os lábios quentes junto ao meu ouvido.

— Diga meu nome. — A voz dele estava impregnada de autoridade.

— Levi... — Sussurrei, desesperada. — Levi, eu vou...

— Goza pra mim. — Ele mordeu meu seio, e foi o suficiente para me despedaçar.

O prazer me rasgou de dentro para fora, um gemido alto escapou dos meus lábios, e ele rapidamente cobriu minha boca com a mão para silenciar o som. Meu corpo inteiro tremeu enquanto explodia, minhas pernas quase cedendo. Quando finalmente voltei a mim, ele me soltou, e minha cabeça

Enquanto minha respiração ainda se estabilizava, tentando acalmar o tremor residual em meus músculos, senti Levi se afastar de mim, o calor de seu corpo substituído pelo vazio frio da distância. Ele deu alguns passos para trás, me observando com uma expressão que parecia esculpida em pedra, impenetrável, sem qualquer resquício da paixão brutal que acabara de nos consumir.

Meu coração ainda batia descompassado, tentando entender o que acabara de acontecer, mas a resposta veio como um tapa quando ele finalmente falou.

— Isso não muda nada — disse, sua voz cortante como uma lâmina, cada palavra carregada de desdém. Ele passou a mão pelo cabelo, como se quisesse se livrar de qualquer vestígio de mim, de nós.

Olhei para ele, procurando por algum sinal, qualquer coisa que me dissesse que aquilo tinha significado algo, mas tudo que encontrei foi uma muralha de frieza. A amargura se espalhou em meu peito, sufocando qualquer esperança que eu pudesse ter tido de que isso fosse mais do que apenas um impulso momentâneo.

Ele se virou para a janela, as mãos nos bolsos, a postura rígida. O silêncio que se seguiu era ensurdecedor, cada segundo me lembrando da distância que ele fazia questão de colocar entre nós. O quarto parecia mais frio, como se todo o calor tivesse sido sugado junto com o desejo que agora parecia uma memória distante.

— Você pode ir agora. — A voz dele era fria, implacável, quase desinteressada. Como se eu fosse apenas mais uma missão concluída, nada mais.

Eu deveria dizer algo, qualquer coisa para me defender, para mostrar que aquilo me afetava tanto quanto ele queria, mas as palavras morreram na minha garganta. Tudo que consegui fazer foi me vestir com mãos trêmulas, tentando ignorar o toque fantasma que ainda latejava em minha pele.

Quando terminei, olhei para ele mais uma vez, na esperança desesperada de ver alguma coisa, qualquer coisa que contradissesse a crueldade de suas palavras. Mas ele nem se deu ao trabalho de olhar para mim. Levi estava ali, de costas, perdido em seus próprios pensamentos ou, talvez, apenas aliviado por eu estar finalmente saindo.

Eu tremia, mais de frustração do que de qualquer outra coisa. Meu corpo ainda estava marcado pelo que ele fizera, mas meu coração estava esmagado pelo que ele se recusava a fazer: me ver, realmente me ver. Apertei os dentes, me obrigando a dar os primeiros passos em direção à porta.

E então, eu saí, com um último olhar para aquele homem que, por um breve momento, eu pensei que pudesse ser mais do que uma fonte de dor. Mas agora, ao fechar a porta atrás de mim, sabia que não havia nada mais que eu pudesse fazer para mudar o que ele era: frio, implacável e completamente fora do meu alcance.

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