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-- Capítulo 18: O Dia Fatídico --

Há mais de uma década atrás, a capital de Thycal, Ty, passou por um tempo econômico difícil, o que causou grande pobreza para uma porcentagem considerável de seu povo. Foi nesse tempo que surgiram as periferias, construídas de forma rebelde em uma parte "limpa" de seu território. Confrontos sangrentos aconteceram pelas tentativas de reivindicação dessas terras, marcando assim de forma negra os registros dessa época.

Em um beco sombreado por casas construídas de forma aleatória, com materiais de baixa qualidade, dois garotos passam correndo. Eles são Tobias e Rogerinho, com idades próximas aos seus 14 anos. Eles cruzam desse lugar para uma rua torta de terra, ainda em carreira, a dupla vai evitando as pessoas adultas no caminho.

— Ei! Você acha que ainda dá tempo?! — indaga Rogerinho enquanto continua correndo.

— Se pararmos aí que não vai dar!

Eles vão seguindo caminho por algum tempo, às vezes, até esbarram em algumas pessoas que os olham de volta com estranheza.

— Irmão! Isso é em vão! Vamos parar! — pede Rogerinho.

A expressão de Tobias fica mais tensa, nesse momento, memórias passam rapidamente como fotos por sua mente. O garoto se lembra de um muro, alguns telhados e uma rua bastante inclinada composta por terra lisa. Com uma pisada forte, que levanta poeira, a direção em que este pé se direciona é alterada. Em uma divisão de rotas, Tobias escolhe a do lado contrário em que antes parecia estar indo, dessa forma, mudando totalmente o percurso que vai traçar. Rogerinho seguiu por algum tempo na rota anterior até se recuperar do choque de presenciar seu irmão ter seguido por outra rua.

— O QUE ESTÁ FAZENDO?! VEM LOGO!! — grita Tobias.

Alguns minutos voam, durante esse tempo, os dois continuam correndo com um vigor notável.

— Que caminho é esse!? — pergunta Rogerinho. Ele está atrás de Tobias, o que o faz enxergar apenas as costas dele.

— Um atalho!

!? Não existem atalhos para cá!

— Existe!

"O que ele está dizendo? Irmão, você tem certeza que isso vai dar certo?" pensa o mais baixo.

Depois de um tempo, eles finalmente chegam no lugar desejado por Tobias, um muro alto de tijolos desgastado pelos anos. É nele que se encerra essa rua.

— A rua acabou! — ressalta Rogerinho.

— Não para nós!

Tobias pula na parede e começa a escalar pelas partes quebradas dos tijolos. Rogerinho observa isso parado e com uma expressão embasbacada.

— Você não pode estar falando sério...

— Vem logo! — ordena Tobias, que segue escalando em uma velocidade impressionante.

As pessoas próximas dali vão tendo suas atenções tomadas por esse evento. Apesar da hesitação, Rogerinho salta para o muro e vai o escalando, só que o faz de forma mais lerda que seu irmão. Ao estar no topo, Tobias espera sentado pelo seu irmão, quando ele chega perto o suficiente, ele o puxa com suas mãos, o fazendo subir mais rápido. Em sequência eles descem para o outro lado, o que consome mais tempo. Mesmo com a dificuldade do obstáculo, os dois conseguiram chegar no outro lado, dessa forma cortando boa parte do caminho com sucesso.

Os garotos seguem correndo pelas ruas, em certo instante, Tobias aponta para uma fileira de casas que acaba de começar ali perto, do lado da que está mais próxima, não se encontra mais nenhuma residência fora as da sua sequência, o que significa que seu plano só poderia começar dali em específico. Em um cano exposto na parede da casa, os dois jovens o escalam para chegar até o telhado. Rogerinho, como sempre, faz tudo isso com certo receio, mas não deixa de seguir seu irmão.

Algumas pessoas que caminham por uma rua têm suas vistas tomadas por algo na direção do sol dessa manhã. Os dois garotos correm pelos telhados da casa o mais rápido que podem. Uma sandália empurra uma telha solta, a fazendo cair e quebrar no chão. Poucos segundos depois, o morador da casa surge. Ao reparar nos jovens, ele fica surpreso, entretanto, não demorou para que o mesmo começasse a gritar broncas contra eles. Devido a distância que tomaram, os jovens nunca as ouviriam. Tobias gargalha por algum tempo.

