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-- Capítulo 34: A Tensão na Barreira --

O vento espalha algumas folhas pelo chão. Galhos balançam. O tempo está nublado, as trevas no céu em volta da Zona Neutra circulam em uma velocidade nítida. A névoa está acumulada densamente nas bordas da barreira de energia. O dia da terceira Onda chegou.

Mesmo sendo dia, nessa parte da mata ainda parece ser noite, mais do que seria neste horário devido ao tempo nublado. Na base dos Perdidos, os próprios dormem de forma despreocupada dentro da cabana.

— Estão esperando um monstro dar um beijo em vocês para acordarem?! — fala uma voz conhecida enquanto desfere pisadas no rosto de Rogerinho, esse que balança a cabeça de um lado para o outro por estar atordoado com a situação.

Todos os perdidos vão erguendo seus corpos com certa preguiça escancarada. O indivíduo que os despertou, como o esperado, foi o anão, com sua expressão ranzinza de sempre. Apesar do que aconteceu algum tempo atrás, Vasto parece estar melhor, apenas um pouco mais pálido que antes. Com passos lentos ele sai do edifício. O tempo atualmente é algo próximo do fim da madrugada.

Os perdidos vão equipando suas vestimentas mais espessas, ferramentas e partes de armaduras, sim, partes de armaduras. Sem exceção, todo metal que forma esses equipamentos é negro, incluindo os de suas armas. Os machados, adagas, espadas, lanças e escudos que usam agora são mais robustos dos que eram feitos de pedras polidas. Os equipamentos passam uma forte impressão de imponência a partir de todos. O anão, como nas outras vezes, equipa seus cintos repletos de poções, sendo o único que não parece diferente se comparar com tempos atrás.

Polaris está equipado com um peitoral que cobre a parte superior de seu tronco, também usa um par de ombreiras, joelheiras e cotoveleiras. Na sua cintura se encontra a espada lhe dada pela falecida Ririn. O homem estende seu braço para pegar o cabo de sua outra arma, sendo essa a que foi feita pelo anão com o núcleo de mana de chamas azuis. A girando por seus dedos, o espadachim a guarda em suas costas, a deixando presa em alguns cintos de couro.

Rogerinho, Bassara e Babuíno usam as armaduras mais robustas do grupo, apesar disso, elas não são robustas o suficiente para barrar as possibilidades de seus movimentos ágeis, isso é importante, afinal, a batalha será em um ambiente de floresta, a perda de agilidade é algo que pode ser fatal. Rol Bost e Sayru usam equipamentos mais leves que o de Polaris, com a exceção de Rol Bost, que usa um escudo maior que o anterior, tendo esse sido feito de forma mista com boa madeira e metal. Suas pernas também parecem ter mais proteção que o resto do corpo, provavelmente pela sua necessidade de ter uma boa estabilidade.

Com suas aparências, que passam uma impressão poderosa, os Perdidos se reúnem para debater a estratégia que usarão nesse dia. Sayru tropeça ao tentar se levantar rápido, caindo de uma forma tosca no chão.

— Achei que você já tivesse se acostumado com a armadura. — comenta Rogerinho enquanto o ajuda a levantar com seu braço, nesse tempo, a espada e sacola com rochas do ruivo fazem ruídos. Novamente em pé, o mudo agradece com um sinal usando as mãos. — Essas pedras... Você que sabe se quer as levar, mas não se iluda achando que pode arremessar. Pelo seu bem, e o nosso, use a espada. — Sayru é um pouco abalado por essas palavras, mas agradece com um sorriso brando. Os dois se direcionam para o grupo.

— O plano será o mesmo que debatemos durante essa semana. — ressalta Vasto, ele desenha um mapa simples na terra com um graveto. — Eu e Polaris iremos rondar as bordas da Zona Neutra. Faremos o máximo de criaturas possíveis cair nas armadilhas. E se eu notar alguma necessidade em onde estiverem, iremos para lá ajudar. Alguém tem algo contra? — Os Perdidos concordam cada um à sua maneira. — Então está decidido. Já escolheram onde vão ficar? — Os indivíduos ficam pensativos, alguns se entreolham para checar se todos estão de acordo.

