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Capítulo 1

2535 palavras

"No caos de um mundo desmoronando, descobri a fragilidade da minha própria existência e a força indomável do amor paterno que me sustentava."

Eu tinha apenas 13 anos quando o mundo começou a desmoronar. No início, todos acreditavam que era apenas uma gripe mais forte, algo que passaria em algumas semanas. Mas, em vez disso, o silêncio tomou conta. Um silêncio mortal, que engoliu cidades inteiras. Pessoas adoeciam e morriam em questão de dias, enquanto médicos e cientistas lutavam desesperadamente para entender o que estava nos destruindo. Quando finalmente deram um nome ao vírus, chamaram-no de Khaos1 — tão implacável quanto a própria raça humana.

Não demorou para que o vírus se espalhasse pelo mundo. O número de mortos multiplicou-se rapidamente, e logo ficou claro: a humanidade estava condenada.

As ruas ficaram desertas, escolas fecharam, e fomos trancados em nossas casas, assistindo ao colapso do mundo pelas telas. Os noticiários mostravam hospitais sobrecarregados e corpos sendo empilhados, e o desespero se espalhava como uma praga invisível. As pessoas começaram a saquear farmácias e supermercados, buscando desesperadamente qualquer coisa que pudesse mantê-las vivas. O caos não estava só nas ruas—ele invadia nossas mentes.

Meu pai tentava manter a calma, mas eu via o pânico crescer em seus olhos. Ele repetia que tudo ficaria bem, que era só uma fase ruim. Mas, no fundo, nós sabíamos que não havia garantias. O medo não era apenas do vírus—era do que as pessoas estavam se tornando. A doença corroía mais do que corpos; ela arrancava a humanidade de muitos.

Numa dessas tardes sombrias, meu pai saiu para buscar comida. A fome se tornara uma constante angustiante em nossas vidas. Estava na cozinha, tentando ignorar a sensação sufocante de que algo estava muito errado, quando ouvi um som seco vindo da sala. Meu corpo estremeceu, e um frio cortante percorreu minha espinha. A faca que eu segurava tremia nas minhas mãos enquanto me dirigia lentamente em direção ao som. Cada passo parecia amplificado na casa silenciosa, o medo comprimindo meu peito.

Quando alcancei o corredor, a cena que se desenrolava diante de mim era um pesadelo. Um homem alto estava de costas para mim, revirando nossas coisas com uma calma perturbadora. Seus cabelos loiros desgrenhados pareciam quase dourados na penumbra, contrastando com suas roupas sujas e rasgadas, que cobriam um corpo magro e encurvado. Ele estava ali, como se estivesse em sua própria casa, mexendo em tudo com uma frieza ameaçadora. O pânico formou um nó gelado no meu estômago.

Tentei recuar lentamente, planejando escapar pela porta da cozinha, mas o piso rangeu sob meus pés. O som ecoou na casa silenciosa, como um grito desesperado. Ele parou imediatamente, seus movimentos congelando antes de se virar lentamente. Seus olhos azuis eram buracos vazios, exalando uma mistura perturbadora de loucura e crueldade. O facão enferrujado que ele carregava estava coberto com manchas secas de sangue, e o cheiro metálico parecia impregnar o ar. Minha garganta ficou seca, e o terror me paralisou.

— O que você quer? — minha voz saiu em um sussurro trêmulo, quase inaudível.

Ele se virou, revelando um sorriso distorcido que parecia um corte maligno em seu rosto. Sua voz era cruel e sarcástica, carregada de um prazer doentio.

— Não é óbvio? — disse ele, com um tom que fez meu estômago revirar. — Só preciso de um pouco de "hospitalidade". Não encontro uma casa tão... acolhedora há um bom tempo.

A palavra "acolhedora" saiu de seus lábios com um tom grotesco, e eu tentei encontrar uma saída, mas só consegui recuar ainda mais, aterrorizada.

— Por favor, vá embora... — implorei, a voz embargada pela desesperança. — Não temos nada de valor aqui.

Ele soltou uma risada áspera, um som que parecia cortar o ar como uma lâmina.

— Valor? — repetiu, zombando. — Não estou atrás de coisas. Estou atrás de... algo mais.

Aquelas palavras carregavam um subtexto sádico e perturbador. Quando ele começou a avançar lentamente, um sorriso cruel enfeitando seu rosto, o medo tomou conta do meu corpo. Corri para as escadas, mas ele era mais rápido. Sua mão agarrou meu cabelo, e a dor foi aguda e imediata quando ele me arrastou e me jogou no chão. O impacto foi brutal, e minha visão escureceu momentaneamente. Um gosto metálico e ácido invadiu minha boca.

Ele se inclinou sobre mim com uma força esmagadora. Eu estava atordoada, minha mente lutando para processar o horror. O peso dele me esmagava, e sua voz era um sussurro de desdém enquanto ele apertava meu pescoço com tanta força que o ar se recusava a entrar.

— Onde pensa que vai? — ele rosnou, cada palavra impregnada com desprezo e crueldade. — Achou que ia me escapar?

O cheiro nauseante de suor e sujeira misturado ao ácido de sua respiração tornava o ambiente ainda mais repulsivo. Quando sua língua áspera deslizou pelo meu rosto, eu me senti enojada e indefesa. Ele se divertia com meu desespero, rindo baixinho enquanto sua mão suja explorava meu corpo de forma sádica e invasiva.

— Vai ser rápido e doloroso ou... posso prolongar o nosso tempo juntos. Depende de você — sua voz era um sussurro cruel, cada palavra carregada com uma ameaça horrenda.

A cada tentativa de me soltar, ele apertava mais, meus braços sendo pressionados contra o chão. Suas mãos eram como garras implacáveis, e eu estava completamente à mercê de sua crueldade.

— Não... por favor... — implorei, minha voz um murmurinho quase inaudível, sufocada pela dor e pânico.

Ele soltou uma risada perversa, um som que parecia ressoar de maneira cruel e satisfatória para ele.

— Ah, como adoro ouvir isso — murmurou, lambendo seus lábios rachados com uma satisfação doentia. — Grita mais, sua vadia.

O facão começou a rasgar minha blusa, expondo minha pele ao seu olhar insaciável. Quando ele se inclinou, mordeu meu pescoço com uma brutalidade animal. A dor foi excruciante, um incêndio de sensações que me fez gritar, meu grito ecoando pela casa vazia, misturado com o som repugnante do prazer grotesco dele. Ele apertou meu pescoço novamente e se inclinou, sua boca suja com meu sangue, forçando-me a encarar seu olhar perverso. Seus lábios imundos encostaram nos meus, uma sensação repulsiva que fez meu estômago revirar.

Foi então que ouvi a porta se abrindo. Em seguida, um estalo alto e seco foi ouvido, e sangue espirrou em meu rosto e pelas paredes. Meus soluços foram abafados pelo corpo dele sobre o meu. Meu pai, com um chute, afastou o corpo sem vida do homem e me recolheu em seus braços. Eu quis virar o rosto, curiosa para ver o que havia acontecido, mas as palavras firmes de meu pai me detiveram:

— Não olhe.

Eu obedeci em silêncio, permitindo que meu pai me levasse para fora de casa. Caminhamos em direção à garagem, onde ele gentilmente me colocou dentro do carro.

— Espere aqui, Melie — ele disse, voltando para a casa.

Enquanto aguardava no carro, lutei para afastar os pensamentos sobre o que acabara de acontecer. Olhando para minha blusa rasgada, uma enxurrada de emoções me dominou. O cheiro de sangue invadia minhas narinas, e o ar no carro intensificava o odor metálico. O que teria sido de mim se meu pai não tivesse chegado a tempo? Sentia-me frágil e indefesa. A vergonha e a raiva se misturavam dentro de mim enquanto eu permanecia ali, exposta e vulnerável.

Após alguns minutos que pareceram horas no silêncio esmagador do carro, meu pai retornou carregando sacolas. Ele as depositou no porta-malas com um movimento cansado e então se acomodou no banco do motorista, segurando um pano azul e um moletom vermelho. Ele se virou para mim com um olhar terno e, sem dizer uma palavra, começou a limpar meu rosto e pescoço. O pano estava molhado e gelado, e o toque frio me fez estremecer. Quando terminou, ele me deu um beijo suave na testa.

— Vista isso, Melie. — A voz dele era suave, mas carregada de uma determinação reconfortante.

Vesti o moletom, sentindo-me um pouco mais protegida, mas a vergonha e a sensação de estar suja ainda estavam presentes. À medida que passávamos pelas ruas desertas da cidade, a cena que se desenrolava diante de mim era um testemunho cruel do colapso do mundo. Corpos inertes estavam espalhados pelo chão, como macabros sinais do apocalipse que havia se abatido sobre nós. Portas de casas foram arrombadas, carros estavam quebrados e capotados, e a cidade parecia um fantasma de seu antigo eu, um cenário de total desolação.

Meu pai olhou para mim, seu rosto marcado pela preocupação e pelo cansaço.

— Vai ficar tudo bem, Melie. Não deixarei que coisas ruins aconteçam com você novamente, eu prometo. — Ele falou com uma firmeza reconfortante. Apenas balancei a cabeça, um sorriso trêmulo tentando se formar em meu rosto. "Melie" era o nome carinhoso que só ele usava, e isso, de alguma forma, me fazia sentir um pouco mais segura.

Após horas no carro, enquanto a noite começava a se estabelecer, percebi que estávamos distantes da cidade. A paisagem ao redor era agora uma vasta extensão de árvores e campos verdes, como se a natureza tentasse apagar os vestígios da civilização. Virei-me para meu pai.

— Para onde estamos indo? — perguntei, tentando entender o propósito daquela viagem.

— Para bem longe, Melie. O local mais isolado que eu consegui encontrar. — A resposta dele foi clara e direta, e eu assenti, voltando meu olhar para a paisagem, tentando deixar as memórias horríveis para trás.

Acordei com a voz de meu pai me chamando. A escuridão do lado de fora era profunda, e o relógio do carro marcava 2 horas da manhã. Enrolei-me no lençol, tentando me proteger do frio cortante da noite. Olhei ao redor e deparei-me com uma vasta floresta, onde os densos bosques se estendiam à minha frente. O sussurro suave do vento entre as árvores era ocasionalmente interrompido pelo farfalhar das folhas secas. Não havia som de pássaros; eles deviam estar escondidos. Cada passo que eu dava fazia os ramos se contorcerem e se entrelaçarem, formando um labirinto natural de beleza selvagem e indomável.

Quando me virei, avistei um velho posto de gasolina com uma loja de conveniência. O posto em si estava em um estado deplorável, com paredes de concreto descascadas e sinais visíveis de degradação. O letreiro, outrora vibrante, estava quebrado e pendurado de forma precária, balançando lentamente com o vento. As bombas de gasolina, agora enferrujadas e sujas, estavam imobilizadas como testemunhas silenciosas do abandono.

Enquanto me dirigia para a loja de conveniência, ouvi meu pai me chamar.

— Melie, ajude-me a levar nossas coisas para dentro de casa. — Ele apontou para uma pequena casa ao lado do posto de gasolina.

A casa era um refúgio singelo, e embora desgastada, seu interior ainda preservava ecos de uma vida passada. As paredes desbotadas pareciam ter suportado décadas de exposição aos elementos. A varanda simples, adornada com uma cadeira de balanço antiga e um par de vasos de flores secos, sugeria um tempo mais feliz, talvez um lugar onde uma família se reunia após o jantar para conversas e risadas. Perguntei-me o que teria acontecido com essas pessoas. Teriam morrido em quarentena? Ou teriam partido antes do vírus?

Ao entrar na casa, fui recebida por um aroma de poeira e madeira envelhecida. Apesar de sua aparência exterior deteriorada, a casa tinha um certo aconchego. O interior era modesto, mas exalava um calor reconfortante. Móveis antigos, desgastados pelo uso, preenchiam a sala de estar. Havia uma pequena cozinha equipada com aparelhos antiquados e dois quartos. Em um deles, uma cama de casal estava coberta por lençóis empoeirados, e no outro, uma cama pequena estava rodeada por brinquedos esquecidos, como uma triste lembrança de uma criança que uma vez morou ali.

Enquanto explorava a casa, um ranger no piso me fez voltar ao presente. Vi meu pai, seu semblante relaxado pela sensação de ter encontrado um local seguro. Apesar da desgastada aparência da casa, ela era um alívio para o nosso estado de constante vigilância e medo.

A noite na antiga casa parecia particularmente opressiva, como se a escuridão do quarto tivesse uma forma tangível. O sono me arrastou para um pesadelo perturbador, onde eu me encontrava em um corredor estreito e mal iluminado. As paredes estavam cobertas por uma substância viscosa e escura, que parecia pulsar e escorregar sob uma luz fraca. Cada passo que eu dava fazia o chão se esticar e se contrair, como se tentasse me engolir. A sensação de pânico crescente me envolvia, fazendo meu coração acelerar freneticamente.

De repente, uma figura grotesca surgiu à minha frente, como um horror materializado. Era um homem com o rosto desfigurado, onde deveria estar o nariz havia um buraco escuro e úmido, e seu lábio superior estava rasgado, expondo dentes amarelados e afiados. Seus olhos eram buracos opacos, e um sorriso macabro se formava e desintegrava como se fosse feito de sombra. Ele avançava lentamente, seus passos ecoando pelo corredor como sussurros de morte. Suas mãos, afiadas como garras, estendiam-se na minha direção, e eu tentava gritar, mas nenhum som saía dos meus lábios. Tentava correr, mas meus pés pareciam presos ao chão.

O homem se aproximava, sua respiração quente e nauseante envolvendo meu rosto com uma sensação de putrefação. Senti um calafrio quando suas garras geladas e dolorosas se fecharam ao redor do meu pescoço, apertando com uma força que parecia esmagar minha garganta. O toque dele era como se eu estivesse sendo consumida por uma escuridão viva, uma sensação de asfixia e desespero.

— Melie, Melie. — A voz de meu pai me chamou, cortando o pesadelo e me puxando de volta para a realidade. Acordei suada e ofegante, o coração ainda acelerado, sentindo a pressão fantasmagórica em meu pescoço.

— Melie, você está bem? — Ele perguntou, sua voz cheia de preocupação e ternura, como um anjo de misericórdia no meio do horror.

Ainda tremendo, olhei para ele e tentei acalmar a respiração, forçando um sorriso trêmulo para afastar o pânico.

— Foi só um pesadelo, pai. — Falei, tentando esconder o terror que ainda me dominava.

Ele me envolveu em um abraço reconfortante, seu corpo quente e protetor contrastando com o frio do medo que eu sentia. Seu abraço era um refúgio acolhedor, afastando a tempestade de horror que ainda assombrava minha mente.

— Eu estou aqui com você. Não importa o que aconteça, você não está sozinha. — Ele disse, com um tom suave e cheio de amor que parecia afastar as sombras da noite.

Ficamos assim por alguns minutos, enquanto eu tentava recuperar o fôlego e a calma. O sol começava a despontar no horizonte, lançando uma luz tênue e incerta sobre a floresta. Ele se levantou e me ajudou a sair da cama. Fomos para a varanda, onde sentamos em silêncio, observando o nascer do sol. O novo dia se desenhava em um mundo destruído, a beleza das cores vivas contrastando brutalmente com a era sombria em que vivíamos.

— Você se sente melhor? — Ele perguntou, me lançando um sorriso gentil que tentava iluminar o desespero ao nosso redor.

— Sim, pai. Obrigada. — Respondi, segurando sua mão com força, tentando me ancorar na segurança dele.

O sol começava a iluminar o céu, espalhando uma luz suave e reconfortante sobre a floresta e a casa envelhecida. O mundo que eu conhecia havia desaparecido, substituído por uma luta desesperada pela sobrevivência, e cada dia era uma batalha para encontrar algum sentido em meio ao caos.

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