Duas tábuas lisas são derrubadas contra a terra, o que levanta uma leve onda de poeira. Os garotos colocam seu pés em suas pranchas. Pranchas? Sim, pranchas. Eles as fariam ser isso, afinal, precisam delas para cortar essa rua a frente com a melhor eficiência possível em tempo. Por sorte, também não há muitas pessoas a usando neste dia. Depois de um empurrão com suas pernas, lá se vão os dois por ela.

Com habilidade, ambos os garotos vão deslizando pela terra com boa velocidade enquanto evitam os pedestres surpresos. Bastante poeira vai sendo criada. Um rastro vai ficando por onde os jovens passam. Tobias parece estar se divertindo como nunca neste momento, até o acuado Rogerinho também parece desfrutar da ocasião. O sol ilumina tudo gloriosamente. O cabelo dos dois segue jogado para trás, o vento balança suas roupas velhas. Com outra ideia mirabolante, os dois cortaram caminho novamente.

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Em uma rua mais movimentada, Tobias e Rogerinho seguem correndo e evitando as pessoas no trajeto, logo em seguida, um guarda surge atrás deles, empurrando os indivíduos no caminho de forma bruta.

— VOLTEM AQUI, MOLEQUES ARRUACEIROS!! — vocifera. Em pouco tempo ele some no meio de tantas pessoas em movimento.

Após mais alguns minutos, os garotos finalmente têm o vislumbre de onde desejam tanto chegar, uma espécie de serralheria de madeira. Eles dão uma pausa para respirar. Tobias, apesar de ter tomado a dianteira até aqui, cai sentado na terra. Rogerinho se apoia em seus joelhos. Após estarem bastante ofegantes, os dois procuram retornar a se moverem, afinal, não falta muito para chegarem no objetivo.

— Será que estamos atrasados? — indaga Rogerinho.

— Não... Veja. — Tobias aponta para um senhor de idade que está sentado em um banco na frente de sua casa. — O velho Locius ainda está lendo o seu jornal. Ele nunca continua lendo depois de um certo horário, que é bem próximo do limite para chegarmos.

— Entendo. Caramba... trabalhar tão longe de casa é um porre.

— Sim... Se chegássemos, mesmo que só um pouco, atrasados de novo, aquele cara jurou que iria nos demitir.

— Maldito!

— Deixa pra xingar ele depois. Temos que ir logo, pelo volume de um dos lados do jornal de Locius, ele já deve estar perto de terminar a leitura.

Tobias começa a caminhar mais rápido, seu irmão o acompanha. A visão do garoto mais alto as vezes branqueia, o que sinaliza o seu estado próximo de desmaiar. Mesmo nessa situação, ele continua caminhando. Em certo momento, depois de tantas "branqueadas", quando uma outra dessas se desfaz, uma silhueta humana se revela para o jovem, coberta de sombras por estar de costas para o sol.

— Achei vocês! Seu cretinos! — diz o guarda. É o mesmo que havia sido deixado para trás antes. Sua armadura, de aspecto medieval, não é tão robusta, o que lhe permite ainda uma boa movimentação.

O homem segura com força a cara de Tobias na parte de suas bochechas e boca, fazendo com que o garoto fique com os olhos bem abertos devido a surpresa. Rogerinho parte enfurecido para cima do guarda, mas é repentinamente barrado por um soco em sua cara. Em uma perspectiva lenta, gotas de sangue são expelidas de um nariz e boca para o ar, o jovem mais baixo está com uma expressão patética devido a pancada que levou. Após um gemido de dor, ele dá alguns passos para trás segurando o local onde levou o dano. O guarda agarra sua gola e o arrasta junto de Tobias para um beco ali perto. As pessoas que passam próximo, apesar de terem notado aquela situação, decidem ignorar para não se envolverem em problemas.

Sons de pancadas e gritos de dor são emitidos frequentemente de um local. Sombras demonstram o que está acontecendo. Rogerinho cai para o chão, se remoendo ainda de um soco que acabou de levar na barriga, logo perto dele está Tobias, desacordado. Ambos estão com bastantes marcas da surra que acabaram de levar.

— Seus pedaços de bosta! Façam aquelas tolices outra vez que eu mato vocês!!

— Desgraçado!! — Rogerinho solta um insulto mesmo na condição em que está, mas quase no mesmo instante, leva um chute por isso.

— Foram avisados, ralé imunda! — fala o guarda, ele se vira e vai embora desse beco.

Rogerinho levanta o braço na direção do seu irmão, na intenção, de quem sabe, ajudá-lo, mas, não dá em nada, pois ali mesmo ele também desmaia.

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Horas se passaram, o sol agora está quase se pondo. Rogerinho e Tobias vão voltando para casa com dificuldades por causa dos ferimentos. Seus passos estão tortos, forçados. Muitas pessoas que transitam por ali os estranham. Tobias, que está com um dos olhos meio fechado, vai dizendo palavras que soam perfeitamente nítidas para Rogerinho, como se anulasse boa parte do som em volta, mesmo que a próprio não seja algo grandioso assim.

— Não fique irritado por termos perdido o emprego. Sempre podemos procurar outro, mesmo que não seja fácil. — a imagem dos pedestres vai se tornando desfocada, só os garotos não participam do processo. — Irmão, isso vai ser duro... o nosso futuro. Porém, independente do que aconteça, sempre estaremos juntos para nos apoiarmos. Afinal, somos uma família. E, irmão, se lembre bem...

Depois de algum tempo, a noite caiu. Alguns postes simples são acesos pela periferia. Os pés dos dois garotos param, na frente deles, um grupo de outros pés também param. Um amontoado de delinquentes fica de frente a eles. Com um olhar zombeteiro, o líder deles se aproxima um pouco enquanto bate o punho na palma de sua outra mão.

— Parece que alguém já facilitou nosso trabalho! Mas ainda não acabou, é hoje que vo- — Rogerinho range os dentes e acerta um soco forte na cara do delinquente. Sua expressão está moldada em raiva.

Quando o líder dos delinquentes cai no chão desmaiado, os outros hesitam por algum momento, só que não demorou, eles avançam sobre os irmãos. Tobias e Rogerinho não recuam, eles correspondem também partindo para cima deles.

—... Eu sou a cabeça, e você o corpo. Trabalhando dessa forma, o mundo nunca irá nos derrubar de verdade. — a fala de Tobias daquele momento anterior segue passando junto com a cena. — Ele nunca terá força para isso, é por isso que nosso futuro é invencível, pois, não somos como o mundo, somos algo melhor, algo superior...

A luta foi parada por alguns homens daquela região, os irmãos agora parecem bem mais acabados, mas seguem querendo lutar, se debatem nos braços de quem os seguram enquanto gritam palavrões e tentam voltar para a briga.

Tarde nessa noite, os dois garotos chegam em casa, ou melhor, barraco. Eles abrem a porta, o que faz alguma luz entrar nesse lugar escuro. As sombras da silhueta de seus corpos vão entrando no lugar. Os jovens se movem com o apoio um do outro, como bêbados. Em uma cama ali no interior, está um homem de meia idade, deitado, que aparenta ser o pai deles.

Rogerinho e Tobias desabam para o chão sem mais nenhuma força. Esse é o limite deles. De relance, o homem desfere uma olhada tenebrosa para os irmãos. Ele nota o estado preocupante que estão, mas, não se importa. O homem apenas se vira na cama e mostra as costas para os jovens. Os dois desmaiam vendo essa ação de seu pai, entretanto, esse tratamento que não é a primeira vez que algo assim acontece, seria difícil até para eles lembrarem quando foi o primeiro dia de desgraças deles.

Anos vão passando. Apesar das grandes dificuldades, os irmãos se esforçam em suas vidas. Eles trabalham arduamente com o que conseguem, mesmo assim, por motivos variados, acabam não durando muito em nenhum lugar. Tobias e Rogerinho tiveram expedientes como vendedores de uma banca de tomates em uma feira, como carregadores de transportes em variados lugares, como açougueiros, como pedreiros de construções e muitos outros lugares. Foi em um local de construção onde Tobias conheceu o mudo, Sayru. Eles sobrevivem extraindo o que podem dessa implacável periferia, a mesma que procura os rejeitar com tudo o que pode.

Tobias gosta de ler os poucos livros que vai conseguindo pelo acaso. Como ele aprendeu a ler? Isso é um mistério, talvez tenha sido uma habilidade obtida rapidamente em certo momento pela sua genialidade. Com os anos, a situação na periferia melhorou com a aplicação dos projetos bem sucedidos do governo, mas, não foi algo tão profundamente impactante.

Em certo momento, os irmãos tomaram seus próprios rumos de vez. Tobias encontrou uma boa mulher, com a qual se casou. Rogerinho, por outro lado, segue bem com sua vida de solteiro, ele aproveita sua vida noturna em bordéis ou ambientes do gênero. Só que os dois não haviam cortado o contato de vez por causa da fase adulta, ambos continuavam se ajudando em suas necessidades, como verdadeiros irmãos. Em um certo dia, Tobias se aproxima de Rogerinho com um folheto e boatos de um bom emprego na mansão de tecnologia.

O desfecho disso já é algo que foi esclarecido.

Em uma rua repleta de pessoas desfocadas, dois homens, ou melhor, dois garotos caminham para o horizonte enquanto são engolidos por uma luz branca. Eles não são como o mundo, por isso são invencíveis, invencíveis como uma família.

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Voltando ao presente, os cabelos de Tobias e a grama são balançados pelo vento. Ele agora tem mais barba, indicando que uma quantidade considerável de dias havia passado desde aquele acontecimento com a toupeira rei. Com um olhar sereno, o homem de Ty observa o céu, que tem algumas nuvens brancas que vão tapando o sol algumas vezes. As roupas de couro dele são diferentes agora, parecem ter uma qualidade melhor.

— Ei, irmão! — Rogerinho chega nesse lugar com certa pressa. Assim como seu irmão, o tempo havia lhe afetado de maneira semelhante.

— O que foi?

— Ele despertou! — Ao escutar essas palavras, Tobias se ergue rápido.

— Ótima notícia! Nessa véspera da Onda, ter ele consciente vai ser muito bom.

Os dois correm dali na direção da base.

Uma mão robusta segura sua própria cara, o Inabalável anão, Vasto Krol acaba de despertar de um grande sono, um que durou muitos dias. Ele está sentado em uma cama improvisada na tenda próxima de Ririn, a mesma que o observa nesse instante. Mesmo estando acordada, provavelmente desde algum tempo, a moça ainda segue pálida. No final das contas, seu estado ainda é ruim, entretanto, não tanto quanto antes. Próximo da entrada estão Babuíno e Rol Bost.

— Vocês... estão diferentes, devo dizer. — analisa o anão.

Vasto levanta e vai caminhando para fora da tenda, ele fica surpreso por um momento com o estoque de suprimentos do lado de fora, parece maior do que antes.

— Se sente bem? — indaga Tobias, que acaba de chegar ali com seu irmão.

— O suficiente para viver.

— Você parecia uma donzela dormindo! — caçoa Rogerinho.

— O que disse?!

Antes que uma briga acontecesse entre os dois, e o coitado do Tobias tivesse que a resolver, de uns arbustos próximos surge Polaris. Ele parece mais saudável do que antes. O espadachim usa roupas de couro de tom negro e uma espada curta embainhada na sua cintura, um de seus braços se apoia de forma desleixada nela. Não demora muito, Bassara também surge da mesma moita.

— Vejo que está melhor, senhor Vasto. — fala Polaris.

— Devo dizer o mesmo. Agora temos um trunfo interessante para explorar...

— Não diga isso. Afinal... — todos os Perdidos espalhados por esse lugar parecem mais imponentes, mais seguros de si. A experiência havia os moldado. —...Todos aqui agora são trunfos.

Os perdidos se tornaram bem mais eficientes nesses quase 30 dias que o anão esteve em coma, usaram com sabedoria tudo o que ele os havia ensinado. Mas, mesmo notando todo o novo esplendor de seus aliados, Vasto não sorri, pelo contrário, sua boca parece esboçar um sinal de desânimo.

"Maldição..." o anão olha para o céu. Uma corrente de ar passa pelo lugar, balançando seu cabelo e partes de sua roupa. "Eles se desenvolveram bem... Porém... não era só nesse nível que eu planejava os deixar depois de todo esse tempo. Infelizmente... A próxima Onda será brutal."

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