Capítulo 25
Naya
Nos últimos dias minha vida está sendo bem agitada. Minha pequena irmã veio morar comigo, descobri que minha família faz parte da mafia, o lugar a qual trabalhei e admirei estava me usando, o mafioso a qual eu queria prender é o que mais me ajudou, esse mesmo mafioso é um ser sobrenatural e ainda por cima temos algum tipo de ligação afetiva... acho que isso não é pra qualquer um.
Cada palavra que Hugo me disse sobre ele... não me fez ter medo. Talvez seja pela nossa ligação ou por eu ser louca, mais eu não estou com medo de quem ele é. A forma que ele se importa comigo não me deixa sentir medo... pelo ao contrário isso me faz sentir segura e o adimirar. Ele pode ser alguém que já fez maldade e que futuramente vai fazer, mais isso não me importa. É assustador pensar dessa forma, mais eu realmente não me importo como ele seja com outras pessoas, desde que essas pessoas mereça. Afinal ele é um mafioso, de uma forma ou de outra ele não seria alguém condescendente.
ㅡ Tenho várias perguntas sobre seu mundo sobrenatural... ㅡ digo e ele me olha. ㅡ Mais no momento eu só quero saber sobre meus pais.
ㅡ Não se preocupe, meus homens já estão agindo. Tivemos uma pista de onde eles possa estar e vou traze-los em segurança para mansão Ballard. ㅡ ele diz e um alivio percorre meu corpo.
ㅡ E os rebeldes? O que eles realmente querem?
ㅡ Até onde Brandon me explicou, alguém de dentro da máfia se rebelou dizendo que Will não servia mais como chefe e querem nomear outro como o líder. ㅡ ele suspira fundo. ㅡ Porém não sabemos exatamente quem está por trás disso, quem está liderando os rebeldes. Saberemos mais a fundo assim que achar seus pais.
Toda essa história me cheira muito mal e tenho impressão que o buraco é bem mais fundo que realmente aparenta ser.
ㅡ Tenho uma dúvida relacionada ao campeonato da mafia. ㅡ digo me levantando e ele me encara com uma sobrancelha erguida. ㅡ Qualquer um pode entrar?
ㅡ Vai querer participar disso? Por que?
ㅡ Quero ganhar a confiança de seus subordinados. ㅡ minto o que faz ele ri.
ㅡ Está escrito em sua testa que não é isso. ㅡ seu sorriso some. ㅡ Alguém te provocou?
ㅡ Talvez. ㅡ reviro o olho e ele continua me encarando sério. ㅡ Ta bom eu confesso que quero quebrar a cara de uma pessoa. Só me diz como devo fazer para isso acontecer.
ㅡ Quem? ㅡ seus olhos se enche de raiva. ㅡ É bom você me dizer Naya.
ㅡ Digo se me prometer não se meter. ㅡ ele suspira fundo. ㅡ Quero resolver sozinha.
ㅡ Eu avisei a eles que...
ㅡ Hugo. ㅡ ele me encara. ㅡ Promete não se meter?
Ele fica quieto por uns minutos me encarando sem desviar o olhar e eu mantenho com a mesma intensidade. Ele coça a costa e passa mão no cabelo quebrando o olhar, como se tivesse ficado nervoso.
ㅡ Ta, eu prometo. ㅡ sorrio vitoriosa.
ㅡ Natasha. ㅡ digo e ele aperta o estofado do sofá com tanta força que rasga o mesmo. ㅡ Como eu disse se ela me provocasse eu iria revidar... e vou. Agora me diz como faço para entar no campeonato.
ㅡ Tudo bem. ㅡ ele suspira fundo. ㅡ No dia do campeonato todos se reúnem e a pessoa que quer se tornar um líder ou provar sua força entra no ringue e proclama quem quer desafiar e por quê. O desafiante é obrigado a aceitar e entrar no ringue. As regras é apenas não usar nenhum tipo de armamento. A luta é de estilo livre, ficando a critério de qualquer um a usar o estilo que quer.
ㅡ A pessoa que ganha pode recusar o título de líder ou qualquer coisa que ganhe ao derrotar o oponente? ㅡ pergunto e ele da um sorriso de lado.
ㅡ Sim, apesar de nunca ter acontecido.
ㅡ Ótimo. Quando tem?
ㅡ A deste mês já está marcada para o final da semana que vem.
(...)
Já estávamos na mansão novamente. Estava aproveitando o resto do dia para ficar com Greta. Ela corria de um lado para outro com um avião de papel na mão. Eu estava sentada na grama olhando aquela alegria toda me fazendo sorrir que nem uma boba.
Um barulho me chama atenção e vejo o Audi preto parando em frente ao hall de entrada da mansão. Hugo tinha acabado de voltar de sua empresa. Ao sair do carro ele me olha e sorri. Ele caminha em minha direção calmamente. O mesmo estava com uma camisa social branca e uma calça social preta. Os três primeiros botões de sua camisa estava aberta... ele aparentava ser realmente um mafioso quando se vestia assim.
ㅡ Como estão os machucados? ㅡ ele pergunta assim que para ao meu lado.
ㅡ Estão bem melhor... 90%. ㅡ ele levanta uma sobrancelha.
ㅡ Se não estiver 100% até o campeonato não irei deixar você subir no ringue. ㅡ ele diz sério e eu acabo gargalhando.
ㅡ Veremos. ㅡ digo o desafiando e ele suspira fundo. ㅡ Posso te fazer uma das perguntas que tenho a seu respeito?
ㅡ Pode. ㅡ ele diz e senta na grama ao meu lado.
ㅡ Você fica daquela forma com frequência? ㅡ o encaro e ele não me olha. ㅡ Já te vi assim por duas vezes. Pareci estar com dor...
ㅡ Não é tão frequente. ㅡ ele diz me cortando.
ㅡ O que é isso? Por que fica assim?
ㅡ Você disse que era apenas uma pergunta. ㅡ ele diz e eu ergo uma sobrancelha.
ㅡ Jura que eu iria fazer apenas uma enquanto tenho milhares? ㅡ pergunto e ele da um sorrio de lado.
ㅡ Minhas emoções interfere em tudo ao meu respeito. ㅡ ele diz e suspira. ㅡ Quanto mais emoções fortes de raiva ou qualquer coisa que desencadeia a minha fúria me faz perder o controle e para isso não acontecer eu tento me prender em meu próprio corpo. Tento prender a minha ira... o monstro que existe dentro de mim e isso acaba machucando profundamente. Meu coração começa a doer como se tivesse uma faca atravessada nele, chega a um ponto que a dor é tão intensa que não consigo segurar tudo e acabo transformando algumas partes do meu copo como você presenciou. Os olhos são os primeiros aparecer, depois minhas garras, as veias pretas tomam conta de minha pele então as presas. Isso tudo acontece porque no momento do ataque eu tenho raiva transbordando feito água de um cano estorado... é como se eu tampasse essa água com a mão, mais a água é tão forte que ela vaza entre os dedos.
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