Capítulo dezesseis

Saraah on:

**HORAS DEPOIS…

Eu definitivamente não tenho muitas perspectivas sobre como levar a minha vida, quando pequenina tendo uns nove anos de idade, queria ser chef de cozinha, aos quinze anos eu queria ser cantora e agora no auge dos meus dezessete anos,  sim, parabéns para mim, fiz dezessete anos e ninguém se lembrou.

Eu só  queria aguentar mais de dez minutos nessa festa, estou fazendo isso única e exclusivamente pelo GUSTTAFF, vulgo minha paixão platônica , por mais que isso parta o meu pobre coração , devo admitir que ele é o maior cafajeste que eu conheço, já pegou metade — se não toda—  a escola. Tenho certeza  que depois que começarmos a namorar ele vai parar de pegar todas e vai ser só meu.  

Vestindo um vestido estilo tubinho
até o  meio das pernas, preto, todo decotado nas costas e na frente um decote em formato coração, eu particularmente me achei linda, está bem, nem tanto assim,  ok,  eu estou DECENTE .Hoje é o aniversário do Sebastian também, a festa em si está linda, como não tem um tema, já que o aniversariante diz que "é coisa de criança".

**Trinta minutos depois…

Se lembra que eu disse, que seria toda a escola? Pois bem, eu acertei em cheio! E ainda tem muito mais pessoas, me sinto sufocada e nada do Gusttaff, MAS QUE DROGA! estou praticamente surtando, prestando mais atenção ao meu redor, vejo várias pessoas com copos com um conteúdo vermelho dentro, ué? Vinho? Achei que teria cachaça da pesada. Ou refrigerante, nem todo mundo daqui já é de maior.

Parece que eu não sou muito  atualizada com os pedidos. Queria ser forte e falar que vou aguentar a pressão, estou cercada de garotas que parecem modelos,  e baitas modelos por se dizer, estou me sentindo sufocada, completamente  revoltada, estou tanto tempo nessa porra e não vejo o caralho do Gusttaff, se duvidar vou enfiar o meu salto no seu cú, por ele demorar tanto tempo para aparecer.

MALDITO.

Depois de três horas só o esperando, eu desisto, sempre fui uma garota boba, mas nunca desse jeito, me sinto péssima por ter sido feito de trouxa.

O que adianta eu ter me produzido toda, se o cara que eu gosto, nem fez questão de aparecer?

Por isso eu ando vagarosamente até o meu quarto, tranco a porta, para não ter inconveniência durante o restante da madrugada, e só me jogo na cama. Durmo e acordo com o meu despertador tocando, não queria acordar, mas preciso ir para o colégio, tenho que recuperar as minhas notas,  e trabalhar.

Consegui um emprego como garçonete num restaurante perto do colégio, com isso eu economizo dinheiro com o transporte, e é hoje que eu me mudo dessa casa, espero que nova portas se abram para mim, posso ter a certeza de que sempre vou correr atrás dos meus sonhos.