— Iremos nos posicionar na parte de cima do território da Caverna de Fios. — proclama Rogerinho.

— Certo.

Polaris e Vasto começam a tomar distância dos outros membros. O vento passa pelo local levando consigo algumas folhas, as mais velhas se desfazem no céu. Repentinamente o anão começa a tossir bastante, ele se abaixa em fraqueza. A mão de Vasto foi quase toda manchada de vermelho.

— Senhor Vasto! — gritam Polaris e Rol Bost. Os perdidos correm para checar seu estado.

— Ei, anão. — começa Babuíno. — Você ainda está muito mal, será que não deveria ficar fo-

— NÃO!! — vocifera, em seguida ele tosse mais um bocado de sangue até sua crise finalmente parar. — Eu já disse que não vou ficar parado hoje! Em todo caso, não irei durar mais de uma semana! — Vasto volta a andar na direção que ia antes, um olhar sério está cravado em seu rosto. Em parte, sua boca e parte da barba estão sujas de seu próprio sangue, mas, neste momento, isso é irrelevante para ele. — Seus desgraçados, não fiquem melosos! Não quero as suas preocupações ou seja lá o que for! — O sol surge iluminando forte o anão, ele se vira com um largo sorriso estampado no rosto. — Me deixem morrer com honra!

Os perdidos ficam em silêncio observando a cena. Eles respeitam a decisão final de Vasto. Aparentemente, isso já foi algo debatido dias atrás, desde quando o anão demonstrou sinais fortes de sua saúde estar em péssimo estado. A degradação que seu corpo sofreu durante todos esses meses enfim colherá o restante da vitalidade do primeiro Perdido. Um vigor preenche o corpo de todos ali, eles cerram os punhos em determinação. Essa é a última vez que verão a casca do que um dia foi um grande aventureiro e ferreiro renomado por todo o continente. Mas, isso tudo não importa, pois, o que estão perdendo de verdade hoje, é um amigo. Um grande amigo. Um que os ajudou com seus problemas e os guiou para se levantarem contra a floresta. Essa é a despedida de Vasto Krol, o lendário sobrevivente da floresta esquecida. Ele mostrou a rota para sair da escuridão, mesmo não sabendo se poderia ir junto.

Uma forte corrente de vento passa pelo local. Os dois grupos se dividem de vez.

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Em uma carreira impressionante, Polaris atravessa a floresta. Ele carrega em um de seus braços o anão.

— Talvez eu devesse morrer agora mesmo. — comenta Vasto, sentindo seu orgulho abalado por estar sendo levado como uma criança.

— Acalme-se senhor Vasto! — pede o espadachim com um sorriso no rosto. Essa expressão parece perder um pouco da cor nos segundos seguintes. — Vamos fazer esse tempo que falta valer a pena! Hoje será um dia interessante, claro, contanto que não morramos nele! Hahaha! Seja forte como um gigante, senhor!

Hmpf... Mesmo nesse momento você segue com as piadas ruins... Essa é a primeira vez que faz uma com o meu tamanho. Achei que era meu respeitoso fã, o que aconteceu? Acha que é alguém no mesmo nível agora?

— Nada disso, senhor. Você só não sabia, eu fazia elas em segredo.

— Maldito.

Hahaha! — o sorriso de Polaris se torna brando. — Eu só faço piadas com amigos, senhor.

O anão ao escutar isso se foca no horizonte, com um olhar profundo.

— Aqui está bom. Pare. — ordena.

— Entendido. — e assim ele o faz.

Vasto se abaixa e põe seu ouvido sobre o solo. Ele se foca para escutar parte por parte dos arredores da Zona Neutra. Uma grande quantidade de monstros amorfos tentam atravessar a barreira com seus corpos, entretanto, nenhum até agora teve êxito. Alguns tipos de pássaros bizarros também rondam as bordas do muro de energia em busca de uma passagem, mas, a barreira é alta, mais alta do que poderiam ter a capacidade intelectual de pensar em voar sobre.

— Nenhum atravessou ainda, a parede de energia parece mais forte dessa vez. — informa o anão. Sua expressão se fecha um pouco, como se estivesse pensando sobre algo. — Ainda é muito cedo para afirmar algo, vamos prosseguir com a patrulha.

— Isso vai ser bom pra aquecer.

Os dois continuam a se movimentar pelo mapa da Zona Neutra, indo de um canto para outro sem receio. A paisagem muda constantemente. Na parte de cima da Caverna de Fios, mais especificamente, em um espaço não tão distante da entrada dela, os perdidos esperam atentos para qualquer ameaça que possa surgir. A cada movimento que fazem, o som metálico de seus equipamentos escapa.

— Aquele anão realmente é algo. — avalia Babuíno. — Não consigo imaginar alguém como ele morrendo. Acho que só vai cair a ficha se em algum momento eu esbarrar com o corpo dele.

— Realmente! — concorda Bassara, surpreso pela igualdade do pensamento que os dois tem neste momento. — Eu não gosto de falar muito, mas, quando sairmos dessa floresta, farei questão de falar bastante sobre todos os que tombaram. Sem eles, não estaríamos vivos. Esse é o mínimo de gratidão que posso demonstrar!

Hahaha! Esse é o espírito, sobrinho!

— Não sejam impacientes! — exclama Rogerinho, que está a alguns metros de distância. — Esqueceram que estão falando de uma barata? Essas coisas não morrem fácil. Ele certamente voltará, nem que seja ao menos para viver apenas mais uma noite. E quando voltar, eu mesmo darei um fim a ele... com um duelo!

Todos no local esboçam um pouco de ânimo pela conversa.

— Um aventureiro no patamar de uma lenda... — comenta Rol Bost em voz baixa enquanto olha para o céu. — Me pergunto qual a sensação de já ter ficado tão no alto. Não é algo que eu possa alcançar algum dia, só que ainda é legal de imaginar.

Sayru se aproxima e bate amistosamente nas costas de Rol Bost, esse que agradece pelo gesto com um rápido sorriso mais puxado e um balançar leve com a cabeça.

Uma hora se passou. Polaris e Vasto seguem transitando pela floresta na espera de quando a barreira fosse aberta. Os perdidos perto da caverna continuam esperando atentos contra qualquer horda que surja do nada. Mais horas passam, a situação continua exatamente a mesma. A dupla passa pelo mini bioma dos Ipês-brancos. Polaris ainda não parece nenhum pouco cansado pela corrida constante que faz. O outro grupo aguarda com paciência da mesma forma que antes.

Muitas horas passam, o tempo está anoitecendo. Os monstros eufóricos tentam rasgar a barreira, mas sem nenhum sucesso até o momento. O espadachim e o anão continuam transitando de um lugar para outro até finalmente decidirem ir pelas partes mais arriscada da Zona Neutra, as bordas. Ao chegarem lá, Polaris vai viajando pela circunferência do limite dessa mata, os monstros ao o verem ficam mais agitados, causando uma algazarra maior do que a que existia.

— Parece que demos sorte. — considera Vasto. — A barreira está forte hoje, talvez até mais do que em dias normais. Já aconteceu isso uma vez no tempo em que eu vivia sozinho por essas terras, não houve uma Onda em certo mês.

— Sério!? Isso é ótimo! Uma ótima notícia! Significa que hoje não vamos precisar temer pelas nossas vidas!

— É. Ainda precisamos manter a guarda, um imprevisto pode acontecer. Não acho que alguma dessas coisas tenha capacidade de abrir a barreira, mas, não podemos deixar essa possibilidade de lado.

— Entendido! (...) Ei, senhor Vasto. Já foram quantos "entendido" hoje?

— Perdi as contas, mas certamente você disse mais de trinta vezes.

— Ah, isso deve ser maçante, depois irei estudar alguns sinônimos.

— Mantenha o foco.

— Certo, desculpe.

No território da Caverna de Fios, os perdidos aguardam sentados, de uma forma menos preocupada que antes, porém, obviamente ainda consideram a possibilidade de um ataque inimigo, com isso em mente, todos ali não soltam suas armas em nenhum momento.

— Pelo jeito, a noite será longa pela espera. — comenta Babuíno. — Acho que não vai ter Onda dessa vez.

— Também estou pensando nisso, parece que estaremos a salvo dessa vez... — diz Rol Bost.

Apesar da preocupação que sentem, os perdidos tem fé de um dia de Onda sem batalha. Isso significaria que teriam mais um mês para se fortalecerem, sem ter que tratar feridas ou reconstruir a base.

Indo para o espaço com a barreira, os monstros tentam de tudo para a causar algum dano, seja com pancadas violentas usando seus próprios corpos, projéteis ou fluidos perigosos, nada funciona. Poeira é algo constante em volta deles. Uma grande criatura se aproxima da parede de luz em corrida, no caminho, esse ser semelhante a um mamute vai esmagando vários monstros menores até lançar uma ofensiva sobre ela com sua tromba. Um estrondo soa alto, o vento é repelido forte por volta da criatura. Mesmo com esse ataque embutido com uma força colossal, talvez o mais forte desferido por todo esse longo dia, nenhum dano foi causado a barreira.

Uma perna humanoide pisa a frente. Mesmo que tenha sido um ato tão simples e sem presença, tudo em volta é ofuscado no momento que esse pé toca o solo. Com passos lentos, esse ser conhecido vai se aproximando da enorme horda de monstros espalhados em sua frente. O chão faz ruídos por algo estar sendo arrastado por sua superfície, ilusórias sombras não a deixam totalmente visível. Seria isso... uma espada?

Uma criatura, do tamanho de um porco, tenta conseguir uma brecha para se aproximar da barreira, mas, é em vão, todas os monstros na sua frente barram qualquer chance de passagem que ele pudesse imaginar. Em certo momento, esse ser pequeno esbarra na perna do humanoide que se aproximava, nesse instante, seu corpo é destroçado pelo vulto de um braço. O chão explode, sangue jorra para todos os lados. O humanoide prossegue por seu caminho, em sua frente estão as várias bestas enormes e uma quantidade notável de menores as rondando, que ainda tentam atravessar o muro de luz. Seu braço magrelo começa a se mover, subitamente ele desaparece como um vulto pela velocidade posta no ato. Uma quantidade gigantesca de sangue e vísceras mancha toda aquela parte da barreira. Voltando a perspectiva próxima do ser humanoide, tudo em seu caminho está devastado, o solo foi varrido de uma forma absurda, junto do que eram antes monstros. O vermelho na luz vai descendo lentamente.

Com a rota limpa, o ser humanoide continua seu caminho com passos calmos. Ao ficar muito próximo da barreira, a criatura ergue seu longo braço com a Ordelix. A luz do pôr do sol reluz em seu metal, pois até a névoa havia sido varrida com seu ataque anterior.

O monstro ataca.

Do outro lado da Zona Neutra, a expressão de Vasto é moldada em uma repentina surpresa. Com a ofensiva, o humanoide caiu dentro do fluxo de energia da barreira, o fazendo se contorcer pela pressão que se força sobre seu corpo. Aparentemente, isso aconteceu pela sua forma "não natural" de afetar o muro de luz, causando uma forte reação do mesmo sobre ele. Mesmo com todo o poder imposto sobre o monstro magrelo, ele consegue balançar mais uma vez sua espada. Uma grande explosão acontece. Algo é repelido forte por cima da floresta, um grande buraco surgiu na barreira.

O anão está sobre o solo, tentando entender o que aconteceu. A abertura na parede de luz se fecha, várias criaturas se chocam violentamente contra ela, achando que poderiam passar, só que, nenhuma delas nesse tempo conseguiu adentrar na Zona Neutra. Ou talvez, uma conseguiu.

— Ei! Vocês sentiram isso?! — pergunta Rogerinho. Todos os perdidos se erguem com expressões tensas.

— Foi algo na barreira, tive essa impressão. — propõe Rogerinho.

Barulhos de arbustos próximos soam até eles, todos entram em postura de batalha. E então, ele surge com passos lerdos. Sua forte impressão assassina se espalha pelo local de forma massiva, engolindo tudo como um vendaval negro. A espada mais poderosa do continente vai sendo arrastada pelo chão. As trevas que cobrem a superfície do corpo do monstro se movem de forma densa e, em seu rosto liso, a imagem escura de sua larga boca expira um ar denso pelas bordas.

A terceira Onda, a de um só inimigo, começou.

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