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Capítulo 3

Duzentos soldados esqueléticos e inexperientes os aguardavam nos arredores de Forgent.

Quando Soen e Yenned chegaram, foram informados de que seus inimigos seriam, no mínimo, quatrocentos camponeses bem abastecidos de suprimentos e com vantagem sobre o terreno. E ainda, se fossem mesmo praticantes de magia negra, bem, Soen e seu primo estavam mais fodidos ainda.

Aquilo era suicídio. Ou melhor, um assassinato.

— Como acha que o rei sabia para onde estávamos indo e que nós estamos juntos? — perguntou Yen, quando os soldados magrelos que sequer haviam saído da puberdade se afastaram.

— Acredito que o rei tenha algum tipo de bruxa de estimação. Ele deve se manter informado de certas coisas por meio de magia. Isso também explicaria várias informações sobre mim que ele já descobriu, apesar de eu sempre ter sido muito cuidadoso.

— Você acha que ele realmente se arriscaria assim? A Única Fé mandaria cortar a cabeça dele, se descobrisse.

— Cortar a cabeça? — questionou Soen, nada surpreso pela ingenuidade de Yen — Tenho certeza de que existe gente ainda pior no controle da Única Fé. Não duvido que o próprio Papa seja servo do Diabo.

— Bem — o tom de voz de Yen soava reflexivo —, eu me transformo em um gato sob a luz poente, então não estou em posição para duvidar de nada. Aliás, você faz alguma ideia de quem possa ser a bruxa de estimação do rei?

— Se existe no castelo alguém capaz de algo assim, ou alguém que esteja, na verdade, fazendo o rei de bichinho de estimação, esse alguém é Garon, o Conselheiro Real.

— Um feiticeiro, então — Yen refletiu por um momento. — Ele deve ter lançado essa maldição que me atingiu como um raio no mesmo instante em que o noivado do rei foi oficializado.

— E como não deu certo — Soen prosseguiu — ele tentou nos impedir de consultar a bruxa que você encontrou. Quais as chances de ela ser morta nos próximos dias?

Yen fez um gesto casual com os ombros.

— Não muitas, acho. Ela parecia esperta.

— Não que ela importe agora — Soen apontou com a cabeça para os soldados patéticos que ajeitavam frangalhos que fingiam ser armaduras. — Bando de inúteis. Improvável obter êxito. Sair vivo será quase impossível.

— Para eliminar o problema aqui mesmo, Bharmerindus deve ter mandado seus piores soldados — murmurou Yen.

— Certamente — Soen concordou. — Basta olhar para esses imprestáveis, e eu já sinto vontade de matar a mim mesmo.

— Eles não têm culpa, Soe. Esta deve ser a primeira batalha que lutam na vida.

— Não é problema meu — ele grasnou. — Minha única preocupação é o feiticeiro que deve estar controlando o rei Othail.

— De fato — Yenned concordou com a cabeça. — Se Garon for um feiticeiro e estiver controlando seu pai, é provável que Deus lance uma punição terrível sobre Etheia.

Soen levou apenas um instante para absorver as palavras de Yenned e então começou a rir.

— Me poupe, Yen. Deus está pouco se fodendo para nós agora.

Soen não sabia que tipo de expressão o outro estava fazendo, com aquele elmo constantemente encaixado na cabeça, mas podia imaginar um par de grossas sobrancelhas platinadas se franzindo pela sua blasfêmia.

— Você não me ouviu quando eu descrevi o modo como as pessoas vêm morrendo ultimamente, Soen? — ele respondeu, com um tom de voz impassível — Morte certeira. Inchaços e manchas negras, dores horríveis e contágio crescente. A morte negra está se espalhando por todo o continente. E se isso for uma maldição? Ou quem sabe um castigo divino? Se existem bruxas que servem aos demônios, então não é possível que Deus e seus anjos estejam nos assistindo de perto?

Enquanto falava, Yen tocou o anjo de olhos fechados gravado em seu peito na armadura, idêntico ao brasão que ostentava em seu manto. Crente até os ossos como qualquer bom homem de fé.

Soen ficou um pouco decepcionado ao constatar que ele realmente acreditava no que estava dizendo.

Talvez até fosse mesmo verdade, ele não estava disposto a descartar possibilidades, apesar de se manter cético no que se referia ao assunto em questão. No entanto, para Soen, pensar em um Deus onipresente, onipotente e absolutamente bondoso castigando os humanos por toda a merda que o mesmo permitiu que acontecesse soava como um delírio risível.

Afinal, se Deus era bom, por que alguém como Soen, que planejava tornar aquele mundo um lugar pior do que o inferno, teria nascido com poder o suficiente para fazer tal coisa?

Se Deus era o criador de tudo e podia fazer milagres, qual era o sentido de ainda haver mal no mundo? Para Soen, aquele Pai generoso que retribuía o bem que os humanos faziam não passava de um fruto da imaginação dos miseráveis sem saída, além de uma ferramenta usada por aqueles que estavam no topo e faziam as regras.

— A morte de camponeses não me interessa. Por mim, eles que se fodam.

— Desse jeito, Soe, você não vai ter um reino para governar.

Soen o ignorou, pois não estava exatamente preocupado com um futuro reino enquanto a sua cabeça corria risco nos arredores de Forgent.

— De qualquer jeito, primo, logo vai anoitecer. Eu preciso que você se enfie em um saco e se mantenha bem quieto para que os soldados não te matem até amanhã — Soen sorriu para ele.

