Capítulo 38
Naya
A dor me agonizava novamente assim que recupero a consciência. Eu gritava de dor e pedia para aquilo parar o quanto antes. Eu não sabia exatamente onde estava mais ouvia conversas ao meu redor.
ㅡ Essa é a única solução Hugo...
ㅡ Não... ela pode não aguentar. Não posso fazer ela se tornar algo desconhecido eu...
Grito novamente com a onda de dor que percorria minha costa.
ㅡ Não vai ser desconhecido, vai ser uma variante sua. Você pode tentar salva-lá ou deixa-la morrer em 15 segundos. As garras atingiu artérias irreparáveis Hugo. Acho bom você tomar uma decisão logo.
Eu estava pronta para aceitar meu destino, sendo a morte ou não... eu apenas queria que aquela dor parasse o mais rápido possível. Não sei se seria capaz de aguentar mais.
Ate mesmo minhas forças de gritar vai se esvaindo e não sinto mais os movimentos de meu corpo... era como se eu tivesse tomado uma anestesia forte... me deixando até com dúvida da minha própria existência. Porém aquela sensação durou poucos segundo, pois logo senti que meu corpo reagiu agressivamente como se uma dose alta de adrenalina fosse injetada em mim, fazendo cada molécula do meu corpo se agitar.
Eu sentia meu sangue se movimentando em cada vaso sanguinieo... Algo destruía meu corpo de dentro para fora e uma dor muito pior a da costa fazia morada em mim. Meus olhos ardiam, mesmo fechados... como se fossem destruídos da órbita e imediatamente recriados. Meu corpo parecia entrar em uma convulsão a cada espasmo de dor. Eu ouvia meu próprio sangue se movimentando assim como o som da minha pele na costa se fechando e religado cada veia e artéria rompida. Fiquei nesse estado por horas até eu sentir um alivio grande no corpo e finalmente apagar.
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Sentia que vários caminhões tinham passado por cima do meu corpo, porém era mais confortável que a dor anterior. Abro meus olhos com dificuldade e assim que me acostumo com a claridade a primeira coisa que vejo é um desconhecido totalmente tatuado com um cigarro na mão sentando em minha frente. As tatuagens dele eram como se fosse uma segunda pele que tomava conta de uma boa parte de seu corpo. Seus olhos verdes me encaram e me analisa por um momento.
ㅡ Hugo sua mulher acordou. ㅡ ele diz e dá um sorriso de lado. ㅡ Acho que deu certo.
Quando vejo Hugo uma felicidade percorre meu corpo acalmando todas as minhas células. Meu mundo para naquele momento me mostrando uma vida inteira em seus olhos... a nossa vida. Um sentimento de posse me atinge, como se cada parte de meu corpo chamasse por ele, como se eu precisace dele assim com eu preciso de ar para viver.
Me levanto e abraço ele com todo meu ser. Seus braços rodeia meu corpo e sinto seu coração pulsar fonte contra o meu. Estar em seu braço me faz sentir em meu lar, em um lar que nunca tive. Seu perfume invade minhas narinas me deixando totalmente inebriada ao seu cheiro... um cheiro que nunca tinha sentido. Porém agora eu sentia o cheiro mais viciante emanar de seu corpo. Ele segura meu rosto com as duas mãos e sorri... um sorriso de felicidade e de seu corpo emanava uma emoção tão forte quanto seu cheiro... alivio.
ㅡ Você esta bem. ㅡ ele diz apalpando mais o meu rosto e então me beija.
Um beijo totalmente diferente do que já tínhamos dado. Sim tinha algo totalmente diferente comigo. Tudo se tornou mais intenso... o sentimento que tinha por Hugo se multiplicou de uma forma que não consigo explicar. Nossas peles se interagindo era como se uma pertencesse a outra... totalmente surreal.
ㅡ Hugo... tem algo diferente... o que aconteceu? ㅡ pergunto entre o beijo e ele me olha sério.
ㅡ Naya... eu não podia perder você...ㅡ ele segura minhas mãos. ㅡ Talvez eu tenha sido egoísta em minha decisão. ㅡ pela primeira vez eu vi lágrimas escorre de seus olhos. ㅡ Mais eu não suportaria ver você me deixando. ㅡ seus olhos me encaram. ㅡ A ferida em sua costa foi muito profunda... a ponto de você morrer em poucos minutos. Então eu... eu injetei meu sangue em você... fazendo a ferida se curar... porém automaticamente você se tornou uma... sobrenatural.
Eu tentava digerir cada palavra que ele diz e por um momento eu me sinto totalmente fora de órbita.
ㅡ Então... eu sou como você agora? ㅡ meu coração acelera.
ㅡ Não exatamente igual como ele... mais você se tornou literalmente um ser sobrenatural. ㅡ a voz do homem tatuado ecoa chamando minha atenção. ㅡ O sangue de Hugo se misturou com o seu, fazendo de você uma espécie única. O seu poder pode ser semelhante ao dele, porém não igual. Pelo fato do sangue ter se misturado você talvez não tenha o mesmo descontrole que Hugo, vamos dizer que você não tenha os mesmos efeitos colaterais. Devo admitir que isso foi muito arriscado, mais parece ter funcionado muito bem.
ㅡ Por isso eu sinto que tudo está intenso e duas vezes mais forte que o normal...ㅡ digo compreendendo o sentimento que eu estava sentindo a respeito de Hugo. Finalmente eu sabia exatamente o que ele sentia por mim... e com certeza não existia sentimento mais puro e forte que esse. Um sorriso escapa de meu lábios. Eu me sentia tão especial quanto antes. ㅡ Talvez você tenha tomado a melhor decisão...
Nós nos olhamos e ele sorri aliviado novamente. Um sentimento grandioso percorre meu corpo e algo em seus olhos me fez ver o quanto eu tinha sorte de te-lo em minha vida. Não sei se foi a emoção do momento mais seus olhos se transmutam e no reflexo dos seus eu pude enxergar os meus olhos totalmente diferentes. A clera negra e a íris amarela... eu realmente tinha me tornado um ser sobrenatural e nesse momento pude compreender a sensação de saber o que um companheiro significava. Naquele momento com nossos olhos transformados significava muito mais do que parecia... naquele momento se tornava oficial nosso companheirismo.
ㅡ Melhor não se enpogarem muito... principalmente em minha frente. ㅡ o homem diz e Hugo ri.
ㅡ Ele é o Hadria Naya. Aquele híbrido ao qual te disse na festa. ㅡ Hugo diz e só então compreendo a áurea que emanava do homem... uma aura monstruosa e muito poderosa. ㅡ Ele me ajudou a achar você e nos acolheu aqui desde ontem.
ㅡ Obrigada. ㅡ digo e ele da um breve sorriso soltando a fumaça de seu cigarro.
ㅡ Sei que não vai aceitar entrar para minha alcatéia. ㅡ ele diz encarando Hugo. ㅡ Mais queria que soubesse que pode contar comigo com o que precisar. Tanto no mundo sobrenatural quanto na máfia e talvez em outras coisas mais. Colocarei a máfia Ballard sobe a minha proteção... claro se você aceitar.
ㅡ Seria uma honra. ㅡ Hugo sorri e Hadria se levanta de sua poltrona. ㅡ Se caso você precisar de mim, estarei disponível e saiba que se for desafiar Draven... tem meu total apoio, nunca gostei dele.
ㅡ Um aliado então? ㅡ Hadria estende a mão e Hugo a pega e me olha.
ㅡ Dois aliados
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