Yenned balançou negativamente sua cabeça coberta pelo elmo. — Não vejo necessidade. Os homens da seu antigo vigia não vão me encontrar na floresta. E, além do mais, eles esperam que façamos um ataque surpresa no escuro. Como faremos isso, enquanto eu for um gato?

Seu primo continuou falando atrás de Soen enquanto ele buscava um saco nas margens de seu pequeno acampamento.

Quando finalmente encontrou um no chão, jogou para Yen.

— Não adianta atacar durante a noite, primo. De fato, poderíamos ter uma boa vantagem na escuridão, mas nossos inimigos esperam por nós, e eu tenho certeza de que servos do Diabo ganham mais força ao cair da noite. Você precisa ficar escondido até estar pronto amanhã.

Ele analisou o saco de pano imundo por um longo momento, antes de finalmente se dar por vencido.

— Oh, céus. Tudo bem.

— Caminhe em linha reta naquela direção — Soen apontou para a floresta. — Dê cem passos. Quando se transformar, entre no saco e me espere. Vou te buscar daqui a uma hora.

Yenned suspirou, relutante, mas seguiu na direção indicada.

E, como combinado, uma hora depois Soen estava dando cem passos naquela mesma direção, auxiliado pela parca iluminação de uma lamparina, até encontrar o saco com um pequeno volume dentro.

— Aí está você, primo Yen — ele cantarolou.

"Este saco fede a saco", Yenned respondeu em sua mente. "E não estou falando do tipo de saco em que estou enfiado agora."

— Que mau humor — Soen criticou. — Apenas seja um bom bichano e venha comigo. Temos uma bruxa na Cidade Baixa para encontrar antes que o feiticeiro do castelo pegue-a primeiro.

"O que? Nós não podemos fugir agora e deixar duzentos homens para morrerem sozinhos!", Yen-gato resmungou enquanto Soen agarrava o saco que continha seu corpinho felino.

— Nós não estamos fugindo, primo — disse enquanto Yen-gato se debatia inutilmente em suas mãos. — Apenas me ocorreu um jeito melhor de lidar com isso durante a hora em que você esteve ausente.

"Soen! Você está me sequestrando!", Yen acusou.

— Não seja dramático — ele revirou os olhos. — Fique quieto e ouça meu plano.

Para a surpresa de Soen, seu primo ficou imóvel em um instante, dando a ele espaço para dizer o que planejava.

— Eu vou voltar até os soldados e ordenar que...

Antes que terminasse de falar, Yen-gato se impulsionou violentamente contra o aperto de suas mãos desatentas, saltando com agilidade felina para fora do saco e revelando uma densa pelagem branca, com um impressionante par de olhos azuis escurecidos pela falta de iluminação.

— Mas que merda Yen, alguém vai acabar te vendo. Já lhe disse que não vamos fugir. E a propósito, desde quando você muda de cor?

"Mudar de cor?", Yenned fez uma breve pausa. "Eu não sei do que você está falando."

— Estou dizendo que você era um gato preto, e agora está branco como merda de pombo.

Yen-gato o encarou com um olhar de diversão. Era absolutamente mais fácil entendê-lo naquela forma, e Soen estava começando a desejar que ele permanecesse daquele jeito.

Mas, apesar disso, bastava olhar para aqueles olhos e notar que não havia nada de familiar neles. Estava óbvio que não se tratava do mesmo gato.

Refletindo um pouco sobre isso, ele notou que aquela era a primeira vez durante toda a viagem em que via Yen transformado em gato.

Se aquele maldito idiota de dois metros de altura não fosse tão tímido sobre sua transformação, Soen teria descoberto desde o início que não se tratava do gato que invadia seu quarto ao cair da noite e, possivelmente, a identidade do outro felino já teria sido descoberta.

"Bem, acho que já está claro que eu nunca mudei em nada", Yenned disse.

— Se não era você, quem é o pulguento que se esgueirava para o meu quarto todas as noites nos últimos meses?

"Eu nunca visitei seus aposentos durante a noite, me limitava a vigiar de fora. E não estou assim por meses, ainda nem fez um mês", seu primo peludo respondeu. "Mas, de fato, já notei a presença e o cheiro de outro gato por perto. Não seria apenas um gato normal?"

— Eu não sei — Soen pensou por um instante, por mais que já soubesse a resposta. Depois de se envolver com seu primo amaldiçoado, ficara mais fácil identificar outras coisas sobrenaturais. — Nunca me pareceu um gato normal. Mas então você também pode falar na minha cabeça em sua forma felina. Veio como um brinde da maldição? 'Se transforme em um gato e seja caçado pela igreja, então leve de graça mais uma habilidade demoníaca para ser queimado da forma mais dolorosa na história' ou algo assim?

"Você já me perguntou isso centenas de vezes", Yen resmungou. "Mas eu não faço ideia. Quando me dei conta, já podia fazê-lo."

— É que me irrita — Soen disse a ele, por mais que, na verdade, só perguntasse para incomodar seu primo. — De qualquer jeito, vamos perguntar sobre o gato preto para a bruxa.

"Mas então, qual é o plano para recuperar Forgent?" Yen indagou.

— Por que ainda faz perguntas, se pode ler minha mente? — Soen retrucou.

"Eu não o faço constantemente", seu primo disse. "Na verdade, evito o máximo que posso. Seus pensamentos são muito desagradáveis. Apenas diga logo o que planeja fazer."

Soen sorriu para seu primo felino.

— Nossos homens terão que roubar alguns corpos